Especialização em Enfermagem de Reabilitação - Counter

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ESPECIALIZAÇÃO EM
ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO
1
Anatomia funcional
Aula 4 e 5
Docente: Alexandre Silva
ESTRUTURA E FUNÇÃO
MUSCULAR
434 músculos no corpo
humano.
 40 a 45% do peso
corporal
 75 pares de músculos
constituem o
hemicorpo direito e
esquerdo.

2
ESTRUTURA E FUNÇÃO
MUSCULAR
Funções do músculo:
 Produzir movimento
 Manter posturas.
 Estabilizar articulações.
 Funções secundárias:
Temperatura corporal
 Suportam e protegem órgãos internos.

3
PROPRIEDADES DO TECIDO
MUSCULAR
Extensibilidade: capacidade de ser estirado ou de
aumentar o seu comprimento.
 Elasticidade: capacidade de voltar ao
comprimento normal após estiramento.

4
PROPRIEDADES DO TECIDO
MUSCULAR

Elasticidade ( Modelo de Hill):
Componente elástico paralelo: proporcionado pelas membranas
musculares, fornece resistência quando um músculo é estirado
passivamente.
 Componente elástico em serie: proporcionado pelos tendões, actua
como uma mola quando o musculo é estirado sob tensão.
C.e. em serie + c.e. em paralelo = C. contractil

5
PROPRIEDADES DO TECIDO
MUSCULAR
 Irritabilidade:
Capacidade de responder a
um estimulo. Estes podem ser
electroquímicos (provenientes dos
potenciais de acção) ou mecânicos ( golpe
externo aplicado num musculo).
 Tensão: capacidade de se contrair.
Depende do numero de unidades motoras,
tipo de fibras musculares, forma das
fibras musculares.
Tensão activa: gerada pelos componentes contracteis do
musculo (actina, miosina)
 Tensão passiva: gerada pelos componentes não contracteis
do musculo (fascias).

6
ORGANIZAÇÃO DOS TECIDOS
MUSCULARES

O músculo esqulético é composto por vários tipos
de tecido:




Celulas musculares
Tecido nervoso
Sangue
Tecido conjuntivo:
Fáscias: separam os músculos entre si de forma
individualizada.
 Epimisio: camada de tecido conjuntivo que envolve todo
musculo.
 Perímisio: está no interior do músculo, envolvendo feixes de
fibras musculares de forma individualizada, passando a
designar-se por fasciculos.
 Endomisio: camada de tecido conjunto que envolve cada
fibra muscular de um fasciculo.

7
ORGANIZAÇÃO DOS TECIDOS
MUSCULARES
8
CONSTITUIÇÃO DE UMA
FIBRA MUSCULAR



Sarcolema: membrana
plasmática que envolve
a celula muscular.
Miofibrilas: estruturas
contracteis que contêm
proteinas contracteis.
Reticulo
sarcoplasmático: rede de
canais membranosos
que armazenam cálcio
importante na
contracção muscular.
9
PROTEINAS CONTRACTEIS

As miofibrilas são constituidas por dois importantes
filamentos proteicos:
 Miosina: filamentos espessos.
 Actina: filamentos finos.
A organização destes filamentos confere o aspecto estriado
ao musculo esquelético.
10
CONTRACÇÃO MUSCULAR

A unidade estrutural básica
da fibra é o sarcomero. Cada
sarcomero está entre duas
linhas Z, sendo dividido ao
meio por uma linha M. As
faixas A contêm filamentos
grossos e rugosos de miosina,
cada um dos quais é
circundado por 6 filamentos
finos e lisos de actina. As
faixas I contêm apenas
filamentos finos de actina.
Em ambas as faixas, os
filamentos proteicos são
mantidos num local por sua
fixação ás linhas Z, que
aderem ao sarcolema. No
centro das faixas A existem
as zonas H, que contêm
apenas os filamentos grossos
de miosina.
11
CONTRACÇÃO MUSCULAR

Durante a contracção muscular, os filamentos de actina de cada
extremidade do sarcomero deslizam na direcção uns dos outros, ou
seja as linhas Z movimentam-se em direcção das faixas A, que
mantêm o seu tamanho original, enquanto as faixas I tornam-se
mais estreitas e a zona H desaparece. As projecções dos
filamentos de miosina chamadas pontes cruzadas formam elos
fisicos (estado de ligação forte),com os filamentos de actina
durante a contracção muscular, com o numero desses elos sendo
proporcional tanto á produção de força quanto ao despêndio de
energia.
12
JUNÇÃO NEURO-MUSCULAR
Cada célula muscular está conectada ao ramo de
uma fibra de uma célula nervosa.
 Essas células nervosas são denominadas
motoneuronios que se estendem a partir da
medula espinal.
 O motoneuronio e todas as fibras musculares que
ele inerva formam uma unidade motora.
 A estimulação de motoneuronios inicia o processo
de contracção.
 O local onde o motoneuronio e a célula muscular
se encontram é denominada junção
neuromuscular.

13
JUNÇÃO NEURO-MUSCULAR
14
JUNÇÃO NEURO-MUSCULAR
A extremidade do motoneuronio não entra em
contacto físico com a fibra muscular, sendo
separada por um pequeno espaço denominado
fenda neuro-muscular.
 Quando um impulso nervoso atinge a
extremidade do nervo moto, o neurotransmissor
acetilcolina difunde-se através da fenda sináptica
para se ligar aos receptores da placa motora.
 Provoca o aumento da permeabilidade do
sarcolema ao sódio, resultando numa
despolarização denominada potencial da placa
motora.
 Este potencial de placa é suficiente para que o
processo contráctil comece.

15
JUNÇÃO NEURO-MUSCULAR
16
ORGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI


Localizam-se no tendão,
servindo de dispositivos de
segurança, ajudam a
impedir a força excessiva
durante a contracção
muscular.
Enviam informações á
medula espinal através dos
neuronios sensoriais, os
quais por sua vez, excitam
os neuronios inibitorios.
Este reflexo inibitório
ajuda a prevenir
contracções musculares
excessivas e fornece um
controlo mais fino sobre os
musculos.
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TIPO DE FIBRAS MUSCULARES
caracteristica
Tipo 1 Oxidativa
contracção lenta. OL
Tipo IIA Glicolitica
oxidativa de
contracção rápida.
GOR
Tipo IIB Glicolitica de
contracção rápida. GR
Velocidade
contracção
lenta
rápida
++rápida
Ritmo de fadiga
lento
intermédio
++rápido
Diâmetro
pequeno
intermédio
grande
Concentração de
ATPase
baixa
alta
alta
Concentração
miticondrias
alta
alta
baixa
Fibras
por
neuronio motor
10-80
300-800
300-800
Concentração de
enzimas
glicoliticas
baixa
intermédio
alta
18
RECRUTAMENTO DE
UNIDADES MOTORAS



As unidades motoras são
recrutadas por ordem
crescente da sua
capacidade de produção de
força. Principio de
Henneman.
As Unidades Motoras de
menores dimensões
possuem limiares de
excitabilidade mais baixos
e são recrutadas em
primeiro lugar.
À medida que as
necessidades de produção
de força vão aumentando,
as Unidades motoras de
maiores dimensões vão
sendo recrutadas
progressivamente.
St: tipo I
 FTa: Tipo IIA
 FTb: Tipo IIB

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RESPOSTA DO MUSCULO
AO ESTIMULO
20
FORMA DAS FIBRAS MUSCULARES

Orientação paralela: a
sua orientação facilita
o encurtamento
muscular. Ex. recto
abdominal e biceps
braquial.
21
FORMA DAS FIBRAS MUSCULARES

Orientação peniforme:
as fibras formam um
ângulo com o eixo
longitudinal do
musculo. Cada fibra
insere-se num ou mais
tendões, alguns dos
quais estendidos em
todo comprimento do
músculo. As fibras
destes músculos
podem exibir mais que
um angulo de inserção
ao tendão. Ex tibial
posterior, deltoide.
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CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DO
MÚSCULO
Acções musculares:
 Agonistas: papel desempenhado por um músculo
que actua para causar movimento.
 Antagonista: papel desempenhado por um
músculo que actua para tornar mais lento ou
interromper um movimento.
 Sinergista: papel acessório de musculo que
auxiliam o movimento pela sua localização e
orientação das suas fibras.
 Estabilizadores: papel desempenhado por um
músculo que actua para estabilizar uma parte do
corpo contra alguma força.
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CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DO
MÚSCULO
Contracção muscular:
 Concêntrica: acontece
quando há diminuição
do ângulo articular.
Há encurtamento
muscular, realizandose trabalho positivo.
T. Potencia >T.
Resistência
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CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DO
MÚSCULO
Excêntrica:
caracteriza-se pelo
alongamento
muscular para além
do seu comprimento
em repouso. Existindo
trabalho negativo.
T. Potência < T
Resistência

25
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DO
MÚSCULO

Isométrica: caracteriza-se pelo facto de o
comprimento total do músculo permanecer
constante durante a contracção. Não é produzido
trabalho externo.
Σ T.=0
26
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