EL NIÑO A palavra El NIÑO é derivada do espanhol, e refere-se a presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de Corriente de EL NIÑO em referência ao NIÑO JESUS ou Menino JESUS. O que é o EL NIÑO EL NIÑO é um fenômeno atmosférico- oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. Oceano Pacífico Equatorial em anos sem a presença do El NIÑO ou La NIÑA Ventos alísios empurram e empilham água quente superficial para o oeste. Nessa condição, a ressurgência na costa oeste da América do Sul, traz à superfície, água fria profunda com nutrientes, tornando a região uma das áreas mais piscosas do mundo. A célula de circulação com movimentos ascendentes no Pacífico Central/Ocidental e movimentos descendentes no oeste da América do Sul e com ventos de leste para oeste próximos à superfície (ventos alísios, setas brancas) e de oeste para leste em altos níveis da troposfera é a chamada CÉLULA DE WALKER. A inclinação da TERMOCLIMA é vista mais rasa junto à costa oeste da América do Sul e mais profunda no Pacífico Ocidental. Nessa condição os ventos em superfície, em alguns casos, chegam até a mudar de sentido, ou seja, ficam de oeste para leste. Há um deslocamento da região de movimentos ascendentes e a CÉLULA DE WALKER se parte. No Oceano Pacífico Equatorial podem ser observadas águas quentes em praticamente toda a sua extensão. A TERMOCLINA fica mais profunda junto à costa oeste da América do Sul, principalmente devido ao enfraquecimento dos ventos alísios. TERMOCLINA Água quente Água fria Anomalia de temperatura da superfície do mar em dezembro de 1997. Os tons avermelhados indicam regiões com valores acima da média e os tons azulados as regiões com valores abaixo da média climatológica. A região no Pacífico Central e Oriental com tons avermelhados indica a presença do El Niño. El NIÑO - Oscilação Sul (ENOS) A melhor maneira de se referir ao fenômeno EL NIÑO é pelo uso da terminologia, que inclui as caraterísticas oceânicas - atmosféricas, associadas ao aquecimento anormal do oceano Pacifico tropical. O ENOS, ou El NIÑO - Oscilação Sul representa de forma mais genérica um fenômeno de interação atmosferaoceano, associado a alterações dos padrões normais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e o Pacifico oeste próximo à Austrália. La NIÑA O termo LA NIÑA ("a menina", em espanhol) surgiu pois o fenômeno se caracteriza por ser oposto ao EL NIÑO. Pode ser chamado também de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). Algumas pessoas chamam o LA NIÑA de anti-El NIÑO, porém como EL NIÑO se refere ao menino Jesus, anti-EL NIÑO seria então o Diabo e, portanto, esse termo é pouco utilizado. O termo mais utilizado hoje é LA NIÑA. O que é a LA NIÑA É um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL NIÑO. Caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do oceano Pacífico Tropical, alterando o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. A célula de circulação com movimentos ascendentes no Pacífico Central/Ocidental e movimentos descendentes no oeste da América do Sul e com ventos de leste para oeste próximos à superfície (ventos alísios, setas brancas) e de oeste para leste em altos níveis da troposfera é a chamada CÉLULA DE WALKER. A inclinação da TERMOCLIMA é vista mais rasa junto à costa oeste da América do Sul e mais profunda no Pacífico Ocidental. Com os ventos alísios mais intensos, mais águas quentes irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos a ressurgência também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental. Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal. Novamente teríamos águas mais quentes, que aumentam a evaporação e consequentemente os movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e a célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal. Célula de Walker em condições de LA NIÑA A região com grande quantidade de chuvas é o lado nordeste do Oceano Índico à oeste do Oceano Pacífico passando pela Indonésia. A região com movimentos descendentes da célula de Walker é o lado Equatorial Central e Oriental descendentes da do célula Pacífico. de Os Walker movimentos no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais intensos que o normal, inibindo e muito, a formação de nuvens de chuva. LA NIÑA Em geral, episódios LA NIÑA também têm freqüência de 2 a 7 anos, todavia o fenômeno tem ocorrido em menor quantidade que o EL Niño durante as últimas décadas. Os episódios LA NIÑA têm períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, e somente alguns episódios persistem por mais de 2 anos. As anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de LA NIÑA têm desvios menores que em anos de EL NIÑO, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4,5ºC acima da média em alguns anos de EL NIÑO, em anos de LA NIÑA as maiores anomalias não chegaram a 4ºC abaixo da média. Episódios recentes do LA NIÑA ocorreram em 1988/89 (que foi um dos mais intensos), em 1995/96 e 1998/99. " Anomalia de TSM em dezembro de 1988. EL NIÑO E LA NIÑA ------------------------------------------ EL NIÑOS DESVIOS PADRONIZADOS ------------------------------------------ LA NIÑAS ANOS 1998 ÍNDICE MULTIVARIADO DE ENOS (IME) 1976 FRIA 1947-1976 1925-1946 1977-1998 QUENTE QUENTE ------------------------------------------ 67 58 DESVIOS PADRONIZADOS ANOS EL NIÑOS LA NIÑAS 73 ------------------------------------------ ÍNDICE MULTIVARIADO DE ENOS (IME) SECAS A TEMPERATURA GLOBAL MÉDIA AUMENTA QUANDO; A FREQÜÊNCIA DE EL NIÑOS É ALTA, COMO ENTRE 1977-1998, OU SEJA , FASE QUENTE DA ODP; A FREQÜÊNCIA DE GRANDES ERUPÇÕES DIMINUI; A TEMPERATURA GLOBAL MÉDIA DIMINUI QUANDO A FREQÜÊNCIA DE LA NIÑAS É MAIOR QUE A DE EL NIÑOS, OU SEJA FASE FRIA DA ODP; A FREQÜÊNCIA DE GRANDES ERUPÇÕES AUMENTA; MAS...... VAI AQUECER OU ESFRIAR ???? ANÁLISES PRELIMINARES SUGEREM QUE, NOS PRÓXIMOS 20 A 25 ANOS, OU SEJA, ENTRE 1999 2025, A FREQÜENCIA DE EL NIÑO VAI DIMINUIR. PODERÁ HAVER, EM MÉDIA, REDUÇÃO DOS TOTAIS ANUAIS DE CHUVAS E DOS DIAS DE CHUVA, PORÉM COM MENOR VARIABILIDADE QUE OS 20 ANOS DIZER QUE PASSADOS. MAS, ATENÇÃO, NÃO QUER ESTAREMOS LIVRES DE SECAS SEVERAS. MAS, QUE O NÚMERO MENOR ! DE ANOS SECOS POR DÉCADAS SERÁ CONCLUSÃO O PACÍFICO OCUPA 1/3 DA SUPERFÍCIE TERRESTRE. PORTANTO, VARIAÇÕES DE SUA TSM CAUSAM IMPACTOS SIGNIFICATIVOS NO CLIMA GLOBAL. A ODP PARECE ESTAR ENTRANDO NUMA NOVA FASE FRIA QUE DEVE DURAR 20 A 25 ANOS. UMA TROPOSFERA MAIS FRIA, TORNA-SE MAIS SECA E SUA ALTURA MENOR. NO NORDESTE, PODERÁ OCORRER UMA REDUÇÃO DE 10% A 20% NAS CHUVAS E NOS DIAS COM CHUVA. NO SUDESTE, INVERNOS MAIS FRIOS E AUMENTO NA FREQÜÊNCIA DE GEADAS SEVERAS.