Aula 07 - LEE

Propaganda
Microeletrônica
Germano Maioli Penello
http://www.lee.eng.uerj.br/~germano/
Sala 5145 (sala 17 do laboratorio de engenharia elétrica)
Aula 07
1
Atraso RC por um poço-n
Vimos até agora que o poço-n pode ser usado como um diodo em conjunto com o
substrato e como um resistor. Como toda junção pn tem uma capacitância
parasítica, ao analisar o resistor, temos que incluir essa capacitância nos cálculos.
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Atraso RC por um poço-n
Analisamos um simples circuito RC. O modelo de resistência inclui diversos circuitos
RC acoplados. Como analisar?
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Atraso RC por um poço-n
Analisamos um simples circuito RC. O modelo de resistência inclui diversos circuitos
RC acoplados. Como analisar?
Para um número l de segmentos:
Soma de l termos com incremento 1 (Gauss fez isso quando era criança! )
Se l >> 1
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Processos de poços gêmeos
(Twin well)
No processo de poços gêmeos da
figura, o poço p está conectado
eletricamente no substrato. Caso seja
necessário ter o substrato e o poço p
em potenciais diferentes, usa-se o
processo de poços-triplos.
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Regras de design - história
MOSIS – empresa que recebe os designs de diversos grupos e forma as máscaras
de processamento. Os fabricantes de CI são contratados pela MOSIS e mudaram
ao longo do tempo. Para transferir os leiautes e torná-los escalonáveis, criou as
regras SCMOS (scalable CMOS) quando o tamanho mínimo dos fabricantes era
~1mm. Com isto, o mesmo leiaute pode ser escalonado para ser usado em
diferentes tecnologias usando o parâmetro l. Um grande benefício da tecnologia
CMOS!
As regras de design dos fabricantes normalmente é mais rígida que a SCMOS. A
regra SCMOS era flexível a ponto de atender todas as regras de uma vez. Com o
passar do tempo, as regras SCMOS já não eram flexíveis o suficiente. As
modificações nas regras foram necessárias para atender as novas tecnologias.
Novas regras surgiram, submicron e deep-submicron (SUBM e DEEP,
respectivamente).
Processos antigos ainda usam a regra SCMOS. Novas tecnologias usam as regras
novas. Se um leiaute passa na regra DEEP, ele também passa nas outras!
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Regras de design para os
poços
O livro texto usa uma regra de design (CMOSedu) que é a metade da DEEP.
Se o MOSIS usa um fator de escala de 90 nm na regra DEEP, o livro usa um fator de
escala 180 nm na regra CMOSedu
No SPICE, usar “.options scale=90nm”
para regra DEEP e “.options scale=180nm”
na regra CMOSedu
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SEM – microscopia de
varredura de elétron
Detalhe do olho de
uma abelha
http://virtual.itg.uiuc.edu/training/EM_tutorial/
http://education.denniskunkel.com/Java-SEM-begin.php
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SEM – microscopia de
varredura de elétron
Chip de memória CMOS
9
SEM – microscopia de
varredura de elétron
Detalhes do chip do período passado
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Revisão – Processamento
MOSFET
Até o momento discutimos
detalhes da fabricação do
poço-n.
Relembrando o
processamento de um
MOSFET (note que este
processo não é o mesmo
utilizado pela MOSIS)
http://jas.eng.buffalo.edu/education/fab/NMOS/nmos.html
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Camadas de metal
As camadas de metal em um CI conecta os dispositivos (resistores,
capacitores, MOSFETs, ...) entre si. Analisaremos aqui apenas um processo
CMOS genérico com apenas duas camadas metálicas que chamaremos de
metal1 e metal2.
Os metais comumente utilizados em CMOS são alumínio e cobre.
Analisaremos neste estudo das camadas de metal a área de solda (bonding
pad), capacitâncias associadas às camadas, crosstalk, resistência de folha e
eletromigração.
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“Almofada” de contato- Bonding pad
Interface entre o substrato já processado e o mundo externo
http://www.cube.cz/technical-capabilities/universal-pad-finish-ang.htm?lang=en
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“Almofada” de contato- Bonding pad
Detalhes do chip
do período
passado
“Almofada” de contato- Bonding pad
Os pads variam de acordo com a regra de design do fabricante. O
tamanho do bonding pad especificado pelo MOSIS é um quadrado de
100mm x 100mm.
O tamanho final do pad é a única parte do leiaute que não é escalonado
a medida que as dimensões do processo diminuem.
Note a existência de
isolante sob e sobre o
metal (isolantes entre
camadas)
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Capacitância metal-substrato
O substrato está aterrado e para efeitos práticos pode ser pensado como
um plano equipotencial.
Qual componente é formado quando temos dois equipotenciais
separados por um isolante?
+
-
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Capacitância metal-substrato
O substrato está aterrado e para efeitos práticos pode ser pensado como
um plano equipotencial.
Aparecimento de capacitâncias parasíticas entre o metal e o substrato.
Capacitâncias parasíticas típicas em um processo CMOS
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Capacitância metal-substrato
Estimando a capacitância parasítica de um pad de 100x100 mm2 entre
uma camada de metal2 e o substrato:
Capac. =
área x Valor obtido na tabela + perímetro x Valor obtido na tabela
do slide anterior
do slide anterior
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Passivação
O metal2 está coberto com um isolante! Não é possível fazer contato elétrico
com ele com uma microsoldadora.
Esta camada de óxido é chamada de passivação. Ela protege o chip de
contaminações.
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Camada overglass
Cortes na passivação são feitos para obter contato elétrico. Para especificar
onde abrir o contato, usamos a camada overglass.
Regra MOSIS – 6mm entre o limite do metal e o da abertura overglass.
Qual a escala l usada no desenho acima?
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Camada overglass
Cortes na passivação são feitos para obter contato elétrico. Para especificar
onde abrir o contato, usamos a camada overglass.
Regra MOSIS – 6mm entre o limite do metal e o da abertura overglass.
Qual a escala l usada no desenho acima? l = 50 nm
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Importante
Estamos exemplificando um processo de apenas 2 metais!
Se o processo tiver, por exemplo, 5 metais, o último metal (camada superior
para fazer a solda) é chamado de metal5.
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Leiaute das camadas de metal
Até agora vimos as camadas de poço-n, metal2 e overglass. Agora veremos as
camadas de metal1 e a via1
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Metal1 e via1
Metal1 – Camada de metal logo abaixo do meltal2
Via1 - região onde o isolante deve ser removido para haver conexão entre o
metal1 e o metal2.
Num processo de mais metais: Vian – conexão entre metaln e metaln+1
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Metal e via
Observe as vias do metal
Exemplo
Poço-n, metal1, via1, metal2 (OBS: sem overglass)
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Parasíticos associados ao metal
Quais são os efeitos parasíticos que podemos associar à camada de metal?
27
Parasíticos associados ao metal
Quais são os efeitos parasíticos que podemos associar à camada de metal?
Idealmente, o metal é considerado sem resistência. Isto não é verdade
no mundo real. Alguns efeitos que podem ser considerados são:
Resistência de folha - Resistência de contato - Capacitância
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Parasíticos associados ao metal
Quais são os efeitos parasíticos que podemos associar à camada de metal?
Idealmente, o metal é considerado sem resistência. Isto não é verdade
no mundo real. Alguns efeitos que podem ser considerados são:
Resistência de folha - Resistência de contato - Capacitância
Qual o tempo de atraso de uma conexão metálica de 1 mm de
comprimento e 200nm de largura?
29
Parasíticos associados ao metal
Confiram as contas feitas na aula passada.
30
Parasíticos associados ao metal
28 ps é um atraso significativo?
31
Atraso de propagação intrínseco
Quanto tempo a luz leva para percorrer 1 mm em um dielétrico (silício)?
32
Atraso de propagação intrínseco
Quanto tempo a luz leva para percorrer 1 mm em um dielétrico (silício)?
Determinar a velocidade de propagação no meio e conferir o tempo de
propagação por unidade de comprimento.
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Atraso de propagação intrínseco
Quanto tempo a luz leva para percorrer 1 mm em um dielétrico (silício)?
Determinar a velocidade de propagação no meio e conferir o tempo de
propagação por unidade de comprimento.
Utilizando o SiO2 como dielétrico com constante dielétrica ~4.
6.7 ps/mm < 28 ps/mm. Mas notem que os valores são proximos.
34
Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
Calcule a capacitância parasítica entre quadrados de 10x10 com l=50nm:
Veja a tabela do slide 17
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
Capacitância parasítica entre quadrados de 10x10 com l=50nm
Veja a tabela do slide 17
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
No exemplo anterior, qual a variação de tensão no metal1 quando o
metal2 varia de 0 a 1V?
Capacitância entre o substrato e o metal1?
Qual o circuito que reproduz o problema?
Conservação de carga  Q = CV
Voilá!
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
No exemplo anterior, qual a variação de tensão no metal1 quando o
metal2 varia de 0 a 1V?
Capacitância entre o substrato e o metal1
(10x10)
(4x10)
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
No exemplo anterior, qual a variação de tensão no metal1 quando o
metal2 varia de 0 a 1V?
Capacitância entre o substrato e o metal1
Qual o circuito que reproduz o problema?
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
No exemplo anterior, qual a variação de tensão no metal1 quando o
metal2 varia de 0 a 1V?
Capacitância entre o substrato e o metal1
Qual o circuito que reproduz o problema?
Substrato
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
No exemplo anterior, qual a variação de tensão no metal1 quando o
metal2 varia de 0 a 1V?
Capacitância entre o substrato e o metal1
Qual o circuito que reproduz o problema?
Substrato
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
No exemplo anterior, qual a variação de tensão no metal1 quando o
metal2 varia de 0 a 1V?
Capacitância entre o substrato e o metal1
Qual o circuito que reproduz o problema?
Conservação de carga  Q = CV
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Capacitância parasítica entre
metal2 e metal1
Substrato
Este fenômeno serve para explicar o funcionamento do MOSFET de porta flutuante
responsável pelas memórias não-volátil flash, EPROM e EEPROM.
http://en.wikipedia.org/wiki/EPROM
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Regras de design para o metal
Usando a regra CMOSedu! E se utilizássemos a regra DEEP? Reveja aula 7.
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Regra de design
Dois quadrados
Retângulo
Ao desenhar máscaras,
esses dois desenhos são
equivalentes.
Dica: desenhar uma célula de via e
salvá-la facilita na hora de fazer o
design.
Note bem que o programa que estamos usando (Electric VLSI System Design) é
baseado em componentes (método de conectividade)! Essas dicas são para
programas em que cada uma das camadas (máscaras) têm que ser desenhadas
separadamente (método de geometria).
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Resistência de contato
Usaremos neste curso uma resistência de contato de 10W/contato
Qual a diferença entre os dois?
46
Resistência de contato
Usaremos neste curso uma resistência de contato de 10W/contato
R = 10 W
R = 2.5 W
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Resistência de contato
Usaremos neste curso uma resistência de contato de 10W/contato
R = 10 W
R = 2.5 W
Regra padrão: corrente máxima no contato de 100 mA
O maior número de vias diminui efeitos de eletromigração
(Correntes menores passarão nas vias em paralelo).
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Limite de corrente
Um fator que limita a quantidade de corrente que pode passar pelo metal é
devido à eletromigração.
Sentido da corrente
-
+
Eletromigração – Aumento da resistência devido à corrente. (similar à
erosão fluvial.)
http://www.tf.uni-kiel.de/matwis/amat/elmat_en/kap_6/advanced/t6_4_2.html
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Limite de corrente
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Limite de corrente
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Limite de corrente
Tipicamente no Alumínio, JAL ~ mA/mm
Em geral os metais mais externos são usados para a alimentação do circuito.
Metal2 é normalmente duas vezes mais espesso que o metal1, por isso tem
uma resistência de folha menor.
Metal3 é mais espesso que o metal2
Metal4 é mais espesso que o metal3
…
52
Fotos – Metais em diferentes
alturas
Camada superior em foco num microscópio óptico  camada inferior em foco
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