Biologia da Conservação (2015-2) Prof. Alexandre R. T. Palma Ecologia dos distúrbios: Causas da extinção Extinção As espécies são equivalentes quanto ao risco de extinção? Raridade 3 formas de ser raro > 7 tipos de espécies raras (Rabinowitz et al. 1986). Pequeno em todos habitats e locais Tamanho populacional Grande em alguns habitats ou locais Distribuição geográfica Ampla Restrita (endêmico) Abundante em único habitat por ampla área Abundante em Abundante em vários habitats único habitat numa numa pequena pequena região região Esparso em vários habitats por ampla área Esparso em único habitat por ampla área Esparso em vários habitats numa pequena região Esparso em único habitat numa pequena região Generalista Especialista Generalista Especialista Comum Uso de habitats Extinção Extinção local: Extinção de uma população Muito frequente, particularmente em ambientes fragmentados Reversível: reintrodução, recolonização Extinção global: Extinção de todas populações de uma espécie A extinção global resulta do acúmulo de extinções locais. Irreversível. Extinção em massa: Extinção de grande proporção de espécies da biota mundial Muito rara (ocorreram 5 extinções em massa) Extinção Os eventos de extinção podem ter causas internas ou externas à população: Causas externas: Destruição, fragmentação ou modificação do habitat. Interações com outras espécies: competição, predação e parasitismo (doenças) – Incluindo interações ecológicas com o homem Hibridização com espécies próximas, resultando em introgressão de genes. Fatores ambientais estocásticos. Catástrofes naturais Causas internas: Causas Variação estocástica nos parâmetros demográficos. aleatórias Fatores genéticos estocásticos Extinção local Extinções locais são frequentes. Taxa de extinção local por ano Proporção de populações extintas por ano em fragmentos de habitats Extinção local Extinções locais são comuns, particularmente em habitats fragmentados Extinções locais em habitats fragmentados O tamanho da população depende da área do fragmento (ou reserva). Populações menores tem maior probabilidade de extinção local Probabilidade de extinção Extinção local Tempo (anos) Probabilidade de extinção de populações de elefantes em função do tamanho da reserva. Extinção local A extinção de populações depende do tamanho e do isolamento delas. Ocupação de plantas herbáceas em manchas ao longo dos Rios Reno e Ijssel O tamanho da população é o principal indicador do risco de extinção local População mínima viável: Definição - Menor população isolada, com alta probabilidade (>90%) de persistir por longo tempo (100 anos) (Shafer 1990). Persitência (%) Extinção local Tempo (anos) Proporção de populações de diferentes tamanhos de carneiros selvagens que persitiram Extinção local e fatores estocásticos O destino de uma população grande é determinístico (previsível), enquanto o destino de uma população pequena é estocástico (aleatório), devido a: Catástrofes (eventos raros) que afetam fortemente toda a população vulcões, inundações, etc… Fatores ambientais estocásticos: variações inter-anuais no clima variações na disponibilidade de recursos Variações nas populações de predadores e competidores Variação estocástica nos parâmetros demográficos: variações na razão sexual (machos / fêmeas) variações na qualidade dos indivíduos variações na taxas de fecundidade e mortalidade Fatores genéticos estocásticos: deriva gênica depressão endogâmica perda de heterozigosidade Extinção local e fatores estocásticos Vórtice (redemoinho) de extinção: Uma cadeia de eventos aleatórios que se retro-alimentam e que podem levar pequenas populações à extinção. Extinção global •Impacto antrópico •Aleatoriedade ambiental •Catástrofes naturais •Aleatoriedade genética? •Aleatoriedade demográfica Exemplo de processo de extinção global de uma espécie de ave: Tympanychus cupido cupido (Galliformes) 1600 – abundante do Maine até a Virginia (EUA) 1830 – última população na ilha Martha’s Vineyard 1890 – 200 indivíduos 1908 – reserva estabelecida – 50 indivíduos 1915 – 2000 indivíduos 1916 – incêndio na reserva, invernos severos e doenças 1920 – 600 indivíduos 1928 – 11 machos e 2 fêmeas 1929 – 5 machos 1930 – 1 indivíduo 1932 – extinção global Extinção global Extinções globais nos últimos séculos. Extinção global Extinções na pré-história - O mito do bom selvagem Extinção global Extinções na pré-história O mito do bom selvagem Hipóteses para a extinção da megafauna no fim do Pleistoceno Sobre-caça Mudança climática Super-doença Extinção global Sexta extinção em massa? Categorias da IUCN Extinto (EX) Extinto na natureza (EW) Criticamente ameaçada (CR) Dados adequados Ameaçada (EN) Vulnerável (VU) Avaliada Quase-ameaçada (NT) Baixo risco (LR) Deficiência de dados (DD) Não avaliada (NE) Categorias da IUCN Classificação da IUCN para espécies ameaçadas: Extinto (EX) – Juscelinomys candango e Noronhomys vespuccii Extinto na natureza (EW) – Mitu mitu (NCativos=130) Criticamente ameaçada (CR) – Cebus flavius (N = 180) Ameaçada (EN) – Leontopithecus rosalia (N = 560) Vulnerável (VU) – Hylaeamys oniscus Quase-ameaçada (NT) – Panthera onca Menor risco (LR) – Bradypus variegatus Deficiência de dados (DD) – Akodon lindberghii e Balaenoptera bonairensis Critérios de ameaça Classificação da IUCN para espécies ameaçadas: Critérios de ameaça Akodon lindberghii – Área de ocorrência, área de ocupação Referências Primack, R.B. & Rodrigues, E., 2001. Biologia da Conservação. Ed. Vida, Londrina, pp. 327. Meffe, G. K. & Carrol, C. R., 1997. Principles of Conservation Biology. Sinauer, Sundaerland, pp. 729. Primack, R.B.; Rozzi, R; Feisinger, P.; Dirzo, R. & Massardo, F., 2001. Fundamentos de conservación biologica. Fondo, pp. 798. 2001 IUCN Red List Categories and Criteria version 3.1 http://www.iucnredlist.org/documents/2001CatsCrit_Summary_EN.pdf The IUCN Red List of Threatened Species (version 2013.2) http://www.iucnredlist.org/