REUNIÃO CIENTÍFICA DA UNIDADE DE NEONATOLOGIA DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL/ MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA Hemodinâmica Neonatal Alexandre Peixoto Serafim UTI Pediátrica HRAS/HMIB www.paulomargotto.com.br Brasília, 6 de maio de 2013 Objetivos • Pressão Arterial • Débito Cardíaco • Perfusão • Saturação Venosa Central • Volemia (PVC, VCI) • Estudos sobre volemia e prognóstico • Conclusão Vários cenários diferentes ... • Instabilidade do prematuro com baixo peso • Prematuro com persistência do canal arterial com repercussão • Recém-nascido hipotenso pós asfixia • Recém-nascido com sepse ou choque séptico Relevância clínica da monitorização hemodinâmica • PA = DC x RVS • DC e RVS são as variáveis independentes reguladas pelo organismo e a PA é a variável dependente • Distribuição normal de sangue para os órgãos Hipotensão Permissiva • Pouca correlação da PA com fluxo da veia cava • Correlação da PA com volume sanguíneo? (Wright, Blood pressure and blood volume in preterm infants) • Quando tratar? Ecocardiografia na Avaliação Hemodinâmica do Recém-Nascido • Contratilidade ventricular: Fração de encurtamento ou fracão de ejeção (janela paraesternal eixo curto através do modo M) (valor normal > 30% e FE > 58%) • Velocidade de fluxo da valva pulmonar (MPA) através do Doppler pulsado (normal > 0,45 m/s Choque com hipertensão pulmonar Efeito da acidose hipercapnica sobre a função cardíaca e sobre a resistência vascular sistêmica em prematuros • 36 prematuros com idade gestacional de 27 semanas e função cardíaca estudada por ecocardiograma • Durante o período de transição nem a acidose nem hipercapnia tiveram efeito sobre DC ou RVS • No período pós-transição, a acidose reduziu a RVS, mas exerceu pouca influência sobre a função cardíaca The Journal of Pediatrics, Maio 2013 Monitorando a Perfusão • Clínica • Correlação indireta: diurese, função cerebral (aEEG) • Índice de Perfusão (no Masimo) (valor menor que 1,24 correlaciona-se com gravidade) Soleymani et al Hemodynamic monitoring in neonates. Journal of Perinatology (2010) 30, S38–S45 DO2 : Diferenças entre adultos e neonatos VO2 Adultos: 3 - 5 mL/kg/minuto Neonatos: 5 - 8 mL/kg/minutos DO2 = DC x Hb x 1,34 x 10 O2ER = VO2/DO2 DC: Adultos: 70 - 90 mL/kg/minuto Neonatos: 230 mL/kg/min Continuous central venous saturation measurement in newborn infants Artigo Integral Continuous central venous oxygen saturation (ScvO2) measurement using a fibre optic catheter in newborn infants. van der Hoeven MA, Maertzdorf WJ, Blanco CE. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 1996 May;74(3):F177-81. Establishing normal values of central venous pressure in very low birth weight infants Idade gestacional: 27 semanas (mediana) Peso: 940 gramas (mediana) PVC mínima: 2,8 mmHg PVC máxima: 13,9 mmHg Mediana PVC: 4,9 mmHg Intervalo interquartis: 4,4 - 6,1 mmHg Physiol Meas. 2007 Oct;28(10):1283-91 Retorno Venoso Sistêmico Tamanho da VCI Alteração Respiratória PVC (cm) <1,5 Colapso total 0-5 1,5-2,5 >50% colapso 5-10 1,5-2,5 <50% colapso 11-50 >2,5 <50% colapso 16-20 >2,5 Sem alteração >20 Wong SP. Textbook of Clinical Echocardiography The diameter of the inferior vena cava provides a noninvasive way of calculating central venous pressure in neonates Acta Paediatr. 2013 Jun;102(6):e241-6 Sobrecarga hídrica está associada com desfechos piores em adultos Prolonga o tempo de ventilação mecânica em adultos com lesão pulmonar Artigo Integral! Comparison of two fluid-management strategies in acute lung injury. Comparação da coorte Pediátrica com os grupos Liberal e Conservador do estudo FACTT Artigo Integral Mortality after fluid bolus in African children with severe infection. Ressuscitação Fluidica Agressiva Benefício em: Choque Descompensado Onde estão as evidências do benefício em: - Choque compensado? - Hipotensão Leve? Conclusões • Faltam estudos sobre metas a serem alcançadas na estabilização hemodinâmica • É difícil estabelecer o resultado das intervenções sobre o DC e RVS • O denominador comum final deve ser a melhora da perfusão dos órgãos vitais • O maior consumo de oxigênio faz com que o equilíbrio hemodinâmico seja mais crítico no RN Conclusões • Os quadros são heterogêneos nos neonatos e exigem diferentes intervenções. Não existe “receita de bolo”. • O quadro muda ao longo do tempo e pode requerer alteração da estratégia. • Faltam estudos sobre as relações entre a hemodinâmica e a autorregulação cerebral. OBRIGADO! Drs. Alexandre Serafim, Paulo R. Margotto, Márcia Pimentel de Castro e Sandra Lins Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto. Consultem também! Instabilidade hemodinâmica no prematuro e recém-nascido a termo Autor(es): Alexandre Peixoto Serafim, Juliana Duarte Diniz • • • • Pontos chaves - Evitar administrar mais que 2 ou 3 expansões nas primeiras 48 horas de vida (total até 30 mL/kg) -Em caso de hipotensão ou baixo fluxo refratário ao uso da primeira droga, tentar associar a droga subsequente ou aumentar as doses utilizadas, mas lembrar que um estudo demonstrou tendência à deterioração da contratilidade cardíaca tanto com dopamina quanto com dobutamina em altas doses (20 mcg/kg/min) -A dobutamina é melhor para aumentar o fluxo sanguíneo e a dopamina para aumentar a pressão arterial Abordagem terapêutica do choque no recém-nascido (XXI Congresso Brasileiro de Perinatologia, 14 a 17 de novembro de 2012, Curitiba, Paraná) Autor(es): Jaques Belik (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto • • Talvez o que há de mais prático para medir o DC, é a utilização de aparelhos como o NCOM, que existe no mercado norte-americano. Inicialmente lançado para medir DC de adultos, foi adaptada para o RN. Está baseado na biorreactance; são colocados vários eletrodos ao redor do tórax e do pescoço das crianças. Este estudo feito em Toronto havia uma relação constante entre o DC medido pelo eco funcional e o DC medido por este tipo de instrumento. Acredito que a melhora deste tipo de equipamento vai levar à possibilidade de se fazer o seguimento de um RN com quadro clínico critico através do DC e não com a PA ((Non-invasive cardiac output monitoring in neonates using bioreactance: a comparison with echocardiography. Weisz DE, Jain A, McNamara PJ, EL-Khuffash A. Neonatology. 2012; 102(1): 61-7). Artigo Integral. Figura 2 (A e B) Figura . Em A, correlação entre o DC medido pelo eco e pelo NICOM (r=0,95 – p<0,001). Em B, diagrama esquemático do posicionamento dos eletrodos durante o estudo. O par de eletrodos superior (setas brancas) é colocado no meio da clavícula. O par de d eletrodos inferior (setas pretas) é colocado sobre a linha axilar anterior. A colocação de cabo é igual também realizada no lado esquerdo do lactente. O objetivo é “encaixar o coração com os 4 pares de eletrodos. Leituras do débito cardíaco esquerdo pelo NICOM foram em média, 31 ±8% inferior ao débito cardíaco esquerdo. (observem o R2 linear (0,938), ou seja o DC obtido pelo eco explica o DC obtido pelo NICOM em 93,8%! Weisz DE et al, 2012 Expansão de volume excessiva e morte neonatal nos recémnascidos prematuros de 27-28 semanas de gestação Autor(es): Ewer AK et al. Apresentação: Freed Anunciação, Estevão Borges, Rodrigo de Deus, Paulo R. Margotto • • • A indicação mais comum para o expansão de volume é a hipotensão. Entretanto nos prematuros, hipotensão é difícil de ser avaliada por técnicas não invasivas.Além estas crianças hipotensos podem ter volume sanguíneo semelhantes aos normotensos Exames ecocardiográficos sugerem que, em prematuros durante as primeiras 24 h de vida, a causa mais provável de hipotensão arterial é a disfunção do miocárdio que responde pior ao volume do que ao suporte com drogas inotrópicas. Os recém-nascidos que receberam expansão de volume ≥ 30 mL / kg nas primeiras 48 h de vida eram mais propensos a morrer do que aqueles que receberam <30 mL / kg (OR 4,5 [95% CI 1.2, 17.2]). Hipotensão permissiva Autor(es): Keith Barrington (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto • • • • O coração do bebê é muito intolerante a aumentos da pós-carga. O aumento da pós-carga neonatal no sistema cardiovascular neonatal, geralmente ocorrerá diminuição do débito cardíaco Sempre que usarmos a dopamina, que é um vasoconstrictor muito potente, corre grande risco que a principal resposta do sistema cardíaco seja a diminuição do débito cardíaco e não aumento do débito cardíaco que é o que você quer Não há nenhum ensaio randomizado que mostre o efeito destes bolus de líquido sobre a melhoria dos bebês com pressão arterial baixa Há muita confusão e as razões destas grandes discrepâncias na prática não sabermos e mostra que não sabemos o que estamos fazendo. O principal em uma conduta é não causar dano. Podemos ter bons resultados com terapias restritas. Não há evidências que apóiem uma abordagem mais agressiva. Precisamos de estudos randomizados e prospectivos para termos melhores evidências no futuro. Alguns RN estão muito graves e não podemos aguardar. Temos que fazer alguma coisa. Nestes RN vocês podem usar a fisiologia, a hemodinâmica, as respostas conhecidas para sabermos o que fazer. Mesmos nestes casos precisamos de evidências melhores. Hipotensão Permissiva: Ponto de vista Autor(es): Paulo R. Margotto • • Quanto ao artigo de Evans N (Which inotrope for which baby?): ele coloca claramente as dificuldades no manuseio do suporte circulatório dos bebês devido a ausência de evidências sobre qual inotrópico deve ser dado aos bebês. O Evans é do grupo do Kluckow, da Austrália. O Prof. Kluckow esteve também no Simpósio Internacional do Rio de Janeiro, em 2002, quando enfatizou a importância de se avaliar o débito cardíaco e o seu grupo mostrou resultados importantes, incluindo follow up na avaliação do suporte circulatório utilizando a medida do FLUXO DA VEIA CAVA SUPERIOR. A partir da Conferência dele e dos trabalhos deste Grupo australiano, escrevi Suporte cardiovascular no recém-nascido pré-termo6. Eles mostraram que não existe correlação entre pressão arterial e débito cardíaco (podemos ter débito cardíaco normal com pressão arterial baixa e vice-versa). Belik, do Canadá também fez estas considerações quando esteve em Fortaleza no Congresso de Perinatologia7 . Discutimos com os cardiologistas na nossa Unidade Neonatal estes trabalhos. O problema é que só temos cardiologista na UTI Neonatal 2 vezes por semana. Então, nos baseamos na pressão arterial (permissiva pois sempre analisamos em conjunto com outras variáveis). Portanto, na minha visão, quando um tema é polêmico, com várias controversas, é fundamental que conheçamos as controversas para que possamos agir o mais certo possível frente a uma situação difícil e não "sair atirando para tudo quanto é lado". Devemos sempre lembrar que o nosso prematurinho na UTI Neonatal encontra-se em um período de intenso desenvolvimento cerebral e devemos fazer de tudo para que este desenvolvimento seja preservado, mesmo dentro das condições adversas das nossas UTIs Neonatais. Tratamento da hipotensão presumida nos recém-nascidos de muito baixo peso: efeitos na oxigenação cerebral regional Autor(es): Garner RS, Burchfield D. Apresentação: Laís Póvoa, Morgana Pelegrini, Saulo Floriano, Paulo R. Margotto • No presente estudo, demonstrou-se que o tratamento da hipotensão presumida, embora tenha resultado em aumento da pressão arterial (PA) sistêmica, não equivaleu a uma melhora na oxigenação tecidual • • • O tratamento baseado só na pressão arterial <30mmHg pode não melhorar a oxigenação cerebral, apesar do aumento da pressão arterial, provavelmente porque estes pacientes estejam na zona de autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral. Corrigir PA sem analisar o comprometimento da oxigenação tecidual pode gerar complicações. No futuro deverá haver melhora na monitoração não invasiva para auxiliar as decisões clínicas no tratamento da hipotensão Manejo cardiovascular no recém-nascido pré-termo e uso prático do Ultrassom na UTI neonatal Autor(es): Martin Kluckow (Austrália). Realizado por Paulo R. Margotto ( IX Congresso Iberoamericano de Neonatologia-SIBEN, Belo Horizonte, 20-23/6/2012) • • • Por que o débito cardíaco (DC) é mais importante do que a pressão arterial? Novamente há uma correlação muito ruim entre PA e medidas de DC no fluxo na veia cava superior (VCS), como avaliado por outros autores. DC normal e pressão arterial (PA) baixa precisa de tratamento? E PA normal com DC baixo? Se usarmos apenas a PA como parâmetro para avaliar a saúde cardiovascular das nossas crianças, talvez estejamos desprezando o fato de que estas crianças possam ter DC bastante baixo com redução da oxigenação tecidual principalmente para o cérebro e vísceras. O ultrassom (US) executado pelo clínico tem várias indicações, constituindo um dado obtido em tempo real, ou seja, na hora que precisamos da informação, além de poder ser feito sequencialmente. Avalia a função e não a estrutura e nos possibilita entender a fisiologia, permite definir a melhor opção de tratamento para esta criança, pelo melhor entendimento de sua fisiologia. há limitações na avaliação do sistema cardiovascular nos RN, o US fornece dados em tempo real e longitudinal, permitindo entender a fisiologia subjacente, permitindo entender porque o RN está instável, fornecendo informações imediatamente úteis para as decisões clínicas. Os neonatologistas estão usando frequentemente o US nas UTI neonatais. Não usamos a ecocardiografia, mas o US ao lado leito, o que nos permite avaliar aquilo que estamos fazendo sem entrar em conflito com os nossos cardiologistas Suporte cardiovascular no recém-nascido pré-termo extremo Autor(es): Martin Kluckow (Austrália). Realizado por Paulo R. Margotto • • • • • • • • Ainda que pensemos que esta seja uma causa de baixa pressão arterial (PA) e baixo débito cardíaco (DC), é uma ocorrência rara nos RN prematuros. Entre as causas de hipovolemia, temos: a perda aguda de sangue, perda líquida pela pele dos RN pré-termos extremos que predispõem à desidratação aguda, com manifestação clínica de hipotensão. A maior parte dos bebês que tratamos não está hipovolêmica. A avaliação da PA concomitantemente com o DC mostrou pouca relação. Temos que decidir se vamos tratar a PA independente do DC ou se vamos analisar o DC também ou se vamos usar uma combinação dos dois que com certeza será a melhor escolha. Pressão arterial normal no RN pré-termo: é difícil esta definição, uma vez que os RN prematuros são anormais. A ventilação mecânica, muito estresse, ductus arteriosus patente são fatores que fazem com que haja flutuação da PA. Há diferenças quanto à idade gestacional; os RN menores tendem a ter menor PA. Mial e Allen, em 1987, utilizaram como ponto de corte 30mmHg, independente da idade gestacional, baseando-se em: os RN com pressão arterial média –PAM- maior que 30mmHg não apresentam qualquer morbidade cerebral, o que ocorreu nos RN com pressão arterial média abaixo de 30mmHg. Watkins e cl, em 1989, citaram os seguintes valores normais para a PAM: -500-750g : 26mmHg -750-1000g : 28mmHg -1000-1250g : 29mmH -1250-1500g : 30mmHg UMA REGRA FÁCIL: MANTER A PAM ACIMA DA IDADE GESTACIONAL Sobrecarga flúida é associada com deficiente oxigenação e morbidade em crianças criticamente doentes Autor(es): Arikan AA et al. Apresentação: André Gusmão • • • A associação significativa entre a sobrecarga de volume (SV) e piora da oxigenação persistiu quando controlado pelo PELOD (Pediatric Logistic Organ Dysfunction - é um escore de disfunção de órgãos desenvolvido e validado para medição diária em pacientes pediátricos, e inclui um total de 12 variáveis para seis das principais disfunções orgânicas) , sugerindo que a SV tem impacto negativo sobre oxigenação, independentemente da gravidade da doença. Estratégia restritiva fluídica na lesão pulmonar aguda melhora a oxigenação e função pulmonar sem afetar negativamente o desfecho do choque O balanço hídrico aumentado foi um preditor independente de pior oxigenação, maior tempo no ventilador, no tempo de UTI e internação. A Pressão venosa central prediz a responsividade ao fluido? (estudo em adultos) Autor(es): Marik PE et al. Apresentação: Cecília Guimarães Vilella • A PVC não deve ser usada para diferenciar os pacientes responsíveis aos fluidos dos não-responsíveis durante ressuscitação volêmica • As recomendações para ressuscitação volêmica guiada pela PVC do Surviving Sepsis Campaign devem ser revisadas • • • • • • • • • • • • • Manuseio do choque séptico no recém-nascido Autor(es): Equipe Neonatal do Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF Equipe necessária: 1 médico, 1 enfermeira e 2 auxiliares de enfermagem Atuação da equipe: pelo tempo necessário para promover estabilidade hemodinâmica do paciente Avaliações diagnósticas necessárias: medida da pressão arterial não-invasiva, controle da diurese, medida da pressão venosa central (PVC) Primeira Etapa (60 min) Medir a PA (pressão arterial) a cada 10 min; valorizar a PAM (pressão arterial média) (prioridade para instalação de monitor de pressão arterial não-invasiva disponível no setor) Aplicar fase rápida (FR) com soro fisiológico, 10 ml/kg, em 20 min para o recém-nascido pré-termo (RNPT) e em 10 min para o recém-nascido a termo(RNT), repetindo as etapas até normalização da PAM (> 30mmHg) Iniciar Dopamina, na dose de 7,5 mcg/kg/min, e somente reduzir a dose se houver hipertensão arterial (consultar tabelas) Avalie o paciente a cada 10 min para decidir o passo seguinte, que nessa fase são as infusões Obs. 1: Corrija hipoglicemia, hipocalcemia, acidose metabólica pura e anemia documentadas Obs. 2: Avaliar e garantir suporte ventilatório • Segunda Etapa (30 min) – se PAM < 30 mmHg • • • • Aumentar a Dopamina para 10 mcg/kg/min Iniciar Dobutamina, na dose de 10 mcg/kg/min Medir PVC para avaliar novas necessidades de expansões, que devem ser continuadas se PVC < 8 cmH2O ou, na ausência de PVC, avaliando perfusão periférica e diurese (que tem que ser > 1,2 ml/kg/hora) Aumentar a Dobutamina, de 5 em 5 mcg/kg/min, a cada 10 min, até 20 mcg/kg/min, se PAM< 30 mmHg, se PVC< 8 cmH2O e/ou saturação venosa central < 70 mmHg • Terceira Etapa – se PAM < 30 mmHg • • • • • Iniciar Adrenalina, 0,1 mcg/kg/min e, a cada 20 min, aumentar 0,1 mcg/kg/min até 0,5 mcg/kg/min Obs. 1: Ao iniciar Adrenalina, avaliar redução das doses da Dopamina Obs. 2: Se houver necessidade de aumentar a Adrenalina acima de 0,2 mcg/kg/min, iniciar Hidrocortisona na dose de 1 mg/kg/dose de 8/8h Obs. 3: Considerar uso de corticóide em fases anteriores se hipoglicemia resistente • Quarta Etapa • Ampliar a discussão com outros colegas da unidade para tomar condutas adicionais • Considerar avaliação ecocardiográfica da função miocárdica • Considerar uso de outras drogas (Milrinona) conforme situação apresentada • Equipe de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF