Economia Disciplina de Fundamentos de Filosofia e Ciências Humanas Prof. Alfredo Pereira Jr. Definição É a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei); Na definição de Robbins (1932), é "a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos“; Escassez significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e desejos. Este é o “problema econômico”. A Economia envolve portanto o estudo das escolhas, que são afetadas por incentivos e recursos. Divisões e Objetivos As áreas da ciência econômica podem ser divididas e classificadas em micro e macroeconomia; economia positiva ("o que é") e normativa ("o que deveria ser"); economia ortodoxa e heterodoxa; A ciência econômica no seu sentido moderno começa com a publicação de A Riqueza das Nações de Adam Smith em 1776, onde o autor entende que a “Economia Política, considerada um ramo da ciência do estadista ou do legislador, propõe dois objetos distintos: primeiro, suprir renda ou produtos em abundância para o povo, ou, mais apropriadamente, possibilitar que provenham tal renda ou provento por si sós; e segundo, suprir o Estado ou Commonwealth com uma renda suficiente para os serviços públicos. Ela se propõe a enriquecer tanto o povo quanto o soberano. Microeconomia A microeconomia examina o comportamento econômico dos agentes (indivíduos, firmas) e suas interações em mercados específicos, dadas a escassez e regulação governamental. Estuda-se a quantidade de um produto demandada por compradores, a quantidade ofertada por vendedores, e ainda o preço praticado por unidade, para descrever como o mercado pode atingir um equilíbrio em relação ao preço e a quantidade negociada ou responder a variações no mercado ao longo do tempo. Isso é geralmente referido como análise de oferta e demanda. As estruturas do mercado, como competição perfeita e monopólio, são examinadas como implicações para o comportamento e para a eficiência econômica. Macroeconomia A macroeconomia examina a economia como um todo, para explicar o comportamento dos agentes e suas interações. Para tal, faz medições do produto nacional bruto, da taxa de desemprego, da inflação dos preços, níveis de consumo e dos gastos com investimento; Também estuda os efeitos da política monetária e política fiscal, buscando uma integração com a modelagem de base micro de setores, inclusive a racionalidade dos agentes, o uso eficiente da informação no mercado, e a competição imperfeita. A análise macroeconômica também considera fatores que afetem o nível de crescimento da renda nacional no longo-prazo. Tais fatores incluem a acumulação de capital, mudança tecnológica e crescimento da força de trabalho. Sistemas Econômicos Sistemas econômicos é o ramo da economia que estuda os métodos e instituições pelas quais sociedades determinam a propriedade, direção e alocação dos recursos econômicos. O sistema econômico de uma sociedade é a unidade de análise. Entre sistemas contemporâneos em diferentes partes do espectro organizacional são os sistemas socialistas e os sistemas capitalistas, nos quais ocorre a maior parte da produção ocorre, respectivamente em empresas estatais e privadas. Entre esses extremos estão as economias mistas. Um elemento comum é a interação de influências políticas e econômicas, amplamente estudadas na subárea de Economia Política. Problemas Econômicos Problemas comuns em diferentes tipos de sistemas econômicos incluem: quais bens produzir e em que quantidades (consumo ou investimento, bens privados ou bens públicos, etc.); como produzi-los (energia nuclear ou carvão, quanto e que tipos de máquinas, quem trabalha a terra e quem ensina, etc.); para quem produzi-los, refletindo a distribuição de renda e da produção. Em coerência com os problemas econômicos acima, muito da economia aplicada em políticas públicas está preocupada em determinar como a eficiência de uma economia pode ser aumentada. Teorias do Valor Econômico Karl Marx sistematizou a teoria do valor da mercadoria ao defini-la como sendo portadora, simultaneamente, de valor de uso e valor de troca. A determinação do último se encontra no tempo de trabalho socialmente necessário para produzir a mercadoria. Assim ele criou a “teoria do valor-trabalho”; No bojo de sua teoria do valor-trabalho, Marx desenvolve sua principal teoria econômica, que é a da exploração do trabalhador pelo capitalista através da mais-valia (parte do trabalho realizado pelo trabalhador que não é paga pelo patrão); A economia marginalista, que se contrapôs à Marx, levantou a tese segundo a qual seria a utilidade marginal da mercadoria (vantagem que o produto traz para seu possuidor) que determinaria o seu valor monetário. Suposições feitas pelos Economistas Ao elaborarem seus modelos explicativos, economistas costumam fazer certas simplificações: Racionalidade = Interesse próprio: crença de que a racionalidade implica interesse próprio e vice-versa. O altruísmo é visto como um caso em que o interesse próprio de um indivíduo inclui fazer o bem aos outros; Bem-estar = Consumo: crença de que seres humanos são felizes se e quando consomem. Apesar da crença original ser simplificada demais, observações empíricas tem confirmado uma relação entre o senso de bem-estar e determinados fatores como a renda; Atomismo: crença de que as preferências dos indivíduos são independentes. Essa é outra simplificação, tanto da economia quanto das crenças específicas dos economistas. Bolsa de Valores de Nova Yorque