PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. No Brasil, a escravidão não foi algo homogêneo, houve diversos tipos de trabalhos escravos: a escravidão rural, a escravidão urbana e a escravidão doméstica. Cada tipo tinham as suas especificidades. A vida do escravo na fazenda era bem mais difícil do que a do escravo urbano, mesmo no período do processo de abolição. Segundo Emília Viotti da Costa, em sua obra Da Senzala à Colônia, o escravo rural era submetido à uma dominação ainda mais repressora que o escravo urbano. As condições de trabalhos: Na área rural o escravo trabalhava uma média de 15 a 18 horas diárias. Com intervalos de meia hora para refeição, em que as cozinheiras preparavam a refeição no próprio local, em grandes caldeirões. Geralmente as senzalas eram construções de pau-a-pique, cobertas de sabe, sem janelas. As más condições higiênicas das senzalas, as penosas condições de trabalho sob o sol e a chuva, a precariedade do vestuário e da alimentação, os estragos causados pela cachaça minavam o corpo do escravo, contribuindo para o alto índice de mortalidade entre eles. Obra de Debret. Fonte: http://eleojamal.blogspot.com Engenho de cana-de-açucar – Debret. Fonte: http://www.bibliotecadacapoeira.blogspot.com São os chamados escravos de ganhos. Aqueles que vendiam nas ruas os produtos produzidos nas fazendas, embora os lucros não fossem para eles, mas para os senhores. Condições de trabalho: Apesar deste tipo de escravidão ser menos cruel, o escravo ainda não tinha possibilidade de ascensão social, pois eles trabalhavam para os senhores e não recebiam nada em troca, além das condições mínimas de existência. Vendedoras de milho verde em 1835 – Debret Fonte: http://www.dasartes.com Venda em Recife Fonte: http://www.portaldoprofessor.mec.gov.br Castigos públicos, em 1835 – Rugendas Fonte: http://www.historianailhadomiriti.blogspot.com São aqueles trabalhos escravos que trabalhavam nos serviços domésticos na casa grande. Não por acaso, nesse tipo de cativeiro se preferia mulheres e crianças. Era legítimo as escravas se tornarem concubinas e terem filhos com os seus senhores. Condições de trabalho Apesar do trabalho doméstico também ser menos cruel do que o trabalho rural, as condições de trabalho eram precários, na medida em que muitas vezes, as mães escravas eram separados de seus filhos e quando não, dividiam a amamentação com os filhos dos senhores. Além disso, sofriam humilhações e muitas vezes agreções, por causa do “Uma senhora brasileira em seu lar” – Rugendas Fonte: http://www.museuvirtualpintoresdorio.arteblog.com.br “Casa grande, mestre e escravos” – Jean Baptiste Debret Fonte: http://www.imagenshistoricas.blogspot.com COSTA, Emília Viotti. Da senzala à colônia. (2ª ed.) São Paulo, Ciências Humanas, 1982 Imagens de Jean Moritz Rugendas Baptiste Debret e Johann