ECONOMIA – Micro e Macro Baseado na Obra: Economia – Micro e Macro Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos 1 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro 1 – Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica 2 – Contabilidade Social 3 – O Lado Real 4 – O Lado Monetário 5 – Inflação 6 – O Setor Externo 7 – Política Fiscal e Déficit Público 8 – Crescimento e Desenvolvimento Econômico 2 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro - Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica Introdução Metas de Política Macroeconômica Estrutura da Análise Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica 3 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Introdução Trata da evolução da economia como um todo Determinação Analisando: Agregados econômicos Comportamento RENDA PRODUTO NACIONAL INVESTIMENTO POUPANÇA CONSUMO NÍVEL GERAL DE PREÇOS EMPREGO DESEMPREGO ESTOQUE DE MOEDA TAXA DE JUROS BALANÇO DE PAGTOS TAXA DE CAMBIO 4 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Introdução Grandes agregados Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais Permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes. Ex.: entre os mercados de bens e serviços, de trabalho e de ativos financeiros e não financeiros. OBS.: Não há conflito entre Macro e Microeconomia 5 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Introdução - Questão do desemprego Teoria macroeconômica Questões de curto prazo - Estabilização do nível geral de preços Teoria do desenvolvimento econômico Questões de longo prazo - Progresso tecnológico - Política Industrial 6 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica - Alto nível de emprego - Estabilidade de preços (combate a inflação) - Distribuição de renda socialmente justa - Crescimento econômico Política de estabilização - Balanço de pagamentos (alguns textos) 7 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica Alto nível de emprego Destaque ao trabalho do economista inglês: John Maynard Keynes ( Livro: A teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936) ) Anos 30 – Permitiu um aprofundamento da análise da política econômica ( Tx. Desemp. ~ 25%) Fazer a economia recuperar o nível de emprego. 8 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica Estabilidade de Preços Inflação – Aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Acarreta distorções, principalmente, sobre a: Distribuição de renda Expectativas da sociedade Balança de pagamentos 9 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica Distribuição Eqüitativa de Renda Ex. da má distribuição: No Brasil, os críticos do chamado “milagre econômico” argumentaram que piorou a concentração de renda no país nos anos 67/73 devido a uma política deliberada do Governo (a chamada “Teoria do Bolo” ): primeiro crescer, para depois pensar em repartição da renda. 10 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica Crescimento Econômico Se existe desemprego e capacidade ociosa Pode-se aumentar o produto nacional Políticas econômicas Estimular a Atividade Produtiva Aumento nos recursos disponíveis Há um limite de produção Ou avanço tecnológico 11 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica Crescimento Econômico Melhor indicador Crescimento da renda nacional per capita Não significa Melhor padrão de vida Nível de desenvolvimento inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.) 12 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica Inter-relações e conflitos entre objetivos Os objetivos não são independentes, podendo ser conflitantes. Crescimento Econômico e Distribuição de renda Renda Aumenta Aumenta a renda dos pobres, sem reduzir a dos ricos (abranda conflitos sociais). Em países subdesenv. (conflitante) Aumenta-se a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional (Teoria do Bolo). 13 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Metas de Política Macroeconômica Inter-relações e conflitos entre objetivos Os objetivos não são independentes, podendo ser conflitantes. Metas de Redução de Emprego e Estabilidade de Preços Com aumento de compras Reduz-se o desemprego. Aproximando do pleno emprego, os recursos tendem a escassear, provocando um aumento dos custos de produção. Podendo aumentar a inflação (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade). 14 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica Atuação do Governo Capacidade Produtiva (Produção Agregada) Despesas planejadas (Demanda Agregada) Permitir à economia operar: a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. 15 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Teoria e Política Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica - Política Fiscal - Política Monetária - Política Cambial e Comercial - Política de Rendas (Controle de Preços e Salários) 16 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro - O Lado Monetário Moeda: Conceito e Funções Meios de Pagamento: Conceito e Composição Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais) Demanda por Moeda 17 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Moeda – Conceito e Funções Objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços. Aceitação garantida por lei. Instrumento ou Meio de Troca Promove e facilita o intercâmbio de bens e serviços. Evita a chamada economia de trocas ou escambo. Medida de Valor Unidade de Conta. Permite apurar o valor Monetário Reserva de Valor Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação. 18 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Moeda – Conceito e Funções Obs.: Reserva de Valor – O que determina a riqueza de um país é sua produção global e não o montante de moeda existente ( Falácia da composição). Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a aceitação geral pelos agentes econômicos. 19 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Meios de Pagamento: Conceito e Composição Meios de Pagamento = Oferta de Moeda = Representam todos os haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico. M = PMPP + DV M : Meios de Pagamento PMPP : Papel moeda em poder do público (Ativo de maior Liquidez) DV : Depósito a vista (É o valor que o correntista tem, não é o cheque – Moeda escritural ou moeda bancária) Utilizado para DV = Caixa dos bancos comerciais outras transações 20 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Meios de Pagamento: Conceito e Composição M1 = Total de moeda que não rende juros e é de liquidez imediata. São definidos também M2, M3 e M4, que incluem ativos financeiros que rendem juros e são de alta liquidez, embora não imediata. 21 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Meios de Pagamento: Conceito e Composição M1 M2 M3 M4 = Moeda em poder do Público (+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais = Conceito M1 (+) Depósitos a Vista nas Caixas Econômicas (+) Títulos Públicos colocados no Mercado (+) Saldo de Fundos de Aplicação Financeira (RF) = Conceito M2 (+) Depósitos em Cadernetas de Poupança = Conceito M3 (+) Depósitos a Prazo Fixo (CDB, RDB) (+) Letras de Câmbio e Letras Imobiliárias 22 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário BANCO CENTRAL OBJETIVO: Regular a moeda e o crédito, em níveis compatíveis com o crescimento do produto (manter a liquidez do sistema econômico). FUNÇÕES: - Banco emissor de moeda (controlar a oferta de moeda) - Banco dos bancos (os bancos depositam seus fundos e transferem entre eles (pela câmara de compensação Banco de cheques). Além disso, o BC empresta aos bancos do (redesconto bancário) Brasil - Banco do governo (canal que o Governo tem para implementar a Pol. Monetária. Recebe fundos do Gov. e emite títulos (obrigações) para a venda ao público) - Banco depositário das reservas internacionais. 23 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Política Monetária - Oferta de Moeda ENFATIZA SUA ATUAÇÃO SOBRE OS MEIOS DE PAGAMENTO, TÍTULOS PÚBLICOS E TAXAS DE JUROS, MODIFICANDO O CUSTO E O NÍVEL DE OFERTA DE CRÉDITO. ESTA POLÍTICA É EXECUTADA PELO BACEN, QUE POSSUI PODERES E COMPETÊNCIA PRÔPRIOS PARA CONTROLAR A QUANTIDADE DE MOEDA NA ECONOMIA. Emissões de moeda Instrumentos de controle monetário Depósitos Compulsórios Operação de Mercado Aberto Política de Redesconto Regulamentação e Controle de Crédito 24 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Política Monetária - Oferta de Moeda POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA É AQUELA QUE ELEVA A LIQUIDEZ DA ECONOMIA, INJETANDO MAIOR VOLUME DE RECURSOS NOS MERCADOS E ELEVANDO, EM CONSEQÜÊNCIA, OS MEIOS DE PAGAMENTO. ATRAVÉS DE UMA POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA, AS AUTORIDADES MONETÁRIAS PROMOVEM REDUÇÕES DOS MEIOS DE PAGAMENTO DA ECONOMIA, RETRAINDO A DEMANDA AGREGADA (CONSUMO E INVESTIMENTO) E A ATIVIDADE ECONÔMICA. 25 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Política Monetária - Oferta de Moeda A POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA SE APLICA PARA DINAMIZAR O CONSUMO E O INVESTIMENTO AGREGADOS, COM REFLEXOS POSITIVOS SOBRE A EXPANSÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. APLICA-SE EM MOMENTOS DE RETRAÇÃO ECONÔMICA. A POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA, VISA A RESTRIGIR A OFERTA DE CRÉDITO E ELEVAR SEU CUSTO, DE FORMA DE ADEQUAR O CONSUMO E O INVESTIMENTO AGREGADOS À OFERTA MONETÁRIA DA ECONOMIA. 26 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Depósito Compulsório • Percentual incidente sobre os depósitos captados pelos bancos comerciais, que deve ser colocado a disposição do Banco Central. • Instrumento de controle monetário que atua sobre os meios de pagamento através do multiplicador bancário. • Pode incidir sobre depósitos a vista e sobre os diferentes tipos de depósitos a prazo. • A alteração das taxas de recolhimento compulsório determina a expansão ou a retração da atividade econômica. OBS.: Por outro lado, há os chamados Depósitos Voluntários dos bancos comerciais, que são depósitos no BC para atender ao seu movimento de caixa e compensação de cheques 27 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Operações de Mercado Aberto (Open Market) • Estas operações funcionam como instrumento ágil de política monetária para melhorar o fluxo monetário da economia e influenciar os níveis das taxas de juros a curto prazo. • Fundamentam-se na compra e venda de títulos da dívida pública no mercado, processadas pelo Bacen na qualidade de agente monetário do governo. • Para aumentar os meios de pagamento o governo resgata títulos públicos, injetando dinheiro. • Para reduzir os meios de pagamento e aumentar a taxa de juros, o governo emite e coloca novos títulos da dívida em circulação. 28 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Política de Redesconto • Redesconto de Liquidez, ou normal : Visa socorrer os bancos quanto a um eventual saldo negativo na conta de depósitos voluntários, ou seja, visando equilibrar suas necessidades de caixa no caso de aumento acentuado da demanda de recursos dos depositantes. Redesconto especial ou seletivo : Linha de crédito especial aos bancos. A TAXA DE JUROS COBRADA PELO BC NESSAS OPERAÇÕES CHAMA-SE TAXA DE REDESCONTO. ESTA TAXA AGE SOBRE O NÍVEL DE LIQUIDEZ MONETÁRIA DA ECONOMIA E SOBRE AS TAXAS DE JUROS PRATICADAS PELOS BANCOS. 29 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Regulação e Controle de Crédito • Política de juros, controle de prazos, regras para o financiamento aos consumidores, etc. 30 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Demanda por Moeda • Porque reter moeda, se existem alternativas de aplicação em ativos que produzem rendimentos ? • Segundo Keynes os motivos são : – Negócios ou transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos. Descompasso entre recebimentos e pagamentos (relação direta com a renda). – Precaução: devido as incertezas quanto à datas de recebimentos e de pagamentos (relação direta com a renda). – Especulação: para aproveitar oportunidades de investimento (títulos, imóveis, etc.) – Relação inversa com a taxa de juros. 31 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário Demanda por Moeda • A Demanda de moeda de uma economia se eleva a medida que se produz mais renda, ou seja, quando a atividade produtiva agrega mais riqueza. • A Procura decresce quando os juros sobem, gerando maiores expectativas de lucros aos investidores. • A Procura diminui quando recrudesce o processo inflacionário, que destrói o poder de compra da moeda. 32 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário A importância da Taxa de Juros - Representa o preço do dinheiro no tempo; - É uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo, para os tomadores; - O BC, devido ao seu monopólio de emissão de moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros. 33 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Lado Monetário A importância da Taxa de Juros A Alta da Taxa de Juros: - Sobe o custo para os tomadores de fundos; - Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a atratividade de aplicar no mercado financeiro; - Incentiva o ingresso de recursos de outros países; - Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento, estimulando a especulação no mercado financeiro; - Aumenta o custo da dívida pública interna. 34 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro - Inflação Conceito Distorções Provocadas Causas O Imposto Inflacionário A curva de Phillips 35 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Conceito Aumento contínuo e generalizado no nível de preços. Distorções Efeito sobre a Distribuição de Renda o Balanço de Pagamentos as Expectativas o Mercado de Capitais 36 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Distorções Distribuição de Renda Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda ( Não mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência). Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros. O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas. 37 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Distorções Balanço de Pagamentos Inflação > Nível de Preço Internacional Encarecem o produto nacional Desvalorização Cambial Aumenta a Exp. Importações necessárias (Petróleo,etc.) tornam-se mais caras Estimula a Importação (desestímulo a Exp.) Diminui o Saldo da Balança Comercial Aumentam-se os custos de produção Se o país estiver com Déficit Cambial Elevação de preços 38 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Distorções Expectativas Expectativas sobre o futuro em ambiente inflacionário Setor Empresarial Sensível a Investimentos Produção Futura e Nível de emprego comprometidos 39 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Distorções Mercado de Capitais Processo Inflacionário Valor da moeda deteriora-se Estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis) E desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação). 40 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação No Longo Prazo Alguns setores ganham no Curto Prazo. No Longo Prazo, é discutível esse ganho pois, desarticula o sistema econômico. Onera-se os trabalhadores, ao corroer seus salários. Assim, as empresas irão vender menos e o governo arrecadará menos. 41 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Causas Inflação de DEMANDA Inflação de CUSTOS OUTRAS Causas 42 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Causas Inflação de DEMANDA “Dinheiro demais a procura de poucos bens”. Excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não, necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços. 43 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Causas Inflação de DEMANDA Nível Geral de Preços OA DA1 DA0 P1 P0 Y0 Y1 Y A curto prazo, a demanda agregada é mais sensível à alterações de política econômica que a oferta agregada (longo prazo). Assim, a política preconizada para combatê-la seria a que provocasse redução desta procura por bens e serviços. 44 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Causas Inflação de CUSTOS Nível Geral de Preços P1 P0 Inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o mesmo, OA0 mas os custos de certos insumos DA aumentam e são repassados aos preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de certas empresas) que conseguem elevar seus luY cros acima da elevação dos custos Y 1 Y0 de produção. OA1 45 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Causas Inflação de CUSTOS Nível Geral de Preços P1 P0 Também pode se causada por auOA1 mentos autônomos nos preços de OA0 matérias-primas básicas, os chamaDA dos choques de matérias-primas (crise do petróleo, choques agrícolas). Política adotada: Controle direto de preços (via política salarial rígida, fiscalização sobre os lucros dos oliY Y 1 Y0 gopólios, controle de preços dos Produtos). 46 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Inflação Causas Outras Causas Inércia Inflacionária – Provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes. Inflação de Expectativas – Estaria associada aos aumentos de preços provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende acrescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro. 47 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Fundamentos do Comércio Internacional O que leva os países a comercializarem entre si ? Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo) Sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor. Essa será a mercadoria a ser exportada. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aqueles cuja produção implicar um custo relativamente maior. Assim explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes e portanto a troca entre eles. 48 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Taxa de Câmbio É o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da moeda nacional ou vice-versa. Ex.: 1,00 U$ = R$ 3,10 ou R$ 1,00 = U$ 0,32 Cotação do Certo Convenção do Incerto = Consiste em cotar o preço da moeda estrangeira na moeda nacional (Adotado no Brasil). Obs.: Um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização.. Ex.: 1,00 U$ = R$ 3,10 p/ 1,00 U$ = R$ 3,50 Desvalorização 49 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Taxa de Câmbio Como todo preço, a taxa de câmbio, é determinada pela oferta e pela demanda, no caso, de divisas (associaremos divisas ao dólar). OFERTA DE DIVISAS = Depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos (agentes que precisam trocar dólares por reais). DEMANDA DE DIVISAS = (Agentes que precisam trocar reais por dólares) Depende do volume das importações e da saída de capitais externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros, etc.) 50 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Taxa de Câmbio OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira (valorização cambial) OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira (Desvalorização cambial) 51 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Taxa de Câmbio Observa-se que a variação do dólar no paralelo representa um termômetro das incertezas e expectativas que o país atravessa, mas não depende nem influencia diretamente a taxa oficial de câmbio. 52 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Regimes Cambiais Taxa Fixa de Câmbio Taxa de Câmbio Flutuante BC fixa a taxa de câmbio Taxa determinada pelo mercado de divisas - Maior Previsibilidade aos agentes do mercado. - Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil para controle da inflação. Dirty Floating – (Mais adotado) Regime de Câmbio Flutuante, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis. 53 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações Desvalorização cambial A Taxa de câmbio sobe Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares, compram mais produtos brasileiros Exportadores tendem a exportar mais. Importadores pagarão mais reais por dólar e tendem a importar menos. 54 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações Valorização cambial A Taxa de câmbio cai Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares, compram menos produtos brasileiros Exportadores têm desestímulo para a venda (exportam menos). Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais. 55 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Taxa de Inflação Valorização cambial A Taxa de câmbio cai (moeda nacional mais forte) Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial). Pressão pela queda dos preços internos +Política de Abertura Comercial (liberação de Importação) 56 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Taxa de Inflação Valorização cambial A Taxa de câmbio cai (moeda nacional mais forte) Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial). Pressão pela queda dos preços internos +Política de Abertura Comercial (liberação de Importação) Instrumento para Controlar a INFLAÇÃO 57 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Taxa de Inflação Valorização cambial Instrumento para Controlar a INFLAÇÃO Aumenta a eficiência produtiva (pelo aumento da competição) CUSTOS: P/ Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto). P/ Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. 58 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Taxa de Inflação Desvalorização cambial Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações. (leva um certo tempo p/ essa resposta) Efeito mais imediato: Aumento no custo das Importações, incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. Pressão sobre os custos de produção Aumento da Inflação 59 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Taxa de Inflação Conclusão: O Nível da Taxa de Câmbio é determinado pelos objetivos da política econômica do país. A taxa de câmbio deve ser relativamente alta para estimular as exportações e relativamente baixa para não encarecer demasiado as importações, e pressionar a inflação. 60 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Juros sobre a Taxa de Câmbio Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa Tendência de aumento do fluxo de capitais financeiros internacionais para o país Aumentando a oferta de divisas (dólar) Promovendo uma queda na taxa de Câmbio (valorização da moeda nacional) Paralelamente, os nacionais ficam atraídos a investir no mercado interno de capitais, diminuindo a saída de divisas do país e, assim, a demanda de divisas. 61 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Políticas Externas Política Cambial Política Comercial Política Cambial - Regime de taxas fixas de câmbio - Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating) - Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar) 62 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro O Setor Externo Políticas Externas Política Cambial Política Comercial Política Comercial Subst. de Importações (I.I. maiores) Alterações das Tarifas sobre Importações Regulamentação do Comércio Exterior Abertura Comercial ou liberalização das Imp. (I. Importação menores) Entraves Burocráticos Barreiras qualitativas 63 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Balanço de Pagamentos Registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais físicos e financeiros. Registra: - o comércio de mercadorias (exportações, importações); - os serviços (pagamentos de juros, royalties, remessa de lucros, turismo, pagamentos de fretes etc.); - o movimento de capitais (investimentos diretos estraneiros, empréstimos e financiamentos, capitais especulativos) 64 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Balanço de Pagamentos • A. Balança Comercial – Exportações – Importações • B. Balança de Serviços – Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e dividendos, serviços governamentais e diversos • C. Transferencias Unilaterais • D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C) • E. Movimento de Capitais – Investimentos, re-investimentos, empréstimos, financiamentos, amortizações, outros • F. Erros e Omissões • G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F) 65 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro - Política Fiscal e Déficit Público O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica As Funções Econômicas do Setor Público Estrutura Tributária Conceito de Déficit Público e Formas de Financiamento 66 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica Crescimento da renda per capita - gera um aumento da demanda de bens e serviços públicos (lazer, educação superior, medicina, etc.) Mudanças Tecnológicas – Maior demanda por rodovias e infraestrutura Mudanças Populacionais – Com seu aumento, faz com que o Estado aumente sua despesa com educação, saúde, etc. Efeitos de Guerra – A participação do Estado aumenta. Mudanças da Previdência Social 67 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica A evolução das economias mundiais no século XX levou ao desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio internacional, tornando mais complexas as relações econômicas adicionando incertezas e especulação. Portanto, a economia (sistema de mercado) não tinha mais condições de regular-se automaticamente, ou seja, sem a atuação econômica do Setor Público. Ex.: O crack da Bolsa de Nova York, em 1929. Função Alocativa Função Distributiva Função Estabilizadora 68 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público As Funções Econômicas do Setor Público Função Alocativa Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado (chamados bens públicos). Bens Públicos = Bens de uso coletivo Característica : Impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à disposição do público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e serviços de despoluição. 69 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público As Funções Econômicas do Setor Público Função Distributiva Depende da distribuição de renda que dependerá da produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores de produção e também da influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. Atuação do Governo como agende redistribuidor Tributação Progressiva Subsídios para consumidores de baixa renda Gastos públicos para áreas mais pobres 70 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público As Funções Econômicas do Setor Público Função Estabilizadora Relacionada com a intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, já que o pleno emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de maneira automática na economia. 71 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público Estrutura Tributária – Princípios de Tributação - Neutralidade - Eqüidade Princípio da Neutralidade – Quando os tributos não alterarem os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado. Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos negativos sobre a eficiência econômica. Sendo adequados, os impostos podem ser utilizados na correção de ineficiências do setor privado. 72 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público Estrutura Tributária – Princípios de Tributação - Neutralidade - Eqüidade Princípio da Equidade – Distribuição de maneira justa do ônus entre os indivíduos Princípio do Benefício Princípio da Capacidade de Pagamento 73 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público Estrutura Tributária – Princípios de Tributação - Neutralidade - Eqüidade Princípio do Benefício – O indivíduo pagaria o tributo para igualar o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe. Problemas: - Identificação do benefício que cada um atribui a diferentes quantidades do bem ou serviço público; - As pessoas não teriam motivo para revelarem suas preferências (poderia aumentar sua contribuição), já que o bem é público. Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia) 74 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público Estrutura Tributária – Princípios de Tributação - Neutralidade - Eqüidade Princípio da Capacidade de Pagamento – Os agentes devem contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento. Ex. típico: Imposto de Renda. Medidas utilizadas: Renda, consumo e patrimônio. Renda: Normalmente são impostos progressivos. Consumo: Abrangência Global. Logo, são, normalmente, regressivos. Patrimônio: Tem o problema de serem formados por fluxos de renda passados que já foram anteriormente tributados. 75 Roberto Name Ribeiro ECONOMIA – Micro e Macro Política Fiscal e Déficit Público Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica Impostos Diretos – Incidem diretamente sobre a renda das pessoas Indiretos – Incidem sobre o preços das mercadorias Específicos – Valor fixo, independente do valor do bem. Ad Valorem – Alíquota fixa sobre o valor do bem. Estrutura Tributária: Progressiva – Alíquota aumenta com o aumento da renda (I. Renda -> Progressivo, logo, mais justo do ponto de vista fiscal) Regressiva – Quanto maior a renda, menor a tributação, em proporção à renda (Ex.: Impostos indiretos (vendas)) Proporcional (Neutra) – Todos pagam a mesma alíquota. 76 Roberto Name Ribeiro