Evangelhos Programa de aula Total de 11 aulas Duas Avaliações 1ª - dia 15/06 – Lições 1 a 5 2ª - dia 29/06 – Lições 6 a 10 Um trabalho Evangelhos CAPÍTULO I CAPÍTULO II CAPÍTULO III CAPITULO IV CAPÍTULO V CAPÍTULO VI CAPÍTULO VII CAPÍTULO VIII CAPÍTULO IX CAPÍTULO X (Índice) - Introdução aos Evangelhos - A Cultura nos Evangelhos - O Antigo Testamento e os Evangelhos - Evangelho Segundo Mateus - Evangelho Segundo Mateus (continuação) - O Evangelho Segundo Marcos - O Evangelho Segundo Lucas - O Evangelho Segundo Lucas (continuação) - O Evangelho Segundo João - O Evangelho Segundo João (continuação) Capítulo I Introdução aos Evangelhos Evangelhos Definição: • A palavra Evangelho deriva do grego, é formada pela união de dois termos: “ευ” – eu – que quer dizer “boa” “αγγελια” – anguelia – que significa “mensagem”, “nova”, “notícia”. • Podemos definir a palavra Evangelho como as Boas Novas, Boas Notícias. Evangelhos (Como se estuda ?) • A Bíblia pode ser estudada de duas formas: Sistemática e Cronológica. • Sistemática: As doutrinas bíblicas, são colocadas em um sistema ordenado, catalogadas de forma coerente para que possam ser melhores compreendidas. • Cronológica: Os acontecimentos são apresentados na ordem em que aconteceram de fato. Evangelhos (Sinópticos) O termo sinóptico é derivado do grego e quer dizer “visão conjunta”. Ele é atribuído ao conjunto dos três primeiros Evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas, justamente porque nestes livros há uma semelhança, ou uma visão conjunta sobre os fatos históricos. O Evangelho Segundo João não é incluso no sinóptico, apesar de ser considerado um Evangelho, porque sua abordagem é do ponto de vista divino de Jesus. João dá mais ênfase ao Jesus divino que ao Jesus histórico, como o fazem os sinópticos. Sinóptico é um termo teológico, você não o encontrará na Bíblia. Por se tratar de registro dos mesmos episódios, devemos buscar as informações contidas nos três registros, assim teremos uma visão ampla da situação de acordo com todos os pontos de vista. Evangelhos (Correlação) A CORRELAÇÃO entre os Evangelhos acontece quanto se visualiza todos os dados disponíveis de uma só vez, construindo assim um quadro completo do que aconteceu. Exemplo: A mulher citada em Mateus 26.7 é Maria, irmã de Lázaro, se olharmos também para João 12.3; Evangelhos (Comparação) O Evangelho 1º - Escritos para toda a humanidade, As Epístolas 1º - Escritas para igrejas e indivíduos, 2º - Anuncia as Boas Novas de Cristo Jesus, 2º - Apresentam soluções de problemas, ou respostas à dúvidas doutrinárias das primeiras comunidades cristãs, 3º - Seu teor é mais histórico que doutrinador. 3º - Seu teor é mais doutrinador que histórico. Evangelhos (Jesus Cristo) Os evangelhos foram escritos pelos discípulos do Senhor Jesus. Os nomes dos Evangelhos estão relacionados aos nomes dos escritores que os escreveram. Apenas dois, dentre os quatro escritores dos Evangelhos, tiveram contato direto com o Senhor Jesus. Mateus (Mt 9.9) e João (Jo 21.20-25). Lucas (Cl 4.14). Aparece depois, junto ao Apóstolo Paulo numa viagem missionária. Marcos (Mc 14.50-52). Há quem acredite que ele seria aquele moço que correra nu na noite que o Senhor fora traído (Mc 14.50-52). Os escritos de Lucas e Marcos não perdem sua credibilidade, inclusive desde muito cedo, foram aceitos pela igreja primitiva como inspirados pelo Espírito Santo (II Tm 3.16,17). Evangelhos (Visão de Ezequiel) Esta síntese é relacionada à visão dos rostos descrita por Ezequiel (Ezequiel 1.10) Evangelhos (Síntese de Mateus) O 1º ser vivente é semelhante a um leão (rei dos animais). O livro de Mateus é considerado o Evangelho do Rei. Escreveu para os judeus, primeiramente escrito em hebraico ou aramaico, por isso cita muitas vezes o Antigo Testamento. Enfatiza os sermões de Jesus. Tem característica profética. Mateus [1:1] Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Essa declaração liga as duas mais importantes alianças do Antigo Testamento (Davi- soberania, trono e Abraão – promessa). Evangelhos (Síntese de Marcos) O 2º ser vivente é semelhante a um novilho, um boi (animal que serve). O livro de Marcos é considerado o Evangelho do Servo de Deus. Escreveu para os romanos, muitos eruditos afirmam que foi escrito em Roma. Enfatiza os milagres de Jesus. Tem característica prática Marcos [10:45] = Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Jesus é visto como um poderoso obreiro. Apresenta mais ações que palavras. Evangelhos (Síntese de Lucas) O 3º ser vivente tem o rosto como de um homem. O livro de Lucas é considerado o Evangelho do Filho do Homem. Escreveu para os gregos, foi endereçado para um amigo, grego, de nome Teófilo (significa amado de Deus). Enfatiza as parábolas de Jesus. Tem característica histórica Lucas [6:5] = E dizia-lhes: O Filho do homem é Senhor até do sábado. O Homem perfeito, a ênfase está na perfeição de sua humanidade. Evangelhos (Síntese de João) O 4º ser vivente é semelhante à águia quando voa (animal dos ares). O livro de João é considerado o Evangelho do Filho de Deus. Escreveu para a igreja, de Éfeso a fim de combater os erros do gnosticismo, quanto à divindade de Cristo. Enfatiza a divindade de Jesus. Tem característica espiritual João [20:30] Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. [20:31] Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. Somente João fala do 1º ano de ministério (Cap.2 e 4), relata os grandes ensinos (novo nascimento, água viva, pão da vida, bom pastor, luz do mundo...) e revela o propósito de Cristo na última ceia (Cap. 13 a 16). Comparativo Evangelho Escrito Figura Para Ênfase Característica Mateus 60 d.C Rei Judeus Sermões Jesus Profética Marcos 55 – 65 d.C Servo Romanos Milagres Prática Lucas 60 – 63 d.C Filho do Homem Gregos Parábolas Histórica João 80-95 d.C Filho de Deus Divindade Espiritual Igreja Esta síntese é relacionada à visão dos rostos descrita por Ezequiel (Ezequiel 1.10) Mateus Marcos Lucas João Evangelhos (Conclusão) Nos Evangelhos encontramos vários estilos de documentos: doutrinários, históricos e biográficos. Eles podem ser considerados um resumo da vida (biografia) de Cristo, possuindo assim um teor mais histórico que doutrinário. Os Evangelhos foram escritos para que creiamos no Cristo. Não tem como objetivo ser usados como dissertação sobre tratado científico, político, comercial, etc. Voltemos à essência deste Sagrado Evangelho! Capítulo II A Cultura nos Evangelhos A Cultura nos Evangelhos A Hermenêutica afirma que Deus fala aos homens, através dos homens em contextos específicos. Conhecer o contexto histórico, geográfico e cultural dos evangelhos, permite melhor interpretá-los. A Cultura nos Evangelhos - Política Judeus estavam sob o julgo romano, e julgar suas questões religiosas através do SINÉDRIO, não exerciam a pena capital, mas castigavam com as famosas “quarenta chibatadas menos uma” (Jo 18.31). Romanos tributavam os judeus através dos PUBLICANOS. Quatro línguas eram faladas: o latim, o grego, o hebraico e o aramaico. Cada uma destas línguas tinha uma razão de ser e eram ouvidas pelo povo em determinada circunstância. A Cultura nos Evangelhos - Línguas 4 línguas eram faladas: O latim era a língua do império dominante na época, falada pelos soldados romanos, e pelos romanos, por isso era uma língua importante e que tinha sua razão de ser e existir na Palestina. O grego era a língua culta, a língua universal, seria o equivalente ao inglês hoje, uma língua que serve de padrão para as comunicações internacionais. Não era a língua que a plebe falava. O hebraico era a língua mãe dos judeus, mais religiosa que popular, ou seja, era mais usada no templo do que no dia-a-dia na comunicação entre as pessoas. O aramaico era a língua popular da Palestina, os judeus passaram a falála após o cativeiro babilônico quando ficaram por setenta anos no cativeiro (Jr 25.11). A Cultura nos Evangelhos - Infra-estrutura Roma recebia os impostos de todas as regiões do império (Mt 22.17-22). Impostos que manter o império e seu exército e para financiar obras públicas. (inclusive as estradas). Curiosidade: A rede de estradas principais construídas pelos romanos era de 80.000 quilômetros de estradas primárias e 38.000 de estradas secundárias. A Cultura nos Evangelhos – Crenças Eram monoteístas - após a destruição de Jerusalém em 586, justamente em consequência da idolatria dos judeus (II Cr 36.14-16). Os Pagãos adoravam tudo o que achava no direito, eram politeístas. Eles possuíam um deus para cada ocasião, As liturgias pagãs eram verdadeiras orgias, durante os cultos havia relações sexuais entre os sacerdotes, sacerdotisas e os “ofertantes”. Na cidade de Corinto havia um templo a Afrodite (Vênus) deusa do amor sensual com mais de mil prostitutas cultuais para satisfazerem os “adoradores”, tanto é que o nome corintianizar estava relacionado a entregar-se a prostituição. A Cultura nos Evangelhos – Instituições e facções O Sinédrio O Templo A Sinagoga A Cultura nos Evangelhos – Instituições O Sinédrio Era o concílio supremo que regia as questões religiosas dos judeus, Procurava assemelhar-se ao grupo de anciãos que fora formado por Moisés para que o ajudasse no julgamento do povo (Ex 18.25), Formado por setenta ou setenta e um homens dependendo de como era feita a contagem. Não podia decretar a pena capital (isto cabia ao Império Romano) por isso que levaram o Senhor Jesus diante de Pilatos o representante do Império Romano (Jo 18.31), a maior pena que aplicavam era a quarentena de açoites menos um (II Co 11.24). A Cultura nos Evangelhos – Instituições As Sinagogas Surgiram durante o cativeiro babilônico para suprir a falta do Templo que fora destruído, Era uma instituição com a finalidade de instruir os judeus em sua religião, Ela poderia ser constituída em qualquer lugar; prova disso é que na maioria das cidades que Paulo visitou em suas viagens missionárias ele encontrou uma sinagoga para que ali pregasse (At 13.14;17.1,2). A Cultura nos Evangelhos – Instituições O Templo Lugar aonde os judeus iam para oferecer sacrifício, e acabou virando lugar de comércio e este comportamento fora condenado pelo Senhor (Jo 2.13-16). O Templo descrito nos evangelhos era o mesmo reconstruído após o retorno do cativeiro (536 a.C). A Cultura nos Evangelhos – Facções Os Fariseus Eram populares, a mais influente seita da época dos Evangelhos, tanto é que Paulo antes de sua conversão pertencia a esta seita judaica (Fp 3.5; At 23.6). Dominavam as sinagogas, este era um dos motivos de Paulo ter facilidade para falar às sinagogas (At 13.14ss;17.1,2), Eram tradicionalistas e hipócritas, e foram duramente criticado pelo Senhor (Mt 23). Mais apegados a tradição oral que a letra da lei. Seu nome deriva-se do hebraico “farash” que quer dizer “SEPARA-SE”. Eram legalistas mas acreditavam no mundo espiritual ao contrário dos saduceus (At 23.8; Mt 22.23). A Cultura nos Evangelhos – Facções Os Saduceus Formado pela aristocracia judaica e dominavam o Templo e o Sinédrio e a administração política de Jesuralém . O Sumo Sacerdote era saduceu, Não sobreviveram a destruição de Jerusalém em 70 d.C, A Cultura nos Evangelhos – Facções Os Saduceus “Como não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus?” (Mt 16.11) – Fermento dos Fariseus: Falsa e penetrante, baseada nas tradições e acréscimos que eles faziam às escrituras; – Fermento dos Saduceus: Chamado de Saduceísta, baseada em subtrações da lei e no racionalismo humano. • A Cultura nos Evangelhos – Facções Os Zelotes Grupo religioso com a intenção política de lutar e resistir contra o império romano, Foi o partido que encabeçara a resistência a Roma que culminou com a destruição de Jerusalém em 70 d.C, Um dos doze apóstolos, Simão, havia pertencido a este partido ( Lc 6.15; At 1.13). A Cultura nos Evangelhos – Facções Os Essênios Tinham o mesmo pensamento dos zelotes a libertação do domínio pagão, Sua principal característica era o isolamento, acreditavam que isolados estariam livres do julgo e da influência pagãos. A Cultura nos Evangelhos – Facções Os Herodianos Apoiadores da dinastia de Herodes, consideravam seus sucessores como se fossem o Messias, Sua opiniões religiosas oscilavam entre os fariseus e os saduceus, e por considerar a descendência de Herodes messiânica perseguiam a Cristo por isso (Mc 3.6; 12.13; Mt 22.16). A Cultura nos Evangelhos – Jesus no 4º Evangelho Ele é o centro da mensagem bíblica e o personagem mais conhecido e popular das Escrituras. Tudo gira em torno Dele. Dos 3779 versículos que há nos 4 Evangelhos, mais de 50% foram proferidos por Jesus. Apresentado como Homem e como Deus. Capítulo III O Antigo Testamento e os Evangelhos Profecias do VT cumpridas em Cristo Descendente de Isaque Descendente de Jacó Descenderia da Tribo de Judá O herdeiro do trono de Davi Seu lugar de nascimento A época de seu nascimento Nasceria de uma virgem A matança dos meninos A fuga para o Egito Profecias do VT cumpridas em Cristo Como profeta O desprezo por parte dos judeus Algumas características Sua entrada triunfal Traído por um amigo Vendido por trinta moedas de prata O dinheiro seria devolvido para comprar o campo de um oleiro Testemunhas falsas o acusariam Profecias do VT cumpridas em Cristo Permaneceria em silêncio quando acusado Seria golpeado e cuspido Seria odiado sem motivo Sofreria em substituição a nós Seria crucificado com pecadores Suas mãos e pés seriam transpassados Seria escarnecido e insultado Dariam a ele fel e vinagre Profecias do VT cumpridas em Cristo Ouviria palavras proféticas com zombaria Oraria por seus inimigos Seu lado seria transpassado Os soldados lançariam sortes sobre suas roupas Seus ossos não seriam quebrados Seria sepultado com os ricos Sua ressurreição Sua ascensão Capítulo IV O Evangelho Segundo Mateus Evangelhos (Síntese de Mateus) O 1º ser vivente é semelhante a um leão (rei dos animais). O livro de Mateus é considerado o Evangelho do Rei. Escreveu para os judeus, primeiramente escrito em hebraico ou aramaico, por isso cita muitas vezes o Antigo Testamento. Enfatiza os sermões de Jesus. Tem característica profética. Mateus [1:1] Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Essa declaração liga as duas mais importantes alianças do Antigo Testamento (Davi- soberania, trono e Abraão – promessa). O Evangelho Segundo Mateus Tenta mostrar uma relação nítida entre Cristo e as profecias do Antigo Testamento, visto que foi escrito para os judeus, Jesus Cristo é apresentado como Messias, que seria o Rei de Israel. Quem era Mateus “Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.” (Mt 9.9). Mateus (significa “dom de Deus”) e tinha por nome Levi (Lc 5.27). Possivelmente escrito em aramaico e posteriormente foi traduzido para o grego com o objetivo de alcançar os judeus helenistas (At 6.1). Escrito entre 45-66 d.C. Após a ascensão de Jesus, pregou na Palestina em um intervalo de quinze anos, viajou a outros países e conforme a tradição morreu na Etiópia. Segundo John Fox ele fora assassinado com uma alabarda, na cidade de Nadaba, na Etiópia, em 60 d.C. Era um publicano (Mt 9.9; Mc 2.14; Lc 5.27) e foi chamado pelo Senhor para fazer parte de Seu Ministério. O Tema do Evangelho Segundo Mateus “... E por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: este é Jesus, o Rei dos Judeus...” (Mt 27.37) Escrito com o propósito de mostrar que Jesus era o Messias, o Rei esperado pelos judeus. Concluímos ser esse o tema. Cristo é sempre relacionado às profecias do Antigo Testamento, dando mais autoridade ao tema proposto. O Evangelho Segundo Mateus e o Antigo Testamento Enfatiza a expressão “...tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta...” ou seu sinônimo que aparece 15 vezes no evangelho: Exemplo: "... E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançaram sortes...” (Mateus 27.35). O Evangelho Segundo Mateus e a Genealogia do Rei Era de suma importância Para alguém ser Sacerdote, teriam que ser da tribo de Levi, Para ser o rei, o Messias teria que ser descendente de Davi, Mateus queria provar que Jesus era o messias tendo por isso que descender de Davi, por isso inicia o livro com uma genealogia. O Evangelho Segundo Mateus e a Genealogia do Rei Um sacerdote precisava provar que é descendente de Arão (tribo levita); "... Depois tu farás chegar a ti teu irmão Arão, e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal; a saber: Arão, Nadabe, e Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão.E farás vestes sagradas a Arão teu irmão, para glória e ornamento. Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenho enchido do espírito da sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo; para que me administre o ofício sacerdotal..." (Êxodo 28.1-3) Um rei deveria ser descendente da tribo de Judá; "... O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos...” (Gênesis 49:10) O Evangelho Segundo Mateus e as divisões na genealogia de Jesus “... De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações...” (Mateus 1.17) Esta genealogia é dividida em três grandes grupos: De Abraão a Davi Marca o surgimento de Israel como nação. De Davi ao Exílio Babilônico Período de Sofrimento e escravidão. Do Exílio Babilônico a Jesus Libertação do povo, transformação da tragédia em triunfo. Capítulo V O Evangelho Segundo Mateus (Continuação) Nomes Atribuídos a Cristo no Evangelho Segundo Mateus Cristo: “... De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações...” (Mateus 1.17) Jesus: “... E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados...” (Mateus 1.21) Emanuel: “... Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, Que traduzido é: Deus conosco...” (Mateus 1.23) João Batista, Precursor do Rei Mateus 3 No capítulo 3 de Mateus surge João Batista, Precursor do rei que fora prometido por Isaias (Is 40.3; Mt 3.3). Possuía unção em suas palavras, pois a Bíblia diz que ele não fizera nenhum sinal miraculoso (Jo 10.41), Uma multidão ia para ouvir suas pregações e ser batizada por ele; Mensagem era duríssima, clara e transparente, ao ponto de chamar os religiosos de raça de víboras (Mt 3.7). O povo estava sedento de ouvir a Palavra de Deus através de alguém com características proféticas, pois já havia cerca de quatrocentos anos que Deus não falara através de seus profetas (Amós 8.11). As parábolas de Mateus (Mt 13.1-52). O que eram parábolas. Este termo vem do grego “Parabolé” que quer dizer por ao lado com sentido de comparar, com a finalidade de servir como ilustração de um ensino. O Senhor sempre deixou claro quando falava por parábola ele não quis enganar ninguém com ambigüidade falando parábolas como se fossem coisas reais. Porque o Senhor usou de parábolas. “Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem.” (Mt 13.13). Diferença entre as parábolas e os sermões (Mt 5-7). Como vimos as parábolas não eram o ensino, mas sim um recurso para o ensino, elas não podem ser tomadas ao pé da letra pois caso contrário o interprete normalmente entrará em contradição, devemos buscar sua idéia central, Capítulo VI O Evangelho Segundo Marcos Evangelhos (Síntese de Marcos) O 2º ser vivente é semelhante a um novilho, um boi (animal que serve). O livro de Marcos é considerado o Evangelho do Servo de Deus. Escreveu para os romanos, muitos eruditos afirmam que foi escrito em Roma. Enfatiza os milagres de Jesus. Tem característica prática Marcos [10:45] = Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Jesus é visto como um poderoso obreiro. Apresenta mais ações que palavras. O Evangelho Segundo Marcos (Esboço) 1. Introdução ao Evangelho Segundo Marcos 2. Um breve resumo sobre o livro 3. Público alvo e data do Evangelho Segundo Marcos 4. Tema do Evangelho de Marcos 5. Biografia do autor no Novo Testamento 6. O Livro de Marcos 7. As parábolas em Marcos Introdução ao Evangelho Segundo Marcos • É resumido, não tenta relacionar tanto Cristo com o Antigo Testamento, pois segundo a tradição ele escrevera em Roma para os gentios • Marcos não é um dos doze apóstolos, mas a maioria dos historiadores acredita que ele escrevera supervisionado por Pedro, tanto é que Justino Mártir que vivera por volta de 150 d.C cita o Evangelho de Marcos como “Memória de Pedro”; outro pai da igreja, Papias 140 d.C considera Marcos como o interprete de Pedro. Um breve resumo sobre o livro • • • • • • É o menor evangelho escrito (em tamanho) Foi o primeiro evangelho a ser escrito Somente 24 vers. não estão registrados em Mateus ou Lucas Faz poucas menções das leis e costumes judaicos É considerado o mais cronológico dos Evangelhos Não inclui o nascimento de Jesus nem o ministério de João Batista • Começando com o Batismo de João: ele acentua o poder do Espírito Santo, destaca os atos poderosos de Jesus, fala pouco sobre os discursos de Cristo, dá grande importância a crucificação, ressurreição e à comissão dEle aos seus apóstolos. Público alvo e data do Evangelho Segundo Marcos Escrito aos romanos Escrito entre os anos de 61-67 d.C, (antes da morte de Pedro em 67 d.C e da destruição de Jerusalém em 70 d.C.) Tema do Evangelho de Marcos Jesus o Filho-Servo, Jesus veio para servir. “...Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos...” (Mc 10.45) Este versículo dá o resumo do Evangelho inteiro. “vinda do filho do homem” – (Mc 1.1-13) “para servir, não ser servido” – (Mc 1.14-10.52) “dar a vida em resgate de muitos” – (Mc 11.1-16.20) Biografia de Marcos Ele é conhecido como João Marcos: Sendo João seu nome judaico e Marcos seu nome romano, ele era filho de Maria de Jerusalém, em sua casa havia uma igreja “... E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam...” (Atos 12.12) Sobrinho de Barnabé: “... Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o ...” (Cl 4.10) Discípulo de Pedro: “...A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos...” (I Pe 5.13) Na 1ª viagem missionária, retrocedeu; “... E, partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília. Mas João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém... (At 13.13) Biografia do autor no Novo Testamento Na 2ª viagem missionária, apesar da indicação de Barnabé, Paulo recusou levá-lo e se apartaram desde então. Barnabé já havia ajudado Saulo em situação semelhante, no momento de sua conversão: “... [15:36] E alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão. [15:37] E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos. [15:38] Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. [15:39] E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. [15:40] E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus...” (At 15.36-40) Pedro, após sua miraculosa libertação, Pedro vai a casa da mãe de Marcos; “... [12:11] E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus esperava. [12:12] E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. [12:13] E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar; [12:14] E, conhecendo a voz de Pedro, de gozo não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta...” (At 12.11-14) Paulo, no fim de sua carreira apostólica recorre a ajuda de Marcos. “... Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério...” (II Tm 4.11). O Livro de Marcos É incisivo, inicia narrando fatos relacionados ao Senhor Jesus. Mc 1 faz um resumo biográfico de João o Batista) João significa: Graça ou favor de Deus Tinha discípulos Jo 3:25 Seu nascimento foi predito Is 40:3, Mt 4:5 Precursor de Cristo Mt 3:11 Nasce em resposta a oração Lc 1:13 Batiza Jesus Mt 3:15 Seu nascimento Lc 1:57 Seu testemunho sobre Jesus Jo 3:25-36 Circuncidado Lc 1:59 Foi encarcerado por Herodes Mt 14:3 Cheio do Espírito Santo desde o ventre materno, Lc 1:15 Decapitado e sepultado Mt 14:6-12 Jesus Testemunhou sobre ele Mt 11:7 As Parábolas no Evangelho Segundo Marcos Fonte: Bíblia de Estudo NVI A candeia debaixo da vasilha 4:21,22 O remendo de pano novo em roupa velha 2:21 O vinho novo em odres velhos 2:22 O semeador e os solos 4:3-8,14-20 O joio 4:30-32 Os lavradores 12:1-11 A figueira 13:28,29 A semente em crescimento 4:26-29 Os servos vigilantes 13:35-37 Capítulo VII O Evangelho Segundo Lucas Evangelhos (Síntese de Lucas) O 3º ser vivente tem o rosto como de um homem. O livro de Lucas é considerado o Evangelho do Filho do Homem. Escreveu para os gregos, foi endereçado para um amigo, grego, de nome Teófilo (significa amado de Deus). Enfatiza as parábolas de Jesus. Tem característica histórica Lucas [6:5] = E dizia-lhes: O Filho do homem é Senhor até do sábado. O Homem perfeito, a ênfase está na perfeição de sua humanidade. Introdução Para que e para quem escreveremos, influencia nossos escritos Lucas escreveu para um ilustre gentio grego chamado Teófilo (amado de Deus) Escreveu para os gentios e quando usava termos judaicos, os chamados hebraísmos, os explicava com precisão Exemplo: Na apresentação de Jesus, explica que ela era feita segundo a lei de Moisés e levaram o menino em Jerusalém (Lc 2.22-24). Para um judeus seria totalmente desnecessária citar esses detalhes; Introdução A genealogia apresentada nesse evangelho recua até Adão, progenitor de toda raça humana o que é significativo para os gentios, e não somente até Abraão (como no evangelho segundo Mateus) progenitor em particular dos judeus Lucas usa palavras gentias com mestre ao invés de rabino, advogado ao invés de escriba. Biografia de Lucas Lucas é o único escritor gentio do Novo Testamento É considerado o primeiro historiador da Igreja cristã Escreveu esse evangelho entre os anos de 59-63 d.C. Escreveu também o livro de Atos que (alguns historiadores classificam como um único livro chamando de Lucas-Atos) Biografia de Lucas A tradição diz que Lucas era de Antioquia da Síria, gentio, esta cidade era a base missionária de Paulo (At 13.1-3), Amizade com Paulo era tão profunda, que até mesmo quando muitos o havia abandonado, ele permanecia ao lado do Apostolo. ( 2 Tm 1.15; 4.11). O Tema e Propósito do Livro Um objetivo ao escrever e um grupo de pessoas a atingir, Apresenta Jesus como o homem perfeito, como o Filho do homem, enfatiza a humanidade de Jesus. Em seus escritos vemos que Jesus cresce na graça e sabedoria (Lc 2.52), em demonstração a humanidade de Jesus ele da ênfase na operação do Espírito através de Jesus (Lc 3.22; 4.1,14; 5.17). O Propósito (duplo) “...Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado...” (Lc 1.1-4) Registrar em ordem os fatos ocorridos e Dar a Teófilo a certeza de tudo que já havia sido dito O Nascimento de Jesus “a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.” (Lc 1.27). Objetivava apresentar Jesus como homem - Descreve Sua genealogia - Narra os fatos que envolveram o nascimento de Jesus - Se preocupa com fatos históricos (recenseamento de Cesar Augusto, quando Quirino era governador da Síria) - Cita dados históricos da época de Jesus e é com base nestas informações que os eruditos chegam à conclusão que nosso calendário esta cerca de sete anos atrasado. - Registra o nascimento virginal do Senhor Jesus foi apresentado no templo (Lc 2.22-24) - A apresentação de Jesus foi o cumprimento de um costume judaico e não é uma ordenança aos cristãos, a apresentação de crianças é um costume judaico praticado pelas igrejas cristãs evangélicas; é pecado? Não! - A apresentação de infantes não substitui o batismo quando adulto, foi adaptada no cristianismo, visto que os judeus só apresentavam os primeiro filho, macho, (Ex 22.29; 34.20). A Infância de Jesus “...E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa...” (Lc 2.40,42). - - Poucos relatos, sua circuncisão, sua apresentação e aos doze anos no Templo (Lc 2.21,22,42). Eram rituais comuns para um judeu O Senhor Jesus em toda sua juventude deve ter ajudado seu pai na carpintaria, pois como filho de Deus ele teria que ser um exemplo e esperar o momento certo para que iniciasse a obra de Deus (Jo 2.4). Após estes relatos da infância e adolescência de Jesus ele aparece agora com quase trinta anos para ser batizado por João Batista e iniciar seu ministério (Lc 3.23). Bíblia de Estudo Genebra, pág. 1185, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1999. A tentação do Senhor Jesus (Lc 4) Se foi tentado então é porque Jesus poderia pecar? Jesus, semelhante a nós e em tudo foi tentado (Hb 4.15). “...porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados...” A tentação do Senhor Jesus As artimanhas do tentador. “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” (1 Jo 2.16). • Nada novo debaixo do céu • Assim como no 1º Adão, tentou o 2º Adão (Jesus) • Jesus venceu pela Palavra de Deus As Parábolas no Evangelho de Lucas • • • • • • • • • • • • • Pano novo em vestido velho - 5.36 Vinho novo em odres novos - 5.37-38 Construtores prudentes e insensatos - 6.4749 O credor - 7.41-43 O Semeador - 8.5-8, 11-15 A lâmpada debaixo do alqueire 8.16;11.33 O Bom Samaritano - 10.30-37 O Amigo necessitado - 11.5-8 O rico insensato - 12.16-21 Servos vigilantes - 12.36-40 O servo fiel e prudente - 12.42-48 A figueira infrutífera - 13.6-9 O grão de mostarda - 13.18-19 • • • • • • • • • • • • • • • O fermento - 13.20-21 O último lugar na festa - 14.7-14 A grande ceia - 14.16-24 O preço do discipulado - 14.28-33 A ovelha perdida - 15.4-7 A dracma perdida - 15.8-10 O filho pródigo - 15.11-32 O mordomo infiel - 16.1-8 O rico e Lázaro - 16.19-31 O Senhor e o servo - 17.7-10 A viúva persistente - 18.2-8 O fariseu e o publicano - 18.9-14 Os talentos - 19.12-27 Os lavradores maus - 20.9-18 A figueira - 21.29-31 Capítulo VII O Evangelho Segundo João Evangelhos (Síntese de João) O 4º ser vivente é semelhante à águia quando voa (animal dos ares). O livro de João é considerado o Evangelho do Filho de Deus. Escreveu para a igreja, de Éfeso a fim de combater os erros do gnosticismo, quanto à divindade de Cristo. Enfatiza a divindade de Jesus. Tem característica espiritual João [20:30] Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. [20:31] Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. Somente João fala do 1º ano de ministério (Cap.2 e 4), relata os grandes ensinos (novo nascimento, água viva, pão da vida, bom pastor, luz do mundo...) e revela o propósito de Cristo na última ceia (Cap. 13 a 16). Introdução ao Evangelho Segundo João João escreveu seu Evangelho com o propósito apresentar a divindade de Cristo, enquanto os sinópticos mostram Jesus como: o Messias, o Servo, o Humano Fatos são peculiares que só João relata em seu evangelho: O primeiro ano do ministério de Jesus (Jo 2-4) Os grandes discursos de Jesus sobre o novo nascimento , a água viva, o pão da vida, o bom pastor a luz do mundo, e também a exposição do propósito de Cristo na última Ceia (Jo 13-16) Seis dos oito milagres narrados no evangelho de João só aparecem aqui (2 estão nos sinópticos) Uma comparação entre os sinópticos e o Evangelho de João Sinópticos João Falam em especial com descrentes Fala aos crentes Ministério de Jesus na Galiléia Ministério de Jesus na Judéia Mostram a vida pública de Jesus Mostra mais a vida particular e privada de Jesus Transmitem a vida humana e perfeita de Jesus Transmite a vida divina de Jesus. Autor do Evangelho de João É conhecido como o evangelista Filho de Zebedeu e irmão de Tiago (Mc 1.19) Pescador e cresceu na cidade de Betsaida, perto da Galiléia. Seu pai possuía um barco no qual ele trabalhava juntamente com seu irmão Tiago onde estavam quando foram chamados para serem discípulos de Jesus (Mt 4.18-22). Conhecia o sumo sacerdote de Jerusalém (Jo 18.15) Autor do Evangelho de João Foi um dos doze discípulos escolhidos por Jesus que posteriormente foram chamados de apóstolos ( Mt 10.2-4) Mencionado no Evangelho de João como “o discípulo a quem Jesus amava” (Jo 13.23) É mencionado freqüentemente ao lado de seu irmão Tiago e de Pedro. Os três já se conheciam antes de se tornarem discípulos de Jesus pois eram amigos de profissão ( Lc 5.10) Autor do Evangelho de João Provavelmente era filho de Salomé, a qual se uniu a outras mulheres para levar ungüento ao túmulo de Cristo depois da crucificação (Mc 16.1; Mt 27.56) Foi apelidado juntamente com Tiago de “ Boanerges” que quer dizer filhos do trovão (Mc 3.17) Fazia parte do circulo mais íntimo dos discípulos que acompanhavam Jesus e na crucificação Jesus se dirigiu a ele ao dizer sobre Maria “eis a tua mãe” e a Bíblia diz que dessa hora em diante o discípulo recebeu Maria em sua casa (Jo 19.27) Foi o único que não abandonou o Senhor diante de sua crucificação (Mc 14.50), acompanhou a agonia do mestre como testemunha ocular dos fatos Tema e Data do Evangelho de João Tema: “...o Verbo Divino e Eterno Se Fez Carne, a Fim de Trazer Salvação aos Homens...” Data: Escrito entre os anos de 80 e 95 d.C. Pedro e Paulo já haviam morrido pelos idos de 67,68 d.C, as Epístolas já estavam escritas, Jerusalém já havia sido destruída em 70 d.C pelos romanos e os outros sinópticos já haviam sido escritos à décadas. Passagens imprescindíveis do Evangelho de João 1.1- No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 1.14 - E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. 1.12 - Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; 1.29 - No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Passagens imprescindíveis do Evangelho de João 3.3 - Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 3.16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 3.30 - É necessário que ele cresça e que eu diminua. 4.26 - Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. 6.48 - Eu sou o pão da vida. Passagens imprescindíveis do Evangelho de João 7.37 - E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôsse em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. 7.38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 8.24 - Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados. Passagens imprescindíveis do Evangelho de João 8.7 - E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. 8.10 - E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 8.11 - E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais. 8.12 Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Passagens imprescindíveis do Evangelho de João 8.32 - E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 8.36 - Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. 8.58 - Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. 10.7 - Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Passagens imprescindíveis do Evangelho de João 10.9 - Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. 10.10 - O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. 10.11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. 10.14 - Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. 10.30 - Eu e o Pai somos um. 11.25 - Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; 11.35 - Jesus chorou. O Conteúdo do livro O Verbo de Deus encarnado. “...E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade...” João chama Cristo de o Verbo de Deus e para seus primeiros ouvintes o significado era especial, a Igreja estava sendo atacada por um pensamento filosófico que havia entrado em seu seio e tomado roupagens cristãs, isto é o gnosticismo. O que pensavam os gnósticos O gnosticismo quer dizer “conhecimento” Pregavam um conhecimento especial de um ser espiritual, toda matéria era má, o Deus do Antigo Testamento era mal visto que criou o mundo material, uma prisão da almas Jesus não veio para representar este Deus, mas outro que criou a verdadeira realidade, o mundo espiritual Jesus não veio em carne e osso, era como se fosse um fantasma, esta doutrina passou a ser chamada de docetismo O que pensavam os gnósticos João escreve que o Verbo se fez carne, ele era de carne, ele habitou em nosso meio escreveu ainda: Jesus foi visto com os olhos e apalpado com as mãos (1 Jo 1.1) Só é de Deus o espírito que confessa que Jesus veio em carne (1 Jo 4.2) Muitos enganadores tem surgido no mundo e tais enganadores dizem que Jesus não veio em carne (2 Jo 7) Ao apresentar a Divindade de Jesus tinha o cuidado para que esta não ofuscar sua humanidade e isto servisse ainda mais aos gnósticos que estavam a invadir a igreja primitiva. Jesus e a samaritana a quebra de paradigmas (João 4) O Senhor Jesus quebrou paradigmas (Modelos) 1º Diálogo com uma mulher (Preconceito Social) 2º Contato com uma Samaritana (Preconceito Religioso) 3º Pediu que chamasse o marido (Preconceito Moral) A Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém “...No dia seguinte, ouvindo uma grande multidão que viera à festa que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor! E achou Jesus um jumentinho e assentou-se sobre ele, como está escrito: Não temas, ó filha de Sião; eis que o teu Rei vem assentado sobre o filho de uma jumenta, Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que isto lhe fizeram.....” (Jo 12.12-16). A Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém Jesus entra em Jerusalém, Aclamado com filho de Davi e profeta. Era o Ápice da expectativa de um Cristo político. Foi recebido como um rei, não como O REI. Nem os discípulos entendiam perfeitamente o plano e papel de Jesus. O erro foi tentar adaptar o plano de Deus a própria vontade, esperavam o Messias político e aclamaram a Cristo como tal e após a sua morte eles ainda estavam esperado a redenção política de Israel (Lc 24.21; At 1.6). E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. (Lc 24.21) Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? (At 1.6) Jesus o exemplo de renúncia (João 13.1-17) “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo 13.15). A vida Cristã é uma vida de renúncia, a saber só começa quando você morre. Ao lavar os pés dos discípulos, (enquanto uns estavam preocupados se um dia se assentariam a sua direita ou a sua esquerda do mestre), Jesus se põe como servo; Os milagres de Jesus no Evangelho de João • • • • • • • • Água transformada em vinho A cura do filho de um oficial do rei O paralítico do tanque de Betesda 1ª multiplicação dos pães e peixes Andando sobre o mar O cego de nascença Ressurreição de Lázaro Outra pesca maravilhosa 2.1-11 4.46-54 5.1-9 6.1-13 6.16-21 9.1-41 11.1-45 21.1-14 Os últimos momentos de Cristo “Mas Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18.11) Uma grande evidência que o Senhor se entregou para ser morto por nossos pecados, tinha poder para dar a sua vida e tomá-la de volta, e se ele não quisesse ninguém poderia tê-lo feito morrer (Jo 10.17,18); No momento em que o prendem, pois ao responder “Sou eu” todos caem por terra (Jo 18.6). Cristo sofreu por amor e não por obrigação. O julgamento de Jesus “Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe, então, os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.” (Jo 18.31). Cristo condenado a morte de Cruz (Jo 19.14-16) “e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp 2.8). a morte em uma cruz era tão humilhante que um cidadão romano nunca poderia ser crucificado. Cristo condenado a morte de Cruz (Jo 19.14-16) a Bíblia de Estudo Pentecostal da sobre esta morte: “No açoitamento romano a vítima era despida e presa a uma coluna, ou então curvava-se sobre um tronco com as mãos atadas nele. O instrumento de tortura consistia num curto cabo de madeira no qual estava presa vária tiras de couro com pequenos pedaços de ferro, ou osso, presos as pontas. Os golpes eram aplicados às costas da vítima por dois algozes, um a cada lado. Os cortes eram tão profundos que apareciam as veias , as artérias, e às vezes, até certos órgãos internos. Muitas vezes a vítima morria durante o acoitamento ou flagelação. A flagelação era uma tortura pavorosa. O fato de Jesus não poder levar a cruz deve ter sido por causa do seu horrível sofrimento resultante de seu castigo” Além do sofrimento emocional o sacrifício de Cristo tinha um peso enorme para a satisfação da justiça divina, pois ele pagou o preço dos pecados da humanidade no passado, em seu presente e ainda teve que deixar créditos para o futuro que seríamos nos que hoje aceitamos a Cristo. Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1448, CPAD, Rio de Janeiro, 1998. A Ressurreição de Jesus “E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.” (Jo 20.1). A doutrina da ressurreição é fundamental para o cristianismo, Repare o que diz Paulo sobre isso: 1 Coríntios 15 IBICAMP – Instituto Bíblico de Campinas Matéria: Os Evangelhos Junho de 2012 Quadro Comparativo Evangelho Escrito Figura Para Ênfase Característica Ez 1.10 Capítulos Mateus 60 d.C Rei Judeus Sermões Jesus Profética Leão 28 Marcos 55 – 65 d.C Servo Romanos Milagres Prática Boi 16 Lucas 60 – 63 d.C Filho do Homem Gregos Parábolas Histórica Homem 24 João 80 – 95 d.C Filho de Deus Igreja Divindade Espiritual Águia 21 Esta síntese é relacionada à visão dos rostos descrita por Ezequiel (Ezequiel 1.10) Apóstolos do Cordeiro (Mt 10.1-4; Mc 3.16-19 e Lc 6.13-16) E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. (Mateus 10.1-4) Pedro, Tiago e João, André, Felipe e Bartolomeu Tomé , Mateus e Tiago (filho de Alfeu) Tadeu, Simão (o zelote) e Judas. Deus Abençoe!