Racionalismo e empirismo

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Racionalismo
e empirismo
FILOSOFAR COM TEXTOS:
TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
Capítulo 19 – Racionalismo e empirismo
Homem vitruviano, desenho
de Leonardo da Vinci, 1490
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TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
Capítulo 19 – Racionalismo e empirismo
PHOTO SCALA, FLORENCE/GLOWIMAGES - GALERIA DA ACADEMIA, VENEZA - CORTESIA DO MINISTÉRIO PARA OS BENS E AS ATIVIDADES CULTURAIS
Entre a razão
e os sentidos
Em busca do método
 Modernidade é o período que se esboçou no Renascimento e
desenvolveu-se na Idade Moderna, atingindo seu auge na
Ilustração, no século XVIII.
 A modernidade caracteriza-se pela valorização da razão,
responsável pelo crescente interesse pelo método.
 A preocupação dos filósofos em não se enganar levou à revisão
da metafísica tradicional. Duas respostas surgiram para essa
nova questão: o racionalismo e o empirismo.
 Racionalismo: valorização da razão no processo de aquisição
do conhecimento (Descartes, Espinosa, Leibniz).
 Empirismo: valorização da experiência sensível no processo de
aquisição do conhecimento (Bacon, Locke, Berkeley, Hume).
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Capítulo 19 – Racionalismo e empirismo
Racionalistas
 Descartes (1596-1650) buscava encontrar um método
seguro que o conduzisse à verdade indubitável.
THIERRY LE MAGE/RMN/OTHER IMAGES - MUSEU DO LOUVRE, PARIS
 A dúvida metódica não admite certezas
que não estejam imunes à dúvida.
 Descartes duvida do testemunho dos
sentidos e do senso comum.
 Ele interrompe a cadeia de dúvidas diante
de uma primeira intuição: “Penso, logo
existo” (Cogito, ergo sum). Essa intuição
primeira leva à afirmação da existência
de Deus e do mundo.
Retrato de Descartes, pintura
de Frans Hals, 1649
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Capítulo 19 – Racionalismo e empirismo
Racionalistas
 Para ele, o conhecimento está vinculado ao desejo e aos
afetos de alegria e de tristeza.
 Desenvolveu uma diferente concepção
de Deus, como ser imanente ao
Universo, ou seja, que não se separa
de sua criação.
 Conhecimento adequado: o
conhecimento racional é que nos permite
distinguir os desejos verdadeiros
daqueles que nos afastam dela. É este
conhecimento que nos torna livres.
 Conhecimento inadequado: por ser
estimulado exteriormente, constitui-se
fonte de fantasias e ilusões.
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Retrato de Baruch Espinosa,
pintura da escola alemã, 1665
PHOTO AUSTRIAN ARCHIVES/SCALA FLORENÇA/GLOWIMAGES/
BIBLIOTECA HERZOGLICHE, WOLFENBUETTEL
 Espinosa (1632-1677) cria uma teoria original ao privilegiar
a ética na construção do pensamento.
Empiristas
 Francis Bacon (1561-1626) propunha um conhecimento
baseado no saber experimental e na lógica indutiva.
 Criticou o saber contemplativo medieval e a lógica dedutiva
aristótelica.
 Denunciou os preconceitos e as noções falsas que dificultam a
apreensão da realidade, aos quais chama de ídolos: da tribo, da
caverna, do mercado, do teatro.
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Empiristas
 John Locke (1632-1704) criticou a noção de ideias inatas.
BIBLIOTECA BODLEIAN, UNIVERSIDADE DE OXFORD/GETTY MAGES
 Para ele, a mente é como um papel
em branco, por isso o conhecimento
começa com a experiência sensível.
 Distinguiu duas fontes possíveis para
nossas ideias: a sensação e a reflexão.
 A sensação resulta de um estímulo
externo, pelo qual a mente é modificada
por meio dos sentidos.
 A reflexão se processa internamente,
é a percepção que a alma tem daquilo
que nela ocorre.
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Retrato do filósofo inglês
John Locke, século XVII
Empiristas
 Para Hume (1711-1776) o conhecimento tem início com as
percepções individuais, que podem ser impressões ou ideias.
PAUL D STEWART/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK
 As impressões são as percepções
originárias que se apresentam à
consciência com maior vivacidade, tais
como as sensações (ouvir, ver, sentir dor
ou prazer etc.).
 As ideias são cópias pálidas das
impressões e, portanto, mais fracas.
 Hume criticou a noção de causalidade,
porque, para ele, as relações de causa e
efeito resultam do hábito, criado pela
associação de casos semelhantes.
 Hume admite seu ceticismo ao
reconhecer os limites muito estreitos do
entendimento humano.
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Retrato do filósofo inglês David
Hume, do gravurista e pintor
W. Holl, século XVIII
Empiristas
 Berkeley (1685-1753) criticou o racionalismo e superou
algumas noções dos próprios empiristas.
 Adotou um imaterialismo, pelo qual nega a possibilidade de
conhecermos o mundo.
 Resume essas impossibilidades pela expressão “ser é ser
percebido”: o ser das coisas consiste em ser percebido pelo
sujeito pensante.
 Portanto, só a ideia é real: trata-se de um idealismo.
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3. A charge abaixo retrata a oposição epistemológica de duas escolas
filosóficas cujos iniciadores podem ser considerados, respectivamente, Francis
Bacon e René Descartes. Assinale a alternativa correta.
a) Empirismo X Criticismo
b) Ceticismo X Existencialismo
c) Empirismo X Racionalismo
d) Racionalismo X Existencialismo
e) Racionalismo X Ceticismo
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4. A modernidade desenvolve, desde o seu início, dois paradigmas de ciência:
empirismo e racionalismo. Sobre eles é incorreto afirmar que:
a) O racionalismo propõe um método que parte de hipóteses racionais para a
verificação empírica.
b) O empirismo parte da experiência para a construção de teses gerais sobre a
realidade.
c) O racionalismo está associado à indução, enquanto o empirismo à dedução.
d) No fim da modernidade aparecem perspectivas metodológicas conciliatórias,
como o método fenomenológico.
e) O empirismo influenciou as ciências experimentais, enquanto o racionalismo
as ciências lógicas ou matemáticas.
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2. (Unicentro 2012)
Sobre Conhecimento em Filosofia, analise estas
afirmativas e marque com V as verdadeiras e, com F, as falsas.
( ) A dúvida metódica é construção do materialismo.
( ) O empirismo enfatiza o papel da razão na busca da verdade.
(
) Para evitar o erro, a questão do método tornou-se fundamental na
filosofia moderna.
(
) A confiança no poder da razão levada às últimas consequências é
característica da pós-modernidade.
(
) Descartes estabelece como regras, na busca da verdade, a evidência, a
análise, a ordem e a enumeração.
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência
correta, de cima para baixo, é a
a) V V V F F
b) F F F V V
c) F F V F V
d) V V F F F
e) F V V V F
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PARA RESOLVER: em folha separada, copiar somente os
enunciados a) e b). Próxima sexta-feira, dia 11/04/2014
1. (Uel 2013) Leia o texto a seguir.
Hume considerou não haver nenhuma razão para supor que, dado o que se
chama um “efeito”, deva haver uma causa invariavelmente unida a ele.
Observamos sucessões de fenômenos: à noite sucede o dia, ao dia, a noite
etc.; sempre que se solta um objeto, ele cai no chão etc. Diante da
regularidade observada, concluímos que certos fenômenos são causas e
outros, efeitos. Entretanto, podemos afirmar somente que um acontecimento
sucede a outro – não podemos compreender que haja alguma força ou poder
pelo qual opera a chamada “causa”, e não podemos compreender que haja
alguma conexão necessária entre semelhante “causa” e seu suposto “efeito”.
(FERRATER-MORA, J. Dicionário de Filosofia, Tomo I, São Paulo: Loyola,
2000, p.427.)
a) Com base na filosofia de Hume, explique a importância do conceito de
causalidade para o conhecimento dos fenômenos naturais.
b) Explicite a leitura que Hume faz do empirismo.
Caso sinta necessidade, pesquise sobre o assunto.
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