Ontem eu estava triste, descrente no ser humano. Deixei por algumas horas de acreditar no outro, na amizade construída através de palavras fluidas do coração. Deixei que o desânimo fizesse densas tranças em minha crença no amanhã. Deixei que as lembranças doídas tomassem assento em meu coração ! Deixei que, em meu olhar, o brilho da esperança se apagasse pela presença dos espinhos que enxertavam veneno no meu coração... Deixei que o cheiro do fel se alastrasse em minha paz... Por longos e intermináveis minutos, pensei que não voltaria a sorrir, a não acreditar no amor solidário, na amizade sincera e no respeito ao ser. Fiquei entregue à tristeza e nas mãos da decepção, chorei... Chorei por mais uma decepção, entre tantas que já passei! Chorei, sim... Sem vergonha de soluçar, sem medo de parecer ridícula, sem receio de sentir-me criança! Depois de esgotar as lágrimas, orei... orei muito ao Pai Maior. Conversei com o Pai através de minha alma, querendo entender o porquê das atitudes, das posturas e da falta de respeito emitidos pelo ser humano. Pedi ao Pai que, ao me acorda, mostrasse o caminho que sua LUZ estaria a iluminar... e adormeci sem pensar no amanhã. Hoje, ao acordar, lentamente fui revendo os acontecimentos anteriores, incrivelmente serena, fui juntando peça por peça, das palavras, das atitudes, das posturas que se aglutinaram diante de mim, e, claro como o dia, pude ver a pequenez da atitude, de cada espinho que me fora ofertado. Olhei o sol iluminando a minha janela com olhar de quem ama a vida. Lá fora, vi as árvores despidas de suas folhas com seus galhos nus, abrigando um único pássaro que timidamente trinava seu canto de vida. Vi também pessoas em número pequeno, que caminhavam recebendo o sol da manhã, talvez alguns, assim como eu, pensando nas tantas interrogações sobre os acontecimentos da vida. Cada ser com sua história, umas piores, outras melhores, porém, cada um fazendo-se presente no mundo! Foi exatamente neste meu momento pensativo que recebi a sensação do clarear da minha mente, do meu coração e da minha alma. Uma das lições aprendidas no dia de hoje veio de uma borboleta, simples em seu trajar, mas elegante em seu doce voar... Mostrou-me que a simplicidade da vida... está em aceitar as pessoas com seus defeitos, com suas virtudes e entender que algumas almas ainda são diminutas no aprender da vida. A maior de todas as certezas é de que... Para tudo o que é errado para a falta da verdade, mais dias, menos dias, a Justiça Divina se fará conhecer. Voltei a abraçar meus sonhos, a minha crença no amanhã e, principalmente, voltei a não deixar que a impureza dos atos de outrem se alastrem dentro de mim. Neste domingo, mudei meus planos de lazer, de aconchego a quem quero bem para priorizar a restauração da minha crença no ser humano. Meu sorriso feliz voltou, meu amor está mais florido e, mais uma vez, senti-me fortificada na confirmação da existência do Pai Maior! No meu desabafo, a oportunidade da limpeza de minha alma! Todos somos falhos! Todos os dias aprendemos uma nova lição! Basta entrelaçar a alma e o coração, e juntá-las ao equilíbrio da razão! Nunca deixe que roubem as cores vibrantes que fazem o colorido de sua vida! CRÉDITOS Formatação: Prado Slides E-mail: [email protected] Texto: Marilda Diório (OlhosDe£in¢e) www.olhosdelince.net Imagens: Net Música: Smile Nat King Cole