NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E IMUNIZAÇÕES Chefe do Núcleo:Dra.Marisa Leite Bechara Coordenadora do CRIE:Dra.Lilliam Elizabeth Souza Coordenadora do Sistema de Informação:Dra. Nancy Pereira Moreira Hospital Regional da Asa Norte – HRAN Brasília – DF 2007 Sistema de Vigilância Epidemiológica Histórico • • • • 1975- 5ª Conferência Nacional de Saúde recomenda a criação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica Lei 6.259, de 30 de outubro de 1975, dispõe sobre as ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças. Decreto 78.231, de 12 de agosto de 1976, regulamenta a Lei Lei 8080, de 19 de Setembro de 1990 que instituiu o SUS e desdobramentos importantes na VE Propósito/Objetivo • • • • Fornecer orientação técnica permanente aos responsáveis pela decisão e execução de ações de controle de doenças e /ou agravos Prevenir, controlar eliminar ou erradicar doenças e evitar óbitos e sequelas Tornar disponíveis informações atualizadas sobre doenças e/ou agravos e seus fatores condicionantes Informação para ação Funções da Vigilância Epidemiológica • • • • • • • Coleta de dados Processamento dos dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendação de medidas de controle apropriadas Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes Notificação compulsória • • • • • A obrigatoriedade da notificação foi instituída pela Lei 6.259 ( Artigo 44, Decreto 78.231, de 12/08/76) – “é dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local, os casos confirmados ou presumíveis, sendo obrigatório aos profissionais de saúde no exercício de sua profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e privados de saúde e de ensino”. Notificar a suspeita Sigilosa Notificação negativa Busca ativa Doenças de Notificação Compulsória # Acidentes por Animais Peçonhentos # Leptospirose # AIDS # Botulismo* # Carbúnculo ou Antraz* # Cólera # Condiloma Acuminado # Coqueluche # Crianças expostas ao risco de transmissão vertical do HIV # Dengue # Difteria # Doença de Chagas (casos agudos) # Doença de Creutzfeldt-Jacob # Doença Meningocócica* # Esquistossomose # Eventos Adversos Pós-Vacinais # Febre Amarela* # Febre do Nilo Ocidental* # Febre Maculosa # Febre Tifóide # Hanseníase # Hantavirose* # Hepatite Viral # Infecção pelo HIV em Gestante # Infecção pelo HIV (exceto AIDS) # Infecção pelo HPV (exceto verruga # Influenza Humana por novo subtipo* # Leishmaniose Tegumentar Americana # Leishmaniose Visceral # Malária # Meningite # Oftalmia Gonocócica Neonatal # Paralisia Flácida Aguda # Peste* # Poliomielite* # Raiva Humana* # Rubéola # Sarampo* # Sífilis Adquirida (exceto úlcera genital) # Sífilis Congênita # Sífilis em Gestante # Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda* # Síndrome Respiratória Aguda Grave* # Síndrome da Rubéola Congênita # Síndrome da Úlcera Genital Feminina # Síndrome da Úlcera Genital Masculina # Síndrome da Cervicite # Síndrome do Corrimento Uretral # Tétano Acidental # Tétano Neonatal* # Toxoplasmose Congênita # Toxoplasmose Aguda em Gestante # Tuberculose # Tularemia* # Varicela # Varíola* # Outras. Especificar:_________________________ * Doenças de notificação imediata Organização do Sistema de Vigilância em Saúde no DF Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS) • Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) • Diretoria de Vigilância Ambiental (DIVAL) • Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVISA) • Laboratório Central de Saúde Pública(LACEN) Organização do Sistema no DF SVE – subordinada à Subsecretaria de Vigilância em Saúde, e organizada em três níveis: Nível Central: • Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) *GVEI *GDCAT *GDST/AIDS *VEDANT ´Nível Regional: *Coordenações Regionais de Saúde *Hospitais Regionais Nível Local: *Postos de Saúde *Centros de Saúde *Laboratórios Locais e Regionais *Outras Unidades ( públicas ou privadas) • PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO ORIENTAÇÃO PARA VACINAÇÃO DE ADULTOS EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS Objetivo do PNI – O principal objetivo do Programa, ao longo desses 33 anos, tem sido controlar, eliminar e/ou erradicar doenças como a poliomielite, o sarampo, a difteria, o tétano, a coqueluche, a febre amarela, a hepatite B, a rubéola congênita e as formas graves da tuberculose, mediante a imunização sistemática da população. PNI • • • • 1973: 6 vacinas existentes Poliomielite Sarampo Varíola BCG (oral e intradérmico) DTP (Difteria, tétano e coqueluche) TT (toxóide tetânico) 2006: 44 imunobiológicos ( 26 vacinas, 14 soros heterólogos e 4 soros homólogos – imunoglobulinas) INCQS – Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde CENADI – Central Nacional de Distribuição Estrutura do PNI Coordenação descentralizada Rede de Frio CENADI INCQS Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinais Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) Sistemas de Informação Sistema Nacional de Supervisão Comitê Técnico Assessor do PNI Central de Rede de Frio Caminhão Frigorífico Parcerias O Programa conta com o apoio de diversas entidades como a Organização PanAmericana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Imunizações, Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), vários setores do Ministério da Saúde, outros órgãos federais, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, ONGs, e as Forças Armadas, que atuam em regiões de fronteira e de difícil acesso. VACINAS Vacina dT Composição: toxóides tetânico e diftérico Protege contra a difteria e o tétano Idade de aplicação: a partir de 7 anos Via de administração: IM profunda Esquema vacinal: 3 doses com intervalo ideal de 60 dias entre as mesmas; e reforço a cada 10 anos por toda a vida. Eventos adversos: dor, calor, vermelhidão, enduração local e febre. Contra-indicação: reação anafilática à dose anterior e Síndrome de Guillain-Barré. Uso exclusivo de imunização passiva (imunoglobulina), em caso de contra-indicação absoluta a alguma preparação contendo toxóide tetânico. Vacina contra Hepatite B Protege contra Hepatite B Composição: antígeno de superfície do vírus Idade de aplicação: ao nascer Via de administração: IM Esquema vacinal: 3 doses,no dia 0, 30 e 180 (0,1 e 6 meses) Eventos adversos: locais, de pouca intensidade e sistêmicos Contra-indicações: reação anafilática à dose anterior, ou a algum componente da vacina. Vacina Tríplice Viral o o o o o o o Protege contra sarampo, rubéola e caxumba Composição: vírus vivos atenuados Idade de aplicação: a partir de 12 meses Via de administração: SC Esquema vacinal: dose única, com reforço entre 4 e 6 anos. Atenção especial às mulheres em idade fértil (SRC) Contra-indicações: reação anafilática após ingestão de ovo de galinha, gravidez, uso de hemoderivados nos 3 últimos meses Precauções no uso em imunodeprimidos Vacina contra Febre Amarela Protege contra a Febre Amarela Composição: vírus vivos atenuados Idade de aplicação: em áreas endêmicas, a partir de 6 meses; e em áreas não endêmicas, aos 12 meses de idade Via de administração: SC Esquema vacinal: dose única, com reforço a cada 10 anos Contra-indicações: anafilaxia após ingestão de ovo de galinha, e as restrições para formulações com vírus vivos Eventos adversos: no local, ardência, dor, edema e vermelhidão. Podem surgir febre, mialgia e cefaléia Vacina BCG Protege contra as formas graves da tuberculose Composição: bacilos vivos atenuados do Mycobacterium bovis Idade de aplicação: ao nascer Via de administração: ID, na inserção do deltóide direito Contra-indicações:imunodepressão/AIDS, gravidez e peso de nascimento inferior a 2000g Esquema vacinal: dose única para a população em geral; e dose de reforço para comunicantes de hanseníase Eventos adversos: abscessos cutâneos frios ou quentes, linfadenopatia regional não supurada,reação quelóide Vacina contra Varicela Composição: vírus vivos atenuados Idade de aplicação: a partir de 12 meses Via de administração: SC Esquema vacinal: geralmente dose única para menores de 13 anos e duas doses com intervalo de 4 a 8 semanas para maiores de 13 anos Eventos adversos: dor transitória, hiperestesia ou rubor local, exantema variceliforme de pequena intensidade Contra-indicações: imunocomprometidos, gestação, reação anafilática à dose anterior Vacina anti-pneumocócica 23 valente Protege contra infecções causadas por quaisquer dos 23 sorotipos Composição: polissacarídeos purificados Idade de aplicação: a partir de 2 anos Via de administração:IM ou SC Esquema vacinal: para menores de 60 anos, dose única e reforço após 5 anos (mínimo 3 anos); para maiores de 60, dose única Eventos adversos: locais (dor e rubor) e sistêmicos( febre e mialgia) Vacina contra Influenza Protege contra a influenza (gripe) causada por um dos 3 sorotipos dos quais a vacina é feita Composição: vírus fracionados, ou subunidades, obtidos em cultura de ovos embrionados Idade de aplicação: 6 meses Via de administração: IM ou SC Esquema vacinal: dose única anual, preferencialmente no outono, nas regiões de clima temperado Eventos adversos: dor local, febre, mal estar e mialgia Contra-indicações: reação anafilática à proteína do ovo ou aos componentes da vacina e doenças febris agudas Vacina contra Raiva Humana Composição: produzidas em culturas de células diplóides humanas ou células Vero – vírus inativados Idade de aplicação: qualquer idade Via de administração: IM Contra-indicação: não há. Usar anti-histamínicos em história de hipersensibilidade Esquema vacinal: depende da situação, podendo ser préexposição, pós-exposição ou reexposição Eventos adversos: locais (dor, eritema, edema ou prurido), e sistêmicos (cefaléia, náusea, dor abdominal e vertigem) Quadro I VACINA PROTEÇÃO CONTRA ESQUEMA Dupla adulto (dT) Tétano e difteria Básico: 3 doses com intervalo de 2 meses (mínimo 1 mês) Reforço: 10 em 10 anos Hepatite B (VHB) Hepatite B Básico: 3 doses – 0, 1 e 6 m 4 doses – 0,1,2 e 12m Sorologia 30 dias após Tríplice Viral (SCR) Sarampo, caxumba e rubéola Básico: 1 dose Mulheres em idade fértil Febre Amarela (FA) Febre amarela Básico: 1 dose Reforço: 10 em 10 anos BCG Formas graves de tuberculose Básico: 1 dose Reforço: comunicante domiciliar de hanseníase Quadro II VACINA PROTEÇÃO CONTRA ESQUEMA Varicela Varicela (catapora) Básico: 2 doses com intervalo de 4 a 8 semanas Pneumococo 23V Qualquer infecção causada por um dos 23 tipos presentes na vacina >60 anos – dose única < 60 – 2 doses com intervalo de 5 anos (mínimo de 3 anos) Influenza Gripe causada por um dos 3 tipos que compõe a vacina Dose única anual Raiva Raiva Pré- exposição: 0,7 e 28 dias Sorologia indispensável após 14 dias Reavaliação anual Reforço após sorologia negativa ou exposição ao risco Profilaxia do Tétano em caso de ferimentos História de imunização contra Tétano (DTP,DT,dT,ou TT) Incerta ou menos de 3 doses 3 ou mais doses Tipo de Ferimento Esquema Esquema Ferimento leve, não contaminado ou com baixo risco de contaminação <7 anos, aplicar DTP ou DT, completando 3 doses, com intervalo de 2 meses (mínimo 30 dias) >7 anos, aplicar dT, completando as 3 doses *Não administrar soro Só aplicar a vacina se tiverem decorridos mais de 10 anos da última dose *Não administrar soro Todos os outros ferimentos, inclusive os punctórios <7 anos, aplicar DTP ou DT, completando 3 doses, com intervalo de 2 meses (mínimo 30 dias) >7 anos, aplicar dT, completando as 3 doses Só aplicar a vacina se tiverem decorridos mais de 10 anos da última dose Administrar soro antitetânico Heterólogo: 5000 UI, IM Homólogo: 250 UI, IM Não administrar soro Vacinação da Gestante Doses Gestante NÃO VACINADA OU INCERTA Vacinada com 3 doses (DTP, TT, DT,dT) Vacinada com 2 doses (DTP,DT, dT ou TT) Vacinada com 1 dose (DTP, DT, dT ou TT 1ª dose 2ª dose 3ª dose INÍCIO INTERVALO INTERVALO O mais precocemente possível IDEAL: 2 meses MÍNIMO: 1 mês IDEAL: 2 meses MÍNIMO: 1 mês ____ ____ _____ _____ ____ ____ O mais precocemente possível O mais precocemente possível IDEAL: 2 meses MÍNIMO: 1 mês REFORÇO 10 em 10 anos. Antecipar o reforço se houver gravidez entre 5 e 10 anos após a aplicação da última dose. Se a última dose foi aplicada há mais de 5 anos (usar de preferência dT) Imunoprofilaxia pós-exposição Hepatite B Situação Vacinal da Situação Sorológica do Caso Índice pessoa exposta Vacina contra HbsAg-Positivo HbsAg-Negativo Desconhecida hepatite B Iniciar vacina Iniciar vacina e 1 dose de IGHAHB. Completar 3 doses Vacinação incompleta vacina e 1 dose de (menos de 3 doses) IGHAHB. Completar 3 doses vacina Completar 3 doses vacina e 1 dose de IGHAHB. Vacinada com 3 doses Nada e sorologia (+) Nada Nada 1 dose de vacina e 1 Vacinada com 3 doses dose de IGHAHB. sem sorologia ou Fazer sorologia 30 sorologia () dias após. Avalição sorológica ou vacina e sorologia 1 dose de vacina e 1 dose de IGHAHB. Fazer sorologia 30 dias após. Não vacinada Iniciar vacina e 1 dose de IGHAHB. Obs Todo profissional de saúde deve ser submetido à avaliação sorológica 30 dias após o término do esquema. Esquema para tratamento profilático anti-rábico humano pré-exposição • • • • • • Esquema: 3 doses Dias de aplicação: 0, 7 e 28 Via de administração: Intramuscular profunda, utilizando dose completa ou por via intradérmica, utilizando a dose de 0,1ml Local de aplicação: Músculo deltóide, ou vasto lateral da coxa. Não usar o glúteo. Controle sorológico: * Negativo: titulação menor que 0,5 UI/ml. Neste caso, aplicar dose de reforço e fazer novo controle sorológico após 14 dias. *Positivo: titulação maior ou igual a 0,5 UI/ml O controle sorológico anual é exigência básica para a adequada avaliação da pessoa vacinada. NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E IMUNIZAÇÕES Chefe do Núcleo:Dra.Marisa Leite Bechara Coordenadora do CRIE:Dra.Lilliam Elizabeth Souza Coordenadora do Sistema de Informação:Dra. Nancy Pereira Moreira Hospital Regional da Asa Norte – HRAN Brasília – DF 2007