Tuberculose

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Tuberculose
Tísica
(do grego phthiso- decair,consumir, definhar)
Consunção
(do latim consumptio onis- com o mesmo significado)
Peste branca
Mal do peito
Tuberculose História
• Há 8.000 anos contato com AUROQUES ( bois
selvagens extintos no século XVII)
• Hipócrates(450 AC) - um tísico nascia de outro
igualmente doente)
• Vellemin (1865)- inoculação em animais de laboratório
• Robert koch (1882) descoberta do bacilo –
Mycobacterium tuberculosis
• Até então confundida com bronquite e câncer pulmonar
Tuberculose História
• Tuberculose pré-colombiana na América do Sul
achados arqueológicos no Peru,Venezuela e Chile
• Mycobacteria bovis
• Búfalos, gatos, cães selvagens e lhamas
• Não foram encontradas evidência de Tb no Brasil
pré- Cabral
O controle da malária
larvicidas
vacina
tratamento
contenção
da
transmissão
O controle da varíola
Campanha Mundial
de Vacinação
Contra a Varíola
Na tuberculose é necessário
conhecer a relação de dois atores
O bacilo (o mundo
das micobactérias)
X
O homem
(a sociedade humana)
Surgimento do
M. tuberculosis
(doença humana)
A mais provável origem do BK
entre
4.000 e 2.000 AC
M. tuberculosis
Mycobacterium
Transmissão aerógena
Mycobacterium
para primatas
bovis
M. bovis
Parasitando animais
M. princips
Micobactéria
primitiva
tuberculosis
Parasita o homem
que domestica o gado
(livre na
natureza)
Parasita
do gado
(doença óssea humana)
8.000 a 3.000 AC
Mycobacterium
canetti
Stefan Cunha Ujvari, A história da
humanidade contada pelo vírus. 2008
M. leprae
Doença humana
Surgimento do
M. tuberculosis
(doença humana)
M. tuberculosis
entre
4.000 e 2.000 AC
Parasita o homem
que domestica o gado
Transmissão aerógena
para primatas
M. bovis
Parasita
do gado
(doença óssea humana)
8.000 a 3.000 AC
Parasitando animais
M. princips
Micobactéria
primitiva
(livre na
natureza)
M. leprae
Doença humana
Origem, bipolaridade inicial e evolução da TB
Escravagismo
Aglomeração
humana e
subnutrição
Homem que domestica
o gado (lactase positivo)
[ TB crônica ]
Origem
do M.tb.
Escravagismo
Primeira
Epidemia
M.africanum
Endêmica
Idade Média
Expansão no
mercantilismo
Homem sem contato com
o gado (lactase negativo)
[ TB primária grave ]
Produção agrícola, dispersão
humana e tuberculose rara
Endêmica nos centros comerciais
A primeira expansão da TB pelo mundo
O mercantilismo:
“caravaneiros” e “navegantes”
As guerras:
expansionistas, coloniais
e mundiais
Explosão da TB na urbanização capitalista
Condições favoráveis:
Aglomeração humana (bairros operários}
Sub-nutrição (doença pós primária - transmissível)
Ampliação para os abastados (intelectualidade noturna)
“A Grande Peste Branca Européia”
Biodiversidade das populações micobacterianas
Europa: A Grande Peste Branca
60000 Infecção
50000 40000 30000 20000 10000 -
Bacilo - 1882
Incidência
600 -
Tratto.-1950
450 -
Mortalidade
300 -
- 100
- 50
150 -
Anos
50
100
150
Bacilo europeu:
maior virulência
Bacilo indiano:
menor virulência
200
250
300
Índia
Evolução
como doença
endêmica.
Produção agrícola com dispersão humana
Diferentes graus de
virulência entre bacilos
europeus X indianos
Fonte: Mitchison DA et al in
Tubercle 41:1, 1969
Características da transmissão da TB
Um bacilo de transmissão aerógena
Ocorrência na aglomeração humana
Relação com a imunidade baixa
Características do bacilo que
interferem na transmissão
Transmissão basicamente aerógena
Parasitismo basicamente humano
Inexistência de formas livres
(sobrevive algumas horas no meio externo)
Resistência aos agentes químicos
Sensível aos agentes físicos
Não produtor de endo ou exotoxinas
A transmissão aerógena da tuberculose
Partículas
levitantes
Partículas
infectantes
Partículas maiores
que se depositam
Raios solares
infra-vermelhos
e ultra-violetas
matam os bacilos
FOCO
(+++)
CONTATO
Elementos da infecção na tuberculose
In = Fo.Co.Rel-Fo/Co.Tto
In = Infecção (transmissão bem suscedida)
Fo = Foco (transmissor)
Co = Contato (candidato à infecção)
Rel-Fo/Co = relações foco x contato
Tto = tratamento (influências)
Condicionantes da infecção na tuberculose
Foco
Relações
Forma pulmonar
Número (+/++/+++)
Virulência e
viabilidade do BK
Vigor da tosse
(aerolização)
Proximidade
(intimidade)
Continuidade
(tempo)
Ambiente
(ventilação e
espaço)
Umidade
Contato
Imunidade baixa
Infecção anterior
Hipersensibilidade
Vacinação BCG
Outras MNT
Focos – grandes transmissores
TB pós-primária e adoecimento secundário
Jovens, especialmente pós hemoptises
Pessoas que trabalham com crianças em
ambientes fechados
Ambientes de mais transmissão
Presídios – Hospitais – Unidades anti-TB
Creches - Residências protegidas
Submarinos e navios – Aviões (vôos longos)
Tratamento
Duas hipóteses para explicar
a interrupção da transmissão
A
B
A - Ação residual dos medicamentos. A droga
é eliminada no escarro e alcança um MIC
alto na partícula núcleo (Grosset J).
B - Número (N) de bacilos. As drogas diminuiriam
o número de bacilos reduzindo a possibilidade
de transmissão (Mitchinson DA).
N
Características da transmissão da TB
Um bacilo de transmissão aerógena
Ocorrência na aglomeração humana
Relação com a imunidade baixa
Condicionantes da infecção na tuberculose
Foco
Relações
Forma pulmonar
Número (+/++/+++)
Virulência e
viabilidade do BK
Vigor da tosse
(aerolização)
Proximidade
(intimidade)
Continuidade
(tempo)
Ambiente
(ventilação e
espaço)
Umidade
Contato
Imunidade baixa
Infecção anterior
Hipersensibilidade
Vacinação BCG
Outras MNT
A transmissão da TB bovina
1) Foi importante no século passado
(primeiro impacto)
2) Caiu com a pasteurização do leite
3) Influências do BCG
Na África:
?
M.africanus
?
Transmissões raras da tuberculose
1) Transmissão do BCG (raras)
- becegeites < 3%
- disseminações em VIH/SIDA
- mortes excepcionais (Hy Su)
2) Transmissão congênita (raras)
- disseminadas (via cordão umbelical)
- oculares (passagem no canal vaginal)
3) Outros tipos de transmissão:
- cutânea
- transplantes de órgãos
- procedimentos endoscópicos e outros
Algumas características do BK que
interferem na infecção e adoecimento
Resistência aos agentes químicos
Aeróbio estrito
Dormência
Parasita intracelular facultativo
Bloqueador da imunidade
Formador de granulomas
Estimulador da hipersensibilidade
Infecção - uma transmissão bem sucedida
Nidação do bacilo
no alvéolo
Crescimento livre
Fagocitose pelo macrófago alveolar
Recrutamento
Migração de polimorfos nucleares
Processo exudativo - Inflamação inespecífica
Disseminação hematogênica intra-celular
Macrófago
Alvéolo
Capilar
Monócito
Linfócito
Polimorfo
Reconhecimento e formação
do Complexo de Sinalização
Fragmentos
MHC
Proteína
de transporte
Complexo protéico
de sinalização
Macrófago
Produção de mediadores
com estímulo para formação de
linfócitos NK e gama-delta
Modelo esquemático do granuloma
Polimorfo
nuclear
Necrose caseosa
Linfócito
auxiliar
Capilar
Célula de
Langhans
Ptose
vascular
Linfócito
modulador
Macrófago
Granulomas
Granuloma
Macrófagos e
outras células
Necrose
caseosa
Patogenia da infecção tuberculosa
Disseminação
hematogênica
intra-celular
Disseminação por
contiguidade e
linfo-hematogênica
Implante
do bacilo
Fenômenos
Patobiológicos
Fenômenos
Patomórficos
Inflamação
inespecíca
Imunidade
Hipersensibilidade
(organização)
Reação
granulomatosa
(ação bactericida)
(liquefaçao do cáseo)
Infecção tuberculosa
Nódulos de
Simmons
ICF-SP
Ze Maria
10.03.02
(via ducto, v.cava s.
e câmaras direitas)
Linfonódio
infartado
Disseminação
por
contiguidade
Linfangite
Infiltrado
Inespecífico/
Cancro de
inoculação
Disseminação
hematogênica intracelular
Disseminação
linfohematogênica
Pequeno
derrame ou
espessamento
pleural
Disseminação linfática
Cancro de inoculação ou nódulo de Gohn calcificado em paciente de
39 anos, com história de contágio na infância (mãe) e PPD positivo
Paciente de 53 a, assintomático e sem doença pulmonar prévia, contágio desconhecido,
PPD de 23mm flictenular. À D com imagem do Complexo de Ranke (sinal do halteres).
À E cavidades saneadas, linfangites e comprometimento hilar.
Paciente de 29 anos, obeso, com fortes dores torácicas à D remissivas com esforço
físico e com o frio. Contágio com TB (irmão há 2 anos). PPD de 19mm. Com seqüela
pleural à D e nódulos apicais à E na lordótica
Achado radiológico em paciente de 46 anos em revisão anual. Dor torácica discreta,
sem febre ou outras queixas. Negava contágio com TB. PPD de 22mm. Imagens de
nódulos apicais, múltiplos e bilaterais, um deles cavitando, evidenciadas nos detalhes
e em cortes de TC
Condicionantes da lesão tuberculosa
Equação de Rich (1943)
L
N . V . Hy
Rn . Ra
L = Lesão
N = Número de bacilos
V = Virulência da cepa
Hy = Hipersensibilidade
Rn = Resistência natural
Ra = Resistência adquirida
Patogenia da tuberculose primária
Disseminação
hematogênica
intra-celular
Implante
do bacilo
Disseminação por
contiguidade e
linfo-hematogênica
Lesões de hipersensibilidade
ou granulomatosas
 N
 Hy
 V
 Im
Adoecimento / sintomas
Tuberculose primária
Cavitação
primária
ICF-SP
Zé Maria
10.03.02
Infiltrados
primários
TB pleural
primária
TB primária
gânglio-hilar
ou gângliomediastinal
TB miliar
primária
(granulia)
Epituberculose
(Síndrome do Lobo Médio)
Infiltrado primário em uma paciente de 25 anos, contato de noivo com TB escarro
positivo. Tosse seca por 4 semanas, febres remissivas e suores noturnos. PPD de
19mm. Fez uso de antibióticos inespecíficos sem melhora, que ocorreu após uso de
drogas antituberculosas
Processo miliar granúlico com formações bolhosas em paciente com AIDS,
CD4 de 80 e carga viral elevada antes do uso de tratamento antiviral
Pneumonia caseosa em paciente de 22 anos sem contágio anterior. Tratou como
infecção inespecífica sem melhora persistindo a imagem. Broncofibroscopia com
edema, hiperemia, lesão elevada recoberta de secreção purulenta e fibrina
obstruindo o segmento anterior do LSE. AP= tuberculose caseosa
Patogenia da tuberculose pós-primária
Implante
do bacilo
Foco
latente
Reação
granulomatosa
Reinfecção
exógena
Reativação
endógena
Adoecimento / sintomas
Liquefação
do cáseo e
formação
de cavidade
Tuberculose pós-primária
ICF-SP
Zé Maria
10.03.01
Miliar pósprimária
(disseminação
p/contiguidade,
imagens filhas,
cisurites e
retrações)
(nódulos
grosseiros e
coalescentes)
Lesões
nodulares
exudativas
(Disseminação
canalicular)
Processos
retículonodulares
(baixa imunidade)
TB pleural
pós-primária
(assoc. à pulm.)
Pneumonia caseosa
(disseminação gânglio-brônquica)
Lesões típicas da tuberculose pulmonar pós-primária ou de reativação em um paciente
etilista, 39 anos, com escarro e cultura positivos. Ver a cavidade com lesões em seu
entorno à Esq. formando lesão piramidal com seu ápice voltado para a região do hilo
(olhando para o hilo), além de disseminação broncogênica à D
Outro caso de tuberculose de reativação com opacidade, cavitações e entorno de
nódulo-exudativo à E. À D imagens reticulo-nodulares. Sintomas arrastados por
quatro semanas, febre, tosse produtiva, episódio de hemoptise provavelmente
originário das lesões à E
Cavidade infraclavicular mascarada pelo primeiro arco costal e clavícula como mostra o
detalhe do RX frontal em paciente com quadro de tosse produtiva, febre persistente e
sudorese noturnos. O RX em lordose permite melhora visualização da lesão. Escarro (-)
E cultura (+) para o M. tuberculosis
Disseminações da tuberculose extrapulmonar
Faringite e otite
tuberculosas
Tuberculose
gânglio-cervical
Linfohematogênica
Linfática
Mal de Pott
Contiguidade
Meningoencefalite
tuberculosa
Contiguidade
Tb pleural
primária
Contiguidade
Tb renal
primária
Não infectado
Classificação da TB segundo o CDC-USA
TB
Infecção
TB Doença
Seqüelas
Uma tentativa de classificar a TB de
acordo com os conceitos discutidos
Doença
Não infectado
Latência
Infecção
localizada
Infecção
extensa
Após doença com
cura expontânea
Infecção
Assintomática Sintomática
TB
inaparente
TB
doença
Doença com
cura expontânea
Doença
Seqüelas
Exames laboratoriais
• Bacteriologia
pesquisa de BAAR no escarro:espontaneo, induzido,
broncoscopia com lavado broncoalveolar, lavado gastrico
• Cultura – capaz de detectar entre 10 e 100 germes na
amostra
• Biologia molecular PCR pode detectar bacilos mortos
• Teste tuberculínico PPD
• Marcadores biológicos ADA (adenosina-deaminase)
• Imunodiagnóstico
Meio sólido de Löwestein Jensen
Sensibilidade 80%
10 – 100 baar/µL
50% culturas positivas são BAAR negativos
95% BAAR positivo tem cultura positiva
Sensibilidade 50-60%
5.000 – 10.000 baar/µL
TB infecção latente
Classicamente
 não-reator :0 a 4 mm
 reator fraco: 5 a 9 mm
 reator forte: ≥ 10 mm
Como definir PT positiva?
Quando tratar?
Depende do contexto epidemiológico
Vacinação
• Bacilo de Calmette e Guérin (BCG)
• Variante do bacilo tuberculoso bovino cepa avirulenta
• Desastre de Lubeck (1930) em que 1/3 de crianças
vacinadas desenvolveram formas cronicas- contaminação
por cepas virulentas
• Protege contra as formas graves na infância
principalmente meningoencefalite e miliar
• Trabalhadores da saúde (contato com TB e AIDs) PPD
não reator devem ser vacinados
Conclusões
• Indivíduo que procura médico por sintoma respiratório deve ter
sempre TB como parte do diagnóstico diferencial em locais com
elevada prevalência
• Paciente com tosse persistente deve ser submetido a radiografia
de tórax e pesquisa de baar
• Paciente com TB e cavitação pulmonar tem baar positivo
• A indução de escarro com salina hipertônica é uma alternativa
para suspeita de TB sem expectoração espontânea
• No indivíduo com HIV positivo o diagnóstico de TB pode ser mais
difícil
Principais diferenças entre os esquema de tratamento
anti-TB no Brasil e no exterior
• Utilização de regime com 4 fármacos em todos os pacientes
• Utilização de regime intermitente na fase de continuação
• Prolongamento do tratamento para pacientes com baar
positivo ou com cavitação associada à C+ na semana 8 de
tratamento
Introdução o 4º fármaco: 2RHZE/4RH
Objetivos da quimioterapia anti-TB
1. matar os bacilos rapidamente (atividade bactericida
precoce)
2. prevenir a emergência de resistência
3. eliminar os bacilos persistentes para evitar a recaída ou
relapse (atividade esterilizante)
Padrão de resistência
Fármacos
Resistência primária Resistência primária
Inquérito 1997
Inquérito 2006/08*
R
0,2%
1,5%
H
3,5%
6,0%
RH
0,9%
1,4%
Bol Pneumol Sanit 2003; 11 (1):76-81
*Dados de SP, RJ, MG, BA, RS, DF e SC (observado em apresentação realizada pelo Dr. Picon,
PEC RS, março de 2009)
Terapeutica- toxicidade
•
•
•
•
•
•
ISONIAZIDA
Figado elevação da TGP
Hepatite clinica
Hepatite fulminante
Rash
Neuropatia periférica
10% a 20%
0,6%
0,02%
0,2%
Terapeutica toxicidade
• RIFAMPICINA
• Figado
hepatite colestática
•
hepatotoxicidade
•
• Pele
Rash exantema
•
Flu sindrome
• Trombocitopenia
• Febre
• Coloração (vinho) fluidos corporais
0,6%
2,7 % (junto
com a INH)
0,45 a 0,7%
Terapeutica toxicidade
• PIRAZINAMIDA
• Figado
hepatotoxicidade
1%
•
Poliartralgias
40%
•
Hiperuricemia
gota rara
Etambutol
Neurite retrobulbar dose dependente, que leva a perda da
visão periférica, diminuição da acuidade visual (pode
chegar a cegueira) e da diferenciação verde-vermelho
• Não deve ser usado em crianças < 10 anos
• Crianças 10 - 12 anos dose reduzida para 10 mg/ kg/ dia
• Hiperuricemia com artralgia
• Parestezia
2RHZE/4RH doses usuais
•
•
•
•
•
•
•
•
INH
RIF
PZA
EMb
5mg/kg/dia
10 mg/kg/dia
40 a 55 kg
56 a 75 kg
76 a 90 kg
40 a 55 kg
56 a 75 kg
76 a 90 kg
300 mg/dia
600 mg/dia
1g
1.5g
2g
800 mg
1.200 mg
1.600 mg
Tb xSIDA/AIDs
• Tuberculose clássica ou do imunocompetente
•
Cavernas
•
Bacilifero
•
PPD forte reator
•
Similar a tuberculose de pós primária ou de reinfecção
Tb xSIDA/AIDs
• Tuberculose do imunocompetente
•
sem cavernas
•
pouco bacilifero
•
PPD pode ser fraco reator
•
Similar a tuberculose primária
• Linfócito CD4 < 200 céls
• Frequentemente extrapulmonar
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