Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 Proposta do Capítulo: saber um pouco mais sobre a “Era dos Extremos”. Assuntos estudados nesse Capítulo: - O impacto da Primeira Guerra Mundial - A Crise de 1929 - A Guerra Civil espanhola (o espectro do comunismo continua vivo) A Europa destruída: o impacto da Primeira Grande Guerra Saldo da Guerra: - Economias devastadas e uma geração frustrada - 10 milhões de mortos em combate, 5 milhões d desaparecidos e 7 milhões de feridos e mutilados O preço da guerra foi muito elevado para os países europeus. Não se mediram esforços, nem controlaram gastos com os combates. Na verdade, imaginava-se que os custos da guerra seriam pagos pelo inimigo derrotado. O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” Os impactos econômicos da Guerra não estão relacionados apenas aos negócios financeiros, mas também à dinâmica social, cultural e política. Década de 1920: Europa destruída pelos conflitos Estados Unidos como a potência imperialista Os E.U.A surgiram como o país com a maior capacidade produtiva. O papel assumido pelos E.U.A transformou o mundo inteiro e trouxe um novo patamar com o surgimento e a consolidação do capitalismo. O American Way of Life estendeu à Europa modelos comportamentais, costumes, modas e gostos variados. Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” Atividade Em Sala: 1. A partir da análise das imagens, defina com suas palavras o que, para você significa “American Way of Life”. Em casa: 1. Procure em livros ou internet o significado desse termo e compare com o termo dado por você. 2. Traga imagens na atualidade e procure mostrar como elas expressam o “jeito americano de viver”. Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” Para pensar: a produção estadunidense aumentou 60% e a renda nacional cresceu 42%!! O crescimento não diminuiu a desigualdade social. Esse é um erro muito comum: imaginar que crescimento do PIB ou da renda per capita diminui as desigualdades sociais. Apenas 1/3 da população atingiu o nível médio de vida. Entre o restante da população estavam os agricultores: durante a guerra, contraíram empréstimos para incrementar a produção. Além das dívidas, sofriam com a concorrência dos produtores canadenses, australianos e argentinos, aumentando a desvalorização dos preços. É nesse contexto que há a Crise de 1929. Vamos entender o que foi o “crack” da Bolsa de Nova York. Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” A economia possuía bases sociais frágeis. Baixos salários e muitos desempregados Grandes desigualdades Em 1929, 1% da população detinha 45% da riqueza nacional. Em meados da década de 1920, a Europa reassume o controle de seus mercados e disputa com os americanos o mercado internacional. Crise de superprodução ou subconsumo Agricultores perdem as terras hipotecadas. A CRISE DE 1929 Bolsa de Valores superaquecida Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” A crise de 1929 foi uma Crise de superprodução e o subconsumo. Imensos estoques de mercadorias se acumularam sem compradores. A especulação financeira fez com que ações de companhias praticamente quebradas fossem vendidas a preços exorbitantes. Sem a regulamentação do Estado, o capitalismo oligopolista levou o mundo à beira da ruína. Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” Consequências: Falência de 9.000 bancos; Falência de 85 mil empresas; Queda de 85% no valor das ações (1929-32); Redução salarial de 60%; Desemprego: 13 milhões, somente nos EUA; Financiamento de Regimes Totalitários; Crise econômica e recessão mundial. Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” O crash da Bolsa Setembro de 1929: 40% do valor das operações do mercado financeiro americano eram especulativas. 29 de outubro de 1929: 13 milhões de ações ficaram encalhadas na Bolsa de Valores de Nova York. O New Deal (Novo Acordo) • Para tentar solucionar a crise, o presidente norte-americano criou uma política econômica para tentar solucionar a crise que afetou os E.U.A. • Ela tinha como base: – Subsídios aos agricultores, – Incentivos a obras públicas, – Política de proteção ao trabalhador (Seguro desemprego) – Controle sobre a especulação bancária. Enfim, o que percebemos é que o Estado estava interferindo na economia, ditando as regras, o que de certa forma ocorre em muitos momentos de crise econômica. Cap. 4 1919-1939: duas décadas e, entre elas, a crise de 1929 O Capitalismo à bancarrota: “se nem tudo sucumbia, certo é que tudo adoecia” Atividade Exercícios pág. 69 pág. 70 (segundo) pág. 71 pág. 74 pág. 76 Assistir ao Documentário – pág. 74 Leitura e resumo das páginas 71 a 76. O espectro permanece vivo O capítulo 4 encerra com um assunto importante, mas pouco discutido: a Guerra Civil espanhola. A Espanha manteve-se neutra durante a I Guerra Mundial. Se por um lado isso trouxe benefícios para a economia espanhola, por outro não foi tão bom assim – principalmente ao término da guerra. Diante de problemas econômicos, greves e levantes populares não demoraram a ocorrer. A pobreza na Espanha era um obstáculo para seu desenvolvimento. Isso foi motivo para que ideias socialistas tivessem “voz” entre a população mais pobre. Em 1931, um plebiscito definiu que a Espanha seria uma República: o monarca renunciava ao trono. Nesse momento, a Espanha estava dividida em dois grupos: uma classe privilegiada (que não queria mudanças radicais) e um grupo que ansiava por melhores condições de vida. GUERRA CIVIL ESPANHOLA • Na Espanha durante entre as décadas de 1920 e 1930 havia uma polarização política muito forte. • CONSERVADORES X REPUBLICANOS • CONSERVADORES: autoritário). eram adeptos do Fascismo (regime • REPUBLICANOS: eram socialistas, anarquistas e comunistas que defendiam mudanças econômicas e sociais. Eleições: • 1936: nas eleições desse ano CONSERVADORES e REPUBLICANOS (Frente popular) disputaram o poder. • A Frente Popular venceu as eleições, mas os conservadores não aceitaram o resultado e iniciaram um golpe militar pelo general Francisco Franco. • O golpe militar deu origem a uma guerra civil que durou de 1936 a 1939. • Francisco Campos e os militares receberam ajuda do governo fascista italiano – mais de 70 mil soldados italianos, armamentos e aviões. • Apoio do governo alemão (nazismo) – armas, munições e apoio militar. Os nazistas realizaram bombardeios aéreos sobre as cidades controladas pelos republicanos. • Os golpistas (Franco e os militares) controlavam diversas áreas do território espanhol. • Promoviam fuzilamentos em massa. • Determinaram o estado de sítio: podiam dissolver reuniões públicas, invadir sindicatos e sedes de organizações de esquerda (“contrárias”). • Os republicanos tiveram o apoio da União Soviética – fornecimento de caminhões, tanques, armas e aviões. • O governo soviético incentivou a formação das Brigadas Internacionais – 45 mil combatentes (operários e intelectuais voluntários de vários países). • Os republicanos “promoveram” o fuzilamento de militares e de membros da elite econômica espanhla. REGIME FRANQUISTA • Os franquistas avançaram rapidamente sobre as áreas controladas pelos republicanos. • Superioridade militar devido ao apoio recebido dos governos italiano e alemão. • Os republicanos não tinham um poder centralizado e bem organizado (socialistas, comunistas e anarquistas). • Os franquistas venceram a guerra civil e instalaram um governo ditatorial, Francisco Franco. • O regime autoritário tinha o apoio de autoridades da Igreja, grupos de empresários ligados às finanças, à indústria, ao comércio e a agricultura. s • Os franquistas passaram a exercer o controle sobre a educação, os sindicatos, os meios de comunicação e os órgãos de segurança. • Estima-se que entre 400 mil e 1 milhão de espanhóis tenham morrido durante essa guerra que durou três anos. O GOVERNO DE LÊNIN – NEP (Nova Política Econômica) – 1921 – 1928 • Lênin. • Plano de recuperação da economia russa. • Introdução de elementos capitalistas (provisórios e parciais), conciliados com base socialista. • “Um passo para trás para dar dois passos para frente”. • Pequenas e médias empresas (até 20 funcionários). – Comércio livre de produtos agrícolas. – Recuperação parcial do país. – 1922: país adota o nome de URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). • A disputa de poder: – 1924 – Lênin morre. – TRÓTSKY – Revolução Permanente X – STÁLIN – Socialismo em um só país.* Era Stalinista 6 - O STALINISMO (1924 – 1953): • Ditadura totalitária. • Eliminação da oposição. • Expurgos, prisões e torturas. • Burocratização estatal. • Controle do ensino e comunicações. • Culto ao líder (Stálin = “guia genial dos povos”). • Propaganda governamental. • Russificação de outras nacionalidades. PROPAGANDA STALINISTA: STÁLIN: Protetor dos povos TRÓTSKY: inimigo do Estado • Controle da arte (Realismo Socialista): – – – – • • • • Funções didáticas. Incentivo à submissão. Nacionalismo. Mensagens e linguagens populares de fácil assimilação. Cancelamento da NEP (1928). Planificação econômica. Coletivização agrícola. Prioridade industrial (base). • Planos Qüinqüenais (1928): – Metas a cada 5 anos. – Indústria de base (ênfase). • SOCIALISMO REAL: modelo stalinista de socialismo baseado na planificação econômica, burocratização e centralização, adotado mundialmente. Atividades • Conhecimento em Ação pág. 48 • Leitura para discussão: pág. 80, 81, 84 e 85.