Esquizofrenia Lucas Povarczuk Mocelim Luciano da Silva Alencastro Manoela Ziebell de Oliveira Critérios diagnósticos - DSM IV Sintomas característicos: Dois (ou mais) dos seguintes: – – – – – delírios alucinações discurso desorganizado comportamento desorganizado ou catatônico sintomas negativos (embotamento afetivo, alogia ou avolição) *Apenas um sintoma é necessário se os delírios são bizarros ou se as alucinações consistem de vozes que analizam a pessoa Critérios diagnósticos - DSM IV Disfunção social/ocupacional: • Por uma porção significativa de tempo desde o início da perturbação, uma ou mais áreas importantes do funcionamento (trabalho, relações interpessoais, cuidados pessoais, etc.) estão acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início • (quando o início dá-se na infância ou na adolescência, fracasso em atingir o nível esperado da idade) Critérios diagnósticos - DSM IV Duração: Sinais contínuos da perturbação persistem por pelo menos 6 meses, período este que deve incluir pelo menos 1 mês de sintomas Exclusão de Transtorno Esquizoafetivo e Transtorno do Humor: Estes transtornos foram descartados porque nenhum Episódio Depressivo Maior, Maníaco ou Misto ocorreu concomitantemente aos sintomas da fase ativa, ou se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve relativamente à duração dos períodos ativo e residual. Critérios diagnósticos - DSM IV Exclusão de substância/condição médica geral: A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou a uma condição médica geral. Relação com um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: Se existe uma história de Transtorno Autista ou um outro Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, o diagnóstico adicional de Esquizofrenia é feito apenas se delírios ou alucinações proeminentes também estão presentes por pelo menos 1 mês. O que causa a esquizofrenia? Só se sabe que a causa é complexa e multifatorial. Não se conseguiu identificar fatores de risco, exceto o parentesco com algum esquizofrênico. Há diversas teorias que tentam explicar as causas da doença, ou pelo menos esclarecer alguns aspectos dela. Teorias explicativas Teoria Bioquímica Teoria Genética Teoria do Estresse Teoria Social Teoria Nutricional Teoria Biológica Molecular Teoria Viral Teoria do Fluxo Sangüíneo Cerebral Teoria das Drogas Características da doença Incapacitante e crônica; ceifa a juventude e impede o desenvolvimento natural. Geralmente se inicia no fim da adolescência ou no começo da idade adulta. Os sintomas são muitas vezes confundidos com “crises existenciais”, “revoltas contra o sistema”, “alienação egoísta”, “uso de drogas”, etc. O caso de John F. Nash, Jr. Martha Smith Alexander Quincy Nash John Forbes Nash, Sr. Eleanor Stier Margaret Virginia Martin John Forbes Nash Jr. 13 de junho de 1928 John David Stier 19 de junho de 1953 Alicia Larde Bebê Épsilon John Charles (1,5 anos) 20 de maio de 1959 Alexander Quincy Nash: Indivíduo estranho e instável, Um inútil paquerador que abandonou sua esposa e os três filhos. Permaneceu em casa o tempo suficiente para despertar nos seus filhos uma inimizade eterna e instalar em John uma ânsia profunda e constante por respeitabilidade Martha Smith: Mulher muito inteligente e habilidosa; Devotada e diligente, Mãe eficiente e dedicada John Forbes Nash, Sr.: Engenheiro elétrico Calmo e reservado Mantinha um distanciamento emocional em relação aos filhos Margaret Virginia Martin: Professora (antes de casar) Alma mais livre, menos rígida que o marido Presença muitíssimo mais ativa na vida do filho. Ostensivamente amorosa com o filho. Perda parcial da audição (por infecção)* Eleanor Stier: Enfermeira 29 anos (quando conheceu Nash) Trabalhadora, carinhosa, coração terno, atraente, morena e bonita, bastante tímida, uma pessoa de “inteligência comum”, com modos simples e “uma maneira muito particular de falar” (sotaque britânico), parecia pobre e vulnerável, “... Tímida, pouco segura. Tinha tendência a ser desconfiada principalmente em relação aos homens” John David Stier (J.D.) Nasce dia 19 de julho de 1953 • John Nash não se ofereceu para pagar o parto ou colocar seu nome na certidão de nascimento, mas ficava no hospital e visitava o menino quando lhe era possível Os seis primeiros anos de J.D. foram passados com uma série de famílias e, finalmente, num orfanato. • “Separar-se da criança quase levou Eleanor à loucura e fê-la sentir verdadeiro rancor em relação a Nash” • “Nash demonstrou uma incoerência bastante curiosa na sua atitude e comportamento em relação ao filho: precisava amar e ser amado, e uma criança pequena, desamparada, seu filho atraía irresistivelmente (...) procedeu de maneira egoísta e desumana” Depois de adulto trabalhava com prática em enfermagem John Forbes Nash Jr. Nascido em 13 de Junho de 1928 em Bluefield 16 de Novembro de 1930: nasce a irmã, Martha 1950: formatura 1951 – 1959: monitoria no M.I.T. 1956-57: Licença sabática Casamento com Alicia Larde Alicia Larde “Alicia se graduou em física pelo M.I.T. onde nos conhecemos e ela trabalhou na área da cidade de New York entre 1956-57. Ela nasceu em El Salvador mas veio jovem para os EUA e ela e seus pais foram por muito tempo cidadãos americanos.” Meses iniciais de 1959: Surgem os primeiros delírios quando Alicia suspeita estar grávida 1961: primeira internação (Princeton Hospital) dia seguinte ao natal de 1962: ação de divórcio 1º de maio de 1963: divórcio e guarda de John Charles para Alicia 1963: internação na Carrier 1969:Virginia morre pouco antes do Dia de Ação de Graças 1970: Nash volta a morar com Alicia É internado por períodos de cinco a oito meses em hospitais de New Jersey, sempre de forma involuntária e buscando um argumento legal para conseguir sua liberação 1983: Nash começa a sair de sua concha e fazer amizades com estudantes Em 1990: começa realmente a milagrosa remissão da doença de Nash “... Nash viajava pelos mais remotos confins do globo. Nesses lugares distantes ele vivia em campos de refugiados, embaixadas estrangeiras, prisões, abrigos contra bombardeios. Em outras ocasiões ele achava que vivia num purgatório ou num céu poluído (“uma casa apodrecida, em ruínas, infestada de ratos, cupins e vários tipos de insetos”). Suas identidades, como os endereços de remetente nas cartas, eram como as cascas de uma cebola. Debaixo de cada uma espreitava outra: ele era C.O.R.P.S.E [cadáver] (um refugiado árabe-palestino), um grande xogum japonês, C1423, Essaú, L’homme d’Or, Chin Hsing, Jó, Jorap Castro, Janos Norses, e às vezes até um camundongo. Seus companheiros eram samurais, demônios, profetas, nazistas, padres e juízes. Deiades maléficas – Napoleão, Iblis, Mora, Satã, Homem de Platina, Titã, Nahipotleeron, Napoleon Schickelgruber – o ameaçavam. Vivia com um medo constante de aniquilamento, tanto do mundo (genocídio, Armagedon, o Apocalipse, o Dia do Juízo Final, o Dia da Resolução das Singularidades) e de si próprio (morte e falência). Certas datas impressionavam-no por trazerem maus presságios...” “A remissão de Nash não aconteceu, como foi suposto por muitos, mais tarde, por causa de algum novo tipo de tratamento ‘eu emergi do pensamento irracional no fim das contas sem nenhum remédio, a não ser as alterações hormonais naturais do envelhecimento (...) Aos poucos eu comecei a rejeitar intelectualmente certas linhas de pensamento influenciadas pelo estado de delírio, que tinham sido características de minha orientação’. Nash acredita, esteja certo ou errado, que ele queria a sua própria recuperação” Bebê Épsilon (John Charles) 1959: Alicia descobre que está grávida • “Seus sentimentos em relação à gravidez eram ambivalentes, e as esperanças iniciais de que aquilo uniria o casal desvaneceram” 20 de maio de 1959 (recebe o nome depois de 1 ano e meio) 1961: vai com a avó materna para Princeton 1973: Johnny é matriculado em uma escola preparatória. • Ele era um excelente aluno e demonstrava interesse e talento para a matemática. 1976: Johnny foi internado na Clínica Carrier 1979: retornou para o semestre de outono no Rider College • “De modo geral os sintomas de Johnny pareciam estar sob controle. Ele tirou notas muito altas e ganhou um prêmio acadêmico no seu segundo ano na faculdade”. 1981: embora não tivesse um diploma de ensino médio nem de curso superior, foi aceito na Rutgers University com uma bolsa integral Ao contrário do pai, Johnny continua passando por internações freqüentes. Na época do anúncio do Nobel estava no Hospital e não acreditou na notícia dada pelos pais “... ele já vinha faltando à escola havia quase um ano. Tinha perdido todos os seus velhos amigos. Durante muitos meses se recusara a sair do quarto. Quando a mãe ou a avó tentavam intervir, ele as repelia com violência. Começara a ler a Bíblia de modo obsessivo e a falar de redenção e danação. Logo começou a andar com membros de uma pequena seita fundamentalista, e a distribuir panfletos e bottons de propaganda a estranhos nas esquinas de Princeton. Alicia e a mãe não perceberam imediatamente que o comportamento problemático de Johnny era algo mais do que uma explosão de rebeldia própria de adolescentes. Com o tempo ficou evidente que Johnny estava ouvindo vozes e que acreditava que era uma grande figura religiosa (...) E aí, quando o filho já estava na clínica, Alicia soube que era verdade aquilo que ela mais temia, que temera durante o tempo todo. Seu filho brilhante estava sofrendo da mesma doença que o pai.” “O tempo não existe para ele. Assim, a vida, na companhia de Johnny representa uma tremenda tensão para Nash e Alicia, e em relação a este tema há grandes conflitos. Eles acusam um ao outro pelo mau comportamento do filho. Nash é mais severo e tende a fazer Johnny responsável por sua própria doença. Às vezes ele é muito cruel “eu não penso no meu filho... inteiramente como uma pessoa que sofre. Em parte ele está simplesmente escolhendo escapar do mundo”. Mas Nash manifesta esperança e prazer toda vez que surge a perspectiva de um novo medicamento, uma nova terapia, ou quando ele tem uma idéia – como ensinar Johnny a jogar xadrez no computador -, que acha que poderá ajudá-lo.” “E aconteceu que depois de eu ficar hospitalizado por um tempo bastante longo... Eu finalmente renunciei a minhas hipóteses delirantes e voltei a pensar em mim mesmo como um ser humano em condições convencionais e retomei a minha pesquisa matemática. Nesses interlúdios, por assim dizer, de racionalidade forçada eu prossegui fazendo algumas pesquisas matemáticas respeitáveis (...) eu tornei-me uma pessoa de pensamento influenciado por delírios, mas de comportamento relativamente moderado, tendendo, assim, a evitar a hospitalização e a atenção direta de psiquiatras (...) Aos poucos eu comecei a rejeitar intelectualmente certas linhas de pensamento influenciadas pelo estado de delírio, que tinham sido características de minha orientação (...) eu emergi do pensamento irracional no fim das contas sem nenhum remédio, a não ser as alterações hormonais naturais dói envelhecimento.” Emil Kraepelin Utilizou o termo dementia precox, que salientava um processo cognitivo distintivo (dementia, de início precoce, característico do transtorno). Demência precoce - curso deteriorante a longo prazo e sintomas clínicos comuns de alucinações e delírios. Psicose maníaco-depressiva - episódios distintos de doença, separados por períodos de funcionamento normal. Paranóia - delírios persecutórios persistentes como sintoma mais importante, mas não tinham o curso deteriorante da demencia precoce ou os sintomas intermitentes da psicose maníaco-depressiva (Kaplan). Fala do delírio como um “tecido de absurdos” ou ainda “caos delirante” (Bruno, 2001) Eugen Bleuler Em 1906, criou o termo “esquizofrenia”, que substituiu o termo “demência precoce” indicando a presença de uma ruptura entre o pensamento, emoção e comportamento - do grego “skhizein” (fender, dividir, separar”) e “phrênos” (pensamento). Não necessidade de um curso deteriorante no conceito de esquizofrenia – o que provoca um aumento no número de pacientes que satisfazem os critérios para o diagnóstico Sintomas fundamentais - os quatro “As” (associações, afeto, autismo e ambivalência). Sintomas acessórios - alucinações e delírios (os quais teriam uma significação, podendo ser ordenadas a partir das necessidades afetivas dos pacientes). Esquizofrenia A esquizofrenia é um tratamento muito específico do verbo, que reduz a palavra à coisa (Soler, 2003). Isto porque a ligação entre a representação de coisa e a representação de palavra está impedida, fazendo com que o esquizofrênico trate as coisas concretas como se fossem abstratas e o pensamento e a linguagem do esquizofrênico apresente-se como um quebra-cabeça incompleto (Sterian, 2001) Freud (1914), sobre o narcisismo:antes do eu há pulsões auto-eróticas; uma nova ação psíquica, portanto, deve se acrescentar ao auto-erotismo, para dar forma ao narcisismo (nova ação que Lacan denomina estádio do espelho). Esquizofrenia Assim, Freud em 1914 faz a seguinte distinção: a retirada da libido se traduz na esquizofrenia por um retorno ao órgão – caracterizando o que ele chama de sensação no próprio órgão e que irá se traduzir na angústia hipocondríaca – , ao passo que na paranóia, ela é tratada por uma via significante – a metáfora delirante; o delírio de grandeza que seria a conseqüência final de uma retirada libidinal para o eu. A questão que Freud nos deixa é a do estabelecimento de uma relação entre essa singularidade da incidência do significante sobre o corpo no caso do esquizofrênico e esse fracasso da nova ação psíquica que permite passar do auto- erotismo ao narcisismo. (Bruno, 2001) Esquizofrenia Lacan, em 1975, propõe que essa falha/fracasso estaria relacionada com algo que está ligado ao percurso da pulsão no auto-erotismo, a qual retornaria sem mudança a seu ponto de partida, como se a pulsão girasse em torno de um objeto sem ser modificada, em seu percurso, pelo encontro com o grande Outro, com o significante. Esse processo poderia ser chamado de “fracasso da subjetivação da mensagem proveniente do Outro”.(Bruno, 2001) Nomeação À medida que a mãe vai nomeando as necessidades que percebe em seu filho, ele pode passar a ligá-las, em seu psiquismo, a palavras. Esta nomeação propicia a simbolização das sensações que despontam nele. (Sterian, 2001) Mas, se nesse período em que a mãe tem que ajudar o filho a constituir seu psiquismo, ela encontra-se mobilizada por questões mal elaboradas de sua própria vida, sua capacidade de percepção e reconhecimento das necessidades do filho fica distorcida. Essa criança vai aprender a se comunicar com este mesmo discurso incoerente e anacrônico – discurso não apenas verbal. Nomeação A “rejeição da realidade” da esquizofrenia parece ter suas raízes na herança de uma dificuldade em dar sentido, algo que teria origem anterior a toda história individual da criança. De sorte que o real não seria apreensível por cada um, e não poderia representar alguma coisa, senão através das primeiras figuras parentais, e do ‘discurso’ do qual estas são o “suporte originário” (PENOT, 1989, citado por Sterian, 2001) Cabe à mãe, ou seu substituto na função materna, erotizar o corpo de seu filho. O prazer, por exemplo, que uma mãe tem ao amamentar seu bebê libidiniza sua boca – que se transforma em zona erógena e fonte da pulsão oral. Será também a mãe aquela que terá função de ajudar seu filho a integrar essas vivências fragmentárias em uma imagem unificada de si mesmo (espelho). Nomeação Reis (2000): no primeiro momento do estádio do espelho a criança está centrada em suas próprias sensações corporais, sendo incapaz de perceber-se como uma unidade. Seu corpo é sentido como despedaçado. A mãe, ao cuidar de seu bebê, identifica-se com ele narcisicamente, tentando decodificar seu comportamento, seu choro. Porém, "tudo se passa como se a criança percebesse a imagem de seu corpo como a de um ser real de quem ela procura se aproximar ou apreender" (Dor, 1985, p. 79) A partir desse primeiro momento, até os dezoito meses, a criança vai aos poucos podendo sentir-se separada da mãe, percebendo que o outro do espelho não é um outro real, mas uma imagem. O olhar materno é de fundamental importância pois serve de espelho para essa criança, que se vê refletida nesse olhar, que na realidade transmite o desejo da mãe – com o qual ela se identifica. Nomeação Esse processo, que podemos entender como parte do processo da gênese do eu, continua no terceiro momento, coincidindo, segundo Lacan, com o primeiro tempo do Édipo. A criança, que até esse momento teria uma vivência de seu "eu" fragmentado, nesse período começa a se perceber como uma unidade através do olhar da mãe, que continua lhe servindo como espelho. A mãe transmite para a criança uma imagem que surge a partir de seu desejo, ou seja, o desejo da mãe funciona como um espelho para a criança que nele se vê refletida. Nomeação Sterian (2001): A “nova ação psíquica” que provoca o advento do narcisismo é o mecanismo de identificação (FREUD, 1914). Os pais atribuem ao filho “Sua Majestade, o Bebê”, todas as qualidades e virtudes que eles gostariam de ter, fruto da revivescência de seu próprio narcisismo. Essa idealização – absolutamente necessária para a construção do psiquismo humano – feita pelos pais com relação ao seu filho, possibilita sua primeira identificação. Essa imagem propicia à criança a visualização antecipada de um corpo unificado. Ela passa a ter a ilusão de ser aquilo que os pais gostariam que ela fosse: uma pessoa “inteira”, com as qualidades que eles lhe atribuem. A falta de integração do eu Lacan, 1963: a causa dessa falta de integração do eu estaria no fato de que, no desejo – especialmente no da mãe – a criança não é nomeada. Esta difração originária do ideal de ego/eu pode ser melhor compreendida quando o autor (Bruno, 2001) traz seu testemunho no caso de um sujeito esquizofrênico que, cada vez que pensava em uma palavra, ela se decompunha em duas, em seguida, cada uma das partes se decompunha novamente em duas, e assim sucessivamente, de tal maneira que o universo da significação desabava. O que distinguiria, então, a esquizofrenia da paranóia, seria o fato de que o esquizofrênico não tem como recorrer ao eu para construir a metáfora delirante. A falta de integração do eu Desta forma, a inconsistência do imaginário, a qual não permite que uma significação se fixe, deve ser atribuída a uma perturbação na constituição do ideal de eu, ou seja, a um acidente ocorrido no nível do que Freud e Lacan chamam de identificação primária – isto é, a imagem fornecida pelos pais que fornece a visualização/antecipação de um eu unificado. (Bruno, 2001) Referências Bruno, P. (2001). Esquizofrenia e Paranóia. Em A. Quinet (Org.), Psicanálise e psiquiatria: controvérsias e convergências (pp. 225-36). Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos. John F. Nash, Jr. Autobiography. Retirado do world wide web http://www.nobel.se/nobel/nobel-foundation/publications/lesprix.html Nasar, S. (2002). Uma mente brilhante. (S.M.Rego, Trad.) Rio de Janeiro: Editora Record Reis, C. A. M. (2000). Uma reflexão acerca do diagnóstico de psicose infantil: uma abordagem psicanalítica. Psicologia USP, vol.11, no.1, p.207-242. Soler, C. (2001). A esquizofrenia. Em A. Quinet (Org.), Psicanálise e psiquiatria: controvérsias e convergências (pp. 237-43). Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos. Sterian, A. (2001). A Esquizofrenia. São Paulo: Casa do Psicólogo.