Tratamento

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Patologia do quadril
da criança e
adolescente
Prof. Isaac Rotbande
Doença de Legg Perthes
Idade
0a5
Displasia do desenvolvimento do
quadril do quadril
Doença de Legg Perthes
Idade
0a5
05 a 10
Displasia do desenvolvimento do
quadril
Legg Perthes
Doença de Legg Perthes
Idade
0a5
Displasia do desenvolvimento do
quadril
05 a 10
Legg Perthes
10 a 15
Epifisiólise
Doença de Legg Perthes
Definição
Displasia do desenvolvimento do
quadril
DDQ é o termo utilizado para descrever a
condição na qual a cabeça femoral possui
uma relação anormal com o acetábulo
Luxação congênita do quadril
Doença de Legg Perthes
Definição
Luxação
A cabeça femoral esta completamente fora
do acetábulo
Subluxação
Luxável
Displasia
A cabeça femoral esta parcialmente fora do
acetábulo
A cabeça femoral pode ser luxada por
manobras, quadril instável
Anormalidade na forma dos ossos do quadril
Pode ocorrer intra útero, no período peri
natal ou na infância
Doença de Legg Perthes
Definição
Teratogênica
Típica
Ocorre precocemente intra utero
e esta relacionado com alterações
neuromusculares como espinha
bífida e artrogripose. Geralmente
na 12 semana ( rotação do fêmur )
e 16 ( formação da musculatura
pélvica )
Ocorre na infância ou recém nato
Doença de Legg Perthes
Epidemiologia
1 em cada 100 nascimento apresenta quadril
instável
1 a 2 para cada 1000 nascimento vivo ( quadril
luxávdol, DDQ provavelmente é muito mais
Bilateral em 20% dos casos
O quadril esquerdo > que o direito 3 : 1
Variação étnica acentuada
Instabilidade do quadril é comum no recém nato
com uma incidência de 20 a 40%
Bialik, et al. Developmental dysplasia of the hip: a new
approach to incidence. Pediatrics 1999
Doença de Legg Perthes
Epidemiologia
Doença de Legg Perthes
Fatores de risco
Sexo feminino
Apresentação pélvica ( 12% a 30 % nas meninas )
Alto peso ao nascer
Pós maturidade > que 42 semanas
História familiar, 4,4% nas meninas e 0,9% nos meninos
Primípara
Idade materna avançada
História familiar
Doença de Legg Perthes
Etiologia da DDQ típica
Fatores mecânicos
Durante as últimas quatro semanas de gestação
Diminuição do espaço intra útero
Oligodramia
Apresentação podálica 3%
Período pós natal
Embrulhar a criança
Doença de Legg Perthes
Etiologia da DDQ típica
Fatores hereditários
Lassidão ligamentar
Maior quantidade de colágeno do tipo III
Fatores fisiológiocos
Hormônio materno relaxina
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
Quanto mais tempo o quadril permanecer luxado
maior o grau de alterações das partes moles, do
acetábulo e do fêmur
Lassidão ligamentar capsulo
ligamentar
Eventual subluxação
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
Pulvinar preenche o fundo do acetábulo
O ligamento redondo fica alongado e
hipertrofiado
O acetábulo fica raso
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
Cabeça femoral menor, oval, com achatamento
póstero medial
Antiversão exagerada do colo do fêmur
O acetábulo fica raso, verticalizado e anterovertido
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
As alterações anatomopatológicas são
evolutivas
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
As alterações anatomopatológicas são
evolutivas
Os achados clínicos são evolutivos e são
consequência das alterações
anatomopatológicas
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
As alterações anatomopatológicas são
evolutivas
Os achados clínicos são evolutivos como
consequência das alterações
anatomopatológicas
Tratamento depende das alterações clínicas
encontradas na criança
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Torcicolo congênito
Metatarso varo
Pé calcâneo valgo
Frouxidão articular generalizada
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
0 a 2 meses de idade
Manobra de
Barlow
Manobra de
Ortalani
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Sinal de Barlow
Sinal de Ortolani
Provocativa
Redução do quadril
Estabilizar a pelve com uma mão
Estabilizar a pelve com uma mão
Coloque o polegar na parte interna da
coxa próximo ao pequeno trocanter
Movimento suave de abdução do
quadril com a outra mão
Faça adução do quadril
Com o indicador empurre
suavemente o quadril tentando a
redução
Exerça uma pressão com o polegar
sobre a face interna da coxa próximo
ao trocanter menor
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
A instabilidade do quadril regride nos primeiro dois
meses na maioria dos casos
60%
Barlow negativo na primeira semana
88%
Barlow negativo nos primeiros dois meses
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Pregas cutâneas assimétricas
Limitação da abdução
Dismetria dos membros inferiores
Sinal de Galeazzi
Sinal de pistonagem
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Achados clínicos após iniciar a marcha
Sinal de Trendenlemburg
Dismetria dos membros inferiores
Aumento da lordose lombar
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Imagem
Raio X
No recém nato a cabeça femoral e o acetábulo são
cartilaginosos
Ultra som
Equipamento adequado e radiologista familiar com o
problema
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Raio X
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Ultra som
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Objetivos
Manter a cabeça femoral centrada no
acetábulo para impedir deformidades e
possibilitar uma articulação congruente, com
crescimento e estabilidade
Doença de Legg Perthes
Tratamento
0 a 2 meses
Quadril luxável
Quadril reduzido
Fralda de Frejka
Dispositivo de Pavlik
Doença de Legg Perthes
Tratamento
A evolução da doença acarreta grande
resistência à redução
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Redução fechada com imobilização
gessada
Tenotomia dos adutores sim ou não
Redução aberta com imobilização
gessada
Tenotomia dos adutores sim ou não
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Redução aberta com com
osteotomias
Acetabular
Femoral
ou acetabular e femoral
Doença de Legg Perthes
Patologias do quadril da criança e adolescente
Criança que claudica
Displasia do desenvolvimento do quadril
Doença de Legg Perthes
Epifisiólise
Doença de Legg Perthes
HISTÓRICO
1
Waldenstöm descreveu pela primeira vez a patologia e
correlacionou com tuberculose
1
Legg nos Estados Unidos, descreveu a doença. e considerou um
processo traumático
1
Calvé na França, publicou um artigo sobre essa entidade e
considerou uma patologia não inflamatória e auto limitada
1910
Perthes na Alemanha, descreveu uma enfermidade similar
1921 Phemister descreveu a presença de osso
necrótico em avaliações histopatológicas
Doença de Legg Perthes
HISTÓRICO
Doença de Legg-Calve-PerthesWaldenström
Doença de Legg Perthes
DEFINIÇÃO
Necrose avascular , idiopática, de característica
autolimitada da epífise proximal do fêmur
Acidente imprevisível durante o crescimento que
acomete um quadril normal em uma criança sadia
Doença de Legg Perthes
ANATOMIA
Doença de Legg Perthes
ANATOMIA
Vasos retinaculares
Art. do lig. redondo
Art. circunflexa medial
Art. circunflexa medial
Artéria femoral
Doença de Legg Perthes
EPIDEMIOLOGIA
Faixa etária
4 a 8 anos
Sexo
masculino 4/1
Raça
branca e asiática
Lado
bilateral em 12%
Doença de Legg Perthes
EPIDEMIOLOGIA
Primogênito
Baixa estatura
Baixo peso
Atraso da idade óssea
Filhos de pais idosos
Maior incidência de apresentação pélvicas
Maior incidência de anomalias gênito urinária
Doença de Legg Perthes
Etiologia
Trauma
Sinovite de repetição
Anormalidades da coagulação
Obstrução da drenagem venosa da epífise e do colo femoral
Fatores nutricionais
Hiper-reatividade da criança
Fatores genéticos
Doença de Legg Perthes
Etiologia
Teoria unificada
Multifatorial
Perthes é considerado uma doença idiopatica
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
O processo patológico compreende basicamente a
necrose de parte ou da totalidade da epífise
femoral e a revascularização gradual desta área
O esforço de reparação é constante
A placa epifisária pode estar afetada
Ocorrem alterações morfológicas no fêmur
Ocorrem alterações no acetábulo
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
Doença auto limitada
Necrose
Osso sadio
Osso sadio
+/- dois anos
Fragmentação
Deformidade
residual
Reossificação
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
Necrose
Sintomatologia discreta
Sem deformidades
Fragmentação
Reabsorção
Plasticidade biológica
Doença de Legg Perthes
Fisiopatologia
Reossificação
Substituição do tecido
fibroso por tecido ósseo
Permanece plasticidade
biológica
Deformidade
Fim da plasticidade biológica
residual
Novas alterações por processo
Degenerativo
Osteartrose
Doença de Legg Perthes
Apresentação clínica
Claudicação
Dor na região inguinal e/ou face interna da coxa
Dor no joelho
Posição antálgica em adução e rotação externa da art. Coxofemoral
Atenção com dores no joelho
Doença de Legg Perthes
Apresentação clínica
Limitação da abdução e rot. interna da art. Coxo-femoral
Contratura em flexão da art. Coxo-femoral (sinal de Thomas)
Atrofia muscular na coxa e nádegas
Sinal de Trendelemburg positivo
Doença de Legg Perthes
Exames complementares
Diagnóstico por imagem
Laboratório
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico por imagens
Rx simples
Artrografia
Ecografia
Cintilografia óssea
Tomografia Computadorizada
Ressonância magnética
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico por imagens
RX Simples
Duas incidências
Ap
Lowenstein
Radiografar os dois quadris
A imagem radiológica traduz as
alterações anátomo patológicas
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico por imagens
Rx Simples
AP.
Axial
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico por imagens
Rx Simples
Núcleo epifisário ligeiramente menor
Alterações de densidade na epífise femoral
Alargamento do espaço articular
Fratura do osso subcondral
Fragmentação da epífise femoral
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico por imagens
Cintilografia óssea
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico por imagens
Artrografia
Ressonância magnetica
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico diferencial
Hemoglobinopatias
Hipotireoidismo
Displasia epifisária múltipla
Anemia falciforme
Doença de Gaucher
Tumor (osteoma osteóide)
Infecção ( tuberculose )
Sinovite transitória do quadril
Doença de Legg Perthes
Classificação
Salter-Thompson
Baseada na fratura subcondral
da epífise femoral
Doença de Legg Perthes
Classificação
Salter-Thompson
Grupo A
Extensão de comprometimento
menor que 50%
Grupo B
Extensão de comprometimento
maior que 50%
Doença de Legg Perthes
Classificação
Salter 1
Salter 2
< 50%
> 50%
Doença de Legg Perthes
Prognóstico
Quanto menor a idade
Salter-Thompson A
Diminuição da mobilidade do quadril
Sinais de risco radiológico de Catterall
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Objetivo:
Prevenir as deformidades da cabeça femoral,
e com isto, prevenir as alterações articulares
Princípio:
Impedir que forças normais atuem anormalmente,
na cabeça femoral impedindo, principalmente, a
sub-luxação
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Método
Sorveteiro
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Centralização da
+
Movimento
cabeça femoral
Conservador
Cirúrgico
Observação
Osteotomia femoral
Órteses
Osteotomia acetabular
ambas
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Stulberg
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Órtese
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Osteotomia pélvica de Salter
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Osteotomia femoral
Osteotomia femoral e
acetabular
Doença de Legg Perthes
Complicações
Incongruência articular, quadril em dobradiça
Osteartrose precoce
Rigidez articular
Doença de Legg Perthes
Epifisiólise
Doença de Legg Perthes
Epifisiólise
Desordem no quadril do adolescente que
caracterizada pelo descolamento da epífise femoral
proximal do fêmur em relação a metáfise através da
placa de crescimento ( physis )
Doença de Legg Perthes
Epifisiólise
Slipped capital femoral
Esse termo Slipped capital femoral é incorreto pois a
epífise não escorrega pois esta presa ao acetabulo
pelo ligamento redondo.
O que ocorre é o deslocamento da metáfise
Doença de Legg Perthes
O termo epifisiólise também não é correto, porque as
alterações anatomopatológicas não estão na epífise e
não se trata de uma lise
Doença de Legg Perthes
Condropatia fisária proximal do
fêmur
Condropatia na camada hipertrófica da
placa de crescimento proximal do fêmur
Epifisiólise
Doença de Legg Perthes
Etiologia
Fatores mecânicos
Aumento da retroversão do colo femoral
Aumento da obliquidade das placa de crescimento
Obesidade
Fatores bioquímicos
Alterações hormonais
Hormônio de crescimento acarreta aumento da atividade
fisiológica na ´´physis`` acarretando alargamento da
´´physis``
Testosterona reduz a resistência da ´´physis``
Estrogênio reduz a largura da ´´physis`` e aumenta a resistência
Doença de Legg Perthes
Na maioria dos pacientes com epifisiólise não foi
constatado alterações endócrinas
Alterações sutis mas ainda não diagnosticadas
podem estar presentes
Algumas crianças apresentam idade óssea
atrazada
Doença de Legg Perthes
Zona de repouso
Zona proliferativa
Zona hipertrófica
Zona de ossificação
Deficiência e anormalidade
no colageno de suporte
Osso trabecular
Doença de Legg Perthes
Doença de Legg Perthes
Epidemiologia
Masculino 1:2
Meninas de 11 a 13 anos e meninos de 13 a 15
2 em cada 1000 indivíduos
60% lado esquerdo
Alterações clinicas antes do diagnóstico é de 05 meses
A maioria é obesa. Quanto mais obesa mais precoce é a
doença
Bilateral ( 18 a 50% em algumas séries )
Racial ( negros 34% espânicos 17% )
Doença de Legg Perthes
Classificação
Pré deslizamento
Deslizamento leve < 1/3
Deslizamento moderado entre 1/3 e ½
Deslizamento grave > 50%
Doença de Legg Perthes
Classificação
Aguda
15%
Crônica > que 3 semanas
67% a 85%
1 a 3 meses
Apresenta deformidade do colo
Crônico agudizada
Depende da memória
???
Doença de Legg Perthes
Classificação
Estável
Capacidade de deambular
mesmo com muletas
Instável
Incapacidade de deambular
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Os sintomas são insidiosos ou
intermitentes
Claudicação
Rotação externa do membro inferior
Dor no quadril e/ou na face interna da
coxa e/ou joelho
Cuidado com dores nos joelhos !!!!!!!
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Limitação dos movimentos do quadril
Rotação interna
Abdução
Flexão
Rotação externa do membro inferior ao realizar
a flexão
Marcha claudicante
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
RX de bacia
AP
Lowesrteim
Doença de Legg Perthes
Diagnóstico
Linha de Klein
Doença de Legg Perthes
Tratamento
• Physis fechada
• Physis aberta
– Cronica pre deslizamento
– Cronica deslizamento leve
– Cronica deslizamento moderado
– Cronica deslizamento grave
– Aguda
– Cronica
– Cronica agudizada
Doença de Legg Perthes
Tratamento
• Physis fechada
• Tratamento da sequela
• Physis aberta
• Fechamento da physis
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Cronica pre deslizamento
Cronica deslizamento leve
Cronica deslizamento moderado
Fixãção ´´in situ``
– Cronica deslizamento grave
Osteotomia do colo
Curetagem de physis com redução
Doença de Legg Perthes
Tratamento
• Aguda
• Redução suave, para melhorar a posição
e fixação com dois parafusos
Cronica
Depende do deslizamento
– Cronica agudizada
– Depende do deslizamento
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Doença de Legg Perthes
Tratamento
Doença de Legg Perthes
Deslizamento grave
com physis aberta
Osteotomoia do colo +
redução e fixação
15 anos depois
Doença de Legg Perthes
Complicações
Condrólise
Necrose asséptoca
Doença de Legg Perthes
Ortopedia Brasileira
José Albano de Carvalho da
Nova Monteriro
O que há de mais fascinante na
Medicina?
16-01-1919
N. Monteiro - A vocação médica.
Um médico só pode ser bom se
tiver vocação para profissão. Tem
que se empenhar de uma
maneira absoluta. Colocá-la
acima de tudo.
01-10-2005
Doença de Legg Perthes
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