Condutas na em Fase Aguda do AVE isquêmico Diretrizes para o manejo do AVE Diagnóstico adequado. Tratamento das condições gerais que influenciam o prognóstico a longo prazo. Terapia específica. Profilaxia e tratamento das complicações clínicas e neurológicas. Prevenção secundária precoce. Reabilitação precoce. Diagnóstico Anamnese e Exame Físico (sensibilidade de 86% e especificidade de 99%). Coletar dados sobre o início dos sintomas é crucial. Estabelecer um protocolo de avaliação inicial que reduza o tempo desde a triagem até o diagnóstico definitivo a menos de 60 minutos. Diagnóstico Imagem do SNC - TC de crânio/RNM (por difusão e perfusão) se disponível. ECG. Hemograma, glicemia, eletrólitos, função renal, TP e TTPA, marcadores de isquemia miocárdica, saturação de O2. Investigação específica: ecocardiograma, duplex-scan de vasos cervicais, doppler transcraniano, angiografia, angioRNM, etc. Manejo geral Manutenção - - dos Níveis de O2 Manter perviedade de vias aéreas. Monitoração clínica, por oximetria de pulso ou por gasimetria. Aumentar oferta de oxigênio por cateter nasal se hipóxia– 2 a 4l/min. Fisioterapia respiratória precoce. Ventilação mecânica se necessário – rebaixamento da consciência ou lesões bulbares. • - - - Manutenção da hemodinâmica Monitoração hemodinâmica – invasiva se necessário. Se paciente candidato a trombólise ou suspeita de hemorragia manter PA<185/110, os demais manter PA< 220/120 – reduzir 15 a 25% a cada 24h. Reiniciar tratamento antihipertensivo prévio após 24h. Visar balanço hídrico neutro – negativo se houver edema cerebral importante, evitar soluções hipotônicas. Monitoração eletrocardiográfica nas 24h iniciais Controle Metabólico -Monitoração da glicemia a cada 4h – manter glicemia entre 100 a 140 mg/dl. - Monitoração diária dos eletrólitos - correção conforme a necessidade. - Monitorar temperatura – manter < 37,8oC – investigar causas infecciosas para febre. Suporte Nutricional -Evitar ingesta inicialmente – avaliar deglutição antes de liberar dieta oral. -Calcular aporte líquido e calórico das primeiras 24 hs. Tratamento específico das Isquemias 1. Terapia Recanalizante Trombolíticos Anticoagulantes Antiagregantes Plaquetários 2. Terapia Neuroprotetora Drogas Hemodiluição Hipotermia Terapia Trombolítica Incluir: - Inicio dos sintomas < 3h. - O déficit neurológico estável (sem regressão espontânea). Excluir: - Déficit muito leve ou isolado. - História de TCE, IAM em 3 meses, hemorragia TGI ou TU em 21 dias, cirurgia grande em 14 dias, punção arterial em ponto não compressível em 7 dias. - História de hemorragia cerebral. - PA >185/110. - Hipoglicemia ou plaquetopenia. - Evidencia precoce de inafartos extensos ( >1/3 do hemisfério). - Crise convulsiva. Terapia Trombolítica rTPA 0,9mg/kg intravenoso. Intra-arterial pode ser realizado em centros de referência com acesso imediato a angiografia e especialista treinado. Anticoagulantes Anticoagulação de urgência para prevenção precoce, impedir progressão de sintomas ou modificar algum desfecho não é recomendada. Anti-agregantes Plaquetários AAS nas primeiras 24/48h é recomendado( dose de 325mg/dia) Outras opções como Clopidogrel, Ticlopidina, Dipiridamol, Pentoxifilina, Triflusal não foram adequadamente testadas em fase aguda. Neuroproteção Em investigação. Nenhum medicamento até o momento comprovou benefícios ou foi liberado para uso em humanos. Hemodiluição não é recomendada para fase aguda das isquemias cerebrais. Hipotermia – indicada para infartos maciços, a ser aplicada em centros de terapia intensiva neurológica. Prevenção e Tratamento das Complicações Edema Cerebral e aumento da pressão intracraniana. Aspiração e pneumonia. Tromboembolismo pulmonar. Crises convulsivas. Úlceras de decúbito. Tratamento do Edema Cerebral e Hipertensão Intracraniana Elevação de decúbito com posição neutra da cabeça. Hiperventilação (manter PCO2 entre 25 a 30mmHG). Diuréticos osmóticos - Manitol (0,5 a 1,0mg/kg). Corticóides contra-indicados nas isquemias. Craniotomia descompressiva. Drenagem ventricular. Prevenção das Complicações Mobilização precoce com fisioterapia. Mudança de posição no leito. Heparina subcutânea em baixas doses ou heparina de baixo peso molecular (nível de recomendação II). Profilaxia de convulsões não é recomendada de rotina. Tratamento de crises recorrentes é mandatório. Prevenção secundária Modificação dos fatores de risco. Terapia Antiplaquetária. Anticoagulação. Cirurgia e tratamento endovascular. Reabilitação Fisioterapia e terapia ocupacional Fonoterapia Suporte psicológico Tratamento de depressão e distúrbios cognitivocomportamentais. Tratamento de sintomas como dor, parestesias, vertigens, etc,. Bibliografia Sugerida European Stroke Initiative – Recommendations 2003. Cerebrovasc Dis 2003;16: 311-337. Guidelines for the Early Management of Patients With Ischemic Stroke. Stroke. 2007;38:1655-1711. Primeiro Consenso Brasileiro do Tratamento em Fase Aguda do AVC – Arq.Neuro-Psiquiatr, dez. 2001. Primary Prevention of Ischemic Stroke. Stroke 2006;37;1583-1633.