LEILA MARIA cantora e compositora Dona de uma voz marcante, Leila Maria alia sua capacidade de improvisação adquirida com o jazz - do qual é grande fã – ao senso rítmico inato de quem tem suas raízes em Madureira, terra de duas grandes escolas de samba cariocas, Portela e Império Serrano. O período em que trabalhou ao lado do maestro e clarinetista Paulo Moura, como cantora de sua banda, também ajudou a consolidar seu fraseado único tanto ao interpretar os Standards jazzísticos quanto os brasileiros. Com quatro álbuns lançados, Leila também tem registros em outros dois: convidada por Ed Motta divide com ele uma faixa de seu CD jazzístico, Dwitza; e participa da coletânea lançada pela Biscoito Fino, Compasso Samba e Choro. A cantora também pode ser vista no filme “Como Esquecer” (2010/EH! Filmes), estrelado por Ana Paula Arósio e Murilo Rosa e no qual, a convite da diretora Malu De Martino, interpreta a canção de Cole Porter “Get Out of Town”. Seu último trabalho, o álbum Holiday in Rio, onde interpreta Standards do jazz imortalizados por Billie Holiday, ganhou o Prêmio da Música de 2014 na categoria “Álbum em Língua Estrangeira”. O CD conta com a presença de músicos do calibre de Cristóvão Bastos, Itamar Assiére, Delia Fischer e Sheila Zagury para citar alguns do total de 45 músicos envolvidos no projeto lançado pelo selo carioca Biscoito Fino. Formações: Duo: Leila Maria + piano Atualmente, e já há mais de dois anos, a cantora se apresenta Quarteto: Bateria, Baixo, Piano todas as Terças-Feiras com o trio do pianista Osmar Milito Quinteto: Bateria, Baixo, Piano, Sax (Sérgio Barrozo/baixo e Pascoal Meirelles/bateria) no Bar Sexteto: Bateria, Baixo, Violão/ Grand Prix, do Hotel Novo Mundo no Flamengo/RJ. Guitarra, Piano, Sax. DISCO GRAFIA DA CABEÇA AOS PÉS DWITZA_ED MOTTA VÁRIOS_COMPASSO, SAMBA E CHORO GPA, 1997 Universal Biscoito Fino A cantora participa ainda da Neste primeiro CD, Leila interpreta Leila sempre teve Caetano, Djavan, Jorge Mautner entre o respeito e o coletânea da Biscoito Fino, outros grandes compositores, trazendo carinho dos músicos; Compasso Samba & Choro, ainda sete de suas próprias canções. muitos deles, nomes em sua sexta edição. A consagrados de nossa série foi toda gravada música. Um destaque ao vivo durante shows OFF KEY CANÇÕES DO AMOR DE IGUAIS Rob Digital, 2004 Deckdisc, 2007 é Ed Motta, cantor, multi- instrumentista, realizados no Paço Imperial, Rio de Janeiro, em compositor e produtor que a convidou para 2001. Leila relê o clássico Marambaia, famoso nas dividir com ele uma das faixas de seu CD versões de Carmen Costa e Elis Regina; e revela Dwitza (Universal) e também a temporada o parentesco que o samba Me Deixa em Paz, de Monsueto, tem com o Blues. O intervalo entre o primeiro e Este trabalho é resultado de uma de shows para lançá-lo no Rio, em 2002. este segundo álbum, só fez bem parceria entre a cantora e o jornalista Na época, Ed disse em entrevistas que, ao canto de Leila. Produzido e crítico musical Antonio Carlos para ele, Leila “é uma das maiores cantoras e idealizado por José Milton, Miguel, a quem passamos a palavra: vivas do mundo”. o CD reúne grandes Standards “Parafraseando Gertrude Stein, brasileiros com suas versões para ‘uma canção de amor é uma canção o Inglês, tornadas famosas por grandes nomes do jazz de amor é uma canção de amor’. Para qualquer tipo de como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Sarah Vaughn. paixão, sexo, gênero, número, grau... Como as desse disco, Com arranjos e o piano de Cristóvão Bastos, o álbum que também têm a peculiaridade de estarem conectadas é hoje uma referência musical e está, desde 2005, ao universo gay: por suas letras, por terem sido adotadas sendo distribuído na Europa pelo selo alemão ZYX por esse público ou pela opção de seus autores. Grandes Music, (http://www.zyxmusic.com/Music/Worldmusic/ canções que, na voz de Leila Maria, uma das maiores South-America/Off-Key-6876.html) que também inclui cantoras brasileiras, ganham elegantes roupagens de pop, algumas de suas faixas nas coletâneas que lançam, jazz e sons eletrônicos. E, independentemente do tema, como a série intitulada Cafe Copacabana. esse é um disco para apaixonados pela grande música”. E S E Õ Ç A P I C I T PAR COLETÂNEAS VÁRIOS_CAFÉ COPACABANA VÁRIOS_PÁGINAS DA VIDA (Trilha da novela) ZYX Music (Off Key/Rob Digital, 2004) HOLIDAY IN RIO - LEILA MARIA CANTA BILLIE Biscoito Fino Este Vol. 2 da série Em 2006, a de coletâneas gravação de Dindi lançadas a partir (Off Key/Rob O último álbum gravado por Leila ganhou o Prêmio da Música Brasileira de 2014 na de 2005 pela ZYX Digital, 2004) foi categoria Álbum em Língua Estrangeira. Em Novembro/2015 o selo Biscoito Fino lançou Music, tem faixas incluída na trilha o belo trabalho concebido e realizado de maneira independente por um empresário que, de Bebel Gilberto, sonora “lounge” da grande fã da cantora e de Billie Holiday, decidiu homenagear a segunda e presentear a Miúcha e Maria Bethania entre outros. A novela da Rede Globo, Páginas da Vida. primeira, bem à maneira dos antigos mecenas. O disco reúne grandes nomes da cena faixa número 8, é a versão de Leila para A música era tema dos personagens de musical brasileira, como os pianistas Cristóvão Bastos e Itamar Assiére e até mesmo Off Key (Desafinado). Sonia Braga e Tarcisio Meira. um quarteto de cordas, tornando-se uma raridade num momento em que se prioriza o uso da tecnologia em detrimento de músicos reais. Veja no link abaixo, matéria da Veja Rio sobre o disco e o show comemorativo do centenário de Billie Holiday. http://vejario.abril.com.br/blog/solta-o-som/solta-o-som/leila-maria-canta-billieholiday-ao-vivo-e-em-disco SOLISTAS DISSONANTES O depoimento de Leila está, junto ao de outras 12 cantoras, no livro “Solistas Dissonantes – Uma história (oral) de cantoras negras”, do pesquisador paulista Ricardo Santhiago. O livro, lançado em Outubro/2009, “Posso até cantar um samba e canto mesmo - mas quando eu se transformou em um show no SESC quiser cantar, não porque querem que eu cante”, situa Leila Pinheiros/SP, em Março/2010, que teve Maria em sentença lapidar do depoimento para o jornalista e uma versão reduzida apresentada também historiador Ricardo Santhiago, autor do ótimo livro “Solistas na Modern Sound/RJ ainda no mesmo ano. Dissonantes - História (Oral) de Cantoras Negras”. Lançado neste mês de outubro, como resultado de um curioso trabalho de pesquisa desenvolvido pelo autor entre 2006 e 2009 para um trabalho de pós-graduação da USP, o livro traz à tona - através de relatos orais de 13 cantoras negras brasileiras - mágoas, devoções e crenças de excelentes intérpretes que desafiaram lei extraoficial do mercado fonográfico que confina solistas negras aos guetos do samba, do funk ou de qualquer outro ritmo enquadrado no rótulo “negro. Prefaciado por Cida Moreira com texto sensível em que a cantora Poucas cantoras, como a divina Elizeth Cardoso (1920 - 1990), expressa admiração pelas colegas conseguiram construir carreira regular fora desse enquadramento negras, o livro é interessante pautado por um racismo disfarçado. Saudada como referência pioneira porque são profundos alguns pela maioria das entrevistadas, Alaíde Costa foi outra solista que, em balanços pessoais feitos pelas pleno reinado branco da Bossa Nova, se impôs e pagou alto preço por isso. treze solistas dissonantes, nascidas num país mulato em que as maiores estrelas da música “Quando eu comecei a cantar (...), havia uma certa discriminação em são estranhamente brancas até relação à minha postura musical. Todos diziam: ‘É... Ela canta bem, mas no Estado mais negro do Brasil: a canta difícil e escolhe músicas difíceis’. Difícil foi lidar com isso. Difícil foi Bahia festiva de Daniela Mercury, vencer essa barreira”, pondera Alaíde, no último dos 13 depoimentos reunidos no livro, encerrado com brilhante texto em que o autor analisa as histórias colhidas sob perspectiva acadêmica e ressalta que o piano é o símbolo do status quase sempre negado a essas cantoras idealistas que recusaram ficar na cozinha da música brasileira. Mulheres que não jogaram o jogo do masculino meio fonográfico!! Para ler a íntegra da resenha, siga o link: http://www.geledes.org.br/acontecendo/variedades/2757-resenha-delivro-solistas-dissonantes Ivete Sangalo e Claudia Leitte. EM BOA COMPANHIA Com Alaíde Costa, no show de lançamento do livro “Solistas Dissonantes”, de Ricardo Santhiago. (SESC Pinheiros-SP, Março/2010) Foto: Alessandra Fratus Com Paulo Moura no Festival Internacional Jambalaya Jazz. (Cais do Oriente/RJ, 2003) No Projeto Novas Gafieiras com o Jazzfieira do pianista Itamar Assiére. (CCBB-RJ, Outubro/2010) Foto: Arquivo Foto: Jorge Ferreira Com a Orquestra Imperial no projeto Teatro Rival Mais Tarde. (Setembro/2010) Foto: Arquivo Participação especial no show de Jorge Mautner. (Sala Funarte-RJ, agosto/2010) Recebendo a cantora Kay Lira em seu show no Hotel Novo Mundo. (Março, 2015). Foto: Maurício Maestro “Canja” de Phillipe Baden Powell em seu show 8 Cordas, com o guitarrista Alfredo Foto: Jorge Ferreira Foto: Cristina Granato Com Luiz Melodia e o pianista e arranjador Tomás Improta, ensaiando para o show do projeto Sete em Ponto. (Uni Rio, Julho/2011) Com Ana Paula Arósio na festa de lançamento do filme “Como Esquecer”, de Malu De Martino. Convidada pela diretora, Leila interpreta no filme a canção Get Out of Town, gravada em seu primeiro CD. (Cais do Oriente – RJ, Setembro/2010) Foto: Ana Colla IMPRENSA & RELEASES NOTAS MUSICAIS Este entra em cena somente no segundo número, Um guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro alterando a pulsação de Canções e Momentos (Milton com resenhas de discos, críticas de shows e notícias Nascimento e Fernando Brant, 1986). Sim, como sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. QUINTA-FEIRA, 2 DE JUNHO DE 2011 Instrumento do criador, voz de Leila Maria valoriza canções e momentos dizem os versos de Brant, “há canções e há momentos em que a voz é um instrumento que amarra todos nós e é um só sentimento na plateia e na voz”. Foi assim com a pequena plateia que se encantou com a voz de Leila Maria em muitos momentos do show, iniciado com Amor em Paz (Tom Jobim e Vinicius de Moraes, 1959). A música soberana de Antonio Carlos Em Julho/2011, o projeto “7 em Ponto” da Prefeitura do Rio recebeu, em apresentação única, a dupla LM&LM. Leila, fã de Luiz desde a primeira vez que o viu, pôde realizar o sonho de trabalhar com um de seus ídolos da MPB. Resenha de Show - Projeto Música no Solar Jobim (1927 - 1994) domina o roteiro que entrelaça Título: Leila Maria & Bandoo samba e bossa nova com o viés jazzístico do Bandoo - Artista: Leila Maria perceptível especialmente em Desafinado (Tom Jobim Local: Solar de Botafogo (Rio de Janeiro, RJ) e Newton Mendonça, 1958). Data: 1º de junho de 2011 Cotação: * * * * 1/2 Em cena, Leila Maria é do tipo de cantora que se porta como um músico. Suas expressões de prazer O Brasil (ainda) continua sem saber que Leila Maria é enquanto os arranjos se desenrolam sinalizam que cantora tão boa quanto as incensadas intérpretes norte- ninguém está mais seduzida pela música do que ela, americanas de pop jazz. Às vezes, até melhor - como a cantora, dona de apurado senso rítmico, qualidade mostrou no primoroso show que apresentou na noite de comprovada em So Nice, a célebre versão em inglês quarta-feira, 1º de junho de 2011, no Solar de Botafogo, do Samba de Verão (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, no Rio de Janeiro (RJ), dentro do projeto Música no Solar. 1964). E é justamente por ser cantora de absoluta (...) a cantora carioca arquiteta um disco feito com o musicalidade que ela sustenta nos vocalises a Coisa grupo liderado pelo pianista Tomás Improta. nº 5(Moacir Santos e Mário Telles, 1965), mais conhecida como Nanã. Com sua voz, instrumento O texto acima é parte de um artigo no blog do norte-americano Kalamu ya Salaam sobre jazz que pode ser lido completo em: É a prévia deste projeto - intitulado Leila Maria & criador e do dom divino, Leila Maria busca harmonias Bandoo - que a intérprete vem apresentando em shows que se escondem em cada obscuro vão - para citar um pelo circuito carioca com a alta categoria vocal já verso de Todos os Instrumentos, a excelente música conhecida pelos músicos. Somente a abordagem dada de Joyce que Gal Costa - então no ápice vocal - lançou por Leila e seu Bandoo a Dindi (Tom Jobim e Aloysio em 1987 e que Leila revive com seu Bandoo numa de Oliveira, 1959 - com letra em inglês de Ray Gilbert) interpretação que rivaliza com a de Gal. já faz com que o show mereça o céu. É uma das coisas mais lindas que existem na música neste ano de 2011, Neste número, Leila se permite usar a linguagem inclusive pelo arranjo arrebatador de Improta, grande corporal para realçar com gestos e expressões Luiz Melodia e Leila Maria: duas grandes vozes da http://www.kalamu.com/ músico que merecia figurar com mais frequência o sentido dos versos de Joyce. Todos os música brasileira se encontram no palco do Teatro bol/2008/08/04/dianne-reeves- nas fichas técnicas dos discos gravados no Brasil. Instrumentos é grande canção que origina um (outro) Carlos Gomes, na terça (5), no projeto Sete em Ponto. %E2%80%9Cbridges%E2%80%9D/ grande momento desse show sofisticado que reiterou Leila mostra o repertório dos discos Off Key e Canções Do início ao fim da apresentação, ouve-se uma cantora a injustiça de o Brasil (ainda) não saber quem é a do Amor de Iguais. Depois é a vez de um dueto em em sintonia com seus músicos, em estado de graça. cantora Leila Maria. (Mauro Ferreira - Jornalista e Juventude Transviada e Fadas. Melodia encerra a noite Uma cantora cuja voz é um instrumento que interage crítico carioca especializado em música) com sucessos de sua carreira. (Rafael Sento Sé) prazerosamente o tempo todo com o piano de Improta, o sax de Chico Costa, o baixo de Rodrigo Ferreira e a bateria de Lúcio Vieira. IMPRENSA & RELEASES BRASIL DEL 27/12/2010. Parte II Moacyr Luz: Rio 449 anos La carioca Leila Maria da anni viene affermandosi come una delle migliori cantanti di area jazzistica, in Brasile. Já vivi sensações parecidas: tesouros sem arco­íris, pérolas livres das ostras, tudo à vista só esperando você In luglio, la casa discografica Rob Digital lancia in Europa il disco O DIA `Off key`, già uscito in patria, in cui la vocalista interpreta in inglese Rio - Um azul de outono tinge o céu carioca. Faz calor. É a muda, lagarta una serie di standard della música e borboleta, primavera em graus de verão no Rio De Janeiro. A quentura é popular brasileira. Parallelamente, sintomática, temperatura de exageros, mas a cidade permanece brisa com os oitis il produttore José Milton prepara fazendo a sombra do meu caminho. O percurso atravessa uma rampa do Aterro. il secondo volume dell`album, che Nella prossima puntata di “Brasil” verrà a trovarci un Passam poucas pessoas sobre o trânsito sufocado de fim de tarde. Esses novos potrebbe essere distribuito da una grande musicista italiano, da anni innamorato della horários enganariam até Galileu em suas descobertas. major. (Antonio Forni) musica brasiliana: Mario Biondi. Con lui ascolteremo una Aliás, como me surpreendo todos os dias com o luxo e pecado desse balneário abaixo do Equador. Aponto selezione di brani dei suoi artisti brasiliani preferiti e http://musibrasil.net/articolo. alcune canzoni del suo repertorio evidentemente ispirate pro Palácio do Catete, um belo jardim público, paisagem de interior onde já se esgoelou o alto poder do php?id=1553 país. Só restam o som do suicídio e a saudade de Ciro Monteiro, vizinho à Rua Silveira Martins. Estou na alla musica brasiliana. A partire da questa settimana Sergio Hovaghimian, grande esperto di Brasile, ci parlerà di alcuni fra i più rappresentativi nomi della bossanova. La prima autrice ed interprete che incontreremo sarà Joyce, che ha scritto brani per i più famosi interpreti contemporanei. A Rio de Janeiro abbiamo recentemente incontrato l’interprete brasiliana Leila Maria che presenterà agli ascoltatori italiani il suo nuovo CD “Canções do amor de iguais” Nel corso della settimana,nelle notti dal lunedì al venerdì, vi invitiamo ad ascoltare “Brasil: Suoni e Culture dal Mondo”, un programma che esplora a 360 gradi le migliori espressioni musicali del mondo latino e non solo. Più di 450 minuti a settimana di suoni e colori dal Brasile e dal resto del mondo, riascoltabili su podcast da scaricare all’interno del sito Rai. Brasil Condotto e ideato da Max de Tomassi a cura di Danilo Gionta regia di Gianni Grimaldi collaborazione di Gianmaurizio Foderaro (Radiounomusica) http://www.rai.tv/dl/RaiTV/programmi/media/ContentItem29adb80b-d930-4142-b4ab-dcba1a07c0f0-radio1.html esquina, esperando o sinal. Reparo a beleza austera do Hotel Novo Mundo. Um saguão de histórias. Foi num dos seus aposentos que, após marcar o milésimo gol, Pelé foi dormir o sono dos justos. Algumas reformas justificam o batismo fiscal escrito em latão no mármore marrom. Entro. Pergunto a respeito do piano bar, coisa e tal, e apontam pro jirau: - Hoje é o maestro Osmar Milito com Paschoal Meireles, Alex Rocha e a cantora Leila Maria. Pescoço esticado, me debruço sobre a ansiedade e consigo aguçar alguns acordes. O gerente finaliza: - Fique à vontade pra subir, não cobramos couvert artístico. Rio de Janeiro. Li que foi Coelho Neto quem a chamou de maravilhosa e inspirou André Filho a compor a marcha que encerra os nossos bailes de Carnaval. Mais: é o hino que nos emociona nas cerimônias oficias, no salão de um Itamaraty de subúrbio, na final da Taça Guanabara. Essa mulher, cantada por Noel e Paulo da Portela, comemora 450 anos em março próximo, e continua esbelta, cocota, descolada e eterna feito a garota de Ipanema. Misteriosa, a cidade me escondia uma tatuagem musical: o piano de Osmar Milito. Meia­luz, escuto standards americanos tabelando com Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro. Leila e sua voz Billie numa bela versão de ‘Al Of Me’, dicção do Harlem na Praia do Flamengo, ecoando glissados no contrabaixo e sutis vassourinhas na caixa da bateria. De alma lavada, tomo o rumo de casa. Já vivi sensações parecidas: tesouros sem arco­íris, pérolas livres das ostras, tudo à vista só esperando você entrar. Foi assim com a Rua Jogo da Bola, a vila de casas da Júlio Fragoso, em Madureira; o Beco do Rato, na Joaquim Silva, as sardinhas da Miguel Couto. Vivo de véspera, notas brancas na partitura. De encantos mil, fecho a crônica entre trombones e serpentinas: “Coração do meu Brasil”. Link para a matéria: http://odia.ig.com.br/noticia/opiniao/2014-12-12/moacyr-luz-rio-449-anos.html IMPRENSA & RELEASES LEILA MARIA CANTA BILLIE HOLIDAY AO VIVO E EM DISCO Mais comprido do que o habitual, por boas razões, este post trata de um show que promete e de um disco premiado, porém inédito Ao show: Nesta terça (7), a cantora Leila Maria solta a voz na happy hour do bar Grand Prix, no Hotel Novo Mundo (Praia do Flamengo, 20). Sempre entre 18h e 22h, sem cobrança de ingresso ou couvert artístico, a tradicional sessão Leila, desolada, havia ganhado do empresário algumas cópias do CD e as distribuiu. Um dos presenteados foi José Maurício Machline, idealizador do Prêmio da Música Brasileira. Extasiado com o trabalho, ele inscreveu Holiday in Rio – Leila Maria Canta Billie na disputa de 2014, na categoria “melhor álbum em língua estrangeira”, e deu-se o inusitado: sem ser lançado, preso ao espólio de seu generoso mecenas, o disco ganhou um prêmio. Incensado e pouco ouvido, Holiday in Rio – Leila Maria Canta Billie atraiu o interesse da gravadora Biscoito Fino, que aguarda liberação jurídica para (finalmente) lançar o disco. As últimas previsões para o final feliz dessa história dão conta de que o sinal verde sai ainda nesse semestre. Enquanto isso, Leila Maria canta Billie ao vivo mesmo, na happy hour do Hotel Novo Mundo, no dia do centenário de nascimento da grande estrela do jazz. Matéria no site da Veja Rio, Coluna “Solta o Som”, de Pedro Tinoco, link: http://vejario.abril.com.br/blog/soltao-som/solta-o-som/leila-maria-canta-billie-holiday-ao-vivo-e-em-disco de boa música conta ainda com os tarimbados Osmar Milito (piano), Paschoal Meirelles (bateria) e Sergio Barrozo (contrabaixo) – três nomes de prestígio na música instrumental brasileira. A novidade da próxima apresentação está no repertório: geralmente recheada de variados standards nacionais e estrangeiros, a seleção do quarteto vai ser totalmente dedicada a Billie Holiday (1915-1959), ícone do jazz, no dia do seu centenário de nascimento. Leila, uma estudiosa da vida e da obra de sua homenageada, vai falar sobre Billie entre um número e outro. Na parte musical estão garantidos God Bless The Child e Don’t Explain, duas preciosidades com letra composta pela cantora americana, além de clássicos do porte de Sophisticated Lady, de Duke Ellington. Ao disco: Leila Maria tem experiência, voz aveludada e notável senso de divisão rítmica, virtudes que a deixam à vontade na homenagem à diva. Ostenta longa trajetória nos palcos e quatro CDs lançados. Da Cabeça aos Pés (1997), Off Key (2005) e Canções do Amor de Iguais (2007) são os três primeiros. O quarto é o nosso assunto. Holiday in Rio – Leila Maria Canta Billie, foi produzido em 2013, ganhou o Prêmio da Música Brasileira no ano passado (na categoria álbum em língua estrangeira) e, incrível, seus 5 000 exemplares prensados ainda não encontraram o natural destino da comercialização. Tudo começou com Pedro Lazera. Dono da Imifarma, empresa paraense com uma poderosa rede de farmácias no Norte e no Nordeste do país, o executivo encantou-se pela voz de Leila Maria e a convidou para entrar em estúdio e homenagear Billie Holiday. Um fã de Lady Day, Lazera também enxergava na iniciativa uma nova oportunidade de negócio: pensava em diversificar os produtos à venda em sua rede, como fazem as drugstores americanas, e começaria pelo disco. O empresário não economizou. Pagou o trabalho de mais de quarenta músicos profissionais – os conceituados pianistas Cristóvão Bastos e Itamar Assiere, entre muitos outros – nas treze faixas do álbum, além de direitos autorais e a tiragem numerosa. Com o disco finalizado, milhares de cópias em suas caixas prontas para ganhar as prateleiras, Lazera morreu, vítima de um enfarte. Leila Maria: show no Hotel Novo Mundo e disco que interessou a gravadora Biscoito Fino A Billie Holiday carioca » LEILA MARIA FAZ HOMENAGEM AOS 100 ANOS DE BILLIE HOLIDAY EM DISCO Carioca conseguiu abrasileirar 13 temas do repertório mais significativo da diva americana sem abusar de cacoetes da bossa nova Kiko Ferreira EM CulturaPublicação:08/11/2015 15:00Atualização:08/11/2015 14:13 Às vezes, um atraso pode gerar “a” oportunidade. Em 2012, a cantora Leila Maria produziu e gravou o disco Leila Maria canta Billie Holiday in Rio, tributo à americana considerada a melhor cantora de jazz do mundo. A iniciativa surgiu da sugestão do empresário Pedro Lazera, dono de uma rede farmácias no Norte e Nordeste. Fã de jazz, ele pretendia criar um selo e diversificar o leque de produtos de suas lojas, vendendo música de qualidade. Saiu a primeira leva de 5 mil discos, mas, antes que eles pudessem ser comercializados, o dono da ideia faleceu. No processo de inventário, o projeto ficou no limbo, aguardando decisões jurídicas para ser enviado ao mercado. Coluna Parada Obrigatória, Cristovam De Chevalier (O Globo Zona Sul, 23/04//2015) IMPRENSA & RELEASES Resenha por Rafael Cavalieri A história tem contornos de novela. Produzido em 2013, o disco Holiday in Rio — Leila Maria Canta Billie teve prensagem de 5 000 cópias e ganhou o Prêmio da Música Brasileira no ano passado (categoria álbum em língua estrangeira), mas ainda não foi lançado. Leila Maria gravou homenagem brasileira para Lady Day Apesar de ter recebido o Prêmio de Música Brasileira em 2014 na categoria álbum em língua estrangeira – a partir de uma cópia enviada a José Maurício Machline, idealizador do evento –, o CD só pôde servendido agora, com distribuição da gravadora Biscoito Fino. A oportunidade está no fato de ele sair justamente quando se celebra o centenário de nascimento de Billie Holiday (1915-1959). Esse é um dos raros projetos brasileiros a festejar a carreira de Lady Day. O disco começou a ser esboçado em 2005, quando Lazera viu a cantora em um show do trio de Durval Ferreira, no Rio de Janeiro. Ideia proposta e aceita, Leila, que já havia apresentado versões para temas como You’ve changed e Embraceable you no Bar do Tom, em 2003, passou a reunir o grupo de 40 músicos que a ajudaram a dar consistência e variedade ao processo. Com sete arranjadores-pianistas (Délia Fischer, Sheila Zagury, Cristóvão Bastos, Fernando Costa, Itamar Assiére, Rodrigo Braga e Paulo Midosi) e repertório de ualidade, Leila construiu um tributo de alto teor emocional. Com três ótimos discos no currículo – o atemporal Off key (2005), o temático Canções de amor de iguais(2007) e sua estreia promissora, Da cabeça aos pés (1997) –, essa carioca conseguiu abrasileirar 13 temas do repertório mais significativo da diva americana sem abusar de cacoetes da bossa nova, como costuma ocorrer com iniciativas desse tipo, mantendo o espírito jazzístico de Lady Day. Faixa a faixa O adiamento da chegada às lojas, um tormento que envolve a morte do empresário Pedro Lazera, entusiasta e mecenas do trabalho, além de um imbróglio jurídico, tem data para acabar: o disco sai até o fim de outubro pelo selo Biscoito Fino. No sábado (3), Leila Maria celebra a boa-nova interpretando clássicos na voz de Billie Holiday, como God Bless COMES LOVE EMBRACEABLE YOU I’LL BE SEEING YOU GOOD MORNING HEARTACHE LOVE ME OR LEAVE ME THE VERY THOUGHT OF YOU YOU GO TO MY HEAD EASY LIVING EVERYTHING HAPPENS TO ME YOU’VE CHANGED THE SAME OLD STORY GOD BLESS THE CHILD WING, BROTHER, SWING the Child, e pérolas brasileiras, a exemplo de Ilusão à Toa (Johnny Alf). Um trio de baixo, piano e bateria a acompanha. Leila Maria: standards do jazz e pérolas brasileiras no programa (Foto: Cristina Granato) Veja Rio, 30/09/2015. Link para a matéria online: http:// vejario.abril.com.br/atracao/leila-maria/ Link para a matéria na internet: http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/musica/2015/11/08/noticia_musica,173820/leila-maria-faz-homenagem-aos-100-anos-de-billie-holiday-em-disco.shtml DOMINGO, 15 DE NOVEMBRO DE 2015 Leila Maria mostra total domínio do jazz ao cantar Billie no CD ‘Holiday in Rio’ Resenha de CD Título: Holiday in Rio - Leila Maria canta Billie Artista: Leila Maria Gravadora: Biscoito Fino Cotação: * * * * 1/2 Sem informações prévias, é difícil detectar a nacionalidade brasileira de Leila Maria pela audição de Comes love, primeira das 13 músicas do álbum em que a extraordinária cantora carioca dá voz a composições gravadas pela cantora norte-americana Billie Holiday (1915 - 1959). Standard do jazz que debutou em 1939 em musical da Broadway, Comes love (Sammy H. Stept, Lee Brown e Charles Tobias) ganha registro irretocável, arranjado pela pianista Délia Fischer e cantado por Leila sem nada dever às cantoras norte-americanas de jazz. É assim com quase todas as 13 faixas de Holiday in Rio - Leila Maria canta Billie, álbum gravado em 2012 que chega ao mercado fonográfico, com distribuição da gravadora Biscoito Fino, somente neste ano de 2015 - coincidentemente quando o universo pop celebra o aniversário de nascimento de Lady Day - por conta de questões jurídicas, uma vez que o empresário patrocinador do disco morreu durante o processo e o álbum acabou arrolado no espólio do mecenas. Produzido pelo pianista Paulo Midosi, o disco chega em tempo de celebrar os 100 anos de nascimento de Billie - embora não tenha sido idealizado com tal objetivo - e de mostrar, mais uma vez, que Leila Maria é uma das maiores cantoras do Brasil. É fato que Billie foi mais fundo na interpretação deste fino repertório. Isso fica bem claro na comparação entre os registros de Good morning, heartache (Ervin M. Drake, Irene Higginbotham e Dan Fischer, 1946) - doído jazz bluesylançado por Billie em 1946 - feito pelas duas cantoras. Uma música cheia de mágoa como Everything happens to me (Tom Adair e Matt Dennis, 1949) também foi prato cheio para uma intérprete à flor da pele como Billie e, nesse quesito, Leila não a supera. Só que Leila, sagaz, resistiu à tentação de imitar Billie no canto dessas 13 músicas, seguindo seu próprio caminho, dividindo os arranjos das 13 músicas entre sete pianistas. E o resultado é um disco de jazz à clássica moda norte-americana que serve de modelo para qualquer cantora que queira se aventurar pelos standards do gênero. Leila faz a festa ao cantar Billie porque domina a língua do jazz. Tem apurado senso rítmico como provam sua abordagem de Love me or leave me (Walter Donaldson e Gus Kahn, 1928), arranjada pela pianista Sheila Zagury, e sobretudo seu registro de Swing, brother, swing (Walter Bishop, Lewis Raymond and Clarence Williams, 1936), o tributo à era do swing que encerra o disco com arranjo de Rodrigo Braga. Tem também um perfeito entendimento musical do que pede canções como You got to my head (Fred Coots e Haven Gillespie, 1938), esta arranjada por Paulo Midosi com cordas orquestradas por Fernando Moura. A propósito, cordas também adornam The very thought of you (Ray Noble, 1934) - música gravada por tantos cantores norte-americanos que nem é associada de imediato a Lady Day - em indício de que Leila Maria teve, desta vez, à sua disposição uma produção com recursos financeiros compatível com a grandeza de sua voz. O único título da discografia de Leila que se aproxima da sofisticação de Holiday in Rio é Off key (Rob Digital, 2004), disco produzido por José Milton com repertório formado por famosas versões em inglês de músicas brasileiras - a maioria de compositores associados à Bossa Nova como Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994). Recursos à parte, Leila dá aula de canto ao longo das 13 faixas deste álbum. Por mais que tenha senso de improvisação, a cantora jamais joga nota fora ao interpretar músicas como You’ve changed (Carl Fischer e Bill Carey, 1941) - ouvida em arranjo do pianista Cristóvão Bastos - e Easy leaving (Ralph Rainger e Leo Robin, 1937), faixa que teve seu arranjo confiado ao pianista Itamar Assiere. Não há exibições egoicas de virtuosismo vocal emHoliday in Rio. A maestria da cantora - de afinação e emissão perfeitas - se revela naturalmente, sem esforço. E a naturalidade com que Leila Maria encara músicas já gravadas por vozes icônicas como a de Billie e a de Frank Sinatra (1915 - 1998) somente reitera a grandeza de seu canto. Um canto jazzístico que merecia mais atenção do Brasil, ainda que Holiday in Rio jamais faça concessões ao Brasil. Em bom português, Leila canta jazz como as grandes cantoras norteamericanas de jazz, com um inglês tão perfeito que, se quisesse, poderia se passar por uma cantora de lá. E Leila canta jazz sem qualquer resquício de uma brasilidade que atentaria contra a natureza desses 13 standards. Mas Leila Maria é daqui, do Brasil. E cabe ao Brasil se dignar a ouvir com mais atenção e zelo uma de suas mais injustiçadas cantoras. Postado por Mauro Ferreira às 19:40 3 Link para a matéria: http://www.blognotasmusicais.com. br/2015/11/leila-maria-mostra-total-dominiodo.html IMPRENSA & RELEASES IMPRENSA & RELEASES O ator Morgan Freeman na plateia do seu show no Cais do Oriente/RJ. (Abril/2002) Photo: Denildo Pinto Coluna Mauro Ferreira, Jornal o Dia de 09/11/2015 No Allegro Bistrô da extinta loja de discos Modern Sound, onde foi a primeira cantora a se apresentar regularmente. Copacabana – RJ, 2004 Foto: Denildo Pinto Entrevista para O Estado de São Paulo. Link: http://cultura.estadao.com.br/noticias/ musica,leila-maria-canta-as-cancoes-de-billieholiday-em-cd,10000015497 CONTATO Lygia Marina Pires de Moraes [email protected] Tel.: 55 (21) 99967-6581 [email protected] Com o pianista Rodrigo Braga, fez um pioneiro show no palco do desfile da griffe Mara Mac, no Fashion Rio. (MAM-RJ, Setembro/2005. Foto: Arquivo Entrevista para o El País. Link: http:// brasil.elpais.com/brasil/2016/02/27/ cultura/1456584379_500757.html https://www.facebook.com/Leila-Maria-Oficial-173355852764764/