a FilosoFia da Verdade e do amor

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Sumário
do
Volume
Filosofia
A Filosofia da verdade e do amor
1. A filosofia e a consciência crítica
1.1 A autoanálise e o desenvolvimento da consciência
1.2 Espírito de sacrifício e renúncia
1.3 A reflexão e o pensamento medieval
1.4 A devoção e o trabalho como necessidade humana
1.5 A exatidão e a Filosofia contemporânea
1.6 A compaixão e o agir humano
1.7 A alegria e o conhecimento de si mesmo
1.8 Justiça: O legado e a tradição do Direito
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Sumário Completo
VOLUME 1
A filosofia da verdade e do amor
1. A Filosofia e a consciência crítica
 
VOLUME 2
As ações corretas e a adolescência
2. A Filosofia moral
VOLUME 3
A filosofia e o fortalecimento da paz
3. A Filosofia política
5
Filosofia
a FilosoFia
da Verdade e do amor
Sociedade e Transformações
As sociedades vêm sofrendo transformações que obrigam o ser humano a desenvolver uma consciência
crítica em relação aos fatos que temos observado nos últimos tempos. A autoanálise serve para que
cada pessoa possa se posicionar em relação à essa realidade de hoje, caracterizada por muitas e rápidas
transformações. Muitas vezes é necessário, também, uma alta dose de espírito de sacrifício para fazermos
a nossa parte e, ainda, contribuirmos para que as transformações sejam as melhores possíveis. Nesse caso,
praticando um pouco de renúncia, em relação aos nossos interesses pessoais, podermos nos voltar para
muitas questões que envolvem os problemas da vida em comum. Viver coletivamente requer a utilização
persistente das várias virtudes que carregamos conosco. Mas, uma delas é de extrema importância para esse
contexto: saber renunciar aos próprios prazeres, tendo em vista o bem comum.
Acervo CNEC
As transformações já foram muitas ao longo da história: a relação do homem com a natureza, a relação
do homem com as coisas, a relação do homem consigo mesmo, os grandes (e os pequenos) inventos que
transformaram as nossas vidas e as nossas relações em sociedade. Mas, existe uma transformação bem mais
próxima e evidente para todos nós: a adolescência, com suas mudanças, com os seus valores (ou com a
falta deles)...
A adolescência, tal qual a conhecemos hoje em dia, é fruto de muitos estudos e avanços científicos,
transformações socioculturais, educacionais e psicológicas observadas a partir do século XIX. Antes disso,
a adolescência não era vista como uma etapa do desenvolvimento humano e muito menos como categoria
social. O período da adolescência, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) vai dos dez aos
dezenove anos. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) brasileiro, essa etapa vai dos doze aos
dezoito anos. Mas, e o que dizer de pessoas com mais de vinte anos que não querem nem ouvir falar em
maturidade, responsabilidade, compromisso?
Hoje em dia, foram incorporados novos conceitos para definir crianças que já começam a apresentar
manifestações relacionadas à adolescência: são os pré-adolescentes. A faixa etária costuma oscilar entre
oito e doze anos. Já aqueles que pretendem permanecer na adolescência por mais tempo, a psicopedagogia
chama de adultescência. Esses jovens costumam ficar muito tempo na faculdade, fazem cursos de
pós-graduação, continuam dependentes dos pais e não se incomodam nem um pouco com a sua condição
de “dependente” da família.
Filosofia
As características marcantes dessa etapa são as mudanças físicas, biológicas e socio-afetivas. As
características físicas são bem visíveis, e os jovens não costumam gostar muito. Em relação às transformações
biológicas, os jovens observam essas mudanças com estranheza e, por isso, tentam buscar refúgio nos seus
pares, ou seja, em outros adolescentes. É como se eles se entendessem sem ter que dar muitas explicações.
Já em casa... com a família...as coisas começam a ficar mais tensas, pois as mudanças sócio-afetivas não
são percebidas de imediato pelos pais. Isso leva a alguns conflitos que são perfeitamente normais, mas que
devem ser tratados com muita atenção. Os pais tendem a pensar que todos os valores e princípios morais
e éticos que tentaram repassar aos filhos se perderam em algum lugar. Na verdade, não ocorreu nada disso.
O adolescente ainda reconhece os valores, mas parece que não quer demonstrar isso a ninguém.
Nesse mesmo tempo de conflitos com a família, passam a surgir conflitos com outros jovens. Desses
conflitos, surgiu um fenômeno que ainda não tem tradução para o nosso idioma: o Bullying. Esse fenômeno
manifesta-se através da violência verbal e instaura-se um processo de intimidação entre colegas. Só no
Brasil, cerca de 49% dos adolescentes estão envolvidos com esta prática e isso é muito grave. Estudos
têm apontado os jovens do sexo masculino como os principais agressores, e, muitas vezes, essas atitudes
recebem o respaldo dos familiares. As vítimas dessa prática, normalmente, mantêm-se passivas e inseguras,
e as suas reações surgem através dos sintomas como dores de cabeça (crônicas), manifestação de ansiedade,
fobias e pesadelos.
Devido à observação dessa realidade de crescente violência e delinquência juvenis, têm crescido os
estudos neurocientíficos, psicológicos e sociais em torno desse fenômeno.
Outra característica adquirida pelo adolescente dessa nossa Era é a relação direta com as tecnologias
da informação e das telecomunicações. A Internet, ao mesmo tempo que permite ao jovem “acrescentar”
muitos novos “amigos virtuais”, também permite a esse jovem manter as suas relações a uma considerável
distância. Isso se dá pelo fato de o jovem entrar para dentro do seu “mundo” (o quarto) e estabelecer as
regras das relações virtuais.
Naquele ambiente, ele pensa que tem o controle da situação e, muitas vezes, deixa-se levar pelas
muitas “armadilhas” que a rede trouxe para o cotidiano. Uma delas está ligada à prática de muitos jovens
que criam uma “personalidade” diferente para si mesmo, se sentem seguras atrás do anonimato (que não
é tão anômino assim). Esse tipo de atitude pode variar de uma simples e ingênua brincadeira a graves
problemas com a sua própria identidade. Sem falar na grande quantidade de crimes que são cometidos via
Internet.
A união entre as inseguranças que chegam com a adolescência e o cômodo anonimato através da
Internet têm resolvido um problema comum aos jovens. Acontece que a maneira pela qual o jovem é
reconhecido pelo seu grupo (na escola, por exemplo) não confere com a maneira como esse jovem quer
ser visto (ou se vê). É a desproporção entre a imagem que tem de si e o sentimento que carrega dentro de
si. É como se todos estivessem vendo no jovem somente aquela espinha que acabou de nascer e não o que
realmente ele é. Atrás do computador, isso não acontece, não é mesmo?
As mudanças da vida social do adolescente é resultado de um intenso aprendizado social que vem
das relações interpessoais e das regras da vida em família. Superada essa
etapa, os conhecimentos são aplicados para o reconhecimento do mundo
que o rodeia. Há uma tendência de esse círculo tornar-se cada vez maior,
uma vez que o ser humano está sempre em busca do novo (no sentido de
novidade). No entanto, viver em sociedade não é tarefa fácil, pois é preciso
ter flexibilidade para responder aos estímulos, levando em conta o contexto
em que o jovem atua. É necessário ter humor, iniciativa, planejamento e
muitas outras habilidades.
Mas isso só não basta, a nossa juventude está carente, também, de valores
humanos, como o respeito mútuo, a paciência, a tolerância, o amor fraterno,
a compreensão, a cooperação, a solidariedade, o perdão e... tantos outros.
Acervo CNEC
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Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
1. a
FilosoFia e a CoNsCiÊNCia CrÍtiCa
Acervo CNEC
Falar da Filosofia, por si só, já é um ato de filosofar... começar a questionar a Filosofia, avançar para
o âmbito da consciência crítica, ou seja, já existe o desenvolvimento de um pensamento filosófico que
requer uma maior atenção. Por isso, vamos ler o trecho a seguir, pois este pode começar a nos dar algumas
respostas importantes.
“[...] A ciência parece estar sempre avançando, enquanto a Filosofia parece estar sempre
perdendo terreno. No entanto, isso só se deve ao fato de a Filosofia aceitar a árdua e perigosa
tarefa de lidar com problemas ainda não abertos aos métodos da ciência – problemas como o do
bem e do mal, da beleza e da feiura, da ordem e da liberdade, da vida e da morte; tão logo um
campo de investigação gera conhecimento suscetível de uma formulação exata, é chamado de
ciência – toda ciência começa como Filosofia e acaba como arte; surge na hipótese e flui para a
realização. Filosofia é uma interpretação hipotética do desconhecido (como na metafísica) ou do
conhecido de forma inexata (como na ética ou na Filosofia política); é a trincheira adiantada no
cerco à verdade. Ciência é o território capturado; e por detrás dele ficam as regiões seguras nas
quais o conhecimento e a arte constroem o nosso mundo imperfeito e maravilhoso. A Filosofia
parece estar parada, perplexa; mas isto é só porque ela deixa os frutos da vitória para suas
filhas, as ciências, enquanto ela própria segue adiante, devidamente descontente, em direção ao
incerto e ao inexplorado.”
Will Durant. A História da filosofia. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996, p.26
Na Grécia Clássica, a Filosofia surgiu para romper com o discurso mítico e para pensar o mundo a
partir de uma racionalidade inerente ao ser humano. Esse novo modo de pensar buscava uma resposta
mais sensata para a explicação dos fenômenos da natureza. Tanto se avançou nesse aspecto que os quatro
principais elementos da natureza — Água, Terra, Fogo e Ar — propostos por Empédocles, continuam
sendo válidos, e não houve desenvolvimento tecnológico que derrubasse essa “verdade” herdada da Grécia
dos pré-socráticos.
A Filosofia foi avançando até chegar em Sócrates, que a tomou como um estilo de vida e não apenas
como uma nova maneira de abordagem dos fatos e dos fenômenos. A palavra Filosofia origina-se do
grego philos (gostar muito de, amar) e sophia (saber, sabedoria). Portanto, a Filosofia foi muito bem
representada por Sócrates na defesa de um conhecimento que se aproximasse, o máximo possível, da
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8
Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
verdade, num estilo de vida marcado pelo prazer na busca do conhecimento. Por hora, essa abordagem
nos é suficiente para explicar o ato de filosofar acompanhado de virtudes tão essenciais quanto a verdade
e o amor.
Se as nossas ações são pautadas pela verdade e pelo amor, então pode-se esperar do ser humano
atitudes positivas e de muita qualidade na constituição de uma sociedade mais justa.
Uma das frases mais famosas de Sócrates era a que dizia: “Conhece-te a ti mesmo.” E, baseando-nos
nela, podemos iniciar a nossa investigação, partindo de nós mesmos.
Práxis
1
É hora de refletir muito e responder a uma pergunta que é, aparentemente, muito simples, mas que
esconde muitas dúvidas. Diga-nos, então:
Por que tenho medo de lhe dizer quem sou?
Segundo Heerdt (2005, p.15), “pode-se dizer que a essência do filosofar é a reflexão. A palavra reflexão
tem vários significados que possuem relação direta com o trabalho filosófico: revelar, mudar de direção,
desviando da direção inicial, retomar, retroceder, reconsiderar os dados disponíveis, pensar de forma
madura, meditar, revisar, analisar, examinar, prestar atenção...”
Além de tudo isso, a Filosofia pressupõe um amplo conjunto de conhecimento que nos permite ver
o mundo de outras maneiras, possibilitando, ainda, às pessoas, mudar a sua forma de agir em relação à
realidade que nos cerca.
É importante analisarmos de maneira honesta o fato de que não é qualquer tipo de conhecimento
que nos satisfaz. Se o conhecimento não é verdadeiro, de que vale ele? A verdade é bem diferente de
vontade. Muitas vezes, as pessoas querem impor a sua vontade na forma de “verdade” e isso não costuma
funcionar. Na adolescência isso acontece pelo fato de os jovens adotarem uma postura na qual acham que
o “mundo” está contra eles. Na verdade não é bem assim, pois ao desenvolver a consciência crítica do que
seja realmente a realidade, o jovem acaba percebendo que o “mundo” não está contra ele, mas ele é que
precisa de um pouco de reflexão em relação ao que a Filosofia pode ajudar: é a Filosofia dos valores. Aquela
que nos mostra que todos nós queremos o que há de melhor e isso não significa ter que “passar por cima”
dos valores para se conseguir a qualquer custo o que se deseja.
A consciência crítica se manifesta quando nós nos propomos a pensar sobre a realidade de maneira
mais aprofundada, tem a ver com o fato de observar se estamos, por exemplo, fazendo alguma coisa
com conhecimento de causa, ou seja, ter o saber necessário sobre a situação e, além disso, conhecer as
consequências dos nossos atos. Isso equivale a dizer que a consciência é o que nos permite conhecer
alguma coisa, ou alguém, ou a nós mesmos. Por isso é tão difícil conceituar a consciência, pois equivale a
ter percepção do que se passa com a gente e ao nosso redor, é ter capacidade de julgar as nossas próprias
ações, com senso de responsabilidade e retidão de caráter.
Segundo Hector Leguizamon (2008, p.14), em termos de consciência e linguagem “costuma-se
dizer que os recém-nascidos não têm ainda uma consciência plenamente definida, uma vez que não são
capazes de ordenar a informação que recebem dos sentidos. A identidade costuma aparecer junto com a
linguagem. Se não estamos convencidos disso, basta tentar descrever as primeiríssimas lembranças que
temos.” Nessa citação, o autor chama a atenção para o fato de que na medida em que conhecermos mais,
aprimoramos a nossa consciência, mas, para isso, temos que desenvolver a linguagem, pois é a partir dela
que cresce a nossa capacidade de compreensão sobre o mundo, inclusive o que nos rodeia.
Por que será que cada dia mais a leitura é essencial? O que na verdade, a leitura nos proporciona? Que
tipo de conhecimento a leitura nos possibilita? O que tem a ver a leitura com conhecimento? E o que tem
isso tudo a ver com a consciência?
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Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
Exercícios de sala
2
Não é fácil ser adolescente em um mundo em constantes e rápidas transformações. Mas já que esta é
a realidade, tente expor, através das palavras, a sua visão de mundo. Como um adolescente enxerga a
realidade de hoje?
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3
Sobre o texto de Will Durant, como você enxerga a Filosofia e a sua importância no mundo de ontem e
de hoje?
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4
Por que se diz que a essência do filosofar está na reflexão?
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5
Como se desenvolve a consciência crítica?
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1.1 A autoanálise e o desenvolvimento da consciência
FELIPINHO,
O QUE É ESSA TAL DE
AUTOANÁLISE?
MAS EU QUERO
ME CONHECER.
ORA, MARINA.
É A ANÁLISE QUE VOCÊ FAZ
DE VOCÊ MESMO.
MAS E SE
EU NÃO QUISER ME
ANALISAR? EU SOU
OBRIGADA?
CLARO QUE NÃO.
NINGUÉM É OBRIGADO A
FAZER AUTOANÁLISE. NÓS
COSTUMAMOS FAZER ISSO EM
BUSCA DO CONHECIMENTO
EM RELAÇÃO A NÓS
MESMOS.
É VERDADE.
EU NÃO TINHA PENSADO
NISSO. PRIMEIRO EU TENHO
QUE ME CONHECER, PARA
DEPOIS CONHECER O
MUNDO. É, GOSTEI
DESSA IDEIA.
ENTÃO FAÇA UMA
AUTOANÁLISE.
AINDA BEM.
PORQUE NÃO É UMA
QUESTÃO DE GOSTAR...
NÓS PRECISAMOS
APRENDER A NOS
CONHECER.
COMO É QUE VOCÊ
QUER CONHECER O MUNDO,
AS COISAS, AS OUTRAS PESSOAS,
SE VOCÊ NÃO CONHECE
NEM A SI MESMO?
Acervo CNEC
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Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
Quando foi a última vez que você se
perguntou: “Quem sou eu?”, “O que eu quero
ser?”, “Para onde estou indo?”, “O que é que
espero do futuro?”, “Quais os meus princípios e
valores construídos?”, “Aquilo que sinto me faz ser
eu?”, “Como saberei quem sou?”, “Por que tenho
necessidade de conhecer-me, de ter consciência do
meu eu?”.
QUEM SOU EU?
SER? SERÁ QUE SOU?
SEREI? O QUÊ? QUEM?
SER OU
NÃO SER
EIS A
QUESTÃO...
que nos cerca. A posição crítica de si mesmo é o
que possibilita ao ser humano avançar na busca de
um autoconhecimento efetivo. É através da arte
de questionar e de raciocinar sobre os fenômenos,
que a humanidade tem avançado no sentido
de buscar a solução para os muitos problemas
inerentes à existência. Você já sabe quem é você?
Você conhece bem os seus desejos, os seus anseios
e as suas frustrações? A autoanálise é um bom
começo...
“Aquele que obtém uma vitória sobre outros
homens é forte; porém, quem consegue vencer a si
mesmo é todo poderoso.”
Lao-Tsé
CONSCIÊNCIA E IDENTIDADE
O QUE REALMENTE
QUERO PARA MIM?
Acervo CNEC
Poderemos responder a essas questões
segundo o conselho de Santo Agostinho: “Não
vá para fora, volte-se a si mesmo. No interior do
homem habita a verdade”. A busca da identidade
própria, de acordo com os nossos desejos e com
a nossa personalidade consiste em buscar por
mudanças, e em refletir sobre nossas capacidades,
sobre nossas potencialidades, nossas carências
e nossos interesses. Somos chamados a sermos
pessoas plenas,para fazer-nos homens e mulheres
profundos, capazes de uma existência potente,
compreendendo-nos e aceitando-nos exatamente
como somos, para, então, procurarmos nos
transformar naquilo que queremos ser.
Infelizmente, essa não é a atividade mais
apreciada por grande parte dos jovens. Olhar para
dentro de si soa como o desvendar de algo que
eles ainda não estão preparados para enfrentar.
Já pensou ter que reconhecer em si aquilo que
é negado há tempos. Decididamente não é bem
isso o que querem. Querem poder continuar
olhando o mundo à sua volta com o olhar crítico
com que fazem os julgamentos dos outros, como
se não fizessem parte desse universo de jovens.
Impaciente, a maioria dos jovens não espera se
decifrar, mas prefere decifrar o outro ou o mundo
que o rodeia.
A Filosofia exige um exercício constante de
questionamentos sobre si mesmo e sobre o mundo
“Embora a consciência seja um conhecimento
espontâneo do mundo, também se pode considerar
que a consciência permite ao mesmo tempo descobrir
e afirmar a existência do que somos diante desse
mundo. No século XVIII, o filósofo francês René
Descartes, ao procurar uma verdade da qual não
podia duvidar, depois de descartar o mundo sensível
e as supostas verdades do raciocínio porque podiam
encerrar algum engano, chegou à conclusão de que
a única coisa indiscutível é a realidade de nosso
pensamento enquanto pensamos. Isso implica que
nossa identidade se encontra exclusivamente na
atividade constante da mente entendida como algo
distinto do corpo”.
Hector Leguizamon. Filosofia: origens, conceitos, escolas e pensadores.
São Paulo: Escala Educacional, 2008, p.14
René Descartes (1596 – 1650) é considerado
o pai da Filosofia moderna. O seu maior desejo
era realmente ter certeza em relação às coisas e ao
mundo. A sua primeira atitude foi, portanto, a
de negar as verdades já preestabelecidas e, através
do pensamento, isto é, do uso da razão, buscar a
resposta mais verdadeira possível. Por isso, a sua
famosa frase: “Penso, logo existo!”. Se eu penso,
então eu existo. Se
nós existimos nós
precisamos saber
quem
realmente
nós somos: eis a
autoanálise
para
nos ajudar a buscar
as respostas em
relação às dúvidas
que temos sobre
nós.
Disponível em:
<sumateologica.files.wordpress.com>.
Acesso em: 10 nov. 2010.
11
Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
Leia este texto atentamente:
O VALOR SIMBÓLICO DO ALFERES
No conto O espelho, de Machado de Assis, um adolescente é nomeado alferes
do exército. Vestido com a sua garbosa farda, ele vai visitar a tia no interior do Rio
de Janeiro. Lá é recebido com toda a pompa e circunstância. Afinal, agora ele é
alguém, um alferes. Começa a notar estranhas transformações em si: a fala se
torna um tanto postiça, seus gostos são incertos. Ele parece não estar à vontade
em sua farda. Logo, essa sensação desaparece, na medida em que se percebe
reconhecido pela tia. Ela passa a acreditar em seu personagem.
Mas eis que a tia e sua comitiva se retiram por algum tempo da fazenda e ele
fica só com os escravos. Aqui começam os problemas. Os escravos continuam sua
faina de trabalho, e nada lhe falta para a subsistência.
Mesmo assim, falta alguma coisa. Não é solidão, pois os escravos lhe fazem
companhia. Ocorre que estes têm pouco a dizer sobre sua nova condição de alferes,
não lhe dedicam um reconhecimento especial. Ele volta a ser apenas o sobrinho
da tia. Segue-se uma perturbadora sequência de angústia, pesadelo, tristeza e até
fenômenos de estranhamento do corpo e do espaço no qual ele está. Enfim, resolve
o problema. Veste-se com a tal farda e posta-se diante do espelho, recuperando
assim o viço e a satisfação de si.
O olhar adolescente: os incríveis anos de transição para a idade adulta, no 1, 2007, p. 14-15
9
Exercícios de sala
Analise o texto “O valor simbólico do Alferes”
e explique o papel do espelho no contexto do
conto.
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6
Que tipo de consciência é possível desenvolver
com a autoanálise? Ela é importante? Justifique.
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7
Analise o conselho de Santo Agostinho do ponto
de vista da consciência e da autoanálise. “Não
vá para fora, volte-se a si mesmo. No interior do
homem habita a verdade”.
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8
Qual a relação que pode ser estabelecida entre
o conselho de Santo Agostinho e o pensamento
de René Descartes?
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10 Agora é com você. A cada dia que passa, o ser
humano tem a oportunidade de aperfeiçoar suas
qualidades e de lapidar os seus defeitos. Essa
atitude faz parte da vida daqueles que traçam
projetos para o futuro. Pensando em você e no
seu futuro, preencha o quadro a seguir com as
suas virtudes e os seus defeitos.
Virtudes
Defeitos
Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
1.2 Espírito de sacrifício e renúncia
EU ACHO QUE
A MINHA MÃE
ESTÁ ME FALTANDO UM POUCO
VIVE ME FALANDO
DESSES VALORES EM RELAÇÃO AOS QUE EU FICO POR CONTA
SABE DE UMA COISA,
MEUS ESTUDOS.
COLEGAS? ACHO QUE NÓS
SÓ DAS COISAS DA
DEVIAMOS ADOTAR O ESPÍRITO
ESCOLA E NÃO FAÇO NADA
EU TAMBÉM ANDO
DE SACRIFÍCIO E A RENÚNCIA
DIREITO SERÁ QUE TEM
PRECISANDO RENUNCIAR A
ÀS NOSSAS VIDAS.
ALGUMA COISA A VER
ALGUMAS COISAS PARA ME
COM O ESPÍRITO
DEDICAR AOS ESTUDOS.
DE SACRIFÍCIO
E RENUNCIA?
ACHO QUE TEM SIM...
OLHA BEM PRÁ GENTE!!!
COMO NÓS TEMOS GASTO
O NOSSO TEMPO??
ACHO QUE A VIRTUDE
DO ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO
E DA RENÚNCIA JÁ
COMEÇOU A CONTAGIAR
A GENTE.
EU PODERIA FICAR MENOS TEMPO NO COMPUTADOR
E DAR UMA ATENÇÃO ESPECIAL AOS LIVROS QUE EU
TENHO QUE LER.
EU VOU
CONCILIAR
EU PRECISO MELHORAR A
MELHOR AS MINHAS
QUALIDADE DAS MINHAS TAREFAS.
ATIVIDADES ESPORTIVAS
ACHO QUE VOU DIMINUIR O
COM MEUS ESTUDOS.
TEMPO DEDICADO AO SKATE.
ESTOU PRECISANDO
EU PRATICAMENTE PASSO
MELHORAR
A TARDE INTEIRA SÓ
O DESEMPENHO NA
BRINCANDO...
ESCOLA.
ISSO É MUITO BOM.
POIS NÓS DEVEMOS
ADOTAR ATITUDES
POSITIVAS
NA VIDA DA GENTE. E
RECONHECER
QUE PODEMOS MUDAR
UMAS POUCAS COISAS,
RENUNCIAR A PEQUENAS
COISAS, PODE NOS
LEVAR A CONQUISTAR
OUTRAS, ÀS VEZES BEM
MAIORES.
É ISSO MESMO! DE
HOJE EM DIANTE
VAMOS PENSAR BEM
NO QUE PODEMOS
SACRIFICAR, E ATÉ
RENUNCIAR, PARA
GARANTIRMOS
RESULTADOS
MELHORES
PARA O
NOSSO
FUTURO.
E VOCÊ?? JÁ PENSOU O QUE PRETENDE RENUNCIAR E A
QUE SE SACRIFICAR PARA MELHORAR SUA VIDA??
É PRECISO TER CORAGEM PARA TOMAR
ESSA DECISÃO...
Acervo CNEC
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Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
“De todas as virtudes, a coragem é sem dúvida a mais universalmente admirada. Fato raro, o
prestígio que desfruta parece não depender nem das sociedades, nem das épocas, e quase nada
dos indivíduos. Em toda parte a covardia é desprezada; em toda parte a bravura é estimada. As
formas podem variar, claro assim como os conteúdos: cada civilização tem seus medos, cada
civilização suas coragens. Mas o que não varia, ou quase não varia, é que a coragem, como
capacidade de superar o medo, vale mais que a covardia ou a poltronice, que ao medo se
entregam. A coragem é a virtude dos heróis; e quem não admira os heróis?
Essa universalidade, porém, não prova nada, seria até suspeita. O que é universalmente
admirado o é, portanto, também pelos maus e pelos imbecis. São eles tão bons juízes assim?
Além do mais, admiramos também a beleza, que não é uma virtude; e muitos desprezam a
doçura, que o é. O fato de a moral ser universalizável, em seu princípio, não prova que ela seja
universal em seu sucesso. A virtude não é um espetáculo e não lhe importam os planos.”
André Comte-Sponville. Pequeno tratado das Grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p.51
O poder do ser humano é algo que não pode ser mensurado. Todas as transformações que as sociedades
vêm experimentando ao longo da existência humana é algo formidável. A ideia de poder esta diretamente
ligada à capacidade que tem o sujeito de agir sobre o meio que o cerca, sobre as coisas que existem, sobre
os outros seres vivos, sobre o seu semelhante, mas, principalmente, sobre si mesmo. O poder de agir
sobre si mesmo se reflete na tomada de decisão. Eis, então, a importância das virtudes como o espírito
de sacrifício e a renúncia. Você está disposto a se sacrificar para alcançar o quê? Você pretende sacrificar o
que na sua vida? A que você pretende renunciar? Renunciar para quê? O que eu vou “ganhar” com isso?
Chegamos ao ponto.
Nós temos o poder de agir sobre nós mesmos e decidir sobre as coisas que vão fazer a diferença em nossas vidas.
Aí está o poder que nós temos. Aí, também, estão os valores e as virtudes que nós poderemos incorporar
às nossas vidas, ou não. Ninguém decide isso por nós. É uma decisão só nossa, solitária, isolada. Por isso,
quanto mais elementos tivermos para contar a favor da nossa decisão, tanto melhor será o resultado.
Vamos conhecer, agora, um exemplo que a história nos dá de espírito de sacrifício e renúncia.
A Filosofia traz como um dos grandes exemplos dessa virtude, Sócrates.
ATENIENSE MODELO
Sócrates (470/400 a.C) é o melhor exemplo de cidadão ateniense. Ele viveu a maior parte do tempo
debatendo na Ágora. Foi lá que discutiu a Filosofia e a política, buscando a verdade e o bem moral, fato este
que o coloca como marco, rompendo com os sofistas no que diz respeito às soluções
dadas por eles. No começo de sua vida, foi escultor como seu pai e mantinha uma
vida modesta. Foi soldado na guerra do Peloponeso. Por volta de 404 a.C , foi eleito
Senador, renunciando por não concordar com a política dos Trinta Tiranos.
Na maior parte do tempo, de forma irônica, ele mantinha uma dinâmica dialética
com os demais cidadãos, sempre dizendo que não sabia nada (só sei que nada sei
de tudo quanto sei), e investigando os que diziam “saber”. Na Ágora, em forma de
palavra, Sócrates deixou seu maior tesouro, sua forma de pensamento que influenciaria
profundamente toda a história da Filosofia; também foi lá que o silenciaram, condenando-o
à morte por perverter a juventude e por não cultivar os deuses da cidade.
Adaptado de Revista Filosofia Especial-Grécia, no 1, 2007
“Sócrates não deixou nada escrito por uma razão especial: ele entendia que o escrito jamais
poderia ser utilizado para o seu filosofar. Da maneira especial que o desenvolveu, tudo ficava
dependente do diálogo vivo, das mudanças de rota criadas a partir dos movimentos do interlocutor.
Foi isso que ele deixou claro, no registro platônico do Fedro, dizendo que quando se pergunta
algo a um livro, mesmo que a pergunta se altere, o livro volta com a mesma resposta. De fato, foi
exatamente por essa razão que Sócrates não deu atenção para a escrita. [...]
Sócrates apresentou-se ao tribunal por causa de três acusações feitas por três atenienses.
As acusações foram analisadas pelo próprio Sócrates, no início da sua defesa. Segundo seus
acusadores, ele deveria ser punido por corromper a juventude, por não acreditar nos deuses em
que a cidade acreditava e, por fim, por acreditar em novos deuses.
O mundo como Platão falou a respeito de Sócrates marcou a história da Filosofia, pois ele não
começou pelo início, mas sim pelo fim. Seu texto, mais próximo de um relato histórico, que é A
defesa de Sócrates, mostra seu mestre já perto dos setenta anos, diante dos quinhentos jurados
que, enfim, o condenaram à morte. Nesse texto, Platão coloca Sócrates explicando o que o levou
a filosofar.
Paulo Ghiraldelli. Jr. História Essencial da Filosofia. São Paulo: Universo dos livros, 2009, vol1, p 40-41
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Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
No processo de desenvolvimento humano, renunciar a muitas coisas para se alcançar outras, faz parte
da vida. Sócrates, por exemplo, renunciou à própria vida para não ser visto como contraditório. Essa
atitude de sacrifício pelos seus ideais levou-o a aceitar a condenação à morte e a cumpri-la fielmente. No
entanto, nem todas as pessoas estão dispostas a se sacrificar pelos seus ideais.
Os valores fazem parte de nossas vidas. Todos temos valores que influenciam nas decisões que
tomamos.
Os valores são a chave que oportunizam o viver mais plenamente e desenvolvem nosso potencial.
Então, é bom refletir:
• Aceito-me como sou? Ou estou em conflito comigo mesmo, incomodando-me com minhas limitações?
• Nego-me a oportunidade de mudança? O que tenho feito com minhas pequenas conquistas? Estou
ciente de que a vida é um presente pessoal?
• Sempre minhas respostas estão certas? Estou aberto a ouvir críticas que me fazem crescer como pessoa?
• Como manifesto minhas emoções e meus sentimentos?
• Como penso? Sou extremista, do tipo que pensa que existem somente duas alternativas na vida?
• Sinto-me bem ou incomodo-me nas relações interpessoais?
• Aceito com generosidade e com perdão os erros alheios ou vivo julgando e condenando limites e
comportamentos dos meus amigos?
• Como os outros me veem? Tenho receio de não ser aceito num grupo? Estou agindo e sou conforme as
expectativas dos que me cercam?
A vida em sociedade requer estes e outros questionamentos. Para manter uma boa relação consigo
mesmo e com os mais variados grupos dos quais fazemos parte, é imprescindível estarmos preparados para
renunciar ao “eu” em prol do “coletivo”. Nesse sentido, o texto a seguir nos remete a grandes reflexões.
“Triste daquele que não sabe sacrificar um dia de prazer em prol de seus deveres para com a
humanidade”.
Rousseau
A vida humana tem uma lei que diz “devemos usar as coisas e amar as pessoas”. Para viver esta lei e viver
bem com o outro, é preciso primeiro viver bem consigo mesmo, confiar nas próprias possibilidades e dedicarse com entusiasmo àquilo que se está fazendo. Se nos propusermos a evoluir, humana e espiritualmente, é
porque sabemos que somos a medida de todas as coisas por sermos a entrada e a saída do amor.
A capacidade de opinar, de decidir precisa ser acompanhada pela crença de que somos capazes de
renunciar e de nos sacrificar quando se fizer necessário. Renunciar a algo para dar um sentido mais nobre
e amplo à vida nos proporciona mais alegria. Sacrificar-se vencendo a banalização da vida, em evolução,
para tornar-se pessoa plena, com espírito de sacrifícios sustentados pela força da alma e do amor altruísta
nos farão pessoas melhores, empenhadas em praticar referenciais externos e de coletividade.
A maior missão do homem é dar a luz a si mesmo, é tornar-se aquilo que ele é potencialmente.
Erich Fromm
Leia com atenção o texto a seguir:
A CHAMA DA ALMA
Havia um rei que, apesar de muito rico, tinha a fama de ser generoso e desapegado de sua riqueza. De
forma bastante estranha, quanto mais ele doava em auxílio ao povo, mais os cofres de seu fabuloso palácio
se enchiam.
Certo dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades procurou o rei. Queria descobrir qual
era o segredo do monarca.
Como sábio, ele não conseguiu entender a razão de o rei, que não estudava as sagradas escrituras nem
levava uma vida de penitência e renúncia, viver rodeado de luxo e riquezas, não se contaminar com tantas
coisas materiais. Afinal, o próprio sábio, que havia renunciado a todos os bens da Terra e vivia meditando e
estudando, reconhecia-se com a alma inquieta. Enquanto vivia em tormento, o rei era virtuoso e amado por
todos.
Filosofia
A filosofia e a consciência crítica
Apresentando-se diante do rei, o sábio perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma. E o
regente lhe respondeu: “Acenda uma lamparina, percorra todas as dependências do palácio e você descobrirá
qual é o meu segredo”.
Mas havia uma condição, acrescentou o rei: “Se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá
morto no mesmo instante”.
O sábio pegou uma lamparina, acendeu-a e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas horas
depois, voltou à presença do rei, que lhe perguntou: “Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?”
O sábio, ainda trêmulo pela tensão de manter acesa a chama para não perder a vida, respondeu:
“majestade, eu não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado com a chama da lamparina que só fui
passando pelas salas e não notei nada”.
Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou seu segredo: “Pois é assim que eu vivo. Tenho toda a
atenção voltada em manter acesa a chama da minha alma. Embora possua tantas riquezas, elas não me
afetam. Tenho consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença, não o
contrário”.
Maria Fernanda Nogueira Mesquita. Valores Humanos na Educação: uma nova prática na sala de aula.
São Paulo: Editora Gente, 2003, p.62-63
FELIPINHO, VOCÊ ESTÁ DISPOSTO
A RENUNCIAR O SEU LAZER, O
ESPORTE, PARA ESTUDAR?
EU NÃO CONSIGO.
OU FAÇO UMA COISA OU
FAÇO OUTRA...
CLARO. MAS ENTENDA QUE
NÃO É PRECISO ABDICAR
DESSAS ATIVIDADES.
É POSSÍVEL FAZER AS DUAS
COISAS E MUITO MAIS.
TUDO É POSSÍVEL. O QUE PODE
ESTAR FALTANDO NA SUA
VIDA É UM POUQUINHO
DE ORGANIZAÇÃO. QUANDO
ESTABELECEMOS METAS,
NÓS CRIAMOS AS
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS
PARA ALCANÇÁ-LAS. SE FOR
PRECISO RENUNCIAR A
ALGUMA COISA, NÃO SERÁ
PROBLEMA. MAS, NESSE CASO,
É APENAS UMA QUESTÃO
DE ORGANIZAÇÃO DA SUA PARTE.
Acervo CNEC
Exercícios de sala
11 Como você conceitua a virtude do espírito de sacrifício e a renúncia?
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12 Por que é preciso ter coragem para adotarmos essa virtude (espírito de sacrifício e renúncia) na nossa
Vida?
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15
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