Prospecção de bioatividade de Brevibacillus laterosporus sobre o desenvolvimento pós-embrionário de Chrysomya putoria (Wiedemann, 1818) (Diptera: Calliphoridae), em laboratório Isabel Nogueira Carramaschi1; Margareth M. C. Queiroz1; Viviane Zahner1 1 pós-graduação em Biodiversidade e Saúde, Instituto Oswaldo Cruz/ Fiocruz, Rio de Janeiro. Email: [email protected]/ Laboratório de Transmissores de Leishmaniose – Setor de Entomologia Médica e Forense, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Pavilhão Herman Lent, sala 14. Avenida Brasil, 4365. Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Cep 21045900. Chrysomya putoria desperta interesse por se tratar de um potencial vetor mecânico de polivírus tipo I e III, vírus Coxsackie, Shilella sp., Salmonella sp., Escherichia coli e Giardia lamblia, e de outros patógenos entéricos, além de ser agente irritante e espoliante. Pode invadir tecidos necrosados de vertebrados, pois suas larvas podem produzir miíases secundárias. Bactérias entomopatogênicas possuem potencial no controle biológico por poderem ser utilizadas como biopesticidas formulados. Brevibacillus laterosporus surgiu como possibilidade de agente de controle em 1985 e desde então, a literatura reporta a ação de suas variadas estirpes, contra nematódeos fito e zooparasitas, moluscos, larvas de coleóptera, lepdóptera e moscas. Neste trabalho foram utilizadas três diferentes estirpes sob a forma de suspensão e liófilo. Estes foram misturados à 50g de dieta composta por carne moída putrefata que foram oferecidos às larvas recém eclodidas (L1) de Chrysomya putoria (Wiedemann, 1818). Ao grupo controle foram oferecidos salina ou nada. Os experimentos foram mantidos em câmara climatizada a 27 ± 1 ºC, umidade relativa do ar 70 ± 10% e fotofase de 12 horas. A mortalidade das larvas foi avaliada diariamente e contabilizadas aquelas que conseguiram abandonar o substrato. O desenvolvimento foi acompanhado até a emergência dos adultos. Em um bioensaio foram testados liófilos da mesma estirpe, com diferentes pesos. Somente aquele de 0,9265g provocou 18% de mortalidade de larvas e 12% de alterações morfológicas nos adultos. Em um segundo teste, a estirpe BL-1 causou 40% de mortalidade de larvas, sob a forma de suspensão (5,2x107 UFC/mL). O uso de Brevibacillus laterosporus mostra-se promissor, pois além de causar a mortalidade de larvas, provocou a alteração morfológica de adultos impedindo sua reprodução e geração de prole. Palavras-chave: Controle Biológico, Brevibacillus laterosporus, Chrysomya putoria Apoio: CNPq