A ivermectina é uma substância derivada da fermentação

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CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO EM LABORATÓRIO DE
POPULAÇÃO DE Aedes aegypti E EFEITOS DA IVERMECTINA
SOBRE O MOSQUITO E ORGANISMOS NÃO-ALVO
Cassiano S. ROSA
Daniel A. SIMÕES
Marco A.P. HORTA
O estabelecimento de colônias de culicídeos em laboratório é feita
para vários objetivos, como o estudo da biologia e susceptibilidade a
possíveis agentes de controle: químico e biológico.A ivermectina é
uma substância derivada da fermentação de culturas do fungo
actinomiceto Streptomyces avermitilis, é utilizada atualmente no
controle de nematódeos e artrópodes. Objetivando verificar o efeito
do fármaco em larvas de 3° e 4° estádios de Aedes aegypti, criadas
em condições laboratoriais, três grupos de 100 larvas foram expostas
durante 24 horas, 1 hora, 30, 15 e 5 minutos à concentrações de 1, 5
e 10 ppm de solução aquosa de ivermectina 1% p/v. As observações
foram realizadas 24 e 48 horas após a exposição dos indivíduos à
droga. A mortalidade, a 1ppm, com 5 minutos de exposição foi 43,3%
e 78,3%; com 15 minutos, 36,6% e 80%; com 30 minutos, 43,3% e
81,6%; com 1 hora, 55% e 81,6%; com 24 horas, 53,3% e 85%; no
grupo controle, 5% e 10%. A 5 ppm, com 5 minutos de exposição foi,
53,3% e 96,6%; com 15 minutos, 63,3% e 86,6%; com 30 minutos,
75% e 98,3%; com 1 hora, 71,6% e 90%; com 24 horas, 71,6% e
100%; no controle, 0% e 3,3%. A 10 ppm, com 5 minutos, 83,3% e
98,3%; com 15 minutos, 81,6% e 96,6%; com 30 minutos, 78,33% e
91,6%; com 1 hora, 88,3% e 100%; com 24 horas, 80% e 100%; no
controle, 3,3% e 5%. Foi observada uma elevada perda de mobilidade
e alta mortalidade das larvas após exposição à ivermectina,
demonstrando que a droga age provocando paralisia nas mesmas.
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