Sudão do Sul 01. ASPECTOS GEOGRÁFICOS Sudão do Sul ou Sudão Meridional (oficialmente República do Sudão do Sul) é um país encravado localizado no nordeste da África. Tem esse nome devido à localização geográfica, ao sul do Sudão. Além da divisa com o Sudão ao norte, o Sudão do Sul faz fronteira a leste com a Etiópia, ao sul com o Quênia, Uganda e República Democrática do Congo e a oeste com a República Centro-Africana. O Sudão do Sul conquista a independência em 2011, após meio século de guerra civil com o Sudão, que deixa mais de 2 milhões de mortos. Na raiz do conflito estão políticas que marginalizam o sul, aliadas à diferenças humanas e geográficas marcantes. O norte é majoritariamente árabe e islâmico, enquanto o sul é habitado por grupos animistas e cristãos. O desértico norte (exceto no fértil corredor onde corre o rio Nilo) contrasta com a exuberância do sul, recoberto por savanas e florestas tropicais. De Clima tropical, o Sudão do Sul é uma das nações mais pobres do mundo. Tem uma área de 644.329 km². O que é hoje o Sudão do Sul era parte do Sudão Anglo-Egípcio e tornou-se parte da República do Sudão, quando ocorreu a independência deste em 1956. Após a Primeira Guerra Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou novamente na autonomia da região, através do Tratado de Naivasha, assinado em 9 de janeiro de 2005 no Quênia, com o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M). Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente. Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um Estado membro das Nações Unidas (ONU). O país entrou para a União Africana em 28 de julho de 2011. O Sudão do Sul, também chamado de Novo Sudão, é uma República presidencialista com Poder Legislativo unicameral – Assembleia Nacional, com 170 membros suportados pela Constituição de 2011 (ainda transitória). Tem uma população de 11,3 milhões (2013); nacionalidade é sul-sudanesa. A população é composta por árabes sudaneses (39%), grupos étnicos autóctones (58%- principalmente os bejas). Inglês e árabe são línguas oficiais, porém persistem algumas línguas regionais. O cristianismo lidera com 60,5% (católicos 49,1%, anglicanos 14,4%, protestantes 10,8%, outros 0,9% – dupla filiação 14,7%), crenças tradicionais 32,9%, islamismo 6,2%, agnosticismo e ateísmo 0,4%. Possui quase todos os seus órgãos administrativos em Juba, a capital, que é também a maior cidade, considerando a população estimada de 368.436. Apesar de ser rico em petróleo, o Sudão do Sul é um dos países mais pobres do mundo, com altas taxas de mortalidade infantil, e um sistema de saúde considerado um dos piores do mundo. Em termos de educação somente 27% da população acima dos 15 anos sabe ler e escrever, chegando a 84% o índice de analfabetismo entre as mulheres e boa parte das crianças não frequentam unidades escolares. 02. ECONOMIA No Sudão do Sul encontram-se 75% das reservas de petróleo do antigo Sudão localizadas, sobretudo, na região de Abyei, que correspondem a 98% da receita do novo país. No norte também se encontram os oleodutos responsáveis pelo transporte do petróleo até o Mar Vermelho. Tem como moeda oficial a libra sudanesa do sul. O PIB é de US$ 9,3 bilhões. 03. HISTÓRIA O Sudão torna-se independente do domínio egípcio-britânico em 1956 e ignora os apelos do sul por um regime federalista. Os rebeldes separatistas intensificam sua ação até obter autonomia, em 1972. Em 1983, o governo anula a autonomia e institui a lei islâmica (Sharia) no país. No mesmo ano, John Garang funda o Movimento de Libertação do Povo Sudanês (SPLM) e seu braço armado, o Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA), e retoma a luta separatista. Um cessar-fogo é selado em 2002, e a guerra civil termina em 2005. O tratado prevê autonomia para o sul e um referendo sobre a independência. Salva Kiir Mayardit, do SPLM, assume como presidente da região autônoma do Sudão do Sul. 04. FATOS RECENTES No referendo de janeiro de 2011, 98% dos votantes aprovam a separação. Em 9 de julho é oficializada a independência da República do Sudão do Sul. Em maio, tropas sudanesas ocupam Abyei, região rica em petróleo que é disputada por Sudão e Sudão do Sul. Em junho, os dois países concordam com a desmilitarização de Abyei. A ONU envia uma missão de paz (Unmiss) para auxiliar na manutenção da segurança. Petróleo O Sudão do Sul fica com 75% do petróleo, mas depende das refinarias e dos oleodutos do Sudão. Em janeiro de 2012, a produção é interrompida por causa de disputas sobre a taxa de transporte do óleo. Os vizinhos chegam à beira da guerra em abril, quando tropas do sul ocupam o campo petrolífero de Heglig, no norte, mas se retiram diante da pressão externa. Em setembro, um acordo estipula a retomada da produção, que ocorre em abril de 2013. Mas o maior obstáculo à normalização das relações bilaterais continua sendo o status, ainda indefinido, da região fronteiriça de Abyei. Rebeldes Após a independência surgem guerrilhas que lutam contra o domínio do SPLM – Salva Kiir acusa o Sudão de apoiar esses grupos. No estado de Jonglei, os confrontos com os rebeldes matam nove soldados da Unmiss nos primeiros meses de 2013 e desalojam 120 mil pessoas. Tentativa de Golpe Em julho, Salva Kiir dissolve o governo em meio a uma disputa de poder no SPLM envolvendo as principais etnias do sul – Salva Kirr pertence ao grupo Dinka e o vice- presidente demitido, Riek Machar, é da tribo Nuer. Em dezembro, ex-membros do governo, liderados por Machar, são acusados de tentar derrubar Salva Kiir. Machar foge e nega envolvimento no golpe frustrado. Os confrontos entre facções militares rivais deixam 500 mortos e colocam o país à beira da guerra civil. Compilação feita a prtir de: - Almanaque Abril 2014, 40ª ed. São Paulo: Ed. Abril, 2014. - Atlas National Geografic - Africa I, São Paulo: Ed. Abril, 2008. - AQUINO, JACQUES, DENIZE, OSCAR. História das Sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais, 32ª Ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1995. - http://www.wikipedia.org