Calicivirose Sistêmica Uma nova ameaça para os felinos Introdução A Fort Dodge Saúde Animal tem o prazer de apresentar um novo padrão de proteção contra a Calicivirose Felina. A linha de vacinas Fel-O-Vax®, reconhecida mundialmente pela sua eficácia e segurança, passa a ter na sua composição uma cepa adicional, capaz de conferir proteção contra o Calicivírus Felino Sistêmico Virulento (VS-FCV), uma nova variante antigênica mais virulenta que as cepas já conhecidas do Calicivirus Felino (FCV). O Calicivírus Felino (FCV) é um patógeno freqüente em gatos e pode ser detectado em mais de 50% dos animais que vivem em colônias. Existem diferentes cepas do vírus e a infecção resulta, geralmente, em alterações respiratórias comuns. Publicações recentes relatam a emergência de uma nova cepa altamente patogênica de calicivírus, conhecida como Calicivírus Felino Sistêmico Virulento (VS-FCV), representando uma nova ameaça para os pacientes felinos. A infecção por esta cepa pode levar os animais à morte em 24 a 48 horas, ou causar sinais sistêmicos severos incluindo icterícia, pancreatite, efusão abdominal, bilirrubinúria, vasculite, trombose, edema de face e membros, dentre outros, com um elevado índice de mortalidade. Nos felinos adultos a forma clínica da doença é muito mais severa do que nos filhotes, mesmo em animais previamente vacinados contra o Calicivírus Felino tradicional (FCV). O VS-FCV é altamente contagioso e pode ser transmitido por contato direto ou se disseminar rapidamente por meio de fômites, representando uma ameaça para outros gatos. Diante de todas estas evidências e da gravidade da doença, a Fort Dodge Saúde Animal cria um novo conceito de imunização para os felinos e apresenta sua nova linha de vacinas, a Fel-O-Vax® + CaliciVax®, que, além da cepa tradicional, passa a contar também com a nova cepa patogênica do calicivírus, proporcionando aos Médicos Veterinários um meio eficaz de proteção contra esta nova ameaça. Este boletim técnico proporciona uma revisão sobre o VS-FCV, incluindo um resumo de pesquisas publicadas, com resultados dos estudos de segurança e eficácia realizados. Índice Capítulo Página 1. Palavra dos especialistas 04 2. Revisão sobre a nova cepa de Calicivírus Felino Sistêmico Virulento (VS-FCV) 05 3. Resumo de artigos técnicos 07 4. Resumo dos estudos de segurança e eficácia 11 5. A nova Linha Fel-O-Vax® + CaliciVax® 13 6 - Bibliografia consultada 14 1. Palavra dos especialistas Nos últimos anos, nós médicos veterinários estamos acompanhando a migração dos felinos ao topo de sua popularidade e com ela, a preocupação em oferecer a esses animais excelência em qualidade de vida. A prevenção de doenças infecciosas tem sido um dos maiores desafios na clínica de felinos e as vacinas comerciais exercem um papel importante nesse contexto. Doenças emergentes como a Calicivirose Sistêmica, que pode induzir uma mortalidade de até 70% entre os animais doentes, é considerada uma das maiores preocupações entre comunidades de elurófilos, pesquisadores e clínicos veterinários. Embora sua ocorrência ainda seja limitada a alguns surtos localizados, a prática de medidas preventivas deve ser globalizada. Parabéns à Fort Dodge pela iniciativa e preocupação com nossos felinos. Prof. Dr. Archivaldo Reche Junior Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Universidade de São Paulo O Calicivírus Virulento Sistêmico tem causado doença grave e um grande número de óbitos em gatos adultos nos EUA e Europa. Tive a oportunidade de acompanhar o depoimento de alguns veterinários nos EUA que acompanharam casos da doença e a maior preocupação consiste na dificuldade do isolamento dos animais, pois o vírus é altamente contagioso e os animais que não são vacinados especificamente contra esta cepa virulenta são altamente susceptíveis. Hoje em dia, não podemos mais confiar em isolamento regional de doenças infecciosas, devido ao grande trânsito de animais entre os países. Por isso, fiquei muito satisfeita em saber que a Fort Dodge está trazendo para o Brasil a vacina que inclui esta cepa virulenta, pois é extremamente importante que a profilaxia comece a ser realizada antes que tenhamos casos desta doença no país. Fernanda Vieira Amorim da Costa Médica Veterinária - Medicina Felina Mestre, Doutoranda Ciências Veterinárias - UFRGS Diretora Científica ANCLIVEPA - SC Presidente da ABFEL - Academia Brasileira de Clínicos de Felinos 2. Calicivírus Felino Sistêmico Virulento (VS-FCV) O vírus Trata-se de um RNA vírus de fita simples não envelopado, o que o torna mais resistente aos meios comuns de desinfecção quando comparado aos vírus envelopados. Embora todos os calicivírus sejam pertencentes ao mesmo sorogrupo, o Calicivírus Felino apresenta uma alta variabilidade antigênica (diferem-se entre 20% a 40% na região variável do capsideo). O Calicivírus Felino Sistêmico Virulento (VS-FCV) é uma mutação altamente patogênica do Calicivírus Felino tradicional (FCV). Sinais clínicos A forma tradicional da Calicivirose nos felinos se caracteriza por alterações do sistema respiratório superior, com secreções orais e nasais, úlceras orais e estomatites. A nova cepa de calicivírus pode causar sinais clínicos diferentes tais como: Febre alta Edema facial e de membros Dermatite ulcerativa com alopecia no focinho, ponta da orelha e coxins. Alterações hepáticas, renais e pancreatite, incluindo icterícia. Alguns destes sinais podem estar associados aos sinais clínicos frequentemente observados na Calicivirose tradicional. Úlceras orais Edema de face Alopecia Fotos: cortesia da UC Davis, School of Veterinary Medicine Surtos Recentemente foram relatados surtos de VS-FCV nos Estados Unidos, ocorridos em diferentes regiões do país em um curto período de tempo. Os relatos de casos são tipicamente provenientes de locais com uma alta concentração de felinos, como gatis e abrigos. O surto foi evidenciado quando vários casos foram observados, porém, a incidência da doença ainda é desconhecida, por falta de publicações. De acordo com especialistas, apenas uma pequena parte dos casos foi publicada. Um surto semelhante também foi descrito no Reino Unido em 2002. Diagnóstico O diagnóstico do VS-FCV é baseado no histórico, sinais clínicos e isolamento do agente. Geralmente os gatos vacinados contra a cepa tradicional de calicivírus manifestam sinais clínicos após um histórico de exposição a outros gatos provenientes de abrigos, gatis e hospitais veterinários. O período de incubação normalmente é de um a cinco dias. O vírus pode ser isolado de vários tecidos afetados como a orofaringe, pele, língua, pulmões, fígado, baço, pâncreas, linfonodos e trato gastrintestinal. O diagnóstico pode ser realizado por meio de materiais provenientes da orofaringe, coletados por swabs ou biopsia, e submetidos ao PCR ou isolamento do agente. Como o Calicivírus Felino pode ser encontrado em muitos gatos saudáveis, seu isolamento não deve ser considerado como diagnóstico definitivo da nova cepa. Entretanto, se for evidenciada a presença do vírus em tecidos que não são comumente acometidos pela cepa tradicional, como exemplo o fígado, associada ao histórico de exposição de animais ao desafio, o diagnóstico clínico pode ser confirmado. Tratamento Os felinos acometidos deverão receber tratamento de suporte. Empiricamente recomenda-se o uso de vários medicamentos, porém sem evidências clínicas conclusivas de melhora. Controle e desinfecção A cepa VS-FCV é facilmente transmitida e pode persistir no ambiente por 28 dias ou mais, por este motivo, medidas sanitárias rigorosas e controle de infecção são muito importantes. Os fômites são considerados importantes na transmissão do agente, devendo ser removidos ou desinfetados. Os desinfetantes comumente utilizados são ineficazes contra o calicivírus, portanto, para uma eliminação adequada, é indicado o uso de hipoclorito de sódio a 5% em uma diluição de 1:32. Gatos suspeitos devem ser isolados e alguns procedimentos de biossegurança implementados, incluindo boa higiene, uso de luvas, gorros, jalecos e pró-pés. Gatos sem sinais ou evidências clínicas da doença podem eliminar e transmitir o VS-FCV. Qualquer felino com alterações no trato respiratório superior pode ser suspeito. Felinos que se recuperaram podem eliminar o vírus por um longo período (meses), portanto, devem ser manuseados como sendo suspeitos. 3. Resumos de trabalhos selecionados “Surto de Calicivírus Felino Sistêmico Virulento” Kate F. Hurley, DVM, MPVM, et al. Journal of American Veterinary Medical Assoc. Vol 224, nº 2, Janeiro 15, 2004 Este estudo descreve um surto de Calicivírus Felino Sistêmico Virulento ocorrido em três clínicas veterinárias e numa associação para resgate de animais na Califórnia – EUA.1 Os sinais clínicos incluíram edema e úlceras de face e membros; A transmissão ocorreu rapidamente através de fômites; Animais adultos foram mais suscetíveis à doença em sua forma mais grave do que os filhotes; A taxa de mortalidade foi em torno de 40%; Muitos gatos acometidos haviam sido vacinados contra o calicivírus tradicional. “Surtos com esta nova cepa altamente patogênica de calicivírus estão se tornando cada vez mais freqüentes. A vacina empregada na rotina não protegeu os animais contra esta cepa.” “Episódio epizoótico isolado, semelhante à febre hemorrágica em gatos, causado por uma cepa singular e altamente virulenta de Calicivírus Felino” N.C. Pedersen, et al Veterinary Microbiology, 73, 281-300 (2000) Este estudo descreve um surto de uma infecção causada por um Calicivírus Felino altamente transmissível e fatal acometendo gatos de clientes e funcionários de uma clínica veterinária.2 Todos os gatos afetados haviam sido previamente vacinados com uma vacina contra calicivírus tradicional; A taxa de mortalidade manteve-se em torno de 33% a 50%; A transmissão ocorreu rapidamente via fômites. “Infelizmente, cepas altamente virulentas contra as quais as vacinas empregadas na rotina não são efetivas, como a VS-FCV, podem surgir novamente no futuro e isso requer atenção constante”. 8 “Achados patológicos, imunohistoquímicos e de microscopia eletrônica em infecções ocorridas naturalmente em gatos por Calicivírus Felino Sistêmico Virulento” P.A. Pesavento, et al Veterinary Pathology, 41,257-263 (2004) Este estudo descreve as lesões macroscópicas e histológicas, a distribuição do antígeno e as características ultra estruturais do VS-FCV em sete gatos de dois surtos.3 Todos os gatos afetados apresentaram edema subcutâneo e ulcerações na cavidade oral, com ulceração variável da pina, coxins, narinas e pele; Outras lesões que afetaram alguns gatos incluíram pneumonia bronco intersticial e necrose pancreática, hepática e esplênica. “A infecção por VS-FCV causa citólise de células epiteliais e comprometimento vascular sistêmico em gatos susceptíveis, levando à ulcerações cutâneas, edema severo e alta mortalidade”. 9 “Uma epizootia causada por Calicivírus Felino altamente virulento em um hospital de New England - EUA“ E. M. Schorr-Evans, et al Journal of Feline Medicine and Surgery, 5, 217-226 (2003) Este estudo descreve um surto de infecção, por um Calicivírus Felino altamente virulento, em um hospital veterinário particular. O vírus disseminou-se facilmente a partir de gatos que viviam em abrigo e espalhou-se rapidamente para outros pacientes.4 Os gatos afetados apresentaram febre alta, anorexia, dispnéia, ulceração da cavidade oral, edema de face e membros, icterícia e pancreatite; A infecção espalhou-se rapidamente entre os pacientes; Foi relatado um caso de transmissão via fômite de um funcionário para um gato domiciliado; Os gatos acometidos haviam recebido múltiplas doses de vacinas contra o calicivírus tradicional; No geral, a taxa de mortalidade foi em torno de 32%. “Os veterinários precisam estar cientes de que infecções causadas pelo calicivírus têm o potencial de causar uma doença severa...”. 10 4. Resumo dos estudos de segurança e eficácia 4.1 Estudo de segurança Um estudo de segurança foi conduzido em seis clínicas particulares em cinco diferentes estados. Foram incluídos 720 animais, sendo que destes, 298 tinham idade entre 8 e 10 semanas. Os gatos foram vacinados com duas doses da vacina Fel-O-Vax® Lv-K IV + CaliciVax®, com intervalo de 3 semanas entre elas, totalizando 1.416 doses aplicadas. Os felinos foram avaliados por um médico veterinário e, a cada dose aplicada, os proprietários foram instruídos a observar seus animais para relatar possíveis efeitos adversos; anteriormente à aplicação da segunda dose, os proprietários também eram ouvidos. Resultados Nenhum tipo de reação adversa foi observada em 97% (1.376 aplicações) dos animais vacinados. Em apenas 3% (40 aplicações) foi evidenciado um ou mais efeitos adversos leves. Os efeitos adversos observados foram, em ordem decrescente de freqüência, letargia, dor no local da aplicação, anorexia, febre e vocalização, sendo estes transitórios e sem a necessidade de intervenção clínica. Este estudo demonstrou que, de acordo com o relato dos veterinários envolvidos, o uso da vacina Fel-O-Vax® Lv-K IV + CaliciVax® é seguro na rotina clínica. 4.2 Estudos de eficácia e proteção A eficácia da cepa VS-FCV na vacina CaliciVax® foi estabelecida por um estudo de vacinação e desafio. Adicionalmente, a não interferência com outros antígenos presentes nas vacinas foi confirmada com sorologia e estudos de desafio. Portanto, ficou evidenciada através deste que a adição da nova cepa de calicivírus não tem impacto na efetividade dos demais antígenos vacinais. Para demonstrar a eficácia da cepa VS-FCV do calicivírus, 20 gatos susceptíveis com idades entre 8 e 10 semanas foram vacinados com duas doses de Fel-O-Vax® LvK IV + CaliciVax®, com três semanas de intervalo entre as doses. Outros dez gatos foram vacinados com Fel-O-Vax® LvK IV sem a cepa VS-FCV, servindo como grupo controle. Duas semanas após a aplicação da segunda dose todos os gatos foram desafiados com a cepa VS-FCV, homóloga para o vírus vacinal. Um caso de VS-FCV só seria definido se fosse observado febre alta, sinais sistêmicos da doença ou morte. Durante o desafio, todos os animais foram observados quanto aos sinais clínicos. Os observadores desconheciam a divisão dos grupos. 11 Resultados do estudo de eficácia Todos os gatos do grupo controle mostraram sinais clínicos consistentes do VS-FCV, incluindo febre, letargia, edema, lesões de pele e úlceras na cavidade oral; um animal evoluiu para o óbito. Estes achados confirmam o fato de que os felinos, mesmo quando recentemente imunizados com vacinas contendo somente FCV tradicional, podem ser acometidos pela nova cepa VS-FCV. Nenhum dos gatos vacinados apresentou sinais consistentes relativos ao VS-FCV. Cinco dos vacinados apresentaram sinais clínicos discretos, não específicos e transitórios por um dia. Todos os cinco animais foram privados da ingestão de água por um dia. Neste mesmo dia foi observado em um dos animais um discreto edema de focinho. Todas estas alterações foram revertidas sem tratamento. Este estudo mostrou uma eficácia preventiva da doença de 100% (95% de intervalo de confiança = 83% a 100%). Para avaliar a eliminação viral, diariamente foram coletados swabs nasais de todos os gatos por um período de 14 dias. Todos os animais do grupo controle eliminaram vírus em média por oito dias. Todos os sobreviventes do grupo controle não eliminaram mais o vírus após 14 dias da infecção. Somente 45% (9/20) dos vacinados eliminaram vírus. Destes gatos, sete eliminaram vírus por somente um dia, um por três dias e outro vacinado por sete dias. O número médio de tempo de eliminação viral nos animais vacinados foi de dois dias. Sendo assim, a vacinação dos animais reduz o processo de eliminação viral. Resultados do estudo de desafio com o VS-FCV Estudo confirmou que a vacinação protege contra a doença e diminui o período de eliminação viral. Gatos com VS-FCV 100% 80% 60% Porcentagem de animais que desenvolveram Calicivirose Sistêmica após desafio 40% 20% Vacinados Controle 0% Nenhum dos animais vacinados desenvolveu VS-FCV, ao contrário do grupo controle, onde todos desenvolveram a doença. 12 Eliminação viral do VS-FCV Média dos dias de eliminação 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Vacinados Controle Menos de um quarto dos animais vacinados eliminaram o vírus, sendo que a média de eliminação foi de 2 dias. Fonte: dados em arquivo Fort Dodge Saúde Animal 5. A nova Linha Fel-O-Vax®+ CaliciVax® A Fort Dodge atualizou a Linha Fel-O-Vax® adicionando às vacinas mais uma cepa de calicivírus. A nova Linha Fel-O-Vax®+CaliciVax® é produzida com a cepa emergente VS-FCV, além do tradicional FCV, proporcionando proteção mais ampla contra a Calicivirose. Fel-O-Vax® PCT Fel-O-Vax®PCT+CaliciVax® Fel-O-Vax® IV Fel-O-Vax®IV+CaliciVax® Fel-O-Vax® Lv-K IV Fel-O-Vax®Lv-K IV+CaliciVax® A Linha Fel-O-Vax®+ CaliciVax® é resultado do nosso compromisso em investir continuamente em Pesquisa e Desenvolvimento para oferecer a você, Médico Veterinário, soluções inovadoras e atuais em Saúde Animal. 13 6. Bibliografia consultada 1 - Hurley KF, Pesavento PA, Pedersen NC, Poland AM, Wilson BSE, Foley JE. An outbreak of virulent systemic feline calicivirus disease. Journal of American Veterinary Medical Assoc 2004; v. 224: nº2, 241-249. 2 - Pedersen NC, Elliott JB, Glasgow A, Poland A, Keel K. An isolated epizootic of hemorrhagic-like fever in cats caused by a novel and highly virulent strain of feline calicivirus. Veterinary Microbiology 2000; 73: 281300. 3 - Pesavento PA, MacLachlan NJ, Dillard-Telm L, Grant CK, Hurley KF. Pathologic, Immunohistochemical, and Electron Microscopic Findings in Naturally Occurring Virulent Systemic Feline Calicivirus Infection in Cats. Veterinary Pathology 2004; 41: 257-263. 4 - Schorr-Evans EM, Poland A, Johnson WE, Pedersen NC. An epizootic of highly virulent feline calicivirus disease in a hospital setting in New England. Journal of Feline Medicine and Surgery 2003; 5: 217-226. Leitura sugerida Poulet H, Brunet S, Leroy V, Chappuis G. Immunisation with a combination of two complementary feline calicivirus strains induces a broad cross-protection against heterologous challenges. Veterinary Microbiology 2005; 106: 17-31. Coyne KP, Reed FC, Porter CJ, Dawson S, Gaskell RM, Radford AD. Recombination of Feline calicivirus within an endemically infected cat colony. Journal of General Virology 2006; 87: 921-926. Abd-Eldaim M, Potgieter L, Kennedy M. Genetic analysis of feline caliciviruses associated with a hemorrhagiclike disease. J Vet Diagn Invest 2005; 17: 420-429. Radford AD, Dawson S, Coyne KP, Porter CJ, Gaskell RM. The challenge for the next generation of feline calicivirus vaccines. Veterinary Microbiology 2006. Foley J, Hurley KF, Pesavento PA, Poland A, Pedersen NC. Virulent systemic feline calicivirus infection: local cytokine modulation and contribution of viral mutants. Journal of Feline Medicine and Surgery 2006; 8: 55-61. 14 Pentágono - 14948