DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE BACTÉRIAS MARINHAS

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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE BACTÉRIAS MARINHAS CULTIVÁVEIS EM
AMBIENTE PELÁGICO COSTEIRO E OCEÂNICO SUBTROPICAL DO
ATLÂNTICO SUL.
Dias, H. 1; Silvestrim, M. B.1; Lima, A. O. S.1; da Silva, M. A. C.1*
1
Centro Tecnológico da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Santa Catarina, Brasil.
*e-mail: [email protected]
Na porção Sul do oceano Atlântico há regiões em que o conhecimento sobre bactérias é
restrito, havendo escassas informações sobre a diversidade de bactérias cultiváveis e não
cultiváveis. Em outras regiões marinhas diferentes gêneros foram identificados, porém não se
constatou um padrão para sua distribuição. Sendo assim a pesquisa da diversidade de
bactérias no Atlântico Sul visa complementar dados sobre a distribuição de bactérias no
ambiente marinho. Nessa pesquisa foram estudadas sessenta bactérias marinhas cultiváveis
oriundas de um transecto realizado entre as coordenadas geográficas 29°59.63’S 34°42.16’W
e 30°00.60’S 49°48.62’W. Essas bactérias foram caracterizadas fenotipicamente (morfologia
da colônia e da célula, coloração de Gram, produção de catalase e citocromo oxidase,
metabolismo oxidativo e fermentativo) e agrupadas com linhagens semelhantes, das quais
apenas um organismo, posteriormente, foi identificado pelo sequenciamento parcial do gene
16S rDNA. A partir dos dados fenotípicos foram estabelecidas trinta e cinco unidades
taxonômicas distintas. Um representante de cada um destes grupos foi identificado por
métodos moleculares, revelando a presença de Gamaproteobacteria, Alphaproteobacteria,
Actinobacteria e Bacilli no ambiente pelágico subtropical, sendo os gêneros Halomonas,
Mesorhizobium, Brevibacterium
e Bacillus os mais frequentes para cada classe,
respectivamente. Seis linhagens podem pertencer a novas espécies bacterianas, considerando
uma similaridade de 98% nas sequências de genes 16S. A classe mais abundante foi Bacilli e
esta foi a única identificada na zona batipelágica. Os filos Proteobacteria e Actinobacteria
apresentaram aumento de frequência com o aumento da profundidade até a zona
mesopelágica. As classes Actinoproteobacteria e as pertencentes ao filo Proteobacteria
tiveram aumento da frequência relativa com o aumento da profundidade. Os resultados
indicam que há variação na distribuição de procariotos no ambiente pelágico subtropical.
Palavras-chaves: Atlântico Sul, bactérias marinhas cultiváveis, distribuição.
Área de conhecimento: Microbiologia Ambiental e Agrícola
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