defi departamento de física Laboratórios de Física www.defi.isep.ipp.pt Lei de Kirchhoff Instituto Superior de Engenharia do Porto- Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431 4200-072 Porto. T 228 340 500. F 228 321 159 Laboratórios de Física DEFI-NRM-6028 Versão: 01 Data: 2007 / 11 / 21 Lei de Kirchhoff DEFI-NRM-6028 Lei de Kirchhoff Objectivos: - Comprovar experimentalmente, a validade da Lei de Kirchhoff das tensões (KVL); - Montar um circuito e medir as quedas de tensão e as correntes significativas no mesmo, para verificar a KVL. Introdução teórica Lei de Kirchhoff Definição – – – – As Leis de Kirchhoff são assim denominadas em homenagem ao físico alemão Gustav Robert Kirchhoff, que as formulou em 1845. Estas leis são baseadas no Princípio da Conservação da Energia, no Princípio de Conservação da Carga Eléctrica e no facto de que o potencial eléctrico tem o valor original após qualquer percurso numa trajectória fechada (sistema não-dissipativo). As Leis de Kirchhoff são empregues na análise de circuitos eléctricos mais complexos, como por exemplo, aqueles com mais de uma fonte de tensão em série ou em paralelo. A aplicação conjunta das Leis de Kirchhoff e de Ohm permite obter um conjunto de equações cuja resolução conduz aos valores das intensidades de corrente e das tensões aos terminais dos componentes. Termos importantes: Um nó (ou ponto de junção de vários ramos) num circuito é um ponto onde três (ou mais) condutores são ligados (os pontos b e e são nós, mas a, c, d e f não). Um ramo é um troço de um circuito entre dois nós. Uma malha é qualquer caminho condutor fechado (as malhas possíveis são as trajectórias fechadas definidas pelos pontos abef, acdf e bcde). Figura 1 – Circuito com várias malhas e nós Quando se “atravessa” uma resistência no mesmo sentido da corrente convencional, a queda de potencial é negativa. Quando se “atravessa” uma resistência no sentido contrário ao da corrente convencional, a queda de potencial é positiva. Departamento de Física Página 2/8 Laboratórios de Física Lei de Kirchhoff DEFI-NRM-6028 Versão: 01 Data: 2007 / 11 / 21 Quando se “atravessa” uma f.e.m. do pólo negativo para o positivo, a queda de tensão é positiva. Quando se “atravessa” uma f.e.m. do pólo positivo para o negativo, a queda de tensão é negativa. Lei de Kirchhoff das malhas – – – – A Lei das Malhas também é conhecida como a 2ª Lei de Kirchhoff ou como a Lei das Tensões (KVL). Esta lei é uma generalização do princípio da conservação da energia num circuito fechado. Existindo M malhas num circuito, a Lei das Malhas permite escrever (M – 1) equações linearmente independentes Se num circuito série não existe nenhum nó, apenas há uma única malha e a intensidade de corrente eléctrica tem o mesmo valor em todos os pontos / elementos do circuito, então, ao longo da malha, a soma algébrica das forças electromotrizes (f.e.m.) é igual à soma algébrica das tensões nas resistências. ∑ E = ∑ Vn = ∑ Rn I n Figura 2 – Circuito sem nós – Generalizando, ao longo de qualquer malha de um circuito eléctrico a soma algébrica das tensões em todos os elementos é nula (a soma de todas as tensões geradas subtraídas da soma de todas as tensões consumidas numa malha), isto é, o somatório das quedas de potencial deve ser nulo. ∑ Vn = 0 Figura 3 – Tensão num circuito sem nós – Exemplo: 1 R1 2 I1 I2 ε2 R4 R2 ε1 I4 I3 4 ε3 R3 3 Figura 4 – Exemplo da 2ª Lei de Kirchhoff Departamento de Física Página 3/8 Laboratórios de Física DEFI-NRM-6028 Versão: 01 Data: 2007 / 11 / 21 Lei de Kirchhoff Lei de Kirchhoff dos nós – – – – A Lei dos Nós também é conhecida como a 1ª Lei de Kirchhoff ou a Lei das Correntes (KCL). Esta lei é uma consequência da conservação da carga eléctrica total existente num circuito (estabelece que num ponto qualquer a quantidade de carga eléctrica que chega deve que ser exactamente igual à que sai), isto é então, uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós. Apenas com o conhecimento dos elementos que constituem o circuito e as respectivas equações características, não é possível determinar a totalidade das tensões e das correntes eléctricas presentes, é então necessário o conhecimento de uma outra importante lei, a Lei dos Nós Num circuito eléctrico com várias resistências em paralelo, em qualquer nó, a soma das intensidades de corrente que chegam é igual à soma das que saem do nó. ∑ I que _ chegam = ∑ I que _ partem Figura 5 – Circuito com nós – Generalizando, num circuito eléctrico a soma algébrica das correntes eléctricas que se dirigem para qualquer nó é nula ou seja, a soma das correntes que entram é igual à soma das que saem, logo, um nó não acumula carga eléctrica. ∑n I n = 0 Figura 6 – Tensão num circuito com nós – Exemplo: I2 R1 R3 I3 ε1 ∑I i = I1 + I 2 − I 3 − I 4 − I 5 = 0 i R4 ε2 I1 R2 I4 I R5 I5 ∑I i =0 i Figura 7 – Exemplo da 1ª Lei de Kirchhoff Departamento de Física Página 4/8 Laboratórios de Física DEFI-NRM-6028 Versão: 01 Data: 2007 / 11 / 21 Lei de Kirchhoff Procedimentos 1. Monte o seguinte circuito. Figura 8 – Circuito com três resistências 2. Com o terminal (+) do amperímetro ligado ao ponto A meça e anote na tabela, os valores de I1, I2 e I3 (Obs.: Registe-os com o respectivo sinal). I1 (mA) I2 (mA) I3 (mA) Tabela 1 – Corrente com (+) do amperímetro ligado ao ponto A (+5V) 3. Com o terminal (-) do amperímetro ligado ao ponto B meça e anote na tabela, os valores de I1, I2 e I3 (Obs.: Registe-os com o respectivo sinal). I1 (mA) I2 (mA) I3 (mA) Tabela 2 – Corrente com (-) do amperímetro ligado ao ponto B (+5V) 4. Com a fonte de tensão ajustada para +15V, repita os passos anteriores. I1 (mA) I2 (mA) I3 (mA) Tabela 3 – Corrente com (+) do amperímetro ligado ao ponto A (+15V) Departamento de Física Página 5/8 Laboratórios de Física DEFI-NRM-6028 Versão: 01 Data: 2007 / 11 / 21 Lei de Kirchhoff I1 (mA) I2 (mA) I3 (mA) Tabela 4 – Corrente com (-) do amperímetro ligado ao ponto B (+15V) Comentários finais: 5. Monte o seguinte circuito. R1 = 1 kΩ Ω R2 = 4,7 kΩ Ω R3 = 1,2 kΩ Ω R4 = 5,6 kΩ Ω R5 = 10 kΩ Ω VA = 6VDC Figura 9 – Circuito com cinco resistências 6. Meça (com um amperímetro) e anote na tabela, os valores de IR1, IR2, IR3, IR4 e IR5. IR1 (mA) IR2 (mA) IR3 (mA) IR4 (mA) IR5 (mA) Tabela 5 – Correntes eléctricas no circuito com cinco resistências 7. Meça (com um voltímetro) e anote na tabela, os valores de VR1, VR2, VR3, VR4 e VR5. Departamento de Física Página 6/8 Laboratórios de Física DEFI-NRM-6028 Versão: 01 Data: 2007 / 11 / 21 Lei de Kirchhoff VR1 (V) VR2 (V) VR3 (V) VR4 (V) VR5 (V) Tabela 6 – Tensões no circuito com cinco resistências Comentários finais: 8. Para o circuito seguinte, determine as intensidades de corrente nos diversos componentes, bem como, VCD, VAC e VAB. Figura 10 – Circuito com seis resistências Resposta: Departamento de Física Página 7/8 Laboratórios de Física DEFI-NRM-6028 Versão: 01 Data: 2007 / 11 / 21 Lei de Kirchhoff 9. Monte o circuito anterior (Obs.: Desenhe as ligações do circuito indicando onde insere os instrumentos para efectuar a medição de IR1, IR2, IR3, IR4, IR5, IR6, VBC, VAB, VAD, VCD e VR1). 10. Meça (com um amperímetro) e anote na tabela, os valores de IR1, IR2, IR3, IR4, IR5 e IR6. IR1 (mA) IR2 (mA) IR3 (mA) IR4 (mA) IR5 (mA) IR6 (mA) Tabela 7 – Correntes eléctricas no circuito com seis resistências 11. Meça (com um voltímetro) e anote na tabela, os valores de VBC, VAB, VAD, VCD e VR1. VBC (V) VAB (V) VAD (V) VCD (V) VR1 (V) Tabela 8 – Tensões no circuito com seis resistências Comentários finais: Departamento de Física Página 8/8