FESTIVAL VIVADANÇA TRAZ PARA SALVADOR O PREMIADO ESPETÁCULO NATURALMENTE, DO COREÓGRAFO PERNAMBUCANO ANTONIO NÓBREGA Escolhida como a melhor da década de 2000 pela Revista Bravo!, coreografia pretende expor ao público a articulação do amplo e versátil vocabulário de passos em torno de uma linguagem brasileira contemporânea de dança Dividir com o público suas reflexões sobre a dança e o modo como um músico de pouco mais de 18 anos, em Recife, encontrou-se com ela. É essa a proposta do renomado coreógrafo Antonio Nóbrega, que apresenta no dia primeiro de abril, às 20h, no palco principal do Teatro Castro Alves, seu espetáculo Naturalmente - Teoria e Jogo de uma Dança Brasileira, abrindo para o grande público a programação do VIVADANÇA Festival internacional Ano 5. O espetáculo, que fala das raízes da dança e da música brasileira e foi eleito o melhor da década de 2000 pela Revista Bravo!, será apresentado pela primeira vez em Salvador. No palco, Nóbrega, além de dançar, toca, e é acompanhado por duas jovens bailarinas (Maria Eugênia Almeida e Marina Abib, que dividem com ele as atuações e as criações coreográficas) e por oito músicos, que se revezam entre variados instrumentos de corda, sopro, teclado e percussão. Desse modo, é criada uma trilha sonora rica em composição de timbres sonoros e heterogeneidade rítmica. O artista pernambucano, que tem a multidisciplinaridade como uma de suas mais marcantes características, explica a proposta do projeto: “Resolvi criar um espetáculo em que pudesse tanto dançar quanto expor o meu pensamento sobre a dança que pratico”. As coreografias, apresentadas em solos, duetos e trios, são entremeadas por falas do artista sobre algumas questões, como a origem das danças populares brasileiras, além de sua recriação e articulação numa linguagem brasileira de dança. Para acompanhar e complementar as ideias de Nóbrega, são exibidas imagens em um telão. Através dele, o público acompanha passos, gingados, saltos e giros da rica cultura corporal popular brasileira. A proposta central é expor ao público como Antonio Nóbrega tem procurado articular o amplo e versátil vocabulário de passos em torno de uma linguagem brasileira contemporânea de dança, tanto quanto estabelecer novos diálogos criativos com outras culturas corporais. Em Naturalmente, Nóbrega consegue excepcionalmente unir arte e conceito em torno de um tema tão particular quanto universal. Em 2009, o espetáculo ganhou o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e foi eleito pelo Guia da Folha (FSP) como o melhor espetáculo de dança do país. Nas palavras da crítica Helena Katz, do jornal O Estado de São Paulo, Antonio Nóbrega dança, em Naturalmente, “com o requinte dos sábios”. Complementando sua participação no VIVADANÇA Festival internacional Ano 5, Nóbrega estará presente na mesa Encontro com os Mestres, ao lado de dois outros grandes nomes da arte: o japonês Tadashi Endo e o argentino Luis Arrieta. No encontro, que acontece no palco principal do Teatro Vila Velha, às 11h do dia 3 de abril, os três irão falar sobre suas experiências como coreógrafos, criadores e dançarinos. Sobre Antonio Nóbrega Antonio Nóbrega nasceu em Recife (PE), em 1952. É violinista desde criança. No final dos anos 60, participava da Orquestra de Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife quando, convidado por Ariano Suassuna, passou a integrar, como instrumentista e compositor, o Quinteto Armorial – o mais importante grupo a criar uma música de câmara erudita brasileira de raízes populares. A partir de 1976 começou a desenvolver um estilo próprio de concepção em artes cênicas, dança e música, apresentando a partir de então os espetáculos “A Bandeira do Divino”, “A Arte da Cantoria”, “Maracatu Misterioso”, “Mateus Presepeiro”, “O Reino do Meio Dia”, “Figural”, “Brincante”, “Segundas Histórias” e “Na Pancada do Ganzá” com grande sucesso no Brasil e no exterior. Com eles ganhou prêmios como Shell, APCA e Mambembe. Em 1997, lançou o espetáculo, acompanhado do CD homônimo, “Madeira Que Cupim Não Rói”. Em 98 estreou o espetáculo “Pernambuco falando para o Mundo”, novamente acompanhado de CD. No ano de 1999, participou do Festival D’Avignon (França) com o espetáculo “Pernambouc”, preparado especialmente para o público francês. Já em 2000 estreou, em Lisboa, “O Marco do Meio Dia”, espetáculo em que celebrou os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil. Em seguida, o espetáculo saiu em turnê e foi apresentado em Paris, Hannover e em mais de vinte cidades brasileiras. O ano de 2002 foi marcado pela estréia do espetáculo “Lunário Perpétuo” e pelo lançamento do CD homônimo. Em 2003, Nóbrega lançou o DVD do espetáculo, filmado em película cinematográfica e com a direção do fotógrafo e cineasta Walter Carvalho. Neste mesmo ano, apresentou em Berlim “Figural” e “Sol a Pino” e recebeu das mãos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministro da Cultura Gilberto Gil a Comenda do Mérito Cultural. Entre 2003 e 2005 viajou com “Lunário Perpétuo” por várias das capitais e grandes cidades brasileiras. Neste triênio, apresentou ainda o espetáculo em Portugal, Cuba, Rússia e França. No ano de 2006, Nóbrega lançou dois CDs e o espetáculo “9 de Frevereiro”, vencedor do Prêmio TIM. Em 2007, criou o espetáculo de dança “Passo”, lançado em março de 2008; se apresentou em São Paulo e saiu em turnê musical pela Espanha, apresentando-se em Madri, Barcelona e Saragoça. Em agosto de 2008 lançou o DVD “9 de Frevereiro”, dirigido por Walter Carvalho, e, em abril de 2009, apresentou espetáculo de música e dança na abertura oficial da Feira Internacional do Livro, em Santo Domingo, na República Dominicana. Juntamente com Rosane Almeida idealizou e dirige o Instituto Brincante desde 1992, em São Paulo. Sobre o VIVADANÇA Festival Internacional Ano 5 Durante todo o mês de abril, a cidade de Salvador celebra a dança com o VIVADANÇA Festival Internacional Ano 5, evento já marcado no calendário cultural como um dos mais importantes dedicados à linguagem no país. Em 2011, o VIVADANÇA traz uma programação que inclui espetáculos, oficinas, exibição de filmes, encontros, mesas redondas, mostras, exposições, shows e o lançamento de um livro. A proposta do Festival é festejar a dança e trazer cada vez mais diversidade – na variedade de estilos, artistas e origens contemplados – ao público soteropolitano. Os eventos terão início no dia 1º do mês e se estendem até o dia 30, com destaque para o Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril. O VIVADANÇA Festival Internacional Ano 5 tem como objetivo mostrar que a dança é diversa, valorizando e estimulando a sua apreciação e promovendo o acesso das pessoas que vão pouco ao teatro para ver esse tipo de espetáculo. “A Bahia é um estado dançante. Temos uma história muito forte, tanto na música quanto na dança. É a nossa língua. E o VIVADANÇA é um evento para observar, apreciar, curtir ver dança. E é importante para o baiano não apenas ser dançarino, mas apreciador”, explica Cristina Castro, diretora artística e curadora do Festival. O evento busca ainda abrir fronteiras da Bahia para o mundo, e vice-versa, e a cada ano recebe um interesse maior dos grupos e bailarinos do Brasil, da Europa, Ásia e agora América Latina. Uma realização da Baobá Produções Artísticas e do Teatro Vila Velha, o VIVADANÇA Festival Internacional Ano 5 tem a parceria do Fundo Nacional da Cultura1 e foi contemplado pelos editais da Oi2, da Caixa3 e do Fundo Iberescena – programa de promoção, intercâmbio e integração de atividades das artes cênicas latino-americanas. FICHA TÉCNICA Direção e concepção: Antonio Nóbrega Coreografias: Antonio Nóbrega, Maria Eugênia Almeida, Marina Abib Figurinos: Eveline Borges e Romero de Andrade Lima Criação de luz: Marisa Bentivegna Atuação: Antonio Nóbrega, Maria Eugênia Almeida e Marina Abib Direção musical: Edmilson Capelupi Músicos: Cleber Almeida (bateria), Daniel Allain (sopros), Edmilson Capelupi (cordas), Edson Alves (cordas), Will (trombone), Léo Rodrigues (percussão), Olívio Filho (acordeão), Zé Pitoco (sopros e zabumba) Assistente de Figurino: Rita Mistroni Costureira: Nilda Dantas 1 Através do Ministério da Cultura. 2 Através da Lei Fazcultura/Governo do Estado da Bahia, com apoio da Oi Futuro. 3 Através do Governo Federal. Direção de produção: Silas Redondo Produção executiva: Joana Marchetti SERVIÇO O quê: Naturalmente - Teoria e Jogo de uma Dança Brasileira Onde: Teatro Castro Alves Quando: 1 de abril, 20h Preço: Gratuito O quê: Mesa Mestres da Dança – Luis Arrieta, Tadashi Endo e Antonio Nóbrega Quando: 3 de abril, das 11h Onde: Teatro Vila Velha Preço: Gratuito Alana Camara | [email protected] | (71) 8645-4990 Camila Kowalski | [email protected] | (71) 9948-2222 Nina Santos | [email protected] | (71) 8806-8433