Hospital Roberto Santos inicia projeto piloto para controle de

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Governo do Estado da Bahia -
Hospital Roberto Santos inicia projeto piloto para controle de bactérias
multirresistentes
Saúde
Postado em: 01/06/2016 11:10
Segundo a literatura médica, este tipo de ação é relacionado à queda da taxa de mortalidade, à
redução do tempo de internamento no hospital e à economia de gastos, pois, ao eliminar bactérias
resistentes a antibióticos de último recurso, a unidade diminui consideravelmente a prescrição desta
classe de medicamentos.
Com o objetivo de qualificar a assistência oferecida aos pacientes, o Hospital Geral Roberto Santos
(HGRS) iniciou um projeto piloto para controle da disseminação das bactérias multidrogarresistentes
(MDR), a partir da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Emergência. Segundo a literatura médica,
este tipo de ação é relacionado à queda da taxa de mortalidade, à redução do tempo de
internamento no hospital e à economia de gastos, pois, ao eliminar bactérias resistentes a
antibióticos de último recurso, a unidade diminui consideravelmente a prescrição desta classe de
medicamentos.
Em médio prazo, o projeto pode abranger todas as UTIs do hospital e, consequentemente, atingir
unidades de outras instituições, conforme explica uma das responsáveis pelo trabalho, a
infectologista Verônica França. “As bactérias multirresistentes são sinal de alerta em todo mundo.
Hospitais da rede pública e privada precisam enfrentar esta questão cotidianamente. Muitas vezes,
recebemos pacientes transferidos de outros locais com bactéria de elevada resistência aos
antibióticos. Então, se entendemos que o paciente é carreador desse tipo de bactéria no momento
da internação, evitamos a disseminação e ainda notificamos o setor de origem”, explica.
De acordo com a médica, a presença do infectologista na UTI, além de promover o controle da
disseminação das bactérias MDR, pode contribuir para a escolha do melhor tratamento para
infecções causadas por bactérias (antibioticoterapias), diagnósticos mais precisos e invasões
orientadas. “O perfil de sensibilidade das bactérias é alarmante e a vigilância ativa facilita o controle.
Conseguimos dar o primeiro passo graças à reestruturação da equipe médica e à adesão da
Enfermagem e da Coordenação de Higienização. Hoje, pouco tempo após o início do projeto, já
conseguimos observar um cenário mais positivo na UTI da Emergência, tanto do ponto de vista
estrutural quanto na evolução clínica dos pacientes”, afirma Verônica.
A vigilância das bactérias multidrogarresistentes é, inclusive, a única forma efetiva de controlar um
surto, como lembra o coordenador da Comissão de Infecção Hospitalar da unidade, Thiago
Cavalcanti. “A identificação de cepas resistentes colonizando evita a disseminação e a infecção. No
futuro, pretendemos criar um modelo de notificação de bactéria logo na admissão do paciente que
chega à Emergência”, conta o infectologista.
Faz parte do fluxo de controle a coleta de material nasal, retal e de feridas; o protocolo de limpeza e
aumento do número de profissionais; a discussão da antibioticoterapia com infectologista; a troca de
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dispositivos invasivos no paciente; o bloqueio de leitos para isolar os casos já detectados e o
isolamento até emissão de resultados do laboratório.
Fonte: Ascom/ HGRS
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