O Inicio do pensamento filosófico na Grécia antiga

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PLANO DE AULA
ÁREA: História da Filosofia antiga
TEMA: O início do pensamento filosófico na Grécia Antiga
HISTÓRIA DA FILOSOFIA: Antiga
INTERDISCIPLINARIDADE: História
TRANSVERSALIDADE: Ética
DURAÇÃO: 02 aulas de 50 minutos.
AUTORIA: Angélica Silva Costa.
OBJETIVO:
Apresentar os principais conceitos sobre a filosofia antiga dando um maior foco ao
pensamento filosófico socrático. Além disso, refletir sobre os conceitos comparando-os com a
atualidade.
CONTEÚDO:
Abordar sobre o filósofo Sócrates e seu pensamento. Dar ênfase à importância da
transição do pensamento cosmológico ao pensamento filosófico, tendo como ponto principal a
questão antropológica.
Resumo:
•
Período da Filosofia Antiga : Socrático ou Antropológico
Antropologia: É a busca pela compreensão do homem no seu contexto histórico social,
econômico, político e cultural.
Sofistas: Homens dotados do poder de convencimento (persuasão: oratória e retórica).
Vendiam seus supostos conhecimentos de cidades em cidades. Afirmavam ser os possuidores
de todo o conhecimento.
Enquanto que os primeiros filósofos gregos preocupavam-se com as questões do
universo, a unidade e a diferença, o maior interesse dos sofistas concentrava-se sobre o
próprio homem e seu comportamento. Porém de modo que se preocupavam no mecanismo
que permitia ao homem fazer coisas para si.
A atividade dos sofistas chama-se sofística, que é caracterizada pro : saber acrítico,
comércio da filosofia, uso da erística ( debate sem sentido, apenas por prazer e não pela busca
pelo conhecimento verdadeiro), valorização da retórica e ênfase à vantagem pessoal.
Principais sofistas: Górgias, Hípias, Protágoras e Trasímaco.
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•
Sócrates
Sócrates de Atenas (470 a.C. - 399 a.C)
Sócrates de Atenas (470 a.C. - 399 a.C)
Biografia:
™ De origem pobre e humilde
™ Filho de um escultor – Sofronisco e de uma parteira – Fenareta
Importância do Pensamento Socrático:
™ Mudança de foco no questionamento filosófico (* universoÆ homem e o seu
comportamento)
™ O homem e seu comportamento tornam-se objeto principal de sua investigação
(antropologia).
9 Pai da FilosofiaÆ Preocupação ética e moral.
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*Obs: Para Sócrates, a Filosofia não é uma profissão e sim “um modo de vida”. Foi
condenado à morte (tomou um veneno chamado cicuta) por acusação de corromper a
juventude, violar as leis da cidade e introduzir novas divindades em Atenas.
•
Método Socrático
*Constitui-se em contribuir para tirar o indivíduo da sua ignorância. Constitui-se de duas
fases.
1-Exortação ou protréptico: Sócrates convida o interlocutor a filosofar, a buscar a
verdade.
2- Indagação – elénkos: Sócrates faz perguntas, comentando as respostas e voltando a
perguntar, caminha com o interlocutor par encontrar a definição da coisa procurada.Tais
perguntas dividem-se em duas partes:
a) IRONIA (Eironéia ou Refutação) = Demonstrar ao indivíduo através de
perguntas a sua ignorância.
*Mostrar que o interlocutor é cheio de preconceitos, opiniões subjetivas, imagens
sensoriais acatadas, enganos, etc.
b) MAIÊUTICA (Parturição: Em grego: “arte de dar a luz”, PARTO DE
“IDÉIAS”)= Provar ao homem pelo método dialógico que ele é capaz de chegar à
definição do verdadeiro conceito.
• Parir idéias
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•
Frase Célebre: “Conhece-te a ti mesmo”. “Sei que nada sei.”
* A ciência (episteme) socrática resulta do método e significa “conhecimento autêntico e
racional”.
Por operar com o exame de opiniões (doxa)- definições parciais, subjetivas, confusas
e contraditórias- , para chegar à definição universal e necessária, Sócrates inicia o que
Aristóteles chamará de indução: chegar ao que é universal por meio do particular. Por
realizar-se na forma de diálogo, por produzir argumentos para mostrar que uma opinião
é ou parcial, ou confusa ou contraditória, ou mesmo errada, e por mostrar ao
interlocutor do erro cometido e da necessidade de prosseguir na investigação. A indução
socrática constitui a dialética socrática.
•
Conhecimento
Sócrates sempre dizia que sua sabedoria era limitada a sua própria ignorância (Só sei
que nada sei.). Ele acreditava que os atos errados eram conseqüência da própria ignorância.
Nunca proclamou ser sábio.
•
Virtude
Sócrates acreditava que o melhor modo para as pessoas viverem era se concentrando
no próprio desenvolvimento ao invés de buscar a riqueza material. Convidava outros a se
concentrarem na amizade e em um sentido de comunidade, pois acreditava que esse era o
melhor modo de se crescer como uma população. Suas ações são provas disso: ao fim de sua
vida, aceitou sua sentença de morte quando todos acreditavam que fugiria de Atenas, pois
acreditava que não podia fugir de sua comunidade. Acreditava que os seres humanos
possuíam certas virtudes, tanto filosóficas quanto intelectuais. Dizia que a virtude era a mais
importante de todas as coisas.
•
Política
Diz-se que Sócrates acreditava que os ideais pertenciam a um mundo que somente os
sábios conseguiam entender, fazendo com que o filósofo se tornasse o perfeito governante
para um Estado. Se opunha à democracia que era praticada em Atenas durante sua época.
Acreditava que a perfeita república deveria ser governada por filósofos. Acreditava também
que os Tiranos eram até mesmo menos legítimos que a democracia.
Diálogos: Os diálogos socráticos são uma série de diálogos escritos por Platão e Xenofonte
na forma de debates entre Sócrates e outras pessoas de sua época; ou mesmo debates entre
Sócrates e seus seguidores (como Fédon). A Apologia de Sócrates é um monólogo, agrupado
junto com os diálogos. A Apologia (no direito grego, uma defesa) é um registro do discurso
que Sócrates proferiu em seu julgamento. A maioria dos diálogos aplica o método socrático:
9 A República, Apologia de Sócrates, Críton, Fédon.
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9 Ética
Sócrates interessava-se por assuntos humanos, reconduzindo a sabedoria a uma
investigação sobre a vida e os costumes, os bens e os males humanos. Por isso, desde a
antiguidade foi reconhecido como o fundador da filosofia enquanto Ética, isto é, um saber
que trata fundamentalmente dos fins da vida humana.
“
PROGRAMAÇÃO:
1ª aula:
Apresentação do conteúdo inicial teórico através de exposição de transparências.
Relatar e explicar sobre os principais dados como: biografia, contexto histórico e método
socrático de modo a facilitar a discussão do mesmo, a partir daí, esboçar alguns dos principais
conceitos do pensamento do filósofo.
2ª aula:
Apresentação de todos os conceitos do pensamento socrático.Discussão dos mesmos
levando em conta a comparação com a atualidade. Inserir temas como: virtude, política,
conhecimento e ética. Provocar uma interação com os alunos, pedindo-lhes opiniões e ou
relatos sobre exemplos que saibam que possam ser colocados dentro do que está sendo
abordado.
METODOLOGIA:
O desenvolvimento desta proposta dar-se-á pela exposição do tema proposto, com o
apoio de alguns recursos didático-pedagógicos, tais como quadro e giz, retro-projetor e
transparências. Serão aplicados alguns resumos com os pontos principais da filosofia
socrática.
Fará uso da interdisciplinaridade com enfoque na história, em especial, dando enfoque
na importância de temas como ética e política.
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ATIVIDADE:
Será solicitação aos alunos uma pequena redação de aproximadamente 15 linhas a
respeito do que os alunos entenderam sobre o conteúdo explanado. Tal atividade tem como
objetivo identificar o grau de aproveitamento do conteúdo trabalhado.
AVALIAÇÃO:
A avaliação desta proposta será considerada como momento de investigação acerca do
conteúdo desenvolvido, adotando-se a observação livre ao considerar o envolvimento dos
participantes no decorrer das aulas.
BIBLIOGRAFIA:
PLATÃO. A República. São Paulo, 6° ed. Editora Atena, 1956.
ARANHA; Maria Lúcia de Arruda e MARTINS; Maria Helena Pires. Filosofando;
Introdução a Filosofia. Ed. Moderna.
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