llor de custo de entrada) da mera correção dos valores

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DEFINIÇÃO E CRITÉRIOS
DE AVALIAçÃo
DE ATIVO
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<llor de custo de entrada) da mera correção dos valores originais dos ativos
.;::m algum tipo de índice geral de preços que mensure, da forma mais ampla
:;::ossível,isto é, com uma cesta bem diversificada de bens e serviços, as varia:5es do poder aquisitivo médio geral da moeda do País.
Esta forma de valor de entrada, conquanto do ponto de vista puramente
sêrencial, interno à empresa, não seja a ideal, é a que melhor consegue, princi_almente para finalidades de informação a usuários externos, atentar, ao mesa tempo, para as seguintes condições, mormente em países com altas taxas
..:illacionárias: objetividade (pois trata-se de uma mera correção dos valores
:Jriginais), relevância da informação (embora não a máxima para usuários
:::lternos principalmente), custo relativamente baixo do processo de correção,
~vorecendo a comparabilidade de:
a) balanços da mesma empresa em exercícios diferentes;
b) balanços de empresas diversas no mesmo exercício;
c) balanços de empresas diversas em diferentes exercícios.
Assim, por estas vantagens, é a forma geral preferida de avaliação de
ativos nos países com altas taxas inflacionárias e onde (pelo próprio fato de
-er alta a taxa) existe uma tendência de os preços individuais de cada ativo
:J.ãose afastarem muito (suas variações) da variação média da perda de poder
aquisitivo da moeda. E o uso desse indexador médio é o reconhecido e indicado pelo IASC e pela ONU.
Pausa e Reflexão
o Custo Histórico Corrigido contraria o Princípio do Custo Histórico ou
Custo Original?
CUSTO DE REPOSIÇÃO
Custo de Reposição pode ter várias conceituações, dependendo da data
na qual pensamos em fazer a reposição de um ativo por outro em estado de
novo. Alguns autores utilizam esse termo como sinônimo de custo corrente,
mas, na verdade, existem diferenças.
Se um veículo BETA 1986 tiver sido adquirido novo, "O" km, por
$ 340.000,00 (com as correções monetárias pela inflação para 1999) e se for
possível produzir esse mesmo modelo, em 1999, exatamente igual ao 1986,
esse valor ($ 340.000,00) é:
um custo corrente?
148
PATRlMÔNIO
E RESULTADO
um custo original corrigido do bem no estado em que se encontra,
ou
um custo de reposição? ou
nenhuma das alternativas?
A rigor, nenhuma das alternativas. Não é um custo corrente (nem mesmo
de reprodução ou reconstrução), pois não foram calculados os custos correntes de se fabricar um BETAigual ao modelo 1986 em 1999. Não é a segunda
alternativa pois não foi considerada uma provisão para depreciação e obsolescência que considerasse o valor residual do veículo. Certamente não é um
custo de reposição, pois o que reporia o automóvel anterior seria um BETA
1999, com várias mudanças tecnológicas e, provavelmente, a um preço de
mercado diferente do custo histórico corrigido. O cálculo que foi feito é apenas
o valor, em termos de poder aquisitivo da moeda de hoje, do sacrifício de caixa
realizado na data da compra, para adquirir um BETA1986.
Custo corrente: seria, a rigor, o valor corrente dos insumos contidos num carro de características iguais, em estado de novo ou
usado.
Custo original corrigido no estado em que se encontra: seria o valor residual do veículo (valor histórico menos depreciação acumulada corrigido pela inflação).
Custo de reposição: em estado de novo, é o preço de mercado de
um modelo 1999 - pode ser um carro de características técnicas
bastante diferenciadas, embora prestando serviços equivalentes.
Custo de reposição no estado em que se encontra: seria quanto se
teria que pagar, no mercado de segunda mão, para adquirir um
BETA1986, aproximadamente no estado em que se encontra o que
estamos avaliando. Usualmente, quando se refere à utilização do
custo de reposição de ativos usados, para finalidades de balanço,
deve-se utilizar o último conceito, por meio de uma pesquisa no
mercado.
Pelas considerações vistas, verifica-se como é complexa a adoção, para
efeito de usos externos, de avaliação de ativos a custos correntes ou de reposição. Apresenta, porém, desde que o Contador defina bem que tipo de variante
está adotando e que sejam os valores os menos subjetivos possíveis, uma série
de vantagens do ponto de vista informativo sobre todas as formas de valores
de entrada (menos a próxima a ser vista), tais como:
leva em conta a flutuação específica dos preços dos bens dos ativos
que a empresa possui e movimenta;
DEFINIÇÃO E CRITÉRIOS
149
DE AVALIAÇÃO DE ATIVO
dá uma idéia aproximada ao eventual investidor ou futuro concorrente de quanto precisaria investir para montar uma empresa "fisicamente" equivalente à avaliada;
na demonstração de resultados, esta variante de valor de entrada
permite separar, no lucro bruto, a parcela que é devida a fatores
puramente de variação do preço específico do ativo enquanto ficou, a mercadoria, estocada, da parcela puramente operacional.
Por exemplo, suponha-se uma empresa que tenha adquirido, em
TO uma mercadoria por $ 25; em TI, vende esta mercadoria por
$ 40. Se fosse repor toda a mercadoria em TI precisaria de $ 30.
A Contabilidade Tradicional apuraria:
Vendas
(-) Custo das Vendas
Lucro Bruto
.
.
.
40
.
40
.
30
.
.
05
25
15
A Contabilidade a Custos de Reposição apuraria:
Vendas
(-) Custo de Reposição
das Vendas
+ Lucro em vendas ganho pelo fato de o
estoque ter variado de preço de 25 para
30 (denomina-se Economia de CustoRealizada)
Lucro Realizado
15
Verifica-se uma maior riqueza informativa da demonstração a custos de
reposição, embora o resultado final seja o mesmo. A variante de reposição não
mistura componentes puramente operacionais com ganhos derivantes pelo
fato de a parcela do estoque que foi vendido ter variado de preço específico
durante o tempo em que ficou estocada.
Note que ambos os conceitos poderiam ser enriquecidos aplicando-se a
variação do poder aquisitivo da moeda. O que foi apresentado foram os modelos a custos históricos e custos de reposição.
Existem o custo histórico corrigido e o custo de reposição corrigido. Esse
último modelo será visto a seguir.
150
PATRlMÔNIO
E RESULTADO
Uma desvantagem
do modelo a custo de reposição é que ele,
conceitualmente, só tem validade se, de fato, for repor aquele ativo sendo
avaliado. Outra desvantagem é que o modelo se apresenta como altamente
gerencial no momento em que é feita a avaliação. Mas não tem muito sentido avaliar e comparar dois balanços, um a preços de reposição de TO e
outro a preços de reposição de TI, se tiver havido inflação no período e se
esse fato não tiver sido levado em conta. Outra desvantagem é a dificuldade de se encontrarem, para certos ativos, os mercados que podem indicar o
preço de reposição. Aí recorre-se a índices específicos, obviamente perdendo-se rigor.
Enfim,há diferença entre Custo Corrente e Custo de Reposição?Explique.
CUSTO DE REPOSIÇÃO CORRIGIDO
Trata-se do mesmo modelo conceitual do item anterior, porém
homogeneizando-se as demonstrações contábeis derivantes em termos de poder aquisitivo de uma mesma data.
Exemplificando apenas com um ativo, suponha-se que o valor de reposição desse ativo em TO é $ 100 e em TI é $ 150 mas, no período, tenha havido
uma taxa de inflação de 40%. Para se comparar efetivamente TO com TI, devem-se corrigir os $ 100 por $ 1,40. Assim, a comparação é entre:
Valor de reposição em TI
Valor de reposição em TO corrigido
Valorização real
. $ 150
. $140
. $ 10
As vantagens e desvantagens do modelo podem ser aferidas da combine.ção de vantagens e desvantagens dos demais, dos quais deriva. É claro que, C=
um ponto de vista de desenvolvimento e de relevância informativa, se trata c_
modelo mais avançado a valores de entrada, mas devem ser levados em con
sempre: a objetividade dos procedimentos, a comparabilidade entre empreSE::
e o custo-benefício da informação.
Pausa e Reflexão
As empresas podem, conforme o art. 8Q da Leidas S.A.,fazer a Reavaliação
no Ativo (NovaAvaliação).Podemosdizer que este método é o Custo de Reposição Corrigido?
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