Apresentação do PowerPoint - Sociedade Brasileira de Sistemas de

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ALIMENTOS TRADICIONAIS E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL:
DE CRÍTICAS AO SISTEMA AGROALIMENTAR À VALORIZAÇÃO DE
ESTRATÉGIAS LOCAIS DE PRODUÇÃO E DE ABASTECIMENTO
Profa. Dra. Fabiana Thomé da Cruz
Pelotas
2016
Organização da apresentação
• Emergência da valorização da alimentação tradicional
• O que são alimentos tradicionais?
• Redes alimentares alternativas
• Reconhecimento e valorização de alimentos tradicionais
Relembrando os alimentos de
antigamente e comparando com
os alimentos de hoje...
Quais são os ingredientes
necessários para fazer pão?
Proposta do escritor
Michael Pollan, no livro
Em defesa da comida: um
manifesto
Pão da Vó Vanda
Ingredientes do pão da Vó Vanda
Pão industrializado
Ingredientes de pão industrializado
Seguindo esse raciocínio...
•Qual é a procedência dos alimentos que consumimos?
•Como são produzidos, por quem, com que ingredientes?
• Incertezas: mas, afinal, o que estamos comendo?
Questões ou contradições do atual sistema alimentar
• Pressão sobre a agricultura
• Crise ecológica
• Escândalos alimentares
• Relações sociais e econômicas não justas
• Insegurança alimentar e má-nutrição
Pressão (squeeze) na agricultura familiar (PLOEG, 2008)
Consumidores
Beneficiamento,
processamento e
distribuição
Produtores
Crise ecológica (saúde do ambiente e saúde da população)
Crises ou “escândalos alimentares”
Relações sociais e econômicas não justas
Insegurança alimentar e má-nutrição
Questões ou contradições do atual sistema alimentar
• Pressão sobre a agricultura
• Crise ecológica
• Escândalos alimentares
• Relações sociais e econômicas não justas
•Insegurança alimentar e má-nutrição
Alimentos tradicionais
Para superar essas contradições do sistema
alimentar hegemônico, alimentos tradicionais
passam a ter destaque.
Alimentos tradicionais
• Produção tradicional:
combinação de diversas dimensões e significados
• produção de matérias-primas
• modos de processamento
• redes de comercialização
• Combinações de características naturais, de ocupação da região,
práticas, técnicas, utensílios, artesanalidade e conhecimentos
compartilhados entre os grupos produtores e repassados de pais
para filhos, modos de vida e de relação com a natureza.
Alimentos tradicionais
• Resultado: produtos com características singulares.
• Diversidade e heterogeneidade
• Singularidade que está para além do produto: é
consequência e constituinte dos modos de organizar a
produção e dos modos de vida de seus produtores.
Alternativas
• Nesse contexto, é central a discussão sobre
alternativas à produção hegemônica de alimentos.
• Emerge daí a noção de redes alimentares alternativas.
Redes alimentares alternativas
• Cesta de produtos
• Feiras
• Iniciativas Colaborativas de Compras e/ou compras solidárias
• Agricultura urbana e periurbana
• Hortas comunitárias
• Plantas comestíveis não convencionais
• Programas institucionais
• Agricultura urbana
• Construção social de
mercados
• Agroecologia
• Gastronomia
• Alimentação escolar
• Desperdício e
reaproveitamento de
alimentos
• Compras solidárias e
iniciativas colaborativas de
compras
• Plantas alimentícias não
convencionais
Redes alimentares alternativas
• Proliferação de iniciativas “alternativas” levou muitos a imaginar que
alimentos locais poderiam substituir totalmente o sistema de
abastecimento de alimentos dominante.
• Porém, o que se percebe é que o global e o local coexistem.
• o local passa a ser “alternativo” na medida em que é organizado
em diferentes princípios, sem, com isso, representar uma
ameaça ao global [(GOODMAN; DUPUIS; GOODMAN, 2012); (CONTRERAS, 2005)]
Redes alimentares alternativas
• É irreal considerar o “alternativo” e o “convencional” como modelos
antagônicos.
• Na realidade,
“convencional e alternativo operam em espaços econômicos
contíguos, interseccionando e sobrepondo-se um ao outro.”
[(FONTE, 2010, p.1)]
“Alternativo” e “convencional” coexistem.
Redes alimentares alternativas
• Para ilustrar essas situações...
Caso da Agreco - produtos da agricultura familiar em mercados “convencionais”
Queijo Parmigiano-Reggiano no McParmigiano-Reggiano
Caso Jamie Oliver
Laranja caseira e Coca-Cola verde
O que esses exemplos nos mostram?
• “alternativo” inserido no convencional
• apropriação do “alternativo” pelo modelo convencional
Evidência da tendência e demanda por alimentos considerados
naturais, frescos, tradicionais.
Redes alimentares alternativas
• Seja no âmbito do processamento ou da distribuição, grandes
empresas do setor alimentar têm procurado estratégias para
atender a demanda por produtos “alternativos”, criando e
lançando produtos associados a “novos” atributos da
qualidade.
• “Apropriação” que acaba por ofuscar os limites entre os
produtos feitos em pequena escala e os produtos feitos em
larga escala (SONNINO; MARSDEN, 2006).
Redes alimentares alternativas
•
Especialmente em regiões rurais brasileiras, permanência de
relações próximas e de confiança entre produtores e
consumidores (circuitos curtos ou de proximidade)
•
Práticas tradicionais de produção e processamento
Redes alimentares alternativas no caso do Brasil
•
No caso de muitas regiões e localidades do Brasil, redes
alimentares alternativas estão, em muitos casos, presentes
espontaneamente (produção, processamento e distribuição)
Problematizando a discussão
• Ainda que produtores de alimentos tradicionais tenham a
produção fundamentada em conhecimentos, técnicas e
práticas compartilhadas e desenvolvidas ao longo do tempo,
esse tipo de produção não é reconhecida e legitimada em sua
amplitude → informalidade.
• Base no produto final: recorrentes iniciativas e projetos que
apontam para a legalização a partir de critérios definidos para
a produção industrial de alimentos.
Problematizando a discussão
Atender requisitos definidos para a produção industrial
• investimentos e alterações que, em muitos casos,
são sobre-estimados em relação à realidade e
escala de produção;
• risco de comprometer precisamente o conjunto de
características que conferem singularidade e
garantem a diversidade a esses produtos.
Para a plena valorização de alimentos tradicionais
Valorização plena de alimentos tradicionais,
orientada pela legitimidade dos diversos saberes
novas perspectivas para a produção tradicional de alimentos
Para a plena valorização de alimentos tradicionais
Conceito de SAN – “práticas alimentares promotoras de
saúde que respeitem a diversidade cultural e que
sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente
sustentáveis”. [Lei nº 11.346, de 2006 - LOSAN]
Obrigada!
Grata pela atenção!
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