Irrigação de plantas forrageiras tropicais e sorgo granífero na

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EDSON LUIZ DIOGO DE ALMEIDA
IRRIGAÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS TROPICAIS E SORGO
GRANÍFERO NA REGIÃO DO ARENITO
CAIUÁ - PARANÁ
MARINGÁ
PARANÁ – BRASIL
FEVEREIRO – 2011
EDSON LUIZ DIOGO DE ALMEIDA
IRRIGAÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS TROPICAIS E SORGO
GRANÍFERO NA REGIÃO DO ARENITO
CAIUÁ - PARANÁ
Dissertação
apresentada
à
Universidade Estadual de Maringá,
como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em
Agronomia, área de concentração em
Produção Vegetal, para obtenção do
título de Mestre.
MARINGÁ
PARANÁ – BRASIL
FEVEREIRO – 2011
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
A447
Almeida, Edson Luiz Diogo de
Irrigação de plantas forrageiras tropicais e sorgo
granífero na região do Arenito Caiuá – Paraná / Edson
Luiz Diogo de Almeida. -- Maringá, 2011.
65 f.
Orientador : Profº Drº Roberto Rezende.
Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de
Maringá,Programa de Pós-Graduação em Agronomia, 2011.
1. Irrigação. 2. Produção de forragem. 3. Sorgo
granífero. I. Rezende, Roberto, orient. Universidade
Estadual de Maringá. Programa de Pós-Graduação em
Agronomia. Título.
CDD 21. ed. 631.7
EDSON LUIZ DIOGO DE ALMEIDA
IRRIGAÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS TROPICAIS E SORGO
GRANÍFERO NA REGIÃO DO ARENITO
CAIUÁ - PARANÁ
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Maringá, como parte das
exigências do Programa de Pós-graduação
em Agronomia, área de concentração em
Produção Vegetal, para obtenção do título
de Mestre.
APROVADA em 11 de fevereiro de 2011.
_____________________________
_____________________________
Drª. Simony M. Bernardo Lugão
Dr. Paulo S. Lourenço de Freitas
___________________________________
Prof. Dr. Roberto Rezende
(Orientador)
A Deus por ter me dado tudo;
ao meu pai (Palão), Gumercindo Diogo de Almeida (in
memoriam), que tão cedo nos privou de sua presença, mas que me
ensinou o valor do trabalho e da honestidade;
à minha mãe, Antonia Barchesi de Almeida (Baixinha), que me
deu a base, a formação e o incentivo de que precisei nas horas mais
difíceis;
à minha mulher, Elizabeth Fátima Barbosa de Melo Diogo de
Almeida (Nega), que me deu rumo e foi companheira durante todo o
percurso;
ao meu filho, Gabriel Barbosa de Melo Diogo de Almeida (Zé
Ruela), que me deu alegria e foi paciente nos meus momentos de
ausência para chegar até aqui e a quem eu quero que sirva de exemplo
o meu esforço e minha vida;
aos meus irmãos Gumercindo (Diogo), Júlio (Daxú) e Olga (Gô),
que sempre estiveram junto de mim mesmo estando distantes e
proporcionaram condições para que eu estudasse e conseguisse a
minha graduação e que juntos formamos a nossa personalidade e o
nosso gosto pelo belo e pela arte;
a todos que acreditaram em mim, sempre!
Dedico
ii
AGRADECIMENTOS
Á Universidade Estadual de Maringá – UEM;
ao Instituto Agronômico do Paraná – Iapar;
ao Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater;
aos Professores da Pós-graduação da Universidade Estadual de
Maringá - UEM (Doutores: Cássio Antonio Tormena, Antonio Carlos Andrade
Gonçalves, Paulo Sérgio Lourenço de Freitas, Carlos Alberto Scapim, Roberto
Rezende, Kátia Regina F. S. Estrada, Altair Bertonha, Maria Anita Gonçalves
da Silva);
ao meu orientador Prof. Dr. Roberto Rezende (nobre Mestre), ao qual
sou eternamente grato por me proporcionar a oportunidade e me ajudar a
realizar um antigo desejo;
ao meu Orientador na Emater e amigo, Flávio A. Degasperi da Cunha,
que sabe muito bem o que é completar esta tarefa;
ao meu Gerente Regional, Romoaldo Carlos Faccin, sem o qual não
teria sido possível realizar o meu Mestrado;
ao Instituto Tecnológico Simepar, na pessoa da Dra. Ângela Beatriz
Costa;
aos Pesquisadores, (José J. dos Santos Abrahão, Willian G. do
Nascimento, Jadir, Mario Takahashi, Kátia F. Gobbi, Matheus C. B. de
Azevedo, Jonez Fidalski, Luciano Grillo Gil, Alessandra M. Detoni e Vanderlei
Bett) e a todos os funcionários, na pessoa do Chefe da Estação Experimental
do Iapar de Paranavaí - Sr. Alípio Rocha Menezes, pelo apoio e ajuda nas
tarefas diárias;
aos bolsistas da SETI, que sem eles nada disso seria possível (Arthur
Pires Sanches, Cristina Tiemi Kayukawa, Tárcio D. Kamitani Alves, Abel Lopes
Costa, Flaviane M. de Medeiros, Davi A. Oliveira Barizão, Thais M. Del Moura
Soares, Eric Augusto Esquiçati. Gabriela B. Navarro de Paula e Gisele Cristina
dos Santos);
à minha amiga e parceira de trabalho, Dra. Simony Marta Bernardo
Lugão, que me ajudou e incentivou sempre para a realização deste trabalho;
iii
aos amigos da Emater, que em muitas oportunidades foram
compreensivos quando da minha ausência (Belmiro Ruiz Marques, Joaquim
Nereu Girardi, Jorge Ogassawara e Ivete Borges de Souza);
aos amigos da Pós-graduação, Marcos Aurélio Teixeira Costa,
Jéferson Vieira, Fernando Henrique Souza e Silas Maciel de Oliveira, que me
ajudaram nas tarefas de execução, fechamento e análise do experimento;
um especial agradecimento ao Jonas Galdino, bolsista da área de
Climatologia do Iapar, que nos ajudou e forneceu os dados climáticos durante
todo o período do experimento;
aos funcionários do PGA, Érica Cristina Takamizawa Sato e Reinaldo
Bernardo, pelo apoio durante estes dois anos;
à minha paciente Professora de inglês, Roberta Navarro.
iv
BIOGRAFIA
EDSON LUIZ DIOGO DE ALMEIDA, filho de Gumercindo Diogo de
Almeida (in memoriam) e Antonia Barchesi de Almeida, nasceu no dia 25 de
agosto de 1961, em São Paulo, SP, onde cursou o Ensino Fundamental na
Escola Estadual Dom Paulo Rolim Loureiro.
Em dezembro de 1989, recebeu o título de Engenheiro Agrônomo,
conferido pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal), hoje
Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Em agosto de 1994, obteve o título de Especialista em Administração
Rural conferido pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal), hoje
Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Em junho de 2007, obteve o título de Engenheiro de Segurança do
Trabalho conferido pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Em dezembro de 2008, obteve o título de Perito para Comprovação de
Perdas para o Seguro Agrícola e Proagro conferido pela Associação Brasileira
de Educação Agrícola Superior - Abeas.
Em outubro de 1991, ingressou na Empresa Paranaense de
Assistência Técnica e Extensão Rural onde atua até hoje como Assistente
Técnico de Nível Superior, Responsável Regional pelo Projeto Redes de
Referência para Agricultura Familiar como Executor de Redes; é Coordenador
Regional da Área de Desenvolvimento Integrado (ADI – Leste) e de Crédito
Rural.
Em fevereiro de 2011, concluiu o Mestrado.
v
“Nunca se afaste de seus sonhos, pois
se eles se forem, você continuará
vivendo, mas terá deixado de existir”.
Charles Chaplin
vi
ÍNDICE
LISTA DE QUADROS ..................................................................................
ix
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................
x
LISTA DE TABELAS ....................................................................................
xi
RESUMO ......................................................................................................
xii
ABSTRACT ..................................................................................................
xiv
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................
1
2. REVISÃO DE LITERATURA .....................................................................
3
2.1 Pastagens perenes tropicais ..............................................................
3
2.2 C aracterísticas das principais espécies forrageiras tropicai .............
4
2.2.1 Brachiaria brizantha cv. Marandu ............................................
4
2.2.2 Panicum maximum jacq. cv. Mombaça ...................................
4
2.2.3 Cynodon spp. cv. Tifton 85 ......................................................
5
2.2.4 Pennisetum purpureum cv. Pioneiro ........................................
5
2.3 Efeito da irrigação na produção e qualidade de gramíneas
forrageiras ..........................................................................................
5
2.4 O sorgo granífero ...............................................................................
14
2.5 Efeito da irrigação na produção do sorgo granífero ...........................
16
2.6 Coeficiente de uniformidade da irrigação ...........................................
18
2.7 Coeficiente de cultura ........................................................................
19
3. MATERIAL E MÉTODOS .........................................................................
20
3.1 Local do experimento e área experimental ........................................
20
3.2 O clima ...............................................................................................
22
3.3 O solo .................................................................................................
23
3.4 Sistema e manejo da irrigação ...........................................................
25
3.5 Experimento com gramíneas forrageiras ...........................................
29
3.5.1 Preparo do solo, semeadura e adubação das gramíneas
forrageiras ...............................................................................
3.5.2 Coleta
de
dados
para
avaliação
da
produção
e
características bromatológicas das forrageiras .......................
vii
29
30
3.5.3 Delineamento experimental ....................................................
31
3.6 Experimento com o sorgo granífero ...................................................
32
3.6.1 Preparo do solo, semeadura e adubação do sorgo granífero ....
32
3.6.2 Coleta de dados para avaliação da produção de grãos, altura
de plantas e peso de mil sementes .........................................
32
3.6.3 Delineamento experimental ....................................................
33
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..............................................................
35
4.1 Elementos meteorológicos .................................................................
35
4.2 Uniformidade de irrigação ..................................................................
36
4.3 Produção e qualidade das forrageiras ...............................................
39
4.3.1 Taxa de acúmulo e massa seca total de forragem ..................
39
4.3.2 Massa seca foliar .....................................................................
42
4.3.3 Massa seca de colmo ..............................................................
43
4.3.4 Massa seca de material senescente e morto ..........................
45
4.3.5 Teor de proteína bruta na folha (PB) .......................................
46
4.4 Produção de grãos, peso de mil sementes e altura de plantas de
sorgo ..................................................................................................
47
4.4.1 Produção de grãos ...................................................................
47
4.4.2 Peso de mil sementes ..............................................................
51
4.4.3 Altura de plantas ......................................................................
53
5. CONCLUSÕES .........................................................................................
55
5.1 Experimento de forrageiras ................................................................
55
5.2 Experimento de sorgo ........................................................................
55
REFERÊNCIAS ............................................................................................
56
APÊNDICE ...................................................................................................
62
viii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Médias dos parâmetros climáticos do município de Paranavaí
- PR ..........................................................................................
22
Quadro 2
Resultado da análise química e granulométrica do solo ..........
23
Quadro 3
Densidade aparente, macro, micro e porosidade total em
duas profundidades ..................................................................
24
Altura média de corte das forrageiras durante o período
experimental .............................................................................
31
Valores médios dos elementos meteorológicos obtidos
durante o período experimental ...............................................
35
Valores do CUC e CUD para 14 avaliações realizadas
durante o período experimental ...............................................
37
Quadro 4
Quadro 5
Quadro 6
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Área experimental ....................................................................
20
Figura 2
Croqui da área e distribuição das unidades experimentais .....
21
Figura 3
Distribuição das cultivares avaliadas no campo experimental ...
21
Figura 4
Sistema de irrigação em funcionamento ..................................
25
Figura 5
Coletores para obtenção das precipitações .............................
26
Figura 6
Curva de retenção de água no solo da área experimental ......
27
Figura 7
Valores de pluviosidade, lâminas de irrigação aplicadas e o
balanço de água no solo durante o período experimental.
Paranavaí - PR .........................................................................
28
Precipitação pluviométrica média em decêndio de dez anos e
do período experimental ..........................................................
29
Panículas da área útil das parcelas de sorgo, ensacadas para
proteção contra as aves ...........................................................
33
Figura 10 Valores médios de dez anos e no período experimental da
velocidade do vento no local do experimento ..........................
38
Figura 11 Precipitações pluviométricas do período experimental ............
49
Figura 8
Figura 9
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Tabela 2
Tabela 3
Tabela 4
Tabela 5
Tabela 6
Tabela 7
Tabela 8
Tabela 9
Tabela 10
Taxa de acúmulo de massa seca (kg ha-1dia), de quatro
espécies forrageiras com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí - PR. Safra 2009-2010 ...................
39
Produção de massa seca de forragem (kg ha-1163 dias) de
quatro espécies forrageiras com e sem irrigação, durante o
período experimental. Paranavaí - PR. Safra 2009-2010 ......
41
Produção de massa seca foliar de quatro espécies
forrageiras com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí - PR. Safra 2009-2010 ...................
42
Produção de massa seca de colmo de quatro espécies
forrageiras com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí - PR. Safra 2009-2010 ...................
44
Produção de massa seca do material senescente e morto
de quatro espécies forrageiras com e sem irrigação, durante
o período experimental. Paranavaí - PR. Safra 2009-2010 ...
45
Teor de proteína bruta (PB) na folha de quatro espécies
forrageiras com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí - PR. Safra 2009-2010 ..................
46
Produção de grãos (kg ha-1) de quatro cultivares de sorgo
granífero, com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí - PR. Safra de verão 2009-2010 ....
48
Percentagem de plantas apresentando maturação
fisiológica aos 90 dias após o plantio .....................................
50
Peso de mil sementes (g) de quatro cultivares de sorgo
granífero, com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí - PR. Safra de verão 2009-2010 ....
51
Altura de plantas (cm) de quatro cultivares de sorgo
granífero, com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí - PR. Safra de verão 2009-2010 ....
53
xi
RESUMO
ALMEIDA, Edson Luiz Diogo de, MS, Universidade Estadual de Maringá,
fevereiro de 2011. Irrigação de plantas forrageiras tropicais e sorgo
granífero na região do Arenito Caiuá – Paraná. Professor Orientador: Dr.
Roberto Rezende
A região Noroeste do Estado do Paraná se caracteriza por possuir altas
temperaturas, chuvas mal distribuídas, solos arenosos, de baixa fertilidade e
suscetíveis à erosão. A pecuária é a fonte de renda em um grande número de
propriedades, onde a utilização de sistemas irrigados poderia elevar a
produtividade e melhorar a renda das famílias. Baseado nesta realidade, este
estudo objetivou avaliar o potencial de resposta de quatro forrageiras tropicais
(Mombaça, Pioneiro, Marandu e Tifton 85) e quatro variedades de sorgo
granífero (MR 43, Buster, Catuy e DKB 599), em sistema de cultivo irrigado e
não-irrigado. O estudo foi conduzido na Fazenda Experimental do Iapar, no
município de Paranavaí - PR, localizado na região do Arenito Caiuá, com
altitude de 480 m, sendo o solo caracterizado como Latossolo Vermelho
distrófico textura média, com frações de 89,20% de areia, 1,00% de silte e
9,80% de argila. O experimento foi instalado em delineamento experimental de
blocos casualizados em esquema fatorial 2 X 4 (irrigação e cultivar). O manejo
da irrigação foi realizado de acordo com o balanço de água no solo definido
pela capacidade de campo e ponto de murcha permanente de acordo com a
curva característica de retenção de água no solo, utilizando-se um fator de
disponibilidade de 0,5 e reposição de água pela irrigação para atingir a
umidade na capacidade de campo, em uma profundidade efetiva de raiz de 50
cm. A condução das forrageiras se iniciou no dia 16/11/09, encerrando-se no
dia 28/4/10, com período experimental de 163 dias. Foram avaliados: a
produção de massa seca por hectare, a taxa de acúmulo, a massa seca de
folhas, de colmo, de material senescente e morto e o teor de proteína bruta na
folha das forragens. O sorgo foi cultivado durante 102 dias de 10/12/2009 a
22/3/10, e foram avaliadas a produção de grãos por hectare, o peso de mil
sementes e a altura de plantas. A irrigação não proporcionou aumento da
xii
massa seca de forragem, mas aumentou a proteína bruta na folha. As
cultivares, Pioneiro, Tifton 85 e Marandu se mostraram mais produtivas. Para
as cultivares de sorgo granífero, a irrigação proporcionou aumento na produção
da cultivar Buster e a cultivar MR 43 foi mais produtiva que DKB 599 no
sistema de produção irrigado e que Buster no não-irrigado.
Palavras-chave: irrigação, produção de forragem, sorgo granífero.
xiii
ABSTRACT
ALMEIDA, Edson Luiz Diogo de, MS,. State University of Maringa, February
2011. Tropical forage plants and sorghum irrigation in the Caiua
Sandstone region, Brazil. Adviser: Dr. Roberto Rezende
The northeastern region of the state of Paraná, Brazil, is known for its high
temperatures, badly distributed rains, and arenite soil characterized by low
fertility and erosion. Cattle-raising is the most common source of income on
farms in which the deployment of irrigation systems may raise productivity and
improve families’ income. Current analysis assessed the response potentiality
of four tropical forage plants (Moçamba, Pioneiro, Marandu and Tifton 85) and
four varieties of grain-bearing sorghum (MR 43, Buster, Catuy and DKB 599) in
irrigated and non-irrigated crop systems. Investigation was undertaken on the
IAPAR experimental farm in Paranavai PR Brazil, located in the Caiuá
sandstone region, altitude 480 meters, with dystrophic red latisol and fractions
comprising 89.20% sand, 1% silt and 9.80% clay. The experiment consisted of
randomized blocks made up of 2 X 4 factorial design (irrigation and farming).
Irrigation management followed water balance in a soil defined by field and
permanent wilting point capacity according to characteristic water retention
curve. A 0.5 availability factor and water replacement by irrigation was
employed so that humidity in field capacity at an effective root depth capacity of
50 cm could be achieved. Experiment in forage plants started on the 16th
November 2009 and lasted up to the 28th April 2010, or rather, a 163-day
period. Dry mass production per hectare, accumulation rates, dry leaf mass, dry
stalk mass, senescent and dead material, and crude protein rates of forage
plants were evaluated. Further, sorghum was cultivated for 102 days, from the
10th December 2009 to the 22nd March 2010. Grain production per hectare, onethousand-seed weight and plant height were evaluated. Irrigation did not cause
any increase in forage dry mass, although crude protein in leaves increased.
Cultivars Pioneiro, Tifton 85 and Marandu were more productive. In the case of
grain-bearing sorghum cultivars, irrigation increased the production of the
xiv
cultivar Buster, whereas cultivars MR 43 and Buster were more productive than
DKB 599 respectively in the irrigation and non-irrigation production system.
Keywords: irrigation, forage production, sorghum.
xv
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, a água é concebida pelos especialistas como um recurso
renovável, porém finito, já que a poluição e o uso dos recursos hídricos têm
aumentado tanto, que não permitem a reposição na velocidade necessária ao
consumo. Desta forma, a utilização racional da água é um tema importante na
busca de melhor qualidade de vida para as populações de todo o mundo.
O Estado do Paraná faz parte de uma grande região fronteiriça que é
contemplada com enorme aquífero subterrâneo e do qual sua exploração
racional pode trazer grandes benefícios às produções das principais atividades
agropecuárias, em que o Estado é destaque no cenário nacional. A região
Noroeste se caracteriza por possuir altas temperaturas, chuvas mal
distribuídas, solos arenosos, de baixa fertilidade e muito susceptíveis à erosão.
Por estes aspectos edafoclimáticos, dentre os principais sistemas de
produção se destaca a bovinocultura de leite, explorada em um grande número
de pequenas propriedades e com baixos índices zootécnicos.
A água é um dos principais fatores no desenvolvimento das culturas, e
as irregularidades do regime pluviométrico se constituem em restrição ao
desenvolvimento agrícola. Assim, a utilização de sistemas de produção
irrigados pode contribuir para elevar a produtividade das culturas, reduzindo a
dependência de alimentos energéticos, proteicos e volumosos, provenientes de
fontes externas às propriedades pecuárias, minimizando o custo de produção e
melhorando a viabilidade dos sistemas.
Atualmente, a pesquisa e a extensão têm levado aos produtores
diversas tecnologias para a melhoria das pastagens, manejo e sanidade dos
rebanhos, ferramentas de gestão para a profissionalização destes produtores,
de maneira que possam obter melhores resultados na atividade com reflexos
positivos na renda das famílias.
O fomento por meio de políticas públicas, como Programa de Irrigação
Noturna (PIN) do Estado do Paraná, que subsidia o custo da energia, tem
aumentado a demanda de sistema de irrigação pelos produtores e as
empresas de venda de equipamentos muitas vezes disponibilizam projetos e
1
instalações
que
em
muitos
casos não
levam
em
consideração
as
características do solo, do clima, a eficiência agronômica da planta e a
habilidade do produtor em operar estes sistemas.
Pesquisas que possam mostrar aos produtores quais materiais se
adaptam melhor aos sistemas irrigados, qual o seu potencial produtivo e o
melhor manejo para maior eficiência do sistema produtivo se tornam
importantes e necessários.
Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de
quatro espécies forrageiras tropicais e quatro cultivares de sorgo granífero
cultivados em solo da região do Arenito Caiuá em sistema de cultivo com e
sem irrigação.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Pastagens perenes tropicais
Segundo Corrêa e Santos (2003), nos países de clima tropical e
subtropical, há grande potencial de produção de carne e de leite em pastagens,
existindo várias gramíneas forrageiras, tais como as dos gêneros Panicum,
Brachiaria, Cynodon e Pennisetum que, se bem manejadas, podem constituir o
principal componente da dieta de ruminantes, com função importante na
redução do custo de produção na pecuária.
Para Ruviaro et al. (2008), o manejo é um dos fatores mais importantes
para garantir eficiência das pastagens na alimentação de bovinos e o nível de
acerto em sua aplicação é que determina se uma mesma espécie de elevado
potencial forrageiro vai produzir maior ou menor volume de massa seca.
Segundo Corrêa e Santos (2006), as gramíneas forrageiras tropicais
possuem elevado potencial de produção de forragem, e cerca de 80% dessa
produção ocorre no período das águas e apenas 20% na seca, apresentando
grande estacionalidade de produção.
As gramíneas forrageiras tropicais do tipo C4 apresentam taxa
fotossintética máxima entre 30 e 35ºC e a temperatura base inferior
(temperatura abaixo da qual não há crescimento) variam entre 12 e 17ºC
(CORRÊA; SANTOS, 2006).
Vilela et al. (2003) relata que a produção intensiva de leite em pasto
tem sido a forma mais eficiente para redução dos custos, manutenção da
competitividade e sustentabilidade da exploração leiteira. O incremento da
produtividade é o grande desafio da pesquisa, que busca incessantemente
selecionar espécies forrageiras que, manejadas de forma correta, apresentem
potencial para a atividade leiteira.
3
2.2 Características das principais espécies forrageiras tropicais
2.2.1 Brachiaria brizantha cv. Marandu
Para Jank et al. (2005), Brachiaria brizantha cv. Marandu é uma das
forrageiras mais plantadas no Brasil nos últimos 15 anos, e de maior porte
quando comparada às outras braquiária. É uma planta com hábito de
crescimento cespitoso, com colmos iniciais prostrados, produzem perfilhos
predominantemente eretos, bem como rizomas curtos e curvados, com boa
relação folha colmo.
Segundo Gomide e Gomide (2007), entre seus atributos positivos estão
a resistência à cigarrinha das pastagens, elevada produção de matéria seca e
boa cobertura de solo. Para estes autores, seus pontos negativos seriam a
baixa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade e susceptibilidade à
cigarrinha da cana-de-açúcar.
2.2.2 Panicum maximum jacq. cv. Mombaça
Segundo Jank et al. (2005), a cultivar Mombaça foi lançada pela
Embrapa Gado de Corte e pelo Instituto Agronômico do Paraná em 1993. Tem
potencial de produção elevado, podendo chegar a 33,0 t de matéria seca foliar
ha-1 ano-1, com teor de proteína de 13%. Apresenta porte alto de 1,0 m e folhas
com largura de 3 cm. As lâminas foliares possuem poucos pelos curtos na face
superior e bainhas glabras, sem serosidade. Os colmos são levemente
arroxeados e as espiguetas, glabras e verdes, com poucas manchas roxas.
É uma das espécies de plantas forrageiras mais importante para a
produção de bovinos nas regiões de clima tropical e subtropical. O uso e o
interesse por plantas do gênero Panicum tem crescido nos últimos anos,
provavelmente por seu grande potencial de produção de matéria seca por
unidade de área, ampla adaptabilidade, boa qualidade de forragem, facilidade
de estabelecimento e tolerante à cigarrinha das pastagens (GOMIDE;
GOMIDE, 2007).
4
2.2.3 Cynodon spp. cv. Tifton 85
Segundo Jank et al. (2005), a cultivar Tifton 85 tem produção de
matéria seca de folhas acima de 20,0 t ha -1 ano-1 de bom valor nutritivo,
caracterizado por teores de proteína bruta variando de 11 a 13% e
digestibilidade entre 58 e 65%.
Para Gomide e Gomide (2007), entre seus atributos positivos estariam
o elevado valor nutritivo, alta resposta à adubação, boa tolerância ao frio, e boa
resistência ao pastejo, entre seus aspectos negativos estariam a propagação
vegetativa, estabelecimento lento, e susceptibilidade à cigarrinha das
pastagens.
2.2.4 Pennisetum purpureum cv. Pioneiro
Segundo Jank et al. (2005), a produção de matéria seca é de
46,7 t ha-1 ano-1 com teor de proteína de 15%, sendo que seu crescimento
rápido e vigoroso resulta em maior cobertura de solo. Esta cultivar foi lançada
em 1996 para uso sob pastejo rotativo, pelas suas características de
crescimento rápido e expansão lateral das touceiras. Apresenta touceiras de
formato aberto, grande número de brotações aéreas e basais, colmos finos e
folhas eretas.
Segundo Gomide e Gomide (2007), esta cultivar apresenta boa
resistência à seca, boa tolerância ao alumínio do solo e como pontos negativos
intolerância a temperaturas muito baixas, tem propagação vegetativa, é
exigente em fertilidade e susceptível à cigarrinha da pastagem.
2.3 Efeito da irrigação na produção e qualidade de gramíneas forrageiras
Segundo Mendonça et al. (2007), as perspectivas mostram que, num
horizonte de 20 a 30 anos, não haverá espaço para produção animal extensivo
e com baixo uso de tecnologia no Brasil, pois existem alternativas de uso da
terra mais viáveis economicamente.
Para Mendonça e Rassini (2008), a intensificação do uso das
pastagens é o fator mais importante para a viabilidade técnico-econômica da
5
produção de leite, pois a alimentação é o item de maior custo nos sistemas de
produção animal.
Resultados positivos na atividade leiteira podem ser vistos em Lugão et
al. (2008), trabalhando com adubação de pastagens em sistemas intensificados
nas pequenas propriedades do Noroeste do Estado do Paraná, em pastagens
adubadas com 300 kg N ha-1 ano-1 e manejadas com 95% de interceptação
luminosa, Lugão et al. (2008) obtiveram produção de forragem de até 4.200 kg
de MS ha-1 por ciclo de pastejo, permitindo taxas de lotação de até 9 UA ha-1
com produções que chegaram a 16.923 litros de leite por ha ano-1 com a
utilização suplementar de concentrado.
Coser e Martins (2004), em estudo sobre o potencial de produção de
forragens irrigadas, citam que no momento há uma crença generalizada no uso
de irrigação como valiosa ferramenta de manejo para a produção de forragem,
principalmente na época seca do ano, com expressivo aumento do número de
produtores interessados nessa técnica. Lembram ainda que em temperaturas
baixas, mesmo com o fornecimento de água, a resposta da planta é apenas na
elevação da produtividade, sem muita importância sobre a sazonalidade das
forrageiras. Ainda segundo estes autores, gramíneas tropicais não-adubadas e
irrigadas podem possibilitar a produção de 1.000 a 2.000 kg ha-1 ano-1 de leite;
quando adubadas, podem apresentar uma produtividade que varia de 5.000 a
10.000 kg ha-1 ano-1 de leite, no entanto quando adubadas e irrigadas
adequadamente possibilitam produções de até 25.000 kg ha-1 ano-1.
Para o manejo eficiente no sistema de pastejo com lotação rotacionada
e alta relação folha colmo das gramíneas forrageiras tropicais, Silva (2008)
recomenda no pré-pastejo a altura de 90, 80, 35 e 25 cm para os capins
Mombaça, Pioneiro, Marandu e Tifton 85, respectivamente, e altura de saída
dos animais de 40, 40, 15 e 10 cm para os mesmos capins, respectivamente. O
mesmo autor recomenda que estas alturas devem ser respeitas para não
comprometer a qualidade da forragem, a rebrota e a persistência das plantas
forrageiras.
Corrêa e Santos (2006) alegam que nas regiões tropicais e
subtropicais, o fator temperatura, pluviometria e fotoperíodo são importantes no
crescimento das gramíneas, bem como a radiação solar, pois esta constitui a
fonte de energia para a conversão em biomassa. Citam ainda que as
6
gramíneas tropicais do tipo C4 apresentam taxa fotossintética máxima entre 30
e 35°C e a temperatura base inferior (temperatura abaixo da qual não há
crescimento) de 17,5ºC para o Mombaça, 15,6ºC para o Pioneiro, 15,0ºC para
a Marandu e 13,0ºC para a Tifton 85. Observa-se que a Tifton 85 se mostra
mais adaptada a cultivos em que as temperaturas mínimas do período seco do
ano são mais baixas e consequentemente com maior amplitude de temperatura
para produção de matéria seca.
Resultados de trabalho realizado na Embrapa Pecuária Sudeste, em
São Carlos, SP, na altitude de 836 m e 1256 mm de precipitação no período de
janeiro a novembro, avaliando-se o capim-tanzânia adubado e irrigado, sob
pastejo com vacas leiteiras, mostram que a irrigação de pastagem não altera a
estacionalidade de produção nesta região, porém promove aumento da taxa de
acúmulo de forragem na primavera e no outono (CORREA; SANTOS, 2006).
Estes autores concluem que efeitos mais acentuados da irrigação são
observados a partir de setembro e principalmente de outubro, quando a
precipitação não é ainda suficiente, porém, as condições de temperatura e de
fotoperíodo já são mais favoráveis.
Rassini (2004) relatou que as pastagens irrigadas têm um período de
65 a 70 dias de estacionalidade de produção durante o ano, em que, mesmo
satisfazendo as necessidades hídricas das plantas forrageiras, não há
produção de matéria seca pelas baixas temperaturas. Em trabalho com seis
espécies forrageiras com (reposição da ET0) e sem irrigação com adubação de
40 kg de N por corte, em Latossolo Vermelho-Amarelo de textura média na
região de São Carlos – SP. Este autor obteve sete e nove cortes no primeiro e
segundo ano de avaliação na área irrigada e quatro e seis cortes no primeiro e
segundo ano na área não-irrigada, obtendo média entre cortes de 35 a 40 dias
sem considerar os períodos de estacionalidade de produção e produções de
matéria seca variando de 16 t ha-1 para o capim coast-cross e 46 t ha-1 para o
capim-elefante na área irrigada e 12 t ha-1 e 28 t ha-1 na área não-irrigada,
respectivamente.
Coser et al. (2004), em trabalho realizado no município de Coronel
Pacheco – MG, ao avaliar estratégias de irrigação (50% de água disponível)
em capim-elefante na época seca do ano adubados com 300 kg N ha-1,
visando reduzir a estacionalidade de produção, encontraram altura de plantas
7
entre 1,6 a 1,80 m e conseguiram antecipar o pastejo com irrigações iniciadas
em 15 de junho onde a forrageira atingiu altura de corte 38 dias antes daquela
obtida sem irrigação, equivalendo a 24% a mais em produção de MS
possibilitando antecipar o seu período de utilização.
Segundo Santos et al. (2007), a produção de forragem no período seco
representa cerca de 20% do total anual e cita que a amplitude de resposta das
gramíneas tropicais à irrigação em condições de decréscimo do fotoperíodo e
da temperatura não é bem conhecida. Num estudo que compara à taxa de
lotação em capim-tanzânia com reposição da ET0 e adubação nitrogenada de
60 kg N por ciclo de pastejo no período seco e novembro de 2004 no município
de São Carlos – SP (precipitação de 1.697 mm ano-1), os autores não
encontraram diferença entre o tratamento irrigado e não-irrigado, sendo que a
maior vantagem da irrigação ocorreu em janeiro, outubro e dezembro de 2004
e janeiro de 2005, mostrando a influência da temperatura e do fotoperíodo na
produção de forragem. Estes autores concluíram que a irrigação prolongou o
período de utilização das pastagens em 30 a 60 dias e que o capim-tanzânia
pode ser a principal fonte de alimento volumoso para rebanhos leiteiros a partir
de setembro e outubro na região de São Carlos – SP.
Vitor et al. (2005) avaliaram as respostas do capim-elefante no
município de Coronel Pacheco – MG, irrigado com diferentes lâminas de água
(0, 18, 45, 77, 100 e 120% da evapotranspiração de referência) e doses de
nitrogênio (100, 300, 500 e 700 kg ha-1 ano-1 de nitrogênio) nos períodos secos
e chuvosos do ano. Os autores não observaram influência da adubação e das
lâminas d’água sobre a altura das plantas durante a época seca do ano que
acreditam seja pelos fatores climáticos como temperatura e luminosidade que
são desfavoráveis, já no período das águas, a altura de plantas respondeu de
forma linear às doses de nitrogênio e de forma quadrática às lâminas de água,
ocorrendo aumento da altura do capim-elefante até o tratamento que manteve
o solo a 80% da capacidade de campo (77% da evapotranspiração), mostrando
que o excesso hídrico é prejudicial ao crescimento da planta.
Rodrigues et al. (2005), estudando o teor de proteína bruta (PB) em
Cynodon spp. cv. Tifton 85 sob irrigação (0,2, 0,6, e 1,0 da ECA) e adubação
nitrogenada (100, 200 e 300 kg ha-1 ano-1), com período fixo de pastejo (28
dias), não encontraram diferença significativa (P>0,05) dos níveis de irrigação
8
no teor de proteína bruta (PB). Neste estudo, os autores concluíram que a
irrigação proporcionou elevadas produtividades de matéria seca (MS) e o maior
nível de N utilizado (300 kg ha-1 ano-1) determinou crescimento no nível de PB
(14,16 a 14,79%) com o aumento da lâmina de irrigação, evidenciando a
recomendação de utilização de N com o fornecimento de água. Segundo
Rodrigues et al. (2005), a lâmina de irrigação que corresponde a 0,2 ECA
(evaporação do tanque classe A) e a dose de 300 kg N ha-1 ano-1 apresentam
melhor combinação de irrigação e adubação, considerando a eficiência para a
produção de proteína bruta (14,16% de PB) e a possibilidade de economia de
água.
Aguiar et al. (2004), ao avaliar massa de forragem no pré e no póspastejo, altura do relvado, eficiência de pastejo e capacidade suporte de
Brachiaria brizantha cv. Marandu irrigada e manejada intensivamente (ciclo de
pastejo de 30 e 45 dias e adubação nitrogenada de 550 e 630 kg ha-1 ano-1) em
área comercial de Latossolo Vermelho-Escuro distrófico no município de
Selvira – MS (precipitação média de 1.245 mm ano-1), encontraram taxa de
lotação de 6,35 UA ha-1 e capacidade suporte de 7,36 UA ha-1, indicando a
possibilidade da taxa de lotação ser aumentada em pelo menos 1,0 UA ha-1,
sugerindo um aumento na eficiência de pastejo de 59 para 65%. Estes autores
encontraram média de forragem no pré-pastejo de 5.833 kg MS ha-1 ano-1 e
massa de forragem média de 34.300 kg MS ha-1 ano-1.
Teodoro et al. (2002), estudando o efeito de lâminas de irrigação (25,
50, 75, 100 e 125% da ECA) em pastagens adubadas com 40 kg N ha -1 após
corte e período de descanso de 36 dias em Uberlândia - MG, encontraram
correlação linear entre a produção do capim Panicum maximum cv. Tanzânia e
lâmina de água, demonstrando que o principal fator limitante à produtividade é
a água para as condições e local do experimento e que a produção da
pastagem no período foi superior à média geral anual de pastagens nãoirrigadas (MS = 266,68 + 13,06 %ECA) com coeficiente de correlação R 2 =
0,9467. Já para a porcentagem de proteína bruta, estes autores encontraram
valores significativos (P< 0,05) variando de 19,78% para o tratamento de 125%
da ECA e 22,28% de PB para 25% da ECA, sugerindo o efeito de diluição da
irrigação sobre a porcentagem de PB.
9
Vitor et al. (2009), ao avaliar a produção de matéria seca e valor
nutritivo de pastagem de capim-elefante sob irrigação (0, 20, 40, 80, 100, 120%
da ET0) e adubação nitrogenada (100, 300, 500 e 700 kg N ha-1) no município
de Coronel Pacheco - Minas Gerais, obtiveram produções de 29.049 kg ha-1 de
MS durante todo o período experimental sendo que 21.128 kg ha-1 (73%),
foram produzidos durante o período chuvoso (1.777 mm de precipitação no
período), com aplicação de lâmina de 120% da evapotranspiração. Ainda
segundo estes autores, a aplicação de diversas lâminas de água não
influenciou (P>0,10) os teores de proteína bruta (PB).
Palieraqui et al. (2006), em estudo da influência da irrigação (reposição
da ET0 e turno de rega de 7 dias) sobre a disponibilidade, composição química,
digestibilidade e consumo dos capins mombaça e napier em solo aluvial de
baixada sedimentar com textura argilosa no município de Campos do
Goytacazes – RJ (precipitação média anual de 1.020 mm), encontraram maior
produção de matéria seca total (MST) e matéria verde seca (MVS) do capimnapier em relação ao capim-mombaça (período fixo de descanso de 32 dias e
400 kg de N ha-1 ano-1), tanto nos tratamentos irrigados como naqueles sem
irrigação. Neste estudo, estes autores não encontraram efeito da interação
forrageira X nível de irrigação sobre a disponibilidade de MST e MVS e a
irrigação aumentou as disponibilidades de matéria seca de folha (MSF),
correspondendo a 68,71% (2.389 VS 1.416 kg) e 25,7% (2.067 VS 1.645 kg)
nos capins Mombaça e Napier, respectivamente, que não diferiram entre si,
porém o capim-mombaça apresentou maior teor de MS (13,18%). Concluíram
ainda que a irrigação aumentou a disponibilidade de ambas as forrageiras com
maior resposta para o capim-mombaça, principalmente quando relacionada à
produção de MS foliar.
Palieraqui et al. (2006) encontraram ainda teores semelhantes de PB
nos tratamentos com e sem irrigação (12,18 e 12,32%), contrariando relatos de
alguns autores de que a irrigação tende a ocasionar diluição do nitrogênio nas
forragens, em decorrência da maior produção de MS e ou aceleração da
maturidade das plantas cultivadas (ANDRADE et al., 2002; RODRIGUES et al.,
2005).
Ruviaro et al. (2008), trabalhando com doses de adubação nitrogenada
(0, 45, 90 e 135 kg N ha-1 ano-1) na maximização da produção do capim10
elefante irrigado (reposição da ECA) no município de Santiago - RS, obtiveram
aumento de 1,5 toneladas para 4,9 toneladas de MS ha-1 em três cortes a cada
30 dias, com maior valor médio de produção de massa seca para a dose de 90
kg ha-1 de nitrogênio. Estes autores encontraram ainda efeito quadrático para a
PB nas doses de 0 a 135 kg N ha-1 com a máxima eficiência técnica 11,66%
PB para a dose de 91,58 kg N ha-1 e para a fibra em detergente ácido (FDA)
efeito linear, e o maior valor 33,33% sem aplicação de nitrogênio demonstrou o
efeito da aplicação de nitrogênio em cobertura sobre a melhoria do valor
nutritivo da pastagem.
Bueno (2006), avaliando potencial produtivo de gramíneas tropicais sob
diferentes níveis de adubação nitrogenada (100, 200 e 300 kg N ha-1 ano-1),
manejadas com período fixo de descanso de 27 dias, irrigação (lâmina de 20
mm a cada 8 dias) e época do ano em Coronel Pacheco – MG (precipitação
anual de 1.500 mm), encontrou respostas das gramíneas ao aumento dos
níveis de adubação nitrogenada, não encontrando efeito da irrigação para a
época das águas que inclusive foi prejudicial às Brachiaria, mostrando-se
sensíveis ao enxarcamento.
Alencar (2007), ao estudar a produção de seis gramíneas forrageiras
tropicais submetidas a diferentes lâminas de água (0, 18, 45, 77, 100 e 120%
da CC) e doses de nitrogênio (300 kg N ha-1 ano-1), no município e Governador
Valadares – MG (precipitação anual de 1.000 mm), concluiu que as lâminas
médias de irrigação para maximizar a produtividade de matéria seca dos capins
Pioneiro, Marandu, Mombaça, Tanzânia, Xaraés e Estrela são de 672, 672,
560, 448, 448, 414 mm ano-1 respectivamente, com pastejo a cada 30 dias. Os
capins Marandu e Tanzânia apresentaram maior profundidade efetiva de raiz e
os capins Xaraés e Mombaça apresentaram sistema radicular mais superficial,
sendo que as maiores produtividades de matéria seca e verde e as maiores
alturas de plantas foram obtidas na primavera/verão. Este autor encontrou
valores médios de matéria seca de 8.721kg ha-1 para o capim-mombaça, 8.456
kg ha-1 para o capim-tanzânia, 7.484 kg ha-1 para o capim-pioneiro e 6.971 kg
ha-1 para o capim-marandu com adubação de 300 kg N ha-1 durante o período
de primavera e verão; e 6.476 kg ha-1 , 6.222 kg ha-1, 6.915 kg ha-1 e 6.247 kg
ha-1 na estação primavera e verão quando irrigados. Os teores de PB foram de
9,19, 9,54, 12,14 e 9,85% para os mesmos períodos e respectivas gramíneas.
11
Santos et al. (2008), trabalhando com o efeito da irrigação
(manutenção da umidade na CC) sobre a produção dos capins Tifton 85,
Tanzânia e Marandu, no período de verão (precipitação anual de 867 mm),
sem pastejo (período fixo de corte) e adubação nitrogenada de 150 kg ha-1 ano-1
no município de Itapetinga - BA, não encontraram diferença na produção de
MS obtendo produções de 16.992 kg MS ha-1, 17.582 kg MS ha-1 e 13.977 kg
MS ha-1 para o sistema não-irrigado e 17.958, 17.982 e 16.346 kg MS ha-1 para
os capins Tifton 85, Tanzânia e Marandu, respectivamente, para o sistema
irrigado. Segundo estes autores a taxa de acúmulo de forragem foi de 124,82,
127,01 e 108,30 kg MS ha-1 dia-1, respectivamente, concluindo que a irrigação
suplementar, mesmo sendo utilizada de forma estratégica durante o veranico,
não promoveu incremento significativo sobre a produção e qualidade das
gramíneas. Segundo estes autores, estudos mais detalhados devem ser feitos,
para se verificar a real necessidade de irrigação neste período.
Martinez (2010), avaliando sete gramíneas do gênero Cynodon na
região dos Campos Gerais da Lapa - PR, com adubação nitrogenada de 150 kg
ha-1 ano-1 durante quatro anos e período fixo de corte a cada 28 a 35 dias,
encontrou média anual de 13.753 kg ha-1 de matéria seca, 12,75% de PB e
55,18% de NDT para a cultivar Tifton 85.
Gargantini (2005), estudando a irrigação (0, 50, 100 e 150 da ET0) e a
adubação nitrogenada (0, 25, 50 e 100 kg de N por corte) no município de Iacri
– SP (precipitação de 1.729 mm no período experimental) de solo franco
arenoso, trabalhando com capim-mombaça (Panicum maximum Jacq.),
encontrou resposta positiva da combinação da irrigação suplementar e
adubação de N sobre o aumento da produtividade de MS de capim-mombaça e
na sazonalidade de produção de forragem no decorrer do ano, mas pelo pouco
efeito encontrado da irrigação sobre a qualidade da forragem concluiu que as
reposições de água devem ser realizadas com base nas taxas de acúmulo de
matéria seca e na produtividade de matéria seca.
Muller et al. (2002), avaliando a produtividade de Panicum maximum
cv. Mombaça adubado com 30 kg de N ha-1 via água de irrigação (30 mm de
lâmina semanalmente) sob pastejo rotacionado no município de São Desidério,
BA (precipitação de 910 mm), obtiveram massa de forragem média de 4.958 kg
ha-1 por período de descanso de 40 dias durante a primavera (setembro a
12
novembro) superando em 25% aquele obtido durante o período de inverno com
período de descanso médio de 88 dias (3.960 kg ha-1) e taxa máxima de
acúmulo de 140,90 kg ha-1 dia-1.
Ribeiro et al. (2009), trabalhando com a influência da irrigação (0 e
100% da ET0), nas épocas seca e chuvosa, na produção e composição
química dos capins Napier e Mombaça em sistema de lotação intermitente e
período fixo de descanso em Campos de Goytacazes – RJ, encontraram
diferença significativa na matéria seca total para o capim-napier em
comparação ao capim-mombaça no sistema irrigado nas duas épocas do ano
(seca e chuvosa). Mas em contrapartida, estes autores citam que a irrigação
trouxe maior aumento de matéria seca total para o capim-mombaça. Nas duas
épocas estudadas tanto no sistema irrigado como não-irrigado, o capim-napier
obteve menor porcentagem de folhas e maior altura de planta quando
comparado ao capim-mombaça, mas não encontraram diferença significativa
para a porcentagem de folha entre os dois sistemas, sendo que a irrigação não
influenciou o teor de proteína bruta da forragem.
A contribuição de lâminas foliares na forragem tem grande importância,
pois está relacionada ao valor nutritivo da forragem, principalmente para
animais em pastejo, uma vez que a folha é o componente da pastagem mais
selecionado na dieta e que tem alto valor nutritivo, deve receber mais atenção
que a produção total de massa seca, pois o consumo e a produção animal,
geralmente, não estão correlacionados com o total de forragem e sim com a
massa seca foliar, que é selecionada no pastejo (MARASCHIN, 2000).
Em
estudo
das
características
agronômicas
de
Tifton-85
e
economicidade do sistema de produção de leite com e sem irrigação (0 e 100%
da ET0, respectivamente) e adubação nitrogenada (200 kg N ha-1 ano-1) com
período fixo de descanso da pastagem (28 dias) no município de Santa Rita MG, Neto et al. (2004) concluem que as reduções de gastos com a
suplementação volumosa (R$ 471,90) não foram suficientes para compensar
os gastos com a energia da irrigação (R$ 527,00), e com isto a irrigação não se
mostrou competitiva.
Vários autores, como Ribeiro et al. (2009), Santos et al. (2008),
Ruggiero et al. (2006) e Lima (2009), concluem que são necessários outros
13
estudos em outras condições de manejo e clima para se avaliar o
comportamento de plantas forrageiras sob irrigação.
Aguiar et al. (2004), avaliando massa de forragem, taxa de acúmulo de
forragem, e capacidade suporte dos capins Tanzânia, Mombaça e Tifton 85
irrigadas no sistema de malhas em Uberaba – MG, encontraram resultados
inconsistentes sugerindo mais estudos, com outras espécies e em outras
regiões do país, antes da recomendação generalizada da adoção da
tecnologia.
2.4 O sorgo granífero
A demanda de grãos no Brasil vem aumentando sistematicamente e
parte dessa demanda poderia ser suprida pelo sorgo, se este não fosse
cultivado em áreas marginais, sem adoção de tecnologia em ambientes
inadequados para a agricultura moderna e, de forma geral, cultivado em
sucessão às culturas de verão (COELHO et al., 2002).
O sorgo é uma planta C4 de dia curto e com alta taxa fotossintética. A
grande maioria dos materiais genéticos de sorgo requer temperaturas
superiores a 21°C para um bom crescimento e desenvolvimento e de maneira
geral temperaturas superiores a 38°C e inferiores a 16°C limitam o seu
desenvolvimento e reduzem a produtividade (LANDAU; SANS, 2008).
A planta de sorgo tolera mais o estresse hídrico por déficit ou por
excesso do que a maioria dos outros cereais, podendo ser cultivada numa
ampla faixa de condições de solo necessitando de 330 kg de água para
produzir 1 kg de MS, enquanto o milho necessita de 370 kg de água e o trigo
500 kg de água para produzirem a mesma massa de MS (MAGALHÃES et al.,
2008).
A planta de sorgo, pelas suas características, tem enorme utilidade nas
regiões muito quentes e secas e por isso não se consegue boas produções de
grãos e forragem cultivando outras espécies como é o caso do milho (fonte de
energia) para alimentação animal que se torna inviável, restando às
propriedades leiteiras a aquisição de rações prontas ou a formulação de
concentrados com produtos adquiridos nos mercados locais (RIBAS, 2008).
14
Magalhães et al. (2008), em seus experimentos, relatam que para
produzir grãos, o sorgo necessita de 25 mm de água após o plantio, cerca de
250 mm durante o crescimento e 25 a 50 mm durante a maturidade. O déficit
hídrico durante o estádio EC1 (primeira fase de crescimento da cultura, da
germinação à iniciação da panícula), provoca menos danos à planta do que em
EC2 (da iniciação da panícula ao florescimento) sendo que no estádio EC2 a
escassez de água vai resultar na redução das taxas de crescimento da
panícula e das folhas, e no número de sementes por panícula. Estes mesmos
autores citam que quando a falta de água acontece no estádio EC3 (da
floração à maturação fisiológica), o resultado é a senescência rápida das folhas
inferiores e a consequente redução no rendimento de grãos.
A insuficiência de água é uma das causas mais comuns de redução de
área foliar, e está relacionada com a expansão das células; estas plantas
possuem um depósito de substância cerosa na junção da bainha com o limbo,
que leva a planta a perder menos água na transpiração, sendo importante para
a economia de água, sobretudo em condições de estresse hídrico. Outra
característica interessante é observada na epiderme superior da folha, onde há
filas de células especializadas que permitem à folha enrolar em condições de
estresse hídrico, constituindo-se numa defesa natural da planta (MAGALHÃES
et al., 2008).
A maturação das sementes de sorgo ocorre do ápice para a base da
panícula e a maturação fisiológica das sementes ocorre ao redor de 47 dias
após a plena floração, para a porção apical e em torno de 54 dias, para as
porções média e basal da panícula. Ainda segundo estes autores, a maior
qualidade fisiológica considerando as três porções da panícula ocorre em torno
de 54 dias após a plena floração, com umidade em torno de 22% (TILLMAN et
al., 1985).
Segundo Weismann (2007), dos 30 aos 70 dias de vida da planta de
sorgo, ocorre o acúmulo de matéria seca e de nutrientes, entre 30 e 40 dias
inicia-se a fase de diferenciação floral, onde a planta deixa de produzir as
partes vegetativas (colmo e folhas) e inicia a formação da parte reprodutiva
(panícula). Após esse período, inicia-se a fase de emborrachamento, quando
há um rápido alongamento do colmo e da panícula, que se completa em torno
dos 50 a 55 dias; a panícula emerge, e entre 60 e 70 dias após a emergência
15
da planta dá-se o florescimento sendo esse o período em que toda agressão,
aplicação indevida de agroquímicos, ou condições climáticas desfavoráveis
como o estresse hídrico, afetarão a produtividade final. Segundo este autor,
com
aproximadamente
90
dias
após
a
emergência,
a
planta
está
fisiologicamente madura e com grãos totalmente formados, no entanto, a
umidade dos grãos está em torno de 25 a 40% necessitando de secagem.
2.5 Efeito da irrigação na produção do sorgo granífero
Mais recentemente têm sido observados plantios de sorgo sob
irrigação suplementar tanto no Nordeste como no Centro-Oeste do país, onde o
sorgo é semeado em sucessão às culturas de verão. Segundo Ribas et al.
(2008), o sorgo é cultivado principalmente onde a precipitação anual se situa
entre 375 e 625 mm ou onde esteja disponível a irrigação suplementar.
Viana et al. (1986), em trabalho de sorgo granífero no município de
Jaíba – MG, com níveis de adubação (0, 100 e 200 kg ha-1) de adubo
formulado 04:30:10 e sulfato de amônio em cobertura (0, 40, 80 kg ha-1) com e
sem déficit hídrico, obtiveram produções que variaram de 4.022 kg ha-1 de
grãos de sorgo só com 80 kg ha-1 de sulfato de amônio em cobertura e
produção máxima de 6.540 kg ha-1, quando o sorgo foi adubado com
200 kg ha-1 de 04:30:16 e cobertura de 40 kg ha-1 de sulfato de amônio sem
déficit hídrico.
Em estudo de avaliação de cinco cultivares de sorgo granífero (BR 4,
Catuy, 741, 822 e um Híbrido Experimental V00069) na safrinha no Sudoeste
do Estado de Goiás nos municípios de Montividiu, Rio Verde e Santa Helena
de Goiás, com o objetivo de selecionar cultivares de melhor desempenho
agronômico sem o uso da irrigação, Silva et al. (2009) obtiveram produtividades
que variaram de 582 a 3.245 kg ha-1, peso de mil grãos variando de 14,54 a
20,95 g e altura de plantas com variação de 72 a 114 cm, concluindo que os
maiores rendimentos foram constatados no município de Montividiu por
apresentar condições de maior precocidade para o florescimento e colheita,
sugerindo que a interação genótipo e ambiente é que vai determinar a
produtividade da cultura e a seleção correta da cultivar e o sistema de cultivo
16
empregado pode ser o fator de sucesso na exploração, evidenciando a
importância da irrigação.
Maringuele e Lima e Silva (2002), avaliando rendimento de grãos de
oito cultivares de sorgo granífero em Mossoró – RN, encontraram produções
médias de 7.960 kg ha-1.
Pompeu et al. (2005) avaliaram as características agronômicas de 19
cultivares de sorgo granífero no município de Pentecoste – CE e obtiveram
como resultado cultivares mais precoces com floração ao redor de 45 dias e as
mais tardias aos 64 dias após plantio, alturas de plantas variando de 1,14 a
2,38 metros e produtividades variando de 1.886 a 5.312 kg ha-1.
No ensaio nacional de cultivares de sorgo granífero, o ensaio irrigado
no município de Barretos – SP atingiu média de 11.740 kg ha-1 com a cultivar P
8116 e 6.240 kg ha-1 com a cultivar CMS 213, obtendo média de 9.120 kg ha-1
(COELHO et al., 2002).
Em estudo do comportamento do sorgo granífero em função de
diferentes frações de água disponível no solo (FAD) (0,65, 0,75, 0,85 e 0,95) no
município de Santa Maria – RS, Peiter e Carlesso (1996) não encontraram
diferenças significativas (P>0,05) para peso de mil sementes obtendo
resultados de 28,82, 26,01 e 24,43 g para as frações de 0,95, 0,85 e 0,75 de
água disponível no solo, respectivamente. Os autores concluíram ainda que o
manejo da irrigação da cultura será realizado com a manutenção da fração de
água disponível no solo superior a 0,75 cm na profundidade efetiva do sistema
radicular da planta.
No Mato Grosso do Sul, o plantio de sorgo granífero na “safrinha” é
comum, com cerca de 90 mil hectares e produtividades médias ao redor de
2.600 kg ha-1 e o baixo rendimento se deve ao fato de ser cultivado em
condições climáticas desfavoráveis. Weismann (2007) classifica 17 cultivares
de sorgo quanto ao seu ciclo e relaciona as cultivares, Buster e Catuy como
tendo ciclo superprecoce e a cultivar DKB 599, como precoce.
Silva e Lovato (2008), avaliando crescimento e rendimento de sorgo
granífero submetidos a 21 tratamentos com nitrogênio no município de Santa
Maria - RS, encontraram produções que variaram de 3.402 a 6.596 kg ha-1 e
média geral dos tratamentos de 5.190 kg ha-1.
17
Avaliando características agronômicas de sorgo granífero no Estado de
Ceará, Pompeu et al. (2005) encontraram produtividade média entre as
cultivares de 4.001 kg ha-1 com altura média de plantas de 1,68 cm e início de
floração médio entre as cultivares de 55 dias.
Lima (2009), ao estudar os efeitos da disponibilidade de água e
desenvolvimento de plantas de sorgo e braquiária Marandu consorciadas,
encontrou massa seca de grãos que variam de 51 a 2.475 kg ha-1 e peso de mil
grãos que variaram de 18,70 a 167,50 g concluindo que a variação no peso de
grãos está relacionada à menor produtividade de grãos por panícula,
salientando que a restrição hídrica no período de iniciação da panícula ou no
florescimento do sorgo, causa redução na produção de grãos, devendo-se
evitar o plantio da cultura nas épocas em que estas fases do ciclo fenológico da
cultura possam coincidir com períodos de déficit hídrico.
2.6 Coeficiente de uniformidade da irrigação
Segundo Bernardo (2006), um bom sistema de irrigação deve aplicar
água no solo uniformemente, até determinada profundidade, para proporcionar
umidade necessária ao desenvolvimento normal das espécies vegetais.
A uniformidade de distribuição de água em uma área entre aspersores
é usualmente determinada por um coeficiente de uniformidade e esse
coeficiente expressa a variabilidade da lâmina de irrigação (DRUMOND, 2003).
Diversos coeficientes são utilizados para expressar esta uniformidade,
destacando-se o Coeficiente de Uniformidade de Christiansen (CUC) e o
Coeficiente de Uniformidade de Distribuição (CUD). Para estes autores, quanto
maior a velocidade do vento e menor o tamanho de gotas, pior será o perfil de
distribuição da água em comparação com aquela para condições de vento
fraco. Um CUC de 88% significa que 88% da área irrigada estão recebendo a
lâmina desejada e que 12% estarão recebendo uma lâmina maior ou menor
que a projetada, o que é muito bom para irrigação por aspersão (DRUMOND;
FERNANDES, 2001).
Já, Alencar et al. (2009) classificam o sistema de irrigação conforme o
coeficiente de uniformidade em excelente (CUC de 95 a 100%), bom (CUC de
85 a 95%), razoável (CUC 75 a 85%) e ruim (CUC de 65 a 75%).
18
Merrian e Keller (1978) apud Drumond (2003) recomendam que para
cultivos com sistema radicular médio, a exemplo de plantas forrageiras, o
coeficiente de uniformidade (CUD) deveria variar entre 70 e 80%, e o
coeficiente de uniformidade de Christiansen (CUC) de 80 a 88%.
2.7 Coeficiente de cultura
Neto et al. (1996), estudando as necessidades hídricas e a eficiência
de uso de água pelo capim-buffel em solo arenoso, encontraram aumento da
evapotranspiração da cultura à medida que se proporcionou maior lâmina de
água ao solo. Neste estudo, estes autores encontraram um coeficiente de
cultura (Kc) médio de 0,62. Estes autores, citando Castro et al. (1976),
encontraram um Kc médio de 0,63 para o capim-elefante (Pennisetum
purpureum) e um valor médio de evapotranspiração de 4,57 mm dia-1.
Xavier et al. (2004), em estudo de manejo da irrigação em pastagem
irrigada por pivô central na região de Piracicaba e Pereira Barreto – SP, com o
desenvolvimento de modelos para estimar a lâmina necessária para cada parcela
de pastejo, encontraram valores distintos de Kc para as duas regiões que foram
de 1,52 e 1,54 para fevereiro e 0,42 e 1,30 para agosto, respectivamente.
Segundo Bernardo et al. (2006), quando não se conhece o valor de Kc de
determinada cultura em uma região, têm sido muito comum para dimensionar o
sistema de irrigação, assumir o valor de Kc = 1,0, ou seja, dimensioná-lo, tendo
como base a evapotranspiração potencial de referência (ET0).
Já, Alencar et al. (2009), baseados em resultados de pesquisa e
experiência de campo, recomendam em irrigação de pastagem um Kc prático
único constante de valor igual a 0,8 para estádio de pastejo entre ciclo de
pastejo, em que tanto a evapotranspiração quanto à transpiração são
componentes importantes da ETc.
Em estudo sobre o consumo de água e o coeficiente da cultura do
sorgo (Kc) na Universidade de Pelotas, Assis e Verona (1991) encontraram
uma variação do Kc comparando os métodos de determinação da
evapotranspiração máxima da cultura pelos métodos de Penman-Monteith,
Tanque Classe A e Método de Radiação, obtendo valores médios de 0,74, 0,76
e 0,68, respectivamente, para o coeficiente de cultura e uma evapotranspiração
máxima de 461 mm.
19
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local do experimento e área experimental
O experimento foi Instalado na Estação Experimental do Instituto
Agronômico do Paraná (Iapar), localizado no município de Paranavaí – PR,
região do Arenito Caiuá, Noroeste do Paraná, numa altitude de 480 m, latitude
de 23°00’04’’ S e longitude de 42°02’06’’ W. O experimento foi conduzido em
uma área de 0,335 ha a qual estava em pousio. As unidades experimentais
foram constituídas com parcelas de 4 X 10 m para as forrageiras tropicais e 4 X
5 m para o sorgo granífero, sendo que entre as parcelas foi deixado um espaço
de trânsito de 2 m (Figura 1).
Figura 1 – Área experimental.
O croqui da área experimental e a distribuição das unidades
experimentais bem como o posicionamento do sistema de irrigação estão
expostos na Figura 2.
20
CROQUI DA ÁREA EXPERIMENTAL
CROQUI DA ÁREA EXPERIMENTAL
Croqui da Área Experimental
Parcelas 4 X10 metros
Linha Mestre
1/1
1/1
1
4
10
Par
Parc
celas
elas
2
4
1/1
4
2
4
1/1
4
2
4
Linha mestre
44X10m
X 10m
Asperssor
1
1
Ramais
10
54 m
1
1
10
1
1
120 m
12m
10
1
15 m
42 m
192 m
Área não Irrigada
Área Irrigada
Moto Bomba
Figura 2 – Croqui da área e distribuição das unidades experimentais.
A distribuição no campo experimental dos materiais avaliados pode ser
DEKALB
MARANDÚ
TIFTON 85
PIONEIRO
PIONEIRO
DEKALB
BUS
CATUY
MR
DEKALB
MARANDÚ
MR
CATUY
MOMBAÇA
BUS
MR
TIFTON 85
BUS
PIONEIRO
MARANDÚ
DEKALB
BUS
MOMBAÇA
MARANDÚ
TIFTON 85
DEKALB
MOMBAÇA
DEKALB
MARANDÚ
PIONEIRO
TIFTON 85
BUS
MR
MARANDÚ
PIONEIRO
MARANDÚ
MOMBAÇA
TIFTON 85
PIONEIRO
MARANDU
MOMBAÇA
MR
MOMBAÇA
MR
CATUY
CATUY
MR
PIONEIRO
CATUY
MOMBAÇA
CATUY
DEKALB
BUS
MOMBAÇA
BUS
MR
TIFTON 85
TIFTON 85
CATUY
BUS
TIFTON 85
DEKALB *
PIONEIRO
visualizada na Figura 3.
CATUY
Figura 3 – Distribuição das cultivares avaliadas no campo experimental.
21
3.2 O clima
O clima é o Cfa subtropical úmido mesotérmico, segundo a
classificação de Köeppen, com verões quentes, baixa frequência de geadas
severas e uma tendência de concentração das chuvas no período de verão
(CARTAS CLIMÁTICAS DO IAPAR, 2000).
Segundo dados fornecidos pelo Simepar (Instituto Tecnológico
Simepar), as médias dos parâmetros climáticos para o município de Paranavaí
dos últimos dez anos estão apresentadas no Quadro 1.
Mês
Decêndio
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Média
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
Tmax.
(°C)
30,95
31,12
30,89
31,41
30,88
31,70
32,23
30,94
30,90
30,59
29,40
29,30
25,48
25,70
24,06
25,83
25,44
24,79
25,65
23,76
24,88
26,37
27,79
28,28
28,68
27,27
28,10
30,06
30,27
30,62
29,90
30,07
31,49
30,66
31,43
31,79
28,85
Tmin.
(°C)
21,14
21,18
21,06
20,87
20,54
20,94
21,25
20,68
20,20
20,01
18,48
18,60
15,03
15,23
13,79
15,75
15,10
14,21
15,67
12,90
13,83
15,23
15,59
16,12
16,52
16,59
16,78
18,04
19,39
19,13
18,66
18,62
19,81
20,12
20,47
20,57
18,00
UR
(%)
75,72
74,37
76,18
72,73
76,49
72,63
69,54
72,07
69,65
70,44
68,58
68,99
71,05
69,72
72,55
69,90
69,54
70,11
66,88
65,56
62,81
60,57
52,59
54,82
54,51
64,46
62,41
62,47
66,63
65,55
68,87
64,77
63,85
70,09
66,89
69,77
67,60
Chuva
(mm)
64,22
58,57
71,83
50,55
76,07
53,63
42,11
48,34
39,51
22,39
33,03
20,19
37,37
43,40
43,15
23,35
24,57
17,71
27,75
21,75
22,25
25,84
10,08
27,29
27,60
44,73
32,82
35,67
37,06
37,53
63,82
47,89
31,51
35,37
32,97
65,13
38,81
Vento
-1
(Km h )
6,65
7,04
7,40
6,72
6,46
6,01
6,46
6,30
6,61
6,20
6,60
6,22
6,20
7,04
7,17
7,04
7,29
6,91
7,49
8,00
8,51
8,05
9,41
8,88
9,09
8,86
9,32
8,52
8,08
8,31
7,83
8,36
7,93
7,50
7,52
7,60
7,49
Quadro 1 – Médias dos parâmetros climáticos do município de Paranavaí em
decêndio - dez anos.
22
3.3 O solo
O solo da área experimental, segundo Fidalski et al. (2008), se
caracteriza como Latossolo Vermelho distrófico textura média, A moderado
com relevo suave-ondulado, e diferença de nível de 5 cm m-1, sendo a camada
de 0 a 15 cm de profundidade, arenosa, com 89,2% de areia, 1,0% de silte e
9,8% de argila.
Para a determinação das características químicas do solo, 20 amostras
simples deformadas de solo foram retiradas em duas profundidades 0 a 10 e
10 a 20 cm e das amostras simples foram feitas uma amostras compostas nas
duas profundidades e enviadas para análise no laboratório de solos do Iapar de
Londrina – PR e suas características químicas estão apresentadas no Quadro
2.
Profundiade
P
C
-3
g.dm
MO
-3
PH
Al
H + Al
Ca
Mg
K
S
T
-3
V
mg.dm
0 a 10
20,20
6,71
10,15
5,10
0,00
2,94
1,16
0,70
0,21
2,06
5,00
41,11
10 a 20
9,00
5,55
8,70
4,95
0,02
2,94
1,09
0,63
0,12
1,84
4,78
38,38
Média
14,60
6,13
9,43
5,03
0,01
Argila
2,94
1,12
0,66
Silte
%
1
2
1
1
2
2
2
2
0,16
1,95
4,89
Areia
39,74
Tratamento
Área Irrigada
Área não irrigada
g.dm
-3
cm
Prof.
0 a 10
10 a 20
20 a 40
Média
0 a 10
10 a 20
20 a 40
Média
CaCl2
cmolc.dm de solo
8
8
15
11
10
12
17
13
%
91
90
84
88
88
88
81
85
Quadro 2 – Resultado da análise química e granulométrica do solo.
Para determinação das características granulométricas do solo foram
retiradas quatro amostras simples deformadas por bloco e por tratamento em
três profundidades (0 a 10 cm; 10 a 20 cm e de 20 a 40 cm) para determinação
das frações areia, silte e argila do solo e suas médias estão apresentadas no
Quadro 2.
Para determinação das propriedades físicas do solo como a densidade
aparente, porosidade total, macro e microporosidade e elaboração da curva de
23
retenção de umidade, foram coletadas 24 amostras indeformadas para as
profundidades de 0 a 15 cm com centro em 7,5 cm, representando a média da
profundidade e 30 a 50 cm com centro em 37,5 cm, com uso de anéis
volumétricos de 5,0 cm de diâmetro e 5,0 cm de altura e volume total de 100
cm3 que posteriormente foram embrulhados em papel alumínio e levados para
o Laboratório de Solos do Iapar, em Ponta Grossa – PR.
No laboratório, estas amostras foram protegidas em sua parte inferior
por pano tipo filó, seguros com elástico e colocadas para saturação em
bandejas plásticas com 2/3 da altura do cilindro cobertas com água por 24h.
Após a saturação, estas foram encaminhadas para a mesa de tensão onde foi
aplicada uma tensão de -60 cmca até que cessasse a drenagem. A cada
tensão aplicada estas foram pesadas para determinação da umidade residual.
Com o término da avaliação das tensões para determinação da capacidade de
campo (Cc) e do ponto de murcha permanente (PMP), estas amostras foram
levadas para estufa de 105 a 110ºC por 48h para determinação da porosidade
total, macro e microporosidade e a determinação da densidade do solo (Ds)
que estão apresentadas no Quadro 3.
Profundidade
Densidade
(cm)
7,5
37,5
Média
(g cm solo)
1,57
1,63
1,60
-3
Micro
(%)
15,50
20,30
17,90
Porosidade
Macro
(%)
17,70
10,70
14,20
Total
(%)
33,10
31,00
32,05
Quadro 3 – Densidade aparente, macro, micro e porosidade total em duas
profundidades.
Para determinação da capacidade de infiltração de água no perfil do
solo foram efetuados testes de infiltração e definida a Velocidade de infiltração
Básica (VIB) para o solo em estudo, conforme descrito por Montovani et al.
(2007). Como média dos testes de infiltração, obteve-se velocidade de
infiltração básica (VIB) de 30 mm h-1, segundo dados de Marun (1996) o solo
da Fazenda Experimental do Iapar apresenta uma taxa de infiltração próxima
de 38 cm h-1 na profundidade de 40 cm quando cultivado sob pastagem.
24
3.4 Sistema e manejo da irrigação
O sistema de irrigação utilizado foi o de aspersão fixo, composto de
uma linha principal de 75 mm de diâmetro e quatro linhas laterais adjacentes
com diâmetro de 50 mm, com cinco aspersores por linha da marca NaanDan
modelo 5035, ¾”M e 1”F, tipo rotativos de média pressão com bocais de 3,5 e
2,5 mm, que segundo as especificações do fabricante tem diâmetro molhado
de 26 m com vazão variando de 0,73 a 4,6 m 3 h-1, pressão de serviço de 2,5 a
5,0 bar e intensidade de aplicação de 6,9 mm h-1. Os aspersores foram
instalados a 1 m da superfície do solo no espaçamento de 12 m entre linhas e
entre aspersores na linha de derivação, funcionando simultaneamente com
pressão de 2,5 bar restrita por válvulas reguladoras de pressão (Figura 4).
Figura 4 – Sistema de irrigação em funcionamento.
O sistema motobomba composto de bomba centrífuga de 12,5 CV com
eixo horizontal da marca Schneider, modelo MAS – 22 R 1 ¼ 12,5 CV trifásica
60HZ4V, altura em mca mínima de 38 e máxima de 53 e vazão em m 3 h-1
mínima de 18,10 e máxima de 38,50, funcionando a pressões variando de 3 a
3,5 bar.
25
Para a obtenção dos dados necessários aos cálculos dos parâmetros
estatísticos que caracterizam a uniformidade de distribuição de água pelo
sistema de irrigação, foram medidas as precipitações com o uso de
pluviômetros (coletores) dispostos em malhas de 3 x 3 m (Figura 5), nas áreas
compreendidas entre os aspersores e determinados os coeficientes de
uniformidade de Christiansen (CUC) e o coeficiente de uniformidade de
distribuição (CUD) descritos por Bernardo et al. (2006), e os volumes coletados
em cada um dos pluviômetros foram determinados ao final de cada avaliação,
utilizando-se uma proveta graduada a cada 0,10 milílitros.
Figura 5 – Coletores para obtenção das precipitações.
Para determinação das perdas por evaporação durante as avaliações
foi instalado um coletor fora da área do experimento, idêntico aos instalados
entre os aspersores, com volume de água conhecido que ao final de cada
avaliação, determinou-se o volume de água contido, obtendo o volume de água
evaporada (volume inicial – volume final = volume evaporado) o qual foi
adicionado ao volume coletado em cada pluviômetro (coletor) instalado entre
os aspersores.
As irrigações foram efetuadas segundo o balanço de água no solo
baseado nas informações da curva característica de retenção de água no solo
26
(Figura 6), para determinação da capacidade de campo (Cc) e do ponto de
murcha permanente (PMP), com irrigação suplementar para reposição da
umidade na capacidade de campo, adotando-se um fator de disponibilidade de
0,5 e considerando-se uma profundidade efetiva de raiz de 50 cm.
0,35
0,30
Umidade (cm3 cm-3 )
0,25
  0,045 
0,20
(0,321  0,045)
[(1  (0,0737 * )1,3997]0, 2195
0,15
0,10
0,05
0,00
0
150
300
450
600
750
900
1050
1200
1350
1500
Tensão ( kPa )
Figura 6 – Curva de retenção de água no solo da área experimental.
Para determinação da evapotranspiração da cultura, utilizou-se um Kc
médio para forrageiras tropicais de 0,8 conforme sugerido por Alencar et al.
(2009) e uma eficiência de irrigação de 80% de acordo com Mantovani et al.
(2007).
A evapotranspiração de referência (ET0) foi calculada pelo método de
Penmam-Monteih, sugerido pela FAO, com dados coletados e fornecidos pelo
Simepar a partir de uma estação climatológica existente na Fazenda
Experimental do Iapar, distante 50 m do local do experimento.
Na Figura 7, encontram-se os valores de precipitação pluviométrica
(chuva), evapotranspiração de referência (ET0), lâminas de irrigação aplicadas,
conteúdo de água no solo (Umidade atual), capacidade de campo (Cc),
umidade de segurança estabelecida para o experimento (θseg) e ponto de
murcha permanente (PMP), durante o período experimental.
27
50
mm
40
30
20
10
Chuva
Irrigação
ET0
Umidade Atual
Cc
θseg.
17/04/2010
03/04/2010
20/03/2010
06/03/2010
20/02/2010
06/02/2010
23/01/2010
09/01/2010
26/12/2009
12/12/2009
28/11/2009
14/11/2009
0
PMP
Figura 7 – Valores de pluviosidade, lâminas de irrigação aplicadas e o balanço
de água no solo durante o período experimental. Paranavaí – PR.
Na Figura 7, pode-se verificar os altos índices de pluviosidade, ocorridos
principalmente durante os três primeiros meses de avaliação (novembro,
dezembro e janeiro) em que foram realizadas apenas duas irrigações,
ocorrendo logo após a aplicação das lâminas, chuvas de aproximadamente 50
mm. Já nos meses de fevereiro e março, registrou-se ausência de
precipitações no início de fevereiro e março (10 e 14 dias, respectivamente).
No mês de abril ficou caracterizado um período de veranico mais acentuado,
com 22 dias consecutivos sem chuvas.
Durante o período experimental, cinco meses, a pesquisa foi realizada
sob regime climático caracterizado pelo efeito El Niño, com pluviosidade acima
da média e boa distribuição, exceção feita ao mês de abril do período
experimental (Figura 8).
28
mm
200.0
180.0
160.0
140.0
120.0
100.0
80.0
60.0
40.0
20.0
0.0
1º
2º
Nov.
3º
1º
2º
Dez.
3º
1º
2º
3º
1º
Jan.
Média 10 anos
2º
3º
Fev.
1º
2º
Mar.
3º
1º
2º
3º
Abr.
Período Exp.
Figura 8 – Precipitação pluviométrica média em decêndio de dez anos e do
período experimental.
3.5 Experimento com gramíneas forrageiras
3.51 Preparo do solo, semeadura e adubação das gramíneas forrageiras
O solo foi preparado em sistema convencional, com uma aração e duas
gradagens de nivelamento. Em 16/01/09, realizou-se a aração da área que
serviu para incorporar 750 kg ha-1 de calcário dolomítico e após a aração
efetuaram-se duas gradagens de nivelamento em que na primeira gradagem
(28/01/09) incorporou-se a dose restante de calcário 750 kg ha-1 de acordo com
os resultados da análise química do solo para elevar a 70% a saturação de
bases do solo.
O solo foi corrigido para elevar o nível de fósforo a 20 ppm (420 kg ha-1
de superfosfato simples) antes da ultima gradagem e a correção de potássio
efetuada para elevar os níveis de potássio na proporção de 5% da Capacidade
de Troca de Cátions (CTC) com aplicação de 125 kg ha-1 de cloreto de potássio
numa profundidade de 20 cm. A adubação nitrogenada de cobertura foi
realizada após cada corte, durante o período experimental de novembro a
março, com 50 kg N ha-1 (156 kg de nitrato de amônio ha-1) e a adubação
potássica de cobertura com 50 kg ha-1 de K2O (83 kg ha-1 de cloreto de
potássio), parcelada e aplicada juntamente com a adubação nitrogenada.
29
O plantio e a semeadura das espécies forrageiras tiveram início no dia
27/02/09 e finalizou-se dia 10/3/09. A semeadura das forrageiras capimmombaça e capim-marandu foi realizada no espaçamento de 50 cm entre
linhas na profundidade de 3 cm com 2,5 kg de sementes puras viáveis por
hectare. O plantio da Tifton 85 foi realizado por mudas, no espaçamento de 50
cm entre linhas e 50 cm entre covas. O capim-pioneiro foi plantado no
espaçamento de 60 cm entre linhas com três colmos por metro linear. O
período de estabelecimento destas espécies foi de março a novembro de 2009,
sendo realizados três cortes das forragens antes do início do período
experimental.
Após o preparo da área, plantio e implantação das forrageiras foi
efetuada a locação do sistema de irrigação com início no dia 09/11/09 e
término no dia 13/11/09 e o período experimental teve início em 16/11/09
sendo que no dia 18/12/09 foi efetuada a primeira irrigação e avaliação de
verificação dos coeficientes de uniformidade do sistema de irrigação na área
irrigada, finalizando a avaliação do experimento em 28/4/2010 (163 dias).
3.5.2 Coleta de dados para avaliação da produção e características
bromatológicas das forrageiras
Dentro da área útil de cada parcela foi coletada uma amostra de
forragem em uma área de 2 m2 para o capim-pioneiro e capim-mombaça que
possuem hábito de crescimento cespitoso e em uma área de 1 m2 para as
forrageiras Tifton e Marandu, com hábito de crescimento estolonífero e
cespitoso, respectivamente. Os cortes das forrageiras foram efetuados quando
cada espécie atingiu altura média adequada de manejo (Marandu – 35 a 40
cm; Pioneiro – 80 a 90 cm; Mombaça – 85 a 90 cm; Tifton 85 – 27 a 30 cm),
com resíduo de 15, 30, 35 e 10 cm, respectivamente, segundo Silva (2008). As
médias de altura das forrageiras obtidas a campo quando do momento de corte
durante o período experimental encontram-se no Quadro 4.
30
Forrageira
Marandu
Pioneiro
Mombaça
Tifton 85
Tratamento Irrigado
38,85
91,10
83,81
28,66
Tratamento não-Irrigado
35,65
95,30
82,00
26,75
Quadro 4 – Altura média de corte das forrageiras durante o período
experimental.
Após o corte, as amostras das forrageiras foram pesadas no campo
utilizando balança tipo dinamômetro, e desse material foi retirada uma amostra
de 500 g para determinação do teor de matéria seca e outra para separação
botânica (colmo, folhas e material morto). Posteriormente, essas amostras
foram secas em estufa com circulação forçada de ar, a 55ºC, por 72h.
A taxa de acúmulo de MS das forragens foi obtida dividindo a massa de
forragem pelo intervalo entre cortes (dias). A taxa de acúmulo média do
período experimental foi calculada pelo somatório das taxas de acúmulo de
cada corte, dividindo-se pelo número de cortes.
A produção total do período experimental foi calculada multiplicando a
taxa de acúmulo média pelo número de dias do período experimental.
A estimativa de massa foliar, massa de colmo e massa de material
morto e senescente foram calculadas pelo percentual de cada componente
morfológico multiplicado pela massa seca de forragem total.
As amostras secas de folhas foram moídas em moinho tipo “Willey”
com peneira de 1,0 mm e enviadas para o Laboratório de Análises
Bromatológicas do Iapar de Ibiporã - PR, para estimar o teor de proteína bruta.
3.5.3 Delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi o de bloco inteiramente
cazualizado em esquema fatorial 4 x 2 (quatro espécies de forrageiras tropicais
com e sem irrigação), com quatro repetições. As espécies forrageiras
estudadas foram: mombaça - panicum maximum, cv. mombaça, capim-pioneiro
- Pennisetum purpureum, cv. Pioneiro, Tifton 85 - Cynodon spp, cv. Tifton 85,
Marandu – Brachiaria brizantha, cv. Marandu.
31
Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e para
a comparação das médias dos fatores de variação utilizou-se o teste de Tukey
a 5% de probabilidade (P<0,05). As análises foram efetuadas pelo Sistema
SISVAR 4.6 de Análise Estatística da Universidade Federal de Lavras
(FERREIRA, 2003).
3.6 Experimento com o sorgo granífero
3.6.1 Preparo do solo, semeadura e adubação do sorgo granífero
O preparo e a correção do solo para a cultura do sorgo granífero
(calagem e fosfatagem) foi a mesma utilizada para as espécies de gramíneas
forrageiras. O plantio ocorreu no dia 10 de dezembro de 2009 no espaçamento
de 80 cm entre linhas e densidade de 20 sementes por metro linear com
posterior desbaste para 12 plantas por metro e população final de 150.000
plantas por hectare.
A adubação de plantio foi efetuada em sulco com 40 kg de N, 60 kg de
K2O e 70 kg de P2O5 por hectare e cobertura nos estágios vegetativos de
quatro e seis folhas, sendo a primeira na quantidade de 80 kg de N e 140 kg de
K2O por hectare e a segunda aplicação com 80 kg N ha-1 (EMBRAPA, 2008).
3.6.2 Coleta de dados para avaliação da produção de grãos, altura de plantas
e peso de mil sementes
As unidades experimentais foram compostas de seis linhas de plantio
com 4 m de comprimento e área total de 20 m 2. Para a amostragem do sorgo
granífero adotou-se uma parcela útil de três linhas de cultivo com 2 m lineares
cada linha perfazendo um total de 6 m lineares por área útil da parcela.
As parcelas úteis de sorgo foram ensacadas durante o processo de
enchimento dos grãos para evitar o ataque de aves (Figura 9) e a colheita
ocorreu em 22 de março de 2010, quando as plantas apresentavam ponto de
maturação fisiológica, o que ocorreu aproximadamente aos 110 dias de cultivo.
32
Figura 9 – Panículas da área útil das parcelas de sorgo, ensacadas para
proteção contra as aves.
As panículas das amostras de sorgo granífero que faziam parte da
parcela útil foram cortadas manualmente no campo com auxílio de tesouras e
depois de cortadas foram debulhadas manualmente e limpas no setor de prélimpeza do Iapar de Londrina – PR com o auxílio de uma selecionadora de
grãos
marca
Agrofior,
modelo
SL-1420
e
posteriormente
pesadas,
determinados os seus teores de água com correção e uniformização da
umidade de todas as amostras para 13%.
Para a determinação do peso de mil sementes (grãos) foram coletadas
quatro panículas por parcela e de cada panícula foram retiradas quatro
subamostras de grãos no terço médio das panículas que foram debulhadas
contado o número de mil grãos, pesados e seu peso corrigido para 13% de
umidade. Para a determinação da altura de plantas foram avaliadas dez plantas
por parcela útil medindo-se a altura da planta da superfície do solo (colo da planta)
à ponta da panícula, realizada no estádio de plena floração das cultivares.
3.6.3 Delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi o de bloco inteiramente
cazualizado em esquema fatorial 4 x 2 (quatro cultivares de sorgo granífero
33
com e sem irrigação) com quatro repetições. As cultivares estudadas foram:
Dekalb 599, MR 43, Buster e Catuy.
Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e para
a comparação das médias dos fatores de variação utilizou-se o teste de Tukey
a 5% de probabilidade (P<0,05). As análises foram efetuadas pelo Sistema
SISVAR 4.6 de Análise Estatística da Universidade Federal de Lavras
(FERREIRA, 2003).
34
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Elementos meteorológicos
No Quadro 5 encontran-se os valores mensais dos parâmetros
meteorológicos,
durante
o
período
experimental
obtidos
na
Estação
Climatológica do Iapar de Paranavaí - PR.
Mês
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Média
Decêndio
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
1º
2º
3º
Tmax.
(°C)
31,84
32,30
30,85
29,55
30,20
30,35
31,15
28,90
30,13
33,59
29,78
31,51
31,27
32,55
29,49
26,90
30,18
28,25
30,49
Tméd.
(°C)
24,14
29,36
25,75
25,29
24,87
27,89
26,14
24,79
27,57
28,45
24,85
26,25
25,40
26,36
27,05
21,86
24,26
23,55
25,77
Tmin.
(°C)
22,12
21,71
21,81
20,93
20,59
22,12
22,47
21,49
20,96
23,29
21,29
21,91
19,16
20,75
21,00
17,00
18,81
19,61
20,95
UR
(%)
71,33
72,20
81,16
74,22
77,52
84,65
80,42
83,25
79,95
66,10
82,14
73,09
60,85
65,85
82,73
71,31
55,07
80,02
74,55
Chuva
(mm)
23,90
61,00
135,80
41,40
132,90
173,90
102,60
122,10
43,50
0,80
155,50
18,00
0,00
17,90
104,00
3,20
0,00
57,50
66,33
Vento
(km h-1)
6,50
8,04
7,80
7,86
8,13
4,95
8,30
8,49
6,16
6,91
7,08
7,08
5,96
7,45
5,77
6,10
7,90
6,35
7,05
Quadro 5 – Valores médios dos elementos meteorológicos obtidos durante o
período experimental.
O período experimental foi caracterizado por apresentar média de
temperaturas máximas acima de 30°C, temperaturas mínimas ao redor de
21°C com temperatura média de 25°C. Considerando as exigências de
temperatura máximas e mínimas para o bom desenvolvimento das gramíneas
tropicais e o sorgo granífero, as temperaturas observadas durante o período
experimental não foram limitantes ao bom desenvolvimento e produção das
cultivares avaliadas. Exceção deve ser feita ao mês de abril quando a média
35
das mínimas observadas foi de 18,59°C, mas com ocorrência de 14 dias de
temperaturas abaixo deste valor, limitantes ao desenvolvimento de forrageiras
tropicais, que tem seu melhor desenvolvimento em temperaturas superiores a
17°C, conforme afirmam Corrêa e Santos (2006). O experimento de sorgo
granífero não foi influenciado por estas temperaturas, pois já estava colhido
neste período.
A umidade relativa esteve acima de 70% durante todo o período
experimental, pelas constantes precipitações pluviométricas observadas no
período, possibilitando bom ambiente para o desenvolvimento das plantas
forrageiras e o sorgo granífero.
As chuvas estiveram bem acima da média dos últimos dez anos,
caracterizando-se por apresentar altos volumes e boa distribuição talvez pela
influência do efeito climático El Niño.
Já a velocidade média de vento observada durante o período
experimental (1,98 m s-1), esteve bem próxima à velocidade crítica de 2,00 m s-1
(7,20 km h-1) recomendada para a boa uniformidade de distribuição de água na
área pelo sistema de irrigação, com os meses de novembro (2,06 m s-1) e
janeiro (2,09 m s-1), apresentando valores acima dos utilizados por Drumond
(2003), quando avaliou o desempenho hidráulico de um sistema de malhas e
dois tipos de aspersores na distribuição de esterco líquido de suínos em capimtifton 85.
4.2 Uniformidade de irrigação
A uniformidade de distribuição em uma área entre aspersores é
normalmente determinada pelos coeficientes de uniformidade CUC e CUD e
esses coeficientes expressam a variabilidade da lâmina de irrigação aplicada
na superfície do solo, por meio de medidas de dispersão expressas na forma
adimensional, pela comparação com o valor médio (BERNARDO et al., 2006).
No Quadro 6 estão apresentados os valores de coeficiente de
uniformidade de Christiansen (CUC) e coeficiente de uniformidade de
distribuição (CUD) das avaliações efetuadas durante o período experimental.
36
Avaliações
1ª
2ª
a
3
4ª
5ª
a
6
a
7
a
8
a
9
a
10
a
11
a
12
a
13
a
14
Médias
CV
CUC (%)
91,54
86,22
88,69
87,65
82,88
87,11
87,85
86,18
87,28
75,94
85,40
88,43
91,78
89,18
86,87
4,48%
CUD (%)
90,46
82,08
76,76
74,64
65,42
69,96
75,74
69,96
75,74
69,82
65,79
71,37
81,12
78,23
74,79
9,14%
Quadro 6 – Valores do CUC e CUD para 14 avaliações realizadas durante o
período experimental.
Neste experimento, foi possível constatar que o CUC foi sempre maior
que o CUD em todas as avaliações efetuadas tendo como valores médios
86,87 e 74,79%, respectivamente. Drumond (2003), avaliando o desempenho
hidráulico do sistema de irrigação em malhas com aplicação de água residuária
sobre capim-tifton 85, encontrou valores médios de 88,36 e 77,72% para o
CUC e o CUD, respectivamente, quando os tratamentos utilizaram somente
água, encontrando coeficientes de variação de 1,58% para o CUC e 2,83%
para o CUD.
Os menores valores de CUC e CUD encontrados neste trabalho podem
estar associados às características climáticas das duas regiões, ao sistema de
irrigação utilizado e também ao fato de que Drumond (2003) efetuou suas
avaliações com coletores postados a uma altura de 65 cm da superfície do solo
e, neste trabalho, optou-se por postar os coletores a 30 cm da superfície do
solo. Outro aspecto a ser considerado é que as lâminas coletadas podem ter
sofrido influência da altura dos materiais avaliados, pois no momento de cada
avaliação,
as
plantas
se
encontravam
em
estádios
diferentes
de
desenvolvimento (altura) o que pode ter influenciado na quantidade de lâmina
coletada pelos pluviômetros.
Segundo Bernardo et al. (2006) e Drumond (2003), a velocidade do
vento e sua direção, na maioria das vezes, é a principal responsável pela baixa
37
uniformidade de aplicação dos sistemas de irrigação por aspersão. Podemos
notar que os valores dos coeficientes analisados só não foram maiores pelos
altos valores na velocidade do vento observados durante o período
experimental (Figura 10) e na impossibilidade de só se fazer as irrigações no
período noturno quando os valores de velocidade do vento são menores.
9.00
8.50
8.00
7.60
7.50
7.02
7.45
7.00
6.92
6.50
6.78
6.37
6.00
5.50
5.00
Novembro
Dezembro
Janeiro
Vento km/hora10
Fevereiro
Março
Abril
Vento km/horaexp
Figura 10 – Valores médios de dez anos e no período experimental da
velocidade do vento no local do experimento.
Os coeficientes de variação médios obtidos de 4,48% para o CUC e
9,14% para o CUD foram superiores ao que encontrou Drumond (2003) que em
seu estudo, avaliando o desempenho hidráulico do sistema de irrigação,
considerou para fins de avaliação dos coeficientes de uniformidade, condições
ambientais com valores de velocidade do vento menores que 2 m s-1
(7,2 km h-1) e observa-se na Figura 10 que nos meses de novembro (7,45 km
h-1) e janeiro (7,60 km h-1) os valores de velocidade do vento ficaram acima de
7,2 km h-1, o que pode ter comprometido a uniformidade do sistema nestes
períodos.
Quando se observa a linha que caracteriza os dados médios de
velocidade do vento de dez anos para a região, verifica-se que nos meses de
novembro, dezembro e janeiro, estes valores são maiores que os 7,2 km h-1
utilizados por Drumond (2003), sendo esta uma característica da região onde o
estudo foi realizado.
38
Bernardo et al. (2006) classificam o sistema de irrigação como bom
quando o CUC se encontra numa faixa de 85 a 95%, e segundo Marrian e Kaller
(1978) apud Drumond (2003), cultivos com sistema radicular médio, como é o
caso das forrageiras e também do sorgo, o CUD deveria variar entre 70 e 80% e o
CUC variando de 80 a 88%, mostrando que o sistema de irrigação implantado
atendeu perfeitamente às exigências de irrigação das cultivares avaliadas.
4.3 Produção e qualidade das forrageiras
4.3.1 Taxa de acúmulo e massa seca total de forragem
A taxa de acúmulo média durante o período de verão apresentou
significância (P<0,05) somente para espécies forrageiras, não apresentando
significância (P>0,05) para irrigação e para a interação espécies forrageira
versus irrigação.
Apesar das irrigações realizadas, estas não proporcionaram incrementos
na taxa de acúmulo de MS das forrageiras quando comparado ao tratamento
sem irrigação (Tabela 1), isto pela pluviosidade acima da média, com boa
distribuição durante os 104 primeiros dias do período experimental. Os
períodos sem precipitações no início dos meses de fevereiro e março (10 e 14
dias, respectivamente) não foram suficientes para afetar a taxa de acúmulo das
forrageiras durante o período experimental (92,53 e 88,21kg h -1 dia-1 para o
tratamento irrigado e não-irrigado, respectivamente).
Tabela 1 – Taxa de acúmulo de massa seca (kg ha -1dia), de quatro espécies
forrageiras com e sem irrigação, durante o período experimental.
Paranavaí – PR. Safra 2009-2010
Taxa de Acúmulo
-1
(kg de MS ha dia)
Média
Irrigado
Não-irrigado
Pioneiro
97,89
101,83
99,86 A
Marandu
100,74
96,08
98,41 A
Tifton 85
96,73
99,39
98,06 A
Mombaça
74,75
55,56
65,15 B
1
Média
92,53 a
88,21 a
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie Forrageira
39
Em abril ocorreu um período de veranico de maior intensidade (22 dias),
apesar da manutenção de umidade no solo em níveis adequados no
tratamento irrigado, isso não proporcionou aumento na taxa de acúmulo,
provavelmente em virtude de outros fatores ambientais durante este mês,
notadamente a temperatura.
Segundo Correa e Santos (2006), as gramíneas tropicais do tipo C4
apresentam acúmulo de matéria seca máximo em temperaturas entre 30 e
35ºC. Além disso, o crescimento reduz severamente com temperaturas médias
mínimas inferiores a 17,5ºC, associado à baixa intensidade luminosa. Durante
o mês de abril, foram constatados 14 dias com temperatura mínima entre 12,3
e 18,7ºC, o que possivelmente limitou a produção das espécies avaliadas.
Segundo Xavier et al. (2001), a irrigação suplementar durante os veranicos tem
como objetivo estabilizar e intensificar a produção de forragem no período das
águas, desde que a temperatura e o fotoperíodo não sejam limitantes.
Santos et al. (2008), trabalhando no município de Itapetininga – BA com
três espécies de forrageiras com e sem irrigação suplementar durante o
período de verão, não obtiveram resposta significativa para a irrigação,
espécies e interação irrigação x espécies, encontrando taxa de acúmulo de
119,50 kg ha-1 dia.
Rassini (2002), trabalhando com capim-tanzânia na região Sudeste do
Brasil, obteve taxa de acúmulo diária de 143 e 98 kg ha-1 dia, para o tratamento
irrigado e de sequeiro, respectivamente.
Em relação às espécies, observa-se que a taxa de acúmulo de forragem
não diferiu entre o Pioneiro, o Marandu e o Tifton 85 com média de 98,40 kg de
MS ha-1dia, sendo esta maior que o capim-mombaça (Tabela 1). As menores
taxas de acúmulo observadas no capim-mombaça podem estar associadas à
população de plantas inicial, que ficou acima da recomendada, pois as
touceiras ainda estavam competindo entre elas para formar seu “stand”
característico. O número excessivo de plantas é reduzido pelo manejo da
pastagem a partir de sua implantação, diminuindo o número de touceiras por
metro quadrado, beneficiando as touceiras remanescentes que tendem a
estabelecer-se com um menor número de touceiras por área e touceiras de
maior tamanho.
40
A produção de massa seca total está apresentada na Tabela 2 e os
valores de produção total de forragem seguem o mesmo comportamento da
taxa de acúmulo por ser o somatório do produto desta pelo número de dias do
período.
Tabela 2 – Produção de massa seca de forragem (kg ha -1163 dias) de quatro
espécies forrageiras com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí – PR. Safra 2009-2010
Produção de Massa Seca Total
-1
(kg de MS ha 163 dias)
Média
Irrigado
Não-irrigado
Pioneiro
15.956
16.598
16.277 A
Marandu
16.421
15.661
16.041 A
Tifton 85
15.767
16.201
15.984 A
Mombaça
12.184
9.056
10.619 B
1
Média
15.082 a
14.379 a
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie Forrageira
A produção total de forragem foi a mesma para o tratamento irrigado
quando comparado com o não-irrigado (P>0,05), com produção média de
14.700 kg MS ha-1 para o período experimental de 163 dias. Em relação às
espécies forrageiras, os capins Pioneiro, Marandu e Tifton 85 não diferiram
entre si, mas diferiram do capim-mombaça, sendo que este produziu menos,
com produção 27,76% abaixo da média.
Ribeiro et al. (2009), trabalhando com o capim-napier e o capimmombaça no período de verão com ciclo de pastejo de 36 dias, obtiveram
resposta significativa quando irrigado comparado com o não-irrigado, com
médias de 18.295 e 14.401 kg ha-1 entre os dois sistemas, respectivamente.
Estes autores observaram que o capim-napier (17.056 kg ha-1) obteve maior
produção de forragem que o capim-mombaça (15.711 kg ha-1).
Os resultados encontrados por Ribeiro et al. (2009) são superiores aos
encontrados neste trabalho, o que já era esperado, pelo método de manejo
adotado, que considerou um ciclo de pastejo fixo de 36 dias, com interceptação
luminosa acima de 95%, ocasionando aumento na proporção de colmo e
material morto na massa de forragem. Já neste experimento, o manejo adotado
41
foi de 95% de interceptação luminosa, possibilitando máxima produção de folha
com um mínimo de colmo e material senescente (DA SILVA; NASCIMENTO,
2006).
Dados inferiores aos apresentados aqui foram encontrados por Soares
Filho et al. (2002), trabalhando com as cultivares Tifton 85 e Marandu, sem
irrigação, durante o período de verão, obtiveram produções 13.350 kg ha -1 para
Tifton 85 e 11.400 kg ha-1 para a Marandu.
Os resultados encontrados neste trabalho estão de acordo com os
obtidos por Aguiar et al. (2002), trabalhando com o capim-mombaça no
município de Uberaba - MG, não obtiveram resultados favoráveis às áreas
irrigadas no período chuvoso, em decorrência das chuvas abundantes que
foram verificadas no período quente do ano. Santos et al. (2008) também não
encontraram resposta significativa da irrigação e concluíram que a irrigação
suplementar, mesmo sendo utilizada de forma estratégica durante o veranico
não promoveu incremento sobre a produção de forragem em condições de
cultivo sem pastejo.
4.3.2 Massa seca foliar
A produção de massa seca de folhas durante o período experimental
apresentou significância para interação espécies forrageiras versus irrigação
(P<0,05), espécie forrageira (P<0,05) e sistema de irrigação (P<0,05). Na
Tabela 3 estão apresentados os dados médios da produção de massa foliar.
Tabela 3 – Produção de massa seca foliar de quatro espécies forrageiras com
e sem irrigação, durante o período experimental. Paranavaí – PR.
Safra 2009-2010
Massa Seca Foliar
-1
(kg ha 163 dias)
Média
Irrigado
Não-irrigado
1
Pioneiro
9.123 C a
9.401 B a
9.262
Marandu
12.070 A a
11.047 A a
11.558
Tifton 85
9.519 B a
9.037 B a
9.278
Mombaça
10.925 AB a
8.111 B b
9.518
Média
10.409
9.399
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie Forrageira
42
Analisando o desdobramento das espécies entre os sistemas de
cultivo, observa-se que o capim-mombaça foi o único que obteve resposta a
produção de massa seca de folhas no sistema irrigado quando comparado ao
sistema não-irrigado, com 25,75% a mais de produção, mostrando-se mais
sensível à irrigação. Já o capim-pioneiro, o capim-marandu e o tifton 85
obtiveram a mesma produção entre o tratamento irrigado e não-irrigado.
A maior proporção de folhas no capim-mombaça no sistema irrigado
pode ser pelo número excessivo de plantas por área, o que leva à maior
competição por água, e consequentemente mais influenciada por períodos
de déficit hídrico. Ribeiro et al. (2009) e Neto et al. (2004) também
encontraram maior produção de folha no capim-mombaça e tifton 85 quando
irrigado.
Quando se analisa o efeito das espécies forrageiras dentro de cada
sistema de cultivo, observa-se que no tratamento irrigado o capim-marandu
e o capim-mombaça apresentaram a maior produção de folha, sendo que
este último não diferiu do capim-tifiton 85, mas diferiram do capim-pioneiro,
que apresentou a menor produção. No tratamento não-irrigado, o capimmarandu apresentou maior produção, diferindo das demais espécies
forrageiras.
Analisando a massa seca de folha em detrimento da massa seca total
produzida pelas forrageiras, nota-se que os resultados obtidos para a
percentagem média de folha nos dois tratamentos, 69% para o irrigado e 68%
para o não-irrigado, sugere-se acerto no manejo das alturas de corte.
4.3.3 Massa seca de colmo
A produção de massa seca de colmo teve efeito significativo apenas
para a espécie forrageira (P<0,05), não apresentando efeito significativo
(P>0,05) para irrigação e para a interação espécie forrageira versus sistema de
irrigação (Tabela 4).
43
Tabela 4 – Produção de massa seca de colmo de quatro espécies forrageiras
com e sem irrigação, durante o período experimental. Paranavaí –
PR. Safra 2009-2010
Massa Seca de Colmo
-1
(kg ha 163 dias)
Média
Irrigado
Não-Irrigado
Pioneiro
5.855
5.947
5.901 A
Marandu
3.953
3.816
3.885 B
Tifton 85
5.454
5.756
5.905 A
Mombaça
703
307
505 C
1
Média
3.991 a
3.956 a
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie Forrageira
O capim-pioneiro (5.901 kg ha-1 163 dias) e o capim-tifton 85 (5.905 kg
ha-1 163 dias) apresentaram as maiores produções de massa seca de colmo,
que diferiu do capim-marandu e este diferiu do capim-mombaça, que obteve a
menor produção (505 kg ha-1 163 dias).
As maiores produções de colmo verificadas nas forrageiras, Pioneiro e
Tifton 85 são pelas características morfológicas dessas espécies que têm como
tendência desviar nutrientes para o alongamento de colmo, mantendo a
produção de folhas estabilizadas após 95% de interceptação luminosa
(Tabela 4).
Neto et al. (2004) e Marcelino (2003), trabalhando com o capim-tifton
85 com e sem irrigação no período das águas, não encontraram diferença
significativa para a produção de colmo em sistema com e sem irrigação.
Segundo Ribeiro et al. (2009), a alta produção de colmo obtida numa
pastagem sugere que o ciclo de pastejo foi manejado a intervalo maior que o
ideal (pasto alto), devendo ser manejado a intervalos menores, ou seja, com
menor altura. Da Silva e Nascimento Jr. (2006), pesquisando várias espécies
forrageiras, concluíram que plantas forrageiras tropicais iniciam o processo de
rebrotação e produção de forragem pelo acúmulo de tecidos provenientes de
folhas, e somente quando ocorre restrição de luminosidade (acima de 95% de
interceptação luminosa no dossel) ou no início do florescimento, é que as
plantas iniciam o alongamento de colmo, responsável pelo sombreamento e
pela senescência de folhas basais, resultando numa maior proporção de
colmos e material morto na massa de forragem no pré-pastejo.
44
4.3.4 Massa seca de material senescente e morto
A produção de massa seca de material senescente e morto teve efeito
significativo apenas para a espécie forrageira (P<0,05), não apresentando
efeito significativo (P>0,05) para irrigação e para a interação espécie forrageira
versus sistema de irrigação (Tabela 5).
Tabela 5 – Produção de massa seca do material senescente e morto de quatro
espécies forrageiras com e sem irrigação, durante o período
experimental. Paranavaí – PR. Safra 2009-2010
Massa Seca de Material Senescente e Morto
-1
(kg ha 163 dias)
Média
Irrigado
Não-irrigado
Pioneiro
977
1.251
1.113 A
Marandu
397
423
410 B
Tifton 85
794
1.407
1.100 A
Mombaça
557
637
597 B
1
Média
681 a
929 a
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie Forrageira
Analisando as médias obtidas pelas forrageiras tropicais (Tabela 5), o
capim-pioneiro (1.113 Kg) e tifton 85 (1.100 Kg) foram as forrageiras que
apresentaram maior massa seca de material senescente e morto, não diferindo
entre si (P>0,05). Já as forrageiras Marandu (410 Kg) e Mombaça (597 Kg)
foram as que apresentaram menor produção de massa seca de material
senescente e morto sem diferença significativa (P>0,05) entre elas.
Ribeiro et al. (2009), em seu estudo da influência da irrigação na época
chuvosa sobre a produção do capim-napier e capim-mombaça, não
encontraram diferença significativa (P>0,05) na proporção de material
senescente e morto entre as duas forrageiras. Para estes autores, o material
senescente e morto representa parte da biomassa não-selecionada pelo animal
e, quando em altas proporções, pode indicar que o período de descanso deva
ser reduzido. Partindo desse pressuposto, é possível fazer a mesma correlação
com a altura da pastagem, sugerindo que o corte dos materiais que
apresentaram maior massa seca de material morto poderia ter sido cortado
com altura menor.
45
4.3.5 Teor de proteína bruta na folha (PB)
O teor de proteína bruta (PB) na folha das forrageiras estudadas
apresentou efeito significativo para a espécie forrageira (P<0,05) e para
irrigação, não havendo diferença significativa (P>0,05) para a interação espécie
versus sistema de irrigação (Tabela 6).
Tabela 6 – Teor de proteína bruta (PB) na folha de quatro espécies forrageiras
com e sem irrigação, durante o período experimental. Paranavaí –
PR. Safra 2009-2010
Proteína Bruta (%)
Média
Irrigado
Não-irrigado
Pioneiro
14,60
13,87
14,27 B
Marandu
12,85
11,87
12,42 C
Tifton 85
16,89
16,53
16,71 A
Mombaça
11,70
9,94
10,91 D
1
Média
14,27 a
13,60 b
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie Forrageira
Analisando os sistemas de cultivo, observa-se que, no sistema irrigado,
o teor de proteína bruta da forragem foi maior que no sistema não-irrigado. Isso
pode ser pela melhor eficiência de utilização do nitrogênio no sistema irrigado.
Ribeiro et al. (2009), trabalhando com o critério de 95% de interceptação
luminosa e analisando a PB na folha das forrageiras, obtiveram resultados
semelhantes aos obtidos neste trabalho.
Vários autores (ANDRADE et al., 2002; TEODORO et al., 2002;
RODRIGUES et al., 2005), trabalhando com período fixo de corte e analisando
o teor de PB na massa seca de forragem (folha, colmo, material senescente e
morto), observaram redução no teor de proteína bruta das forrageiras quando
irrigadas, sugerindo efeito de diluição do nitrogênio nas forrageiras pela maior
produção de matéria seca com maior produção de colmo e material senescente
e morto e também na aceleração da maturidade das plantas proporcionada
pela irrigação.
46
Em relação às espécies forrageiras, o maior teor de PB (16,71%) foi
observado no capim-tifton 85 que diferiu das demais cultivares, sendo que o
capim-mombaça (10,91%) foi o que apresentou o menor teor de proteína.
Os maiores teores de PB, obtidos pela cultivar Tifton 85, já eram
esperados, pois dados de Jank et al. (2005) e Corrêa e Santos (2003) já
mostravam o maior teor de PB deste material quando comparado com outras
forrageiras tropicais.
O menor teor de PB observado no capim-mombaça foi pela maior
população de plantas por metro quadrado, que ocasionou um crescimento mais
lento pela competição entre plantas, levando mais tempo para atingir a altura
de corte, por isto, seu dossel apresentava proporção de folhas com um estádio
mais avançado de maturidade, com menor eficiência fotossintética e menor
teor de PB, assim como afirma Sbrissia et al. (2007).
Palieraqui et al. (2006), trabalhando com os capins Mombaça e Napier,
encontraram valores semelhantes de PB para os tratamentos com e sem
irrigação, 12,18 e 12,32%, respectivamente, assim como Rodrigues et al.
(2005) que trabalharam com Tifton 85 também não encontraram diferença
significativa para proteína bruta com níveis de irrigação, contrariando a
afirmação do efeito de diluição do nitrogênio em plantas irrigadas, diferindo
também dos valores encontrados neste trabalho, onde o tratamento irrigado
produziu maior teor de proteína bruta que o tratamento não-irrigado.
4.4 Produção de grãos, peso de mil sementes e altura de plantas de sorgo
4.4.1 Produção de grãos
A análise de variância para a produção de grãos apresentou efeito
significativo para as cultivares de sorgo granífero (P<0,05) e para irrigação, não
havendo diferença significativa (P>0,05) para a interação cultivares versus sistema de
irrigação. O desdobramento da interação entre os fatores foi realizado
independentemente do valor do teste F da análise de variância.
Os resultados de produção de grãos obtidos pelo teste de comparação
de médias entre as cultivares e entre os sistemas de produção, irrigado e nãoirrigado podem ser observados na Tabela 7.
47
Tabela 7 – Produção de grãos (kg ha-1) de quatro cultivares de sorgo granífero,
com e sem irrigação, durante o período experimental. Paranavaí –
PR. Safra de verão 2009 -2010
-1
Produção de grãos (Kg ha )
Média
Irrigado
Não-irrigado
1
MR 43
6.560 Aa
5.712 Aa
6.136
Buster
5.648 ABa
3.876 Bb
4.762
DKB 599
4.674 Ba
4.648 ABa
4.661
Catuy
4.989 ABa
4.679 ABa
4.834
Média
5.468
4.729
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie
No sistema irrigado, a cultivar MR 43 (6.560 kg ha-1) obteve
produtividade semelhante às cultivares Catuy (4.989 kg ha-1) e Buster (5.648 kg
ha-1) e produtividade superior à cultivar DKB 599 (4.674 kg ha -1) que não diferiu
de Buster e Catuy. Já no sistema não-irrigado, a cultivar MR 43 (5.712 kg ha-1)
apresentou produtividade semelhante às cultivares DKB 599 (4.648 kg ha-1) e
Catuy (4.679 kg ha-1) e produtividade superior a Buster (3.876 kg ha -1) que não
diferiu de DKB 599 e Catuy.
Analisando o desdobramento do sistema de produção, observa-se que
a cultivar Buster foi a única que se mostrou responsiva a irrigação, tendo em
vista que sua produtividade foi menor em relação à cultivar MR 43 no sistema
não-irrigado, mas, quando se realizou a irrigação, sua produtividade não diferiu
deste material.
Pela observação dos dados climáticos do período experimental,
verifica-se que estes resultados se devem à ocorrência de períodos críticos de
veranico, pois durante todo o período experimental, houve dois períodos sem
precipitações (Figura 11), 29/01/10 a 09/02/10 (10 dias) período de pré-floração
e floração, dependendo do material, que se situou por volta de 50 a 60 dias do
plantio dos materiais e 26/02/10 a 12/3/2010 (14 dias) período que se situou de
77 a 91 dias do plantio, fase em que as plantas se encontravam em
enchimento de grãos, considerado crítico para as plantas cultivadas. Por ter
coincidido com duas fases críticas para a cultura, os períodos secos ocorridos
durante a fase experimental, pode ter influenciado distintamente as cultivares,
de acordo com seu estádio de desenvolvimento.
48
60
50
mm
40
30
20
10
10
/1
2/
20
09
17
/1
2/
20
09
24
/1
2/
20
09
31
/1
2/
20
09
07
/0
1/
20
10
14
/0
1/
20
10
21
/0
1/
20
10
28
/0
1/
20
10
04
/0
2/
20
10
11
/0
2/
20
10
18
/0
2/
20
10
25
/0
2/
20
10
04
/0
3/
20
10
11
/0
3/
20
10
18
/0
3/
20
10
0
Figura 11 – Precipitações pluviométricas do período experimental.
No estudo de Lima (2009), plantas que sofreram déficit hídrico no início
da formação da panícula apresentaram redução na massa seca da panícula,
com consequente redução da produtividade, confirmando os resultados obtidos
neste trabalho no sistema não-irrigado. O primeiro veranico do período
experimental se concentrou em uma fase que as plantas estavam com
aproximadamente 50 dias de emergidas e, portanto próximas ou já em início de
floração, fase em que segundo Weismann (2007), é o período em que toda
agressão como o estresse hídrico afetará a emergência da panícula e
comprometerá a produtividade final.
Coelho et al. (2008), trabalhando com acúmulo de biomassa em
plantas de sorgo submetidas à deficiência hídrica na Universidade Federal
Rural de Ciências Agrárias da Amazônia em Belém – PA, relatam que a
suspensão hídrica por 15 dias foi suficiente para diminuir a massa seca de
panícula de plantas de sorgo, confirmando o que foi discutido anteriormente.
O levantamento efetuado em 17/3/10 para verificação do estádio de
maturação fisiológica das cultivares mostrou uma tendência de maior
precocidade das cultivares Buster, DKB 599 e Catuy (Tabela 8), e a cultivar MR
43 como sendo a mais tardia entre os materiais, sugerindo que esta cultivar
não foi tão afetada por estes períodos secos, mostrando a tendência de ser
mais adaptada às condições de clima e solo característicos da região do
Arenito Caiuá.
49
Tabela 8 – Percentagem de plantas apresentando maturação fisiológica aos 90
dias após o plantio
Cultivares
MR 43
DKB 599
Catuy
Buster
Média
Percentagem de plantas com maturação aos
90 dias após plantio
Irrigado
Não-irrigado
20,0
45,0
52,5
62,5
60,0
67,5
85,0
82,5
54,4 a
64,4 a
Média
32,5 B
57,5 AB
63,7 AB
83,7 A
A cultivar Buster foi a única que apresentou resposta significativa na
produção quando irrigada entre os materiais avaliados. No sistema de cultivo
irrigado, sua produção não diferiu dos materiais com maiores produções,
enquanto na ocorrência de déficit hídrico teve sua produção comprometida,
apresentando a menor média entre as cultivares (3.876 kg ha-1). Pela
observação da Tabela 8 é possível detectar uma tendência de maior
precocidade deste material, o que pode ter afetado a sua produtividade no
sistema não-irrigado pela ausência de precipitações no pleno estádio de
floração e enchimento de grãos quando comparada às outras cultivares.
Estes resultados diferem dos obtidos por Mariguele e Silva (2002) que
trabalhando com oito cultivares de sorgo (AG 200SE, XPM 5287, DK 865, DK
860, Saára, Ambar, AG 1018 e DK 57) no município de Mossoró - RN não
encontraram diferença significativa (P>0,05) entre as cultivares sob sistema de
irrigação por aspersão. Porém, estes autores encontraram média de
rendimento de grãos de 7.960 kg ha-1 bem acima das encontradas neste
trabalho que foi de 5.468 kg ha-1 para o tratamento irrigado e estas diferenças
provavelmente estão associadas ao tipo de solo utilizado, ao período de cultivo
e às características climáticas da região em que o estudo de Mariguele e Silva
foi realizado.
A produtividade média obtida neste trabalho para o tratamento irrigado
(5.468 kg ha-1) onde se trabalhou com uma fração de água disponível de 0,5,
está muito próxima às encontradas por Peiter e Carlesso (1996), trabalhando
com lisímetros em Podzólico Vermelho-Amarelo no município de Santa Maria RS com frações de água disponíveis no solo (FAD), encontraram média de
produtividade de 4.138 kg ha-1 para 0,65, 5.141 kg ha-1 para 0,75, 5.380 kg ha-1
50
para 0,85 e 5.829 kg ha-1 para 0,95 de FAD, sugerindo que não se trabalhe
com uma FDA menor que 0,75. Estes resultados evidenciam que é possível
trabalhar com uma menor fração de água disponível obtendo-se boas
produtividades com a cultura do sorgo na região do Arenito.
Como as médias apresentadas pelas cultivares nos dois tratamentos
não diferiram entre si para MR 43, DKB 599 e Catuy, e a cultivar Buster
apresentou maior produção no tratamento irrigado, pode-se concluir que
nenhuma cultivar foi prejudicada por excesso de água no solo.
4.4.2 Peso de mil sementes
Para o peso de mil sementes, a análise de variância apresentou efeito
significativo para a irrigação (P<0,05), para as cultivares de sorgo e para a
interação cultivar versus sistema de irrigação (Tabela 9).
Tabela 9 – Peso de mil sementes (g) de quatro cultivares de sorgo granífero,
com e sem irrigação, durante o período experimental. Paranavaí –
PR. Safra de verão 2009-2010
Peso de mil sementes (g)
Média
Irrigado
Não-irrigado
1
Buster
33,94 Aa
34,66 Aa
34,30
DKB 599
22,60 Cb
28,37 Ca
25,48
Catuy
32,44 Aa
33,51 ABa
32,97
MR 43
28,20 Ba
30,03 BCa
29,11
Média
29,29
31,64
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie
Quando comparado o peso de mil sementes obtido pelas cultivares no
tratamento irrigado, observa-se que as cultivares Buster e Catuy foram as que
apresentaram maior peso de mil sementes (33,94 e 32,44 g, respectivamente)
não diferindo entre si (P>0,05), diferindo das cultivares MR 43 e DKB 599
(P<0,05), com a cultivar MR 43 apresentando peso de mil sementes de 28,20
g, diferindo significativamente da cultivar DKB 599 que apresentou menor peso
de mil sementes (22,60 g).
51
No tratamento não-irrigado, verifica-se que em relação ao peso de mil
sementes o resultado se repetiu, e as cultivares Buster e Catuy apresentaram
os maiores pesos de mil sementes (34,66 e 33,51 g, respectivamente), sendo
que a cultivar Catuy não diferiu (P<0,05) da cultivar MR 43 (30,03g).
A cultivar DKB 599 foi a única que apresentou diferença significativa
(P<0,05) entre os tratamentos, irrigado (22,60g) e não-irrigado (28,37g).
Lima
(2009),
trabalhando
com
disponibilidade
de
água
e
desenvolvimento em plantas de sorgo e Brachiária consorciadas no município
de Piracicaba - SP, encontrou diferenças significativas no peso de mil grãos
quando irrigou a cultura durante todo o ciclo (18,7 g) do que quando as plantas
foram submetidas ao déficit hídrico nos estágios de germinação, iniciação da
panícula
e
no
início
de
florescimento
das
plantas
de
sorgo
(26,4, 30,8 e 167,5 g, respectivamente) e concluiu que os tratamentos que
obtiveram menor produtividade foram os que apresentaram maior peso de mil
sementes. Essa tendência não foi observada neste experimento.
A cultivar DKB 599 foi a única que apresentou diferença significativa
(P<0,05) entre o tratamento irrigado (22,60 g) e o não-irrigado (28,37 g),
apresentando menor peso de mil sementes no tratamento irrigado e não diferiu
da cultivar MR 43 no tratamento não-irrigado, que apesar de ter apresentado a
maior produção de grãos entre as cultivares (6.136 kg ha -1) não foi a que
apresentou menor peso de mil sementes.
Alfredo et al. (1996), avaliando características agronômicas de 15
cultivares de sorgo em duas épocas de colheita em Latossolo Vermelho-escuro
em Sete Lagoas – MG, com semeadura em dezembro, encontraram médias de
peso de mil grãos de 22,76 e 21,58 g na maturação fisiológica das plantas e 23
dias após, respectivamente. Estes valores estão bem próximos aos obtidos
pela cultivar DKB 599 que apresentou o menor peso de grãos no tratamento
irrigado (22,60 g).
Considerando as médias das cultivares no tratamento irrigado (29,29 g)
e não-irrigado (31,64 g), estes resultados estão acima dos encontrados por
Peiter e Carlesso (1996) que obtiveram médias variando de 22,66 a 28,82 g
para o peso de mil sementes, trabalhando com frações de água disponíveis no
solo (FDA).
52
As cultivares Buster e Catuy foram as que apresentaram maiores
pesos de mil sementes entre os dois tratamentos, e pelo que foi discutido
anteriormente, o peso de mil sementes parece estar ligado às características
das cultivares estudadas.
4.4.3 Altura de plantas
Para a altura de plantas, a análise de variância não apresentou efeito
significativo para as cultivares de sorgo granífero (P<0,05), para irrigação e
para a interação cultivar versus sistema de irrigação.
Na Tabela 10 estão apresentadas as médias das alturas de plantas
obtidas entre as cultivares avaliadas nos tratamentos irrigado e não-irrigado.
Observa-se que não houve diferença significativa (P>0,05) para altura de
plantas entre os tratamentos irrigado (123,46 cm) e não-irrigado (118,78 cm) e
entre cultivares. Lima (2009) também não encontrou diferença significativa
(P>0,05) nos tratamentos com irrigação durante todo o ciclo da cultura e com
déficit hídrico na iniciação da panícula do sorgo, mas houve diferença (P<0,05)
para altura de plantas quando o déficit hídrico ocorreu no início do
florescimento.
Tabela 10 – Altura de plantas (cm) de quatro cultivares de sorgo granífero, com
e sem irrigação, durante o período experimental. Paranavaí – PR.
Safra de verão 2009-2010
Altura de planta (cm)
Média
Irrigado
Não-irrigado
Buster
121,92
117,25
119,58 A
DKB 599
126,92
121,22
124,07 A
Catuy
121,45
121,67
121,56 A
MR 43
123,55
114,97
119,26 A
1
Média
123,46a
118,78a
1
Letras diferentes maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem estatisticamente em
nível de 5% (P=0,05) pelo teste de Tukey.
Espécie
Os resultados obtidos neste trabalho diferem dos obtidos por Mariguele
e Silva (2002), trabalhando com oito cultivares de sorgo granífero em Mossoró
53
– RN, encontraram diferença significativa entre as cultivares avaliadas quando
submetidas à irrigação por aspersão.
Silva et al. (2009), avaliando cultivares de sorgo na safrinha no
Sudoeste de São Paulo, encontraram diferença estatística (P<0,05) para as
cultivares avaliadas nos três municípios de estudo com médias variando de 91
a 110 cm sendo que a maior altura de plantas foi observada no município de
Montividiu, onde observaram maior disponibilidade de chuvas no período de
cultivo.
Segundo Weismann (2007), após os 40 dias a planta deixa de produzir
as partes vegetativas e inicia-se a fase de emborrachamento onde há rápido
alongamento do colmo e da panícula que se completa aos 50 a 55 dias e neste
período de cultivo, não se observou déficits hídricos significativos que
comprometessem o desenvolvimento normal das plantas na fase vegetativa.
A média geral das cultivares estudadas (121,12 cm) foi superior às
médias encontradas por Alfredo et al. (1996) que avaliaram características
agronômicas de 15 cultivares de sorgo em Sete Lagoas – MG e obtiveram
média de 96,70 cm de altura de plantas. Já Pompeu et al. (2005), avaliando
características agronômicas de sorgo granífero no Estado do Ceará,
encontraram altura média de plantas de 168 cm, bem acima das encontradas
neste trabalho. Mas quando foram observadas as médias encontradas por
Silva et al. (2009) no município de Montividiu – SP (110 cm), estas estão bem
próximas às encontradas aqui.
A não-existência de diferença entre alturas de plantas pode estar
associada aos genes existentes nas plantas híbridas, e as características
inseridas nestas cultivares pelos cruzamentos e seus genes paternos de
origem, onde se procura uniformizar a altura das plantas para diminuir
problemas com tombamento e facilitar a colheita mecânica.
54
5. CONCLUSÕES
Nas condições as quais foram conduzidas o presente trabalho,
principalmente referindo-se a ocorrência de precipitações, permite-se concluir:
5.1 Experimento de forrageiras
- Para esse período experimental, a irrigação suplementar não
contribuiu para aumentar a produção de massa seca e taxa de
acúmulo de forragem dos capins Pioneiro, Marandu, Tifiton 85 e
Mombaça, por ter se caracterizado com pluviosidade acima da
média e com boa distribuição.
- Entre os materiais avaliados, Pioneiro, Marandu e Tifton 85 se
mostraram mais produtivos nos dois sistemas estudados.
- A irrigação proporcionou aumento no teor de proteína bruta nas
folhas das forragens avaliadas.
5.2 Experimento de sorgo
- A cultivar MR 43 apresentou maior produtividade que a cultivar DKB
599 no sistema de cultivo irrigado e maior produtividade que Buster
no sistema não-irrigado.
- A cultivar Buster foi a única que apresentou incremento na
produtividade quando irrigada, apresentando um ganho de produção
de 1.772 kg ha-1.
55
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WEISMANN, M. Sorgo. Tecnologia e Produção – Culturas: Safrinha e
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P
61
APÊNDICE
62
APÊNDICE A
Forrageiras tropicais
Tabela 1A – Resumo da análise de variância da massa seca total de forragem
F.V.
Esp.
Irriga
Bloco
Esp*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média
geral
G.L.
3
1
3
3
21
31
9,65
14730.5690625
S.Q.
180621713.074459
3948352.080778
4166130.973759
17970014.695459
42452052.676216
249158263.500672
Q.M.
60207237.691486
3948352.080778
1388710.324586
5990004.898486
2021526.317915
Fc
29.783
1.953
0.687
2.963
Numero de observações
Pr>Fc
0.0000
0.1768
0.5700
0.0555
32
Tabela 2A – Resumo da análise de variância da massa seca de folha
F.V.
Esp.
Irriga
Bloco
Esp*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média geral
G.L.
3
1
3
3
21
31
7.64
9904.2500000
S.Q.
29523249.500000
8164840.500000
584111.250000
10375893.000000
12013953.750000
60662048.000000
Q.M.
9841083.166667
8164840.500000
194703.750000
3458631.000000
572093.035714
Fc
17.202
14.272
0.340
6.046
Número de observações
Pr>Fc
0.0000
0.0011
0.7964
0.0039
32
Tabela 3A – Resumo da análise de variância da massa seca de colmo
F.V.
Esp.
Irriga
Bloco
Esp*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média
geral
G.L.
3
1
3
3
21
31
15.20
3974.1562500
S.Q.
147336438.593750
9695.281250
756095.343750
541580.093750
7658052.906250
156301862.218750
Q.M.
49112146.197917
9695.281250
252031.781250
180526.697917
364669.186012
Fc
134.676
0.027
0.691
0.495
Número de observações
63
Pr>Fc
0.0000
0.8720
0.5676
0.6896
32
Tabela 4A – Resumo da análise de variância da massa seca de material morto e
senescente
F.V.
Esp.
Irriga
Bloco
Esp*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média geral
G.L.
3
1
3
3
21
31
42.50
805.4375000
S.Q.
3055483.375000
494018.000000
359072.625000
422322.500000
2461275.375000
6792171.875000
Q.M.
1018494.458333
494018.000000
119690.875000
140774.166667
117203.589286
Fc
8.690
4.215
1.021
1.201
Número de observações
Pr>Fc
0.0006
0.0527
0.4032
0.3337
32
Tabela 5A – Resumo da análise de variância do teor de proteína bruta
F.V.
Esp.
Irriga
Bloco
Esp*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média geral
G.L.
3
1
3
3
153
163
14.88
13.9634146
S.Q.
847.629694
18.168048
8.902439
24.352389
660.727918
1559.780488
Q.M.
282.543231
18.168048
2.967480
8.117463
4.318483
Fc
65.426
4.207
0.687
1.880
Pr>Fc
0.0000
0.0420
0.5611
0.1353
Número de observações
164
Sorgo Granífero
Tabela 6A – Resumo da análise de variância da produção de grãos
F.V.
Bloco
Cultivar
Irriga
Cultivar*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média geral
G.L.
3
3
1
3
21
31
16.11
5098.7065625
S.Q.
2297948.846334
11606094.594984
4368990.170028
3539739.874284
14177064.776091
35989838.261722
Q.M.
765982.948778
3868698.198328
4368990.170028
1179913.291428
675098.322671
Fc
1.135
5.731
6.472
1.748
Número de observações
64
Pr>Fc
0.3579
0.0050
0.0189
0.1880
32
Tabela 7A – Resumo da análise de variância de plantas com maturação fisiológica
F.V.
Bloco
Cultivar
Irriga
Cultivar*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média geral
G.L.
3
3
1
3
21
31
47.69
5.9375000
S.Q.
28.625000
107.125000
8.000000
7.750000
168.375000
319.875000
Q.M.
9.541667
35.708333
8.000000
2.583333
8.017857
Fc
1.190
4.454
0.998
0.322
Número de observações
Pr>Fc
0.3376
0.0143
0.3292
0.8092
32
Tabela 8A – Resumo da análise de variância do peso de mil sementes
F.V.
Bloco
Cultivar
Irriga
Cultivar*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média geral
G.L.
3
3
1
3
21
31
6.03
30.4712500
S.Q.
13.651175
381.270825
44.086050
32.552525
70.992775
542.553350
Q.M.
4.550392
127.090275
44.086050
10.850842
3.380608
Fc
1.346
37.594
13.041
3.210
Número de observações
Pr>Fc
0.2864
0.0000
0.0016
0.0439
32
Tabela 9A – Resumo da análise de variância da altura de plantas
F.V.
Bloco
Cultivar
Irriga
Cultivar*Irriga
Erro
Total
CV (%)
Média geral
G.L.
3
3
1
3
21
31
6.97
121.1218750
S.Q.
163.678438
117.813437
175.312813
80.540938
1498.229062
2035.574687
Q.M.
54.559479
39.271146
175.312813
26.846979
71.344241
Fc
0.765
0.550
2.457
0.376
Número de observações
65
Pr>Fc
0.5265
0.6534
0.1319
0.7710
32
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