Empresa de tecnologia desenvolve loja de calçados 100

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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS G TERÇA-FEIRA, 5 DE JULHO DE 2016
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Negócios Comércio
Lançada há três meses pela SetaDigital, na Sapati todo o processo de compra pode ser realizado
sem nenhuma interação com vendedores. Tudo é feito a partir de “totens” de autoatendimento
Empresa de tecnologia desenvolve
loja de calçados 100% automatizada
FOTOS: DIVULGAÇÃO
INOVAÇÃO
Pedro Arbex
São Paulo
[email protected]
G Um modelo de loja 100% automatizada: o cliente entra, escolhe o produto, registra em
“totens” de autoatendimento,
e paga no caixa. Não há a necessidade de interação humana em nenhuma etapa da
compra. Essa é a proposta da
loja de calçados Sapati, desenvolvida pela empresa de tecnologia SetaDigital há aproximadamente três meses.
Presente com mais força
no exterior, o formato de varejo totalmente automatizado ainda é muito incipiente
no Brasil. E no setor de calçados, a loja laboratório – localizada no município de Cascavel (PR) – é a primeira
nestes moldes, garante o diretor-presidente da SetaDigital, Vanderlei Kichel.
Para chegar ao formato da
unidade-teste, o executivo
explica que a companhia
passou dois anos pesquisando, desenvolvendo e testando
novas tecnologias. “Fomos
para a Europa e para os Estados Unidos para ver o que
poderíamos trazer de lá”, diz
Kichel, completando que o
processo é continuo e devem
ser realizadas adaptações e
melhorias de acordo com o
feedback dessa operação.
O projeto recebeu investimento de cerca de R$ 2 milhões. Parte desse aporte foi
para a pesquisa com sensores
de identificação por radiofrequência (do inglês, RFID). A
vantagem do uso da tecnologia é permitir o acompanha-
Comércio tem
queda de 11%
em São Paulo
BALANÇO
O varejo na cidade de São
Paulo apresentou uma retração de 11,1% no primeiro semestre, segundo balanço de
vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Os números englobam
uma retração de 7% nas vendas a prazo e 15,2% nas vendas à vista. Em junho, o movimento de vendas na cidade
registrou queda média de
1,5% na comparação com o
mesmo mês de 2015. “Embora não tenhamos um ano positivo, é bem provável que as
quedas se arrefeçam até o fim
do ano”, diz Alencar Burti,
presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São
Paulo (Facesp), lembrando
que o frio também estimulou
novos negócios. /Agências
G
Parte interna da loja laboratório da Sapati, localizada em Cascavel
mento em tempo real do estoque de produtos, além de
agilizar o processo de gestão
dos itens. Quando um produto
vende muito, o sistema já
identifica a necessidade de
mais unidades e comunica a
cadeia, tornando a reposição
mais rápida. “O RFID é um
chip que substitui o código de
barras, e que funciona através
da transmissão por ondas de
rádio. Essa etiqueta inteligente
é o futuro do varejo.”
Redução de funcionários
Apesar da possibilidade de realizar a compra sem nenhuma
interação humana, a loja teste
ainda conta com funcionários.
De acordo com Kichel, os chamados “consultores” são responsáveis por orientar sobre o
uso das tecnologias, e dar su-
gestões sobre moda e tendências. “Mas vejo isso como um
processo de transição. Na medida em que o mercado for se
acostumando à automação o
varejista poderá ir gradativamente reduzindo o quadro de
funcionários”, afirma.
Para ter uma ideia do processo, o empresário usa como
exemplo uma loja padrão de
200 m², com 10 vendedores.
Após a implantação do sistema
seria possível reduzir o quadro
pela metade, e em cinco anos
Kichel estima que a operação
poderia funcionar com apenas
dois consultores. “Até que, por
fim, não haveria mais a necessidade de nenhuma mão de
obra humana”, diz.
Mesmo o executivo salientando que o sistema possibilita
a operação sem nenhum fun-
torno de R$ 50 mil, que seria
revertido para a instalação dos
equipamentos, softwares, mudanças nas etiquetas – com a
implantação dos sensores de
radiofrequência – e o serviço
de consultoria. Há também
um custo mensal pelo uso das
ferramentas de R$ 600.
De acordo com Kichel, o
prazo para que esse investimento seja recuperado pelo
empresário é de três a seis meses. E o retorno viria da redução de custos gerada pelo sistema. “Quando falamos em
redução de custos, estamos
envolvendo a automatização
do inventário, controle de saldos de estoque e a diminuição
de vendedores”, explica.
A loja laboratório está localizada junto à sede da SetaDigital, em área total de 400m² e
Cinco passos para fazer a compra todo o lucro obtido pela venda
dos calçados da unidade está
sem a ajuda de atendentes
sendo revertido para subsidiar
os novos projetos de inovação
cionário, ele pondera que a e pesquisas relacionadas ao
cultura brasileira é muito acos- modelo teste. Liderada pela
tumada ao contato e ao aten- empresa de tecnologia a iniciadimento humano, o que deve tiva recebeu apoio do Sebrae e
retrasar a aceitação de um sis- da Endeavor, além de outros
tema que funcione completa- lojistas e indústrias.
mente autônomo. “Por isso,
Segundo Kichel, a loja já
por enquanto, ainda recomen- chamou a atenção de redes vadamos a presença dos consul- rejistas, e cinco empresas detores”, explica ele ao DCI.
monstraram interesse em imPara facilitar o processo de plantar o sistema em suas
autoatendimento, os produtos lojas. Questionado, o empresásão divididos na loja pela nu- rio não quis citar os nomes das
meração. “A forma como os companhias. “Já estamos elaprodutos estão posicionados borando os projetos para monno espaço da loja é muito im- tar as lojas pilotos nessas reportante para esse modelo. É des”, garante, explicando que a
preciso facilitar ao máximo.”
iniciativa da SetaDigital foi dividido em três fases: montar a
loja laboratório, construir as
I n v e st i m e n t o
Usando como modelo a mes- lojas pilotos dentro das redes
ma loja padrão de 200m², o in- interessadas. E na terceira fase
vestimento inicial para a adap- a ampla disseminação no mertação da unidade gira em cado brasileiro.
Crédito para construção volta ao debate
VAREJO
Sammy Eduardo e Agências
São Paulo
[email protected]
G Representantes do setor varejista da construção voltaram
a discutir a criação, em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), do Construcard. O
cartão, na visão deles, ampliaria o crédito para os consumidores e elevaria as vendas.
“Na semana passada, nos
reunimos com a Caixa, juntamente com outras entidades,
e discutimos a retomada do
Construcard
e
do
Fimac/FGTS, e isso deve dar
novo fôlego ao setor”, afirma
o presidente da Associação
Nacional dos Comerciantes
de Material de Construção
(Anamaco), Cláudio Conz.
Durante o primeiro semestre deste ano, o varejo da
construção amargou um re-
cuo de 8,5% nas vendas, em
comparação com mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses,
o queda é ainda maior: 10%.
De acordo com a Anamaco,
as retrações são fruto do cenário econômico desfavorável,
que ajudou as instituições financeiras a restringirem o crédito para os clientes.
“Nós já sabíamos que o primeiro semestre do ano seria
difícil para o nosso setor, especialmente por conta do cenário econômico do País, que está afetando não só a liberação
de créditos nos principais financiamentos voltados ao
nosso segmento, como também a confiança do consumidor, que passou a adiar pequenas reformas e obras”, explica
Conz, em comunicado.
Perspectivas para o ano
Mesmo assim, o executivo
acredita que o setor deva chegar ao final de 2016 com cres-
cimento de, ao menos, 3,5%.
“Não podemos deixar de ser
otimistas. Tradicionalmente, o
2º semestre do ano corresponde a 60% do volume de vendas.
Fora isso, não podemos ignorar o fato de que há uma demanda natural pelos nossos
produtos”, comenta.
Ainda de acordo com a Anamaco, as vendas no varejo de
material de construção cresceram 5% no mês de junho, na
comparação com maio deste
ano. Entre os destaques, a Região Norte do País foi a que obteve o melhor desempenho,
com alta de 7% nas vendas no
período analisado, utilizando a
mesma base de avaliação dos
índices anteriores. No Sudeste,
o avanço foi de 4%.
MICROFINANÇAS FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS ABERTO
CNPJ/MF 10.768.419/0001-41
FATO RELEVANTE
O Banco Petra S.A, instituição financeira com sede na Cidade de Curitiba, estado do Paraná, na Rua Pasteur,
nº 463, 11º andar, Água Verde, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 11.758.741/0001-52, (“Administrador”),
na qualidade de Administrador do Microfinanças Fundo de Investimento em Direitos Creditório Aberto
(“Fundo”), em cumprimento ao previsto no artigo 46, inciso II, da Instrução nº 356 da Comissão de
Valores Mobiliários (ICVM-356), vem comunicar aos seus cotistas a renúncia do atual Custodiante do
Fundo, o Deutsche Bank S.A – Banco Alemão (“Deutsche”). Em razão da renúncia do Deutsche, este
Administrador realizou diligências no sentido de contratar novo prestador de serviço de custódia de mesmo
padrão e categoria, de forma a garantir aos seus cotistas as mesmas condições de segurança financeira
atualmente atendidas. O Administrador informa que está em fase final de negociação para a contratação
do Banco BNP Paribas Brasil S.A (“BNP”), instituição financeira pertencente e controlada pelo BNP Paribas
sediado na França, para a prestação do referido serviço. Conforme disposto no artigo 24º, inciso IV,
do Regulamento do Fundo, é competência privativa da assembleia geral de cotistas (“AGC”), dentre
outros assuntos, deliberar sobre a substituição do Custodiante do Fundo. Em consequência do disposto
no referido Artigo, tão logo tenha recebido a proposta formal por parte do BNP, este administrador
convocará os senhores cotistas do Fundo a se reunirem em AGC para deliberar sobre a aprovação da
contratação do novo prestador de serviços de custódia do Fundo, devendo a completa transferência dos
serviços se dar no menor prazo em que seja possível fazê-lo, sem que haja interrupção da prestação do
serviço e que haja garantia de execução e qualidade do mesmo. Atenciosamente,
BANCO PETRA S.A.
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