(salivação, vómitos, diarreia, arritmias, etc.) e diminuindo a dose a

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14 CAPA / PATOLOGIA OCULAR
uma em uma até ao aparecimento de sinais
de toxicidade (salivação, vómitos, diarreia,
arritmias, etc.) e diminuindo a dose anterior
não tóxica. Por via tópica, podem­‑se usar so‑
luções a 0,25% acrescentando 2 ml de pilo‑
carpina 2% a 14 ml de lágrima artificial.
Imunossupressores
A ciclosporina A (CsA) com concentrações
de 0,2 a 2% é o tratamento de eleição para a
maioria de QCS desde há mais de duas dé‑
cadas, já que a etiologia predominante é a
imunomediada. Tanto a CsA, como o tacróli‑
mus (0,015 a 0,03%) e o sirolimus inibem a
proliferação e ativação de linfócitos T através
da inibição da interleucina II. Reduzem o
aparecimento de eosinófilos, a degranulação
de Mast Celis e suprimem os fatores de ne‑
crose tumorais. Um estudo recente sugere a
maior efetividade do tacrólimus em cães que
não respondiam a CsA.
A melhoria nos sinais clínicos na córnea e
na conjuntiva é generalizada. Pacientes com
STT maior de 2 mm terão cerca de 80% de
probabilidade de aumento de produção, des‑
cendo para 50% em animais com menos de
2 mm de STT. Idealmente, deve­‑se medir de‑
pois de três horas da aplicação do fármaco.
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A posologia recomendada é cada 12 horas,
aumentando a cada 8 horas se após 3 sema‑
nas permanece abaixo de 10 mm de STT ou
reduzindo a cada 24 h se o STT é superior a
20 mm.
Recomenda­‑se a adequação da posologia
a cada paciente, já que ainda que esteja de‑
monstrada a sua segurança e os estudos mais
recentes do ano de 2010 mostrem baixos
níveis de ciclosporina a nível sistémico e a
não alteração da estimulação dos linfócitos,
estudos anteriores reportavam a supressão de
linfócitos a nível sistémico. Ainda assim, tra‑
tamentos crónicos podem ser um fator de
risco de determinadas infeções, assim como
de carcinoma de células escamosas.
Mucolíticos anticolagenase
Soluções de n­‑acetilcistenia a 5 ou 10% são
uma boa opção para diminuir a presença e
acumulação de mucosidade e proteger a su‑
perfície corneal da ação das enzimas que
promovem a degeneração do colagénio.
Antibióticos
É importante um bom controlo da infeção
secundária. Recomendam­‑se os antibióticos
de largo espectro, como o triple antibiótico.
Substitutos lacrimais
O termo lubrificante ocular seria mais acer‑
tado, já que a maioria não mimetiza a com‑
posição da lágrima. Existem grandes avanços
neste campo, temos uma grande disponibili‑
dade e variedade deles e por vezes é até di‑
fícil uma escolha correta.
Os pontos­‑chave para um substituto lacri‑
mal adequado são:
• Conservantes
Ou melhor, a eliminação destes, dado os
seus efeitos tóxicos, especialmente o cloreto de
benzalcónio. Existem monodoses sem conser‑
vantes ou multidoses “preservatives free”.
• Composição eletrolítica
Ficou demonstrado o seu benefício na re‑
cuperação do dano na superfície ocular. O
potássio ajuda a manter a espessura corneal
e o bicarbonato melhora a integridade do
epitélio.
• Osmolaridade
Nos pacientes com QCS, a lágrima aumenta
a tonicidade. Esta elevada tonicidade é pró­
‑inflamatória. Por isso, a tendência atual é para
o desenvolvimento de substitutos hipotónicos.
• Viscosidade
A estabilidade e permanência na superfície
é vital. Os substitutos clássicos contém carbo‑
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Figuras 5 e 6. Depósitos de cálcio na córnea e dermatite facial, que devem ser tratados de modo ininterrupto.
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Figuras 7 e 8. Transplante de mucosa labial: a mucosa é suturada e integrada na conjuntiva bulbar superior nos dias 1 e 120, respetivamente.
6 ANIMAL
CLÍNICA
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