- Embrafarma

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Peso molecular: 1.209,4
Fórmula molecular: C66H68CaF2N4O10. 3H2O.
CAS: 134523-03-8
DCB: 00920
Ação Terapêutica: hipocolesterolêmico.
1. Introdução: as estatinas são substâncias originárias de culturas de
fungos, sendo a primeira substancia dessa família isolada em 1976, de
uma cultura de Penicillium citrinum sendo chamada compactina. Esta se
revelou excelente inibidora da síntese do colesterol, mas, por sua
toxicidade, não reunia condições de uso clínico. Posteriormente, foi
isolada a lovastatina da cultura do Aspergillus terreus, com igual
propriedade da substância anterior, mas com mínima toxicidade. Desde
então foram produzidas várias outras substâncias com fórmulas
estruturais semelhantes às acima referidas, todas mostrando efeito
inibidor da síntese do colesterol, que recebendo a denominação
genérica de vastatinas. Todas as estatinas têm em comum um anel
hidronaftaleno. A Pravastatina foi obtida, de cultura dos fungos Nocardia
autrophica. A Sinvastatina resultou de pequena modificação na fórmula
estrutural da Lovastatina (adição de radical metila). A Fluvastatina, a
Atorvastatina e a Cerivastatina são drogas sintéticas. As estatinas
sintéticas e a pravastatina são compostos ativos na forma de anéis
abertos. A lovastatina e a sinvastatina são pró-drogas, apenas sendo
ativas, "in vivo", após metabolizadas para a forma de anel aberto. Essas
drogas têm efeitos metabólicos muito semelhantes, ainda que haja entre
elas várias diferenças farmacológicas.
A cerivastatina foi uma estatina retirada do mercado após seu
lançamento comercial na década de 90 devido o fato da complicação de
rabdomiólise ser muito mais freqüente que nas demais drogas do grupo,
levando a alguns casos de óbito relacionados diretamente com o uso
dessa droga. Este efeito era próprio da cerivastatina não sendo
relacionado às demais drogas da classe.
2. Características: a atorvastatina, um agente hipolipemiante, é um
inibidor seletivo e competitivo da 3-hidroxi-3-metil-glutaril-coenzima A
(HMG-CoA) redutase, a enzima limitante responsável pela conversão da
HMG-CoA a mevalonato, um precursor dos esteróis, inclusive do
colesterol. O principal sítio de ação da atorvastatina localiza-se no
fígado. Em pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica e
heterozigótica, formas não familiares de hipercolesterolemia e
dislipidemia mista, a atorvastatina reduz o CT (colesterol total), LDL-C
(lipoproteína de baixa densidade) e apo B (apolipoproteína B). A
atorvastatina também reduz o VLDL-C (lipoproteínas de densidade muito
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baixa) e os triglicérides e produz aumentos variáveis no HDL-C
(lipoproteínas de alta densidade).
A atorvastatina diminui os níveis plasmáticos de colesterol e
lipoproteínas através da inibição da HMG-CoA redutase e da síntese de
colesterol no fígado, e aumenta o número de receptores de LDL
hepáticos na superfície da célula, aumentando a absorção e o
catabolismo do LDL. A atorvastatina reduz a produção e o número de
partículas de LDL. Produz um aumento marcante e prolongado na
atividade do receptor de LDL, além de promover uma alteração benéfica
na qualidade das partículas de LDL circulantes. O fármaco é eficaz na
redução de LDL em pacientes com hipercolesterolemia familiar
homozigótica, uma população que não responde normalmente à
medicação de redução lipídica.
A atorvastatina e alguns de seus metabólitos são farmacologicamente
ativos em humanos. O principal sítio de ação da atorvastatina é o fígado,
que é o principal local de síntese de colesterol e clearance de LDL. A
redução no LDL-C está mais relacionada à dose do medicamento do que
à concentração sistêmica do fármaco. A individualização da dose do
medicamento deve ser baseada na resposta terapêutica.
3. Indicações: hipercolesterolemias. Dislipidemias, hipercolesterolemia
familiar. Tratamento coadjuvante da dieta para diminuir os níveis séricos
de colesterol total, LDL-colesterol, apobetalipoproteínas e triglicerídeos
em pacientes com hipercolesterolemia primária (heterozigota familiar e
não-familiar) e na dislipemia mista (Fredrickson tipos IIa e IIb).
4. Posologia: nos casos de hipercolesterolemia (heterozigota familiar e
não-familiar) e dislipemia mista (Fredrickson tipos IIa e IIb), 10mg uma
vez ao dia. Hipercolesterolemia familiar homozigota, 10 a 80mg uma vez
ao dia. O paciente deve ser inserido em uma dieta padrão para a
redução do colesterol antes de iniciar o tratamento com a Atorvastatina e
deve continuar com esta dieta durante o tratamento.
Ajustes de doses devem ser realizados em intervalos de 4 semanas ou
mais. As doses podem ser administradas a qualquer hora do dia, com ou
sem alimentos.
5. Precauções: a atorvastatina pode causar elevação dos níveis de
creatina fosfoquinase e transaminase. Os pacientes devem ser
aconselhados a relatar imediatamente a ocorrência de dor, alterações de
consistência da massa muscular ou fraqueza muscular de origem
indeterminada, principalmente se forem acompanhados de mal-estar ou
febre.
Crianças: a experiência no tratamento de pacientes pediátricos (com
doses de até 80 mg/dia) é limitada. Doses em pacientes com
insuficiência renal: a insuficiência renal não apresenta qualquer
influência nas concentrações plasmáticas da atorvastatina ou na
redução de LDL-C; portanto, o ajuste de dose não é necessário. Uso em
idosos: a eficácia e a segurança do uso do medicamento em pacientes
idosos (70 anos de idade ou mais) utilizando as doses recomendadas
são similares às observadas na população em geral. Devido à alta
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ligação às proteínas plasmáticas, a hemodiálise não deve aumentar a
depuração da atorvastatina significantemente.
6. Contra-Indicações: doença hepática ativa ou elevações persistentes
inexplicadas de determinadas enzimas hepáticas (transaminases),
excedendo em 3 vezes o limite superior da normalidade. Também é
contra-indicado durante a gravidez ou lactação, a adolescentes e a
mulheres em idade fértil que não estejam utilizando medidas
contraceptivas eficazes.
7. Reações Adversas: em geral são leves a moderadas, compreendendo
constipação, flatulência, dispepsia e dores abdominais. Mais
ocasionalmente, edema facial, febre, rigidez cervical, mal-estar, reação
de fotossensibilidade, edema generalizado, gastrenterite, alterações da
função hepática, colite, vômitos, gastrite, boca seca, hemorragia retal,
esofagite, eructações, glossite, anorexia, aumento do apetite, estomatite,
úlcera duodenal, disfagia, úlcera gástrica, hepatite, pancreatite, icterícia,
colestática, dispnéia, asma, epistaxe, parestesias, sonolência,
alterações do sono, neuropatia periférica, torcicolos, hipercinesia,
cãibras musculares, miosite, prurido, dermatite de contato, úlceras
cutâneas, disúria, menorragia, nefrite, incontinência urinária,
anormalidades de ejaculação, disgeusia, palpitações, hiperglicemiahipoglicemia, aumento da fosfocreatinoquinase, gota, aumento do peso
corporal.
8. Advertências: efeitos hepáticos, como os outros agentes redutores de
lipides da mesma classe, elevações moderadas (3 vezes o limite
superior da normalidade) das transaminases séricas têm sido reportadas
após tratamento com atorvastatina. Quando a dose de atorvastatina foi
reduzida ou o tratamento foi interrompido ou descontinuado, os níveis de
transaminase retornaram aos níveis anteriores ao tratamento. A maioria
dos pacientes continuou o tratamento com uma dose reduzida de
atorvastatina sem seqüelas. Testes de função hepática devem ser
realizados antes do início do tratamento e periodicamente durante o
tratamento. Pacientes que desenvolverem quaisquer sinais ou sintomas
sugestivos de danos hepáticos devem realizar testes de função
hepática. Pacientes que desenvolverem níveis de transaminase
elevados devem ser monitorados até que a anormalidade se resolva. Se
persistir um aumento de AST e ALT (TGO e TGP) maior que 3 vezes o
limite superior da normalidade, recomenda-se redução da dose ou a
descontinuação do tratamento.
9. Interações: o risco de miopatias durante o tratamento aumenta com a
administração simultânea de ciclosporina, derivados do ácido fíbrico,
eritromicina, antifúngicos azólicos ou niacina. A administração
concomitante com antiácidos que contenham hidróxidos de magnésio e
alumínio diminui a concentração plasmática de atorvastatina em cerca
de 30%; igual efeito é observado quando o fármaco co-administrado é a
colestiramina. As concentrações plasmáticas de digoxina aumentam
quando administrada juntamente com atorvastatina. A eritromicina
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aumenta as concentrações plasmáticas de atorvastatina através da
inibição da ação do citocromo P450. A administração conjunta com
anovulatários contendo noretindrona e etinilestradiol aumenta as
concentrações plasmáticas destes dois hormônios.
10. Referências Bibliográficas
MARTINDALE, The Complete Drug Reference, 33ª edição,
Pharmaceutical Press.
P.R, Vade-Mécum. 9ª edição, São Paulo, 2003.
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pravastatin in men with hypercholesterolemia. West Scotland
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Vaughan CJ, Gotto AM, Basson CT. The envolving role of statins in the
management of atherosclerosis. J Am Coll Cardiol 2000;35:1-10.
ANDREJUS KOROLKOVAS – Dicionário Terapêutico Guanabara.
Editora Guanabara Koogan, 2008.
DEF 2007-2008, Dicionário de Especialidades Farmacêuticas.
São Paulo.
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