Relatório DCH3

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Dia de Campo
Projecto AGRO 189: Protecção
Integrada em tomate de industria
Dia de Campo “Projecto Agro 189
Protecção integrada em tomate de
indústria ”
No dia 22 de Junho realizou-se na Azambuja, no
auditório da CCAM Azambuja, mais um dia de
campo dedicado à temática protecção
integrada em tomate de indústria. Este dia de
campo teve como objectivo a sensibilização de
técnicos para a protecção integrada e
demonstrar como efectuar a estimativa do risco
na cultura. Participaram na sessão 25 pessoas,
tendo sido preciosa a colaboração na palestra e
debate da Engª Fernanda Amaro (INIAP / EAN)
chefe do projecto Agro 189, Engª Elisabete
Figueiredo (ISA) e Engª Maria Céu Godinho
(ESAV / EAN).
A sessão teve início com uma breve
apresentação efectuada pela Engª Fernanda
Amaro, mencionando os objectivos gerais do
projecto Agro 189: Desenvolvimento de um
modelo de protecção integrada em tomate de
indústria para a região do Ribatejo, atendendo
aos principais problemas (míldio, lagarta do
tomate e vírus do bronzeamento do tomate).
Em relação ao míldio (Phytophthora infestans)
procura-se encontrar um modelo que permita
reduzir o número de tratamentos atendendo às
condições meteorológicas.
No caso da lagarta do tomate (Helicoverpa
armigera), os agricultores têm o hábito de
tratar preventivamente; pretende-se detectar
qual o momento mais oportuno para efectuar
tratamentos e consequentemente reduzir-se-á
o número de tratamentos e possibilita-se a
COTHN
Centro Operativo e Tecnológico
Hortofrutícola Nacional
RELATÓRIO
Azambuja
22 de Junho de 2004
utilização de insecticidas biológicos e de
reguladores de crescimento.
Em relação ao vírus do bronzeamento do
tomate (TSWV) pretende-se estabelecer um
mapa de zona de risco de ataque do vírus para a
região do Ribatejo através de uma abordagem
geoestatística. Assim, foram efectuadas
colheitas de plantas adventícias e de tomateiros
e monitorizada a população de tripes vectores
através de placas adesivas amarelas e azuis,
que se encontram distribuídas por vários
concelhos da região. Em laboratório procedeuse à identificação sistemática das plantas
adventícias e realizaram-se testes imunológicos
de detecção de vírus (ELISA).
A Engª Mª do Céu Godinho iniciou a sua
participação referindo que até ao momento já
ocorreram duas sessões com um formato mais
formal onde foram apresentados os resultados
obtidos com o projecto Agro 189 até ao
momento, pretendendo-se com esta sessão
algo mais informal com uma visita ao campo.
Segundo esta técnica para que se consiga a
validação de um modelo de previsão do míldio
que permita diminuir o número de aplicações de
fungicidas e posicionar melhor cada aplicação é
necessário saber a forma como os dados
meteorológicos estão a ser registados, por
exemplo a humectação da folha, e se estão
coerentes com o que na realidade está
acontecer no campo. Assim, procedeu-se à
monitorização e registo de variáveis
meteorológicas no Ribatejo (Lezíria e na região
de Valada). Durante a campanha estão a ser
testados dois modelos de previsão de risco:
Tomcast e Blitecast.
O modelo Blitecast é um modelo desenvolvido
para o míldio da batata, que regista a
temperatura média diária, humidade relativa do
ar e precipitação permitindo a contagem de
DSV. Este modelo estabelece que com 18 DSV
deve-se efectuar tratamento; este ano permitiu
diminuir o número de tratamentos: num campo
de um agricultor efectuaram-se 3 enquanto que
no campo acompanhado apenas 1 tratamento.
O Blitecast permite tomar a decisão em relação
ao momento de realizar o primeiro tratamento e
Relatório
COTHN
posteriormente passa-se a utilizar o modelo
Tomcast. Este modelo usado para o míldio do
tomate regista a temperatura média referente
ao período de folha molhada e o número de
horas de folha molhada e aproxima-se da data
de ocorrência de míldio quando se considera 20
DSV como indicador de tomada de decisão. É
importante, que os técnicos presentes
coloquem em prática estas metodologias junto
de 2 ou 3 agricultores.
Em relação à lagarta do tomate, a Engª
Elisabete Figueiredo referiu que faz sentido
utilizar as armadilhas tipo funil tricolor com
feromonas para registo da curva de voo e
decidir quando se deve iniciar a procura de
ovos. No entanto, também não podemos
esquecer que não faz sentido procurar ovos
antes do início da floração. Mas, quando se
procuram ovos é importante saber onde os
procurar. Ao longo dos anos do projecto Agro
tem-se estudado a localização dos ovos na
planta verificando-se que as observações
devem incidir na folha abaixo da inflorescência
cimeira, e na folha abaixo da inflorescência
lateral superior-médio e lateral superiorinferior. A estimativa do risco em relação à
lagarta do tomate deverá ser sempre feita ao
nível da parcela, porque o tipo de solo, as
variedades utilizadas, a data de plantação são
factores que interferem na estimativa do risco.
Esta situação não se coloca em relação ao
míldio que pode ser efectuada a estimativa de
risco ao nível da região
Durante o debate os participantes expressaram
as expectativas e motivação para participarem
na sessão, constatando-se que pretendiam
aprender a efectuar de forma correcta a
estimativa do risco, o momento oportuno para
realizar um tratamento com Bacillus
thuringiensis e os cuidados a ter durante a sua
aplicação.
Visita ao campo de protecção integrada
No campo explicou-se e exemplificou-se como
se deve efectuar a estimativa do risco,
permitindo aos técnicos presentes praticar a
metodologia. Salientou-se mais uma vez a
necessidade de efectuar a estimativa do risco
para a lagarta do tomate à escala da parcela e
que as capturas nas armadilhas tipo funil
tricolor não são só por si suficientes para uma
tomada de decisão. Actualmente, recomenda-
COTHN
Centro Operativo e Tecnológico
Hortofrutícola Nacional
Apoios:
se intervir ao aparecimento
de 10 ovos observados nas
3 folhas em 60 plantas. As
observações realizadas
semanalmente devem ter
diferentes percursos e a escolha das plantas
aleatória, permitindo percorrer toda a parcela
durante o acompanhamento da cultura.
Relembrou-se os técnicos da importância de
recomendarem aos agricultores efectuarem a
correcção do pH da água antes de juntarem o
Bacillus thuringiensis, sempre que sejam águas
alcalinas. E ainda, o momento em que se deverá
proceder a esse tratamento e que é normal que
a seguir a um tratamento com Bacillus
thuringiensis se
observem um maior
número de lagartas,
isto porque o seu
comportamento
altera-se e que estas
não morrem de imediato.
Relatório elaborado pela Engª Agr. Ana Paula
Nunes (COTHN)
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