PESQUISAMOS CONCLUÍMOS “Ah, que grande bem aventurança seria se através destas árvores todos os homens que existem pudessem estar debaixo de uma mesma Lei e de uma só crença!; que não houvesse nem rancor nem má vontade neles, enquanto hoje se odeiam uns aos outros pela diversidade e pela contrariedade de crenças e de seitas! E que assim como há um só Deus, Pai, Criador e Senhor de tudo quanto existe, assim também todos os povos existentes se unissem para ser um povo só no caminho da salvação, e todos juntos tivessem uma só fé, uma só Lei (…) Ramon Llull Na obra O gentio e os três sábios, Ramon LLull mostra-nos como um filósofo gentio, ateu e que não acreditava na ressurreição, entra em depressão todas as vezes que se lembra da morte. Procura a existência de Deus na Natureza paradisíaca, onde três sábios, um judeu, um cristão e um muçulmano, decidem consolá-lo, e seguindo um método original de argumentação, provam-lhe a existência de Deus e da ressurreição. Feliz com a descoberta, o gentio pede-lhes que, com o mesmo método, cada um deles explique a sua própria religião, para que deste modo ele possa escolher a verdadeira. Não devemos explicar nada a uma criança, é preciso maravilhá-la. Marina Tsvetana Um gentio/filósofo, próximo da morte confidencia aos três sábios as suas angústias e a sua incompreensão a respeito do fim da vida. Confessa-lhes que só conseguirá afastar a dor e ficar em paz se alguém lhes provar racionalmente a existência de Deus. Surge então um diálogo entre eles, na busca da verdade, durante o qual paira o respeito mútuo e se exalta a tolerância, em detrimento do convencimento impositivo do outro. Tudo se passa num ambiente paradisíaco (árvores e fontes), que remete para coisas agradáveis, belas e boas, predispondo o leitor para a felicidade, graças à força poética do ambiente . Apanhados a filosofar SEMENTES DE FILOSOFIA Sessão II NA ORIGEM DAS RELIGIÕES O QUE APROXIMA AS DIFERENTES RELIGIÕES Necessidade de diálogo entre as religiões para o Mundo viver em paz, tendo como meta a unificação de todos os homens. Diálogo assente na humildade. O diálogo é, portanto, uma forma de alcançar a verdade, aprendendo a conviver e a respeitar as diferenças de crenças, princípios e ideias. Para julgar o(s) outro(s) há que refletir profundamente. Dra. Mafalda Rocha PALAVRAS PARA REFLETIR Foi o que ficou na nossa MEMÓRIA DO SABER . A Filosofia consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados com a existência, o conhecimento, a verdade, os valores morais e estéticos do Homem. O Filósofo busca o conhecimento de si mesmo, movido pela curiosidade . A Filosofia é uma atitude natural do homem em relação ao universo e ao seu próprio ser. OBJETIVOS DA AÇÃO 1. Sensibilizar os alunos para o que pode unir as diferentes religiões; 2. Promover o diálogo enquanto caminho para a tolerância; 3. Evidenciar a relação entre a consciência da finitude e a existência de religião; 4. Fomentar nos alunos uma atitude reflexiva e espirito critico. QUESTÕES 1. Dra. Mafalda, que influência tem o local (bosque) para o desenrolar do diálogo inter-religioso que ocorreu entre os sábios e o judeu? 2. Dra. Mafalda, no final do livro, por que razão é que o gentio não mostra interesse em saber qual o sábio que era detentor da religião verdadeira? 3. Dra. Mafalda, considera que na Idade Média, havia realmente o espírito de tolerância que se sente neste livro em relação às religiões, ou é apenas o ponto de vista de Ramon Llull? 4. Dra. Mafalda, acha que hoje em dia existe o mesmo desejo de tolerância religiosa que perpassa nesta obra, visando a convivência pacífica entre os homens? SIM, NÓS GOSTAMOS DAS SEMENTES DE FIOSOFIA