PARALISIA CEREBRAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALGUMAS REFLEXÕES Francisco Ricardo Lins Vieira de Melo Mestrando em Educação Lúcia de Araújo Ramos Martins Doutora em Educação – UFRN INTRODUÇÃO Atualmente, no mundo todo, o acesso de todas as pessoas a uma educação com qualidade incluindo os educandos com necessidades especiais, constitui-se no maior desafio. Para tanto, esta filosofia tem sua origem no paradigma da inclusão, surgido na década de 80, centrado no modelo social de deficiência, segundo o qual a sociedade tem de transformar-se para tornar-se capaz de acolher a todas as pessoas que, uma vez incluídas nessa sociedade em modificação, poderão ter atendidas em suas necessidades, comuns e especiais (SASSAKI, 1997). Segundo Carvalho (1999, p.51), “a educação inclusiva é anunciada como a forma mais recomendável de atendimento educacional para os alunos que apresentam deficiência(s), altas habilidades e condutas típicas de síndrome. É identificada, hoje, como o caminho eficiente para a construção da cidadania e da participação social em consonância com a perspectiva da educação para todos”. Inserir os alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino, portanto, é o primeiro passo para garantir o acesso à aprendizagem e ao conhecimento, que possibilite aos mesmos um dos principais meios de instrumentalização do exercício de suas funções na sociedade. No entanto, se hoje estamos diante desta realidade, temos enquanto cidadão e, principalmente, professor a responsabilidade de contribuir para que a inclusão social das pessoas deficientes possa sedimentar-se nos diferentes setores da sociedade, inclusive na escola. Essa tem o seu alicerce, ou base filosófica e ideológica, no respeito à diferença, às necessidades específicas e individuais, como algo puramente singular e inerente a todos os indivíduos. MADER (1997, p.47), ressalta a inclusão como sendo:“ ... o termo que se encontrou para definir uma sociedade que considera todos os seus membros como cidadãos legítimos... uma sociedade em que existe justiça social, em que cada membro tem seus direitos garantidos e em que sejam aceitas as diferenças entre as pessoas como algo normal” Todo esse processo de evolução do atendimento às mesmas na sociedade, por sua vez, acompanha a conquista e formulação dos direitos humanos e está interligado a aspectos econômicos, jurídicos, teológicos, educacionais e sociais (Pessotti, 1984). Como toda mudança reflete controvérsias e discussões, e, portanto, diferentes posicionamentos principalmente quando se mexe com valores sociais a inclusão de alunos deficientes nas classes comuns do ensino regular, atualmente traz à tona toda uma polêmica que vem ocorrendo a anos, envolvendo educadores, pais de portadores de deficiência e os próprios deficientes, no que se refere à educação tida como ideal para tais pessoas: especial ou regular? Diante do exposto, buscamos tecer algumas reflexões sobre: o direito de todos à educação; educação inclusiva, e mais especificamente, sobre a educação do aluno com paralisia cerebral no ensino regular. A EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO DE TODOS O atendimento educacional aos deficientes, ao longo da história da humanidade, expressou desde a marginalização /exclusão até chegar ao atual modelo de inclusão escolar, resultante das lutas pelos direitos de igualdade dos portadores de deficiência. Pois, como afirma Bobbio (1992, p.5), “ os direitos humanos são direitos históricos que emergem gradualmente das lutas que o homem trava por sua própria emancipação e das transformações das condições de vida que essas lutas produzem”. No entanto, apesar da proteção ou cumprimento da lei, Carvalho (1999) nos chama a atenção para a contradição entre o discurso e a prática, pois, enquanto a consciência universal dos direitos humanos é cada vez mais forte, paradoxalmente, eles são cada vez mais desrespeitados. Neste sentido, a literatura nacional e estrangeira, evidencia uma insatisfação com os paradigmas que têm predominado na Educação Especial, por adotarem uma política de exclusão dos alunos deficientes, seja das escolas comuns, seja do direito à apropriação do saber na intensidade e ritmo necessário à sua aprendizagem. Houve, a partir da última década, uma retomada mundial de discussões, visando garantir o direito de todos, (com ênfase para as minorias e, dentro destas, as pessoas deficientes) ao acesso e usufruto dos bens e serviços socialmente disponíveis, entre os quais, o acesso à escola. Resultaram daí, documentos e movimentos, que desencadearam mudanças substanciais na política de atendimento às pessoas portadoras de deficiências, em todos os níveis, as quais estão garantidas na Carta Magna Brasileira e em outras legislações que buscam definir diretrizes para a educação. Dentre estes documentos, do ponto de vista político, gostaríamos de mencionar à “Declaração de Salamanca” (1994), por entender que se constituiu num dos passos decisivos para a implantação e implementação de políticas mundiais em relação à educação. Essa Declaração, proclamou, entre outros princípios, o direito de todos à educação, independente das diferenças individuais, tendo como referência a “Conferência Mundial sobre Educação para Todos” (1990). EDUCAÇÃO INCLUSIVA A educação inclusiva tem sido conceituada como um processo de educar conjuntamente e de maneira incondicional, nas classes do ensino comum, alunos normais com alunos que apresentem necessidades educacionais especiais – portadores ou não de deficiências (Carvalho, 1999). Com isto, a escola inclusiva se propõe a ser uma escola para todos, que atenda à diversidade do alunado, de modo que todos os alunos aprendam juntos. Para isto, a escola tem que estar preparada para oferecer respostas às necessidades básicas de aprendizagem a cada aluno, independente de suas condições pessoais, sociais e culturais. É importante termos em mente que a “Declaração de Salamanca”, ao referir como princípio a escola para todos, contextualiza as pessoas com necessidades educativas especiais, não se restringindo porém, apenas à população deficiente. Na realidade envolve todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de suas capacidades ou de suas dificuldades de aprendizagem. Este entendimento é fundamental, para refletirmos se, realmente, o problema maior da educação para todos, recai exclusivamente sobre a inclusão do deficiente nas classes comuns do ensino regular ou se o grande problema não está dentro do próprio âmbito da escola, a qual defende uma ideologia homogenizadora , com ênfase no aspecto acadêmico no desempenho cognitivo. A preocupação em promover a inclusão do deficiente, como dos demais alunos marginalizados, tidos como fracassados frente ao ensino, é resultado da ausência de uma escola que esteja preparada para lidar com a diversidade e da falta de instrumentos (recursos humanos, estrutura física, projeto político pedagógico, currículo adequado), que possibilitem o acesso e a permanência dos alunos na escola, com um ensino de qualidade, que promova seu desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, moral e social. Na verdade, como afirma Bueno (2000, p.23), “um aspecto positivo da Declaração é que, ao tratar da questão da educação dos deficientes dentro do âmbito da educação para os alunos com necessidades educativas especiais e, esta, dentro do princípio fundamental de educação para todos, oferece possibilidades para que se rompa com o dualismo existente até hoje entre educação regular e educação especial”. Logo, “a escola para que possa ser considerada, um espaço inclusivo precisa abandonar a condição de instituição burocrática, apenas cumpridora das normas estabelecidas pelos níveis centrais. Para tal, deve transforma-se num espaço de decisão, ajustando-se ao contexto real e respondendo aos desafios que se apresentam” (Goffredo, 1999, p.45), ou seja, a escola deve ser aberta, pluralista, democrática e de qualidade. A educação inclusiva começa lentamente a se tornar uma, realidade em nosso meio. No entanto, não podemos achar que, para consolidar esse processo, é uma questão apenas de tempo. Sabemos que a implementação desse modelo, no contexto da educação brasileira, é mais difícil de se concretizar a curto prazo, tendo em vista, algumas dificuldades como: despreparo do sistema regular de ensino para atuar no processo; resistência da comunidade escolar na aceitação dos alunos (Carvalho & Monte, 1994), e fatores diversos de natureza familiar, institucional e sociocultural. Este último é um importante fator a considerar, tendo em vista ainda, a presença marcante em nosso país, de uma cultura discriminatória e preconceituosa em relação às pessoas portadoras de deficiência, considerando-as como pessoas doentes e incapacitadas. Com isto, concordamos com Glat (1998, p.27), quando diz que “sem uma modificação estrutural do Sistema Educacional Brasileiro, a inclusão de alunos portadores de deficiências, principalmente os mais prejudicados, nunca será concretizada”. Há que se considerar, também, que ao enfatizar a necessidade de uma mudança real no contexto da educação brasileira, está não pode desvincular-se do seu sistema maior, a sociedade, pois, “as pressões da sociedade por uma educação efetivamente democrática são essenciais na implementação de políticas e práticas de ensino que se traduzem na inclusão, na participação e na construção da cidadania” (Goffredo, 1999, p.31). Portanto, a sociedade como um todo precisa estar mobilizada em função da luta por uma educação de qualidade para todos, por uma escola pública que satisfaça às necessidades educacionais de todos os alunos. Além disto, faz-se necessário também, uma mudança no olhar da nossa sociedade, não só em relação ao portador de deficiência, mas no que diz respeito a todo o tipo de discriminação que impeça a qualquer indivíduo o direito de igualdade, o exercício pleno de cidadania.. Para tanto, precisamos, pensar uma escola inclusiva que: abandone os rótulos e os preconceitos perpetuados em nossa cultura, frente à pessoa portadora de deficiência, procurando levar em conta as possibilidades e potencialidades de desenvolvimento inerentes a cada pessoa; promova a qualidade da formação dos professores, através da capacitação continuada e em processo; favoreça uma aprendizagem através de um modelo pedagógico, baseado num currículo aberto, transformador resultante da vivências e das expectativas socioculturais; possibilite acesso e o direito de ir e vir dos portadores de deficiência em seus ambientes físicos na comunidade escolar, intra e extra-classe, eliminando as barreiras arquitetônicas, entre outras condições necessárias. Em outras palavras, “[...] cabe à escola encontrar respostas educativas para as necessidades de seus alunos” (Mantoan, 1997, p.68), não apenas de alguns, dos mais brilhantes e aptos, mas de todos. O EDUCANDO COM PARALISIA CEREBRAL E A ESCOLA O termo Paralisia Cerebral é definido por Muñoz et al (1997) como sendo um grupo de afecções caracterizadas pela disfunção motora, cuja principal causa é uma lesão encefálica não progressiva, acontecida antes, durante, ou pouco depois do parto. É uma perturbação complexa que compreende vários sintomas, a saber: alteração da função neuromuscular com déficits sensoriais (audição, visão, fala, etc.) ou não, dificuldades de aprendizagem com déficit intelectual ou sem ele, e problemas emocionais Segundo Basil (1995), falar da educação, da criança com paralisia cerebral é tão amplo quanto falar de educação em seu contexto geral. Por esse motivo, abordaremos neste tópico apenas alguns aspectos que nos parecem importantes neste primeiro momento, para subsidiar nosso estudo. A criança portadora de paralisia cerebral pode e deve ser incluída na escola, desde que a mesma esteja preparada para se adaptar às necessidades da criança. Isto exige professores capacitados, programação didática e estratégias metodológicas adequadas, adaptações necessárias, ausência de barreiras arquitetônicas, parceria para ajuda mútua com os pais, ambientes educacionais flexíveis, estabelecimento de infra-estrutura de serviços, entre outras características da escola inclusiva (Mrech, 1998). Para tanto, deve-se lembrar que, em função da diversidade dos problemas que podem estar presentes, destaca que a “educação da criança com paralisia cerebral , terá que ser sempre um trabalho em equipe, em que o professor atua em estreita colaboração com os outros profissionais” (Basil,1995, p.261). Neste contexto interdisciplinar, tendo como objetivo comum favorecer a inclusão do deficiente físico na escola, especificamente do portador de paralisia cerebral, algumas vezes é necessário utilizar técnicas e materiais pedagógicos adaptados que proporcionem seu desenvolvimento, em diferentes áreas, quer seja cognitiva, psicomotora e/ou afetivo social. A inclusão na perspectiva escolar de crianças com Paralisia Cerebral, deve apoiar-se em teóricos como Vygotsky, uma vez que discute a abordagem psicopedagógica da criança deficiente destacando a importância da relação desta com os outros indivíduos no ambiente escolar, favorecendo com isso, experiências de aprendizagem e, conseqüentemente, de desenvolvimento (Vygotsky, 1988). Para analisar as dimensões da aprendizagem na escola esse autor se utiliza do conceito de zona de desenvolvimento proximal, a partir de dois níveis de desenvolvimento: o desenvolvimento real, que define as funções psicológicas que já amadureceram ao longo do desenvolvimento da criança e o desenvolvimento potencial que define as funções que estão em processo de maturação, as quais a criança só tem a possibilidade de trabalhar através da imitação ou com a orientação de outra pessoa (op. cit.). A partir desse entendimento, evidencia-se o papel do professor enquanto mediador no processo ensino-aprendizagem e das diversas inter-relações da criança com o ambiente social, portanto, na informação que leve à formação de suas potencialidades humanas e sociais. Assim, “a pedagogia deve estar voltada não para o passado, mas para o futuro do desenvolvimento da criança. Só assim será capaz de criar, no processo de educação, os processos de desenvolvimento que estão presentes na zona de desenvolvimento proximal” (Davydoy & Xinchenko apud Evans, 1999, p. 73). Vygotsky (op. cit.), vê a aprendizagem como um processo profundamente social, caracterizado pelas inter-relações da criança com a sociedade e com os outros homens, onde estes devem estimular os processos internos de desenvolvimento da criança para que a mesma adquira crescente habilidade no controle e direção do próprio comportamento Logo, este conceito tem repercussões no cotidiano da criança com Paralisia Cerebral, tanto no que se refere à avaliação do desenvolvimento mental, quanto à abordagem educacional, pois estes também representam situações de construção conjunta e fazem parte de uma cultura e de um determinado momento histórico. Uma vez que a zona de desenvolvimento proximal, hoje, será o nível de desenvolvimento real amanhã, a avaliação do desenvolvimento de uma criança com Paralisia Cerebral deve considerar não só o que a criança faz sem ajuda, como também o que ela é capaz de realizar quando auxiliada (Braga, 1995). Sob este prisma, o processo educacional não deve se limitar ao trabalho com funções que a criança já desenvolveu mas, principalmente, estimular a mesma a ultrapassar esses limites. De modo que o conceito de desenvolvimento proximal fornece instrumentos para uma prática pedagógica mais eficaz, à medida que o professor puser em ação as capacidades potenciais do aluno, a fim de desenvolver suas funções mentais que estão em processo de maturação (Braga, op. cit.) Nesta concepção, a função do ensino à crianças com deficiências seria ajudá-las a transpor as barreiras impostas pela deficiência, “a noção de zona proximal capacita-nos a propor uma nova fórmula, a de que o bom aprendizado é somente aquele que se adianta ao desenvolvimento” (Vygotsky, 1988, p. 100-101). Vale salientar que, dentro do grupo de alunos com paralisia cerebral, podemos encontrar alguns que possuem uma inteligência normal e outros que apresentam deficiência mental associada. Muñoz et al (1997), apontam que, mesmo na ausência do comprometimento mental, o problema motor freqüentemente é acompanhado de problemas na aprendizagem, devido -entre outros fatores- à limitação das experiências adquiridas ao longo do seu desenvolvimento. Esta limitação é atribuída por Bobath (1988), à lesão cerebral que afeta o desenvolvimento psicomotor, interferindo na maturação do cérebro, acarretando um atraso motor e, consequentemente, limitando a aquisição das habilidades motoras. Dessa forma, a possibilidade de andar, manipular, escrever, falar, etc, depende da possibilidade de realizar concretamente determinados movimentos. Diante disso, Gordillo (1998), destaca, que os alunos com necessidades motoras (e aí incluímos, o portador de paralisia cerebral), na maioria das vezes, necessitará para uma resposta educativa mais efetiva em seu ambiente escolar dos seguintes aspectos: 1) controle postural buscando a manutenção de posturas adequadas; correção postural e controle dos movimentos voluntários e involuntários; 2) facilitação da manipulação, potencializando a preensão, e exploração do ambiente; 3) facilitação do deslocamento, possibilitando a autonomia pessoal através do uso de aparelhos (muletas, andadores, bipedestadores, cadeira de rodas manuais ou elétricas), adaptando e/ou eliminando as barreiras arquitetônicas na escola e sala de aula, bem como melhorando a distribuição da mobília e dos materiais; 4) fomentando a comunicação, e, ante a impossibilidade da linguagem oral, dotá-los de algum sistema aumentativo e/ou alternativo de comunicação; 5) valorização dos aspectos compreensivos e expressivos da linguagem, diferenciando os que compreende dos que podem expressar, ressaltando os aspectos expressivos, sensações e verbalizações; 6) facilitação da comunicação, por meio de ajudas técnicas necessárias para qualquer tipo de expressão, (escrita, comunicadores, ordenadores com sintetizadores de voz); 7) estabelecimento de prioridades para aprendizagem, respeitando seu ritmo próprio e procurando desenvolver suas capacidades e 8) estimulação e manutenção de sua motivação pelas aprendizagens escolares. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os aspectos levantados neste trabalho procuram estabelecer uma relação direta entre a educação como um direito de todos e os princípios da educação inclusiva direcionando-se mais a algumas reflexões acerca da inclusão do portador de paralisia cerebral no ensino regular. Ressaltamos os seguintes questionamentos a partir do estudo empreendido até então: O que leva a escola a dizer que não está preparada para lidar com o aluno deficiente no ensino regular: problema estrutural e/ou cultural? Será o preconceito um fator relevante? Será que um aluno taxado com um diagnóstico de paralisia cerebral grave não apresenta nenhum desenvolvimento, para além do aspecto acadêmico, quando incluído entre seus pares normais em classes regulares? Até que ponto o entendimento das disfunções presentes no aluno com paralisia cerebral por parte do professor é determinante para sua intervenção pedagógica? Será que a disfunção afeta o desenvolvimento e, conseqüentemente, a aprendizagem? Os currículos atuais em exercício nas escolas contemplam os aspectos emocionais / afetivos no processo de aprendizagem? Que significado isto pode trazer para o processo ensinoaprendizagem de um aluno com paralisia cerebral? Como exigir autonomia de um aluno com paralisia cerebral se não é dado ao mesmo os recursos (equipamentos para comunicação e locomoção, adaptações para leitura e escrita, estrutura física sem barreiras arquitetônicas) necessários para seu pleno desenvolvimento? Será que em nosso contexto educacional esses recursos são disponíveis nas escolas públicas? Apesar da presença dessas questões levantadas, acreditamos que com um direcionamento político real e adequado para a educação inclusiva, como também com a efetiva vontade de todas as pessoas implicadas no processo, podemos ter uma escola para todos. Precisamos apenas trabalhar juntos para a democratização da educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BASIL, Cármen. 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