Disciplina: TC 030 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I Estrutura atômica e molecular dos materiais NAYARA S. KLEIN [email protected] Curitiba – PR, 01 de agosto de 2016. ESTRUTURA ATÔMICA Introdução A estrutura de um material pode ser dividida em 4 níveis: • • • • Estrutura atômica Arranjo atômico Microestrutura Macroestrutura No âmbito da engenharia, os estudos em níveis micro e macroestruturais (propriedades) são os mais importantes. Porém, é importante retroceder à estrutura dos átomos e seus arranjos, pois estas influenciam de maneira significativa as propriedades físicas e o comportamento mecânico dos materiais. Estrutura eletrônica do átomo ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Natureza da ligação atômica Características micro e macroestruturais (Propriedades) Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo Átomos são partículas submicroscópicas de que toda a matéria é composta. Elétrons: partículas carregadas negativamente, com carga igual a 1,6x10-19 C. Prótons: partículas carregadas positivamente, com carga numericamente igual à do elétron, porém de sinal contrário. Núcleo: prótons + nêutrons Modelo simplificado do átomo: modelo planetário, com núcleo no centro e elétrons orbitando a seu redor ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Os elétrons se mantêm ligados ao núcleo por atração eletrostática, já que estes têm cargas de sinais opostos. Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo Os elétrons se distribuem ao redor do núcleo em camadas (K, L, M, N, O, P, Q), definindo níveis crescentes de energia. Assim, elétrons que pertencem ao nível quântico K pertencem ao primeiro nível quântico (n =1), de menor energia em relação aos demais níveis. Posições energéticas dos elétrons dentro de um nível: subníveis (s, p, d, f). Número máximo de elétrons: s: 2; p: 6; d:10; f: 14 Camadas ou níveis quânticos onde os elétrons se distribuem ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo Distribuição dos elétrons nos níveis e subníveis quânticos: Diagrama de Linus Pauling ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Estrutura eletrônica do Na Notação eletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s1 Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo A valência do átomo está relacionada com a habilidade do átomo para entrar em combinação química com outros elementos, sendo frequentemente determinada pelo número de elétrons na camada mais externa, chamada de camada de valência. Determina o tipo de ligação química que o átomo desenvolverá São os elétrons da camada de valência que influenciam a maioria das propriedades dos materiais de interesse para a engenharia: • • • • Estabelecem a natureza das ligações interatômicas; Resistência; Condutividade elétrica; Propriedades óticas. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo Núcleo: prótons + nêutrons Massa atômica: majoritariamente concentrada no núcleo, já que a massa do elétron é aproximadamente 1/1836 g, ou 0,0005 g, menor que a massa do próton ou nêutron. Unidade de massa atômica: u.m.a. 1 u.m.a. = 1/12 da massa do cabono 12, o mais comum dos isótopos de carbono Isso significa que: 1g = 6,02x1023 u.m.a. (número de Avogrado) Influência nas propriedades dos materiais: • Densidade • Calor específico Número atômico: indica o número de prótons (ou elétrons) em cada átomo. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo Simbolização utilizada, presente na tabela periódica: Número atômico Z Massa atômica A Núcleo de urânio composto de 238 partículas, das quais: 92 prótons e (238 - 92) = 146 nêutrons. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Átomo ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas As ligações atômicas podem ser: Ligações primárias (fortes): • Ligação iônica; • Ligação covalente; • Ligação metálica. Ligações secundárias, forças de Van der Walls: • Dipolo - Dipolo; • Dipolos induzidos; • Pontes de hidrogênio. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas As ligações iônicas ocorrem pelo aparecimento de forças coulombianas (recebendo e doando elétrons). Em busca de alcançar o arranjo estável de 8 elétrons na camada de valência, os átomos podem receber ou doar elétrons. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Formação dos compostos iônicos: Formação do NaCl, cloreto de sódio ou sal de cozinha ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Eletronegatividade ou caráter ametálico: propriedade periódica que mede a tendência de um átomo em ganhar elétrons. Tipo de ligação atômica comum entre metais e não-metais. Ao se retirar um elétron de um átomo, este deixa de ser neutro, pelo desequilíbrio entre seu número de prótons e de elétrons: ÍONS. Variação da eletronegatividade na tabela periódica ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Cátion + Ânion Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Propriedades físicas dos compostos iônicos: • A ligação iônica é não-direcional, e o requisito principal que um material iônico sempre satisfaz é o da neutralidade elétrica: n° + = n° • Os materiais iônicos possuem, em geral, condutividade elétrica baixa: a transferência de cargas elétricas é dada pelo movimento de íons inteiros, os quais não se movem tão facilmente como os elétrons; • Solubilidade em água (maioria); • Condutividade elétrica quando fundidos ou dissolvidos em água; • Quando submetidos a esforços mecânicos que ultrapassam sua capacidade resistente, normalmente apresentam comportamento frágil. Exemplo na engenharia: Carbonato de cálcio: CaCO3 Carbonato de cálcio ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas As ligações covalentes ocorrem por aproximação intensa entre dois átomos que vão se ligar por compartilhamento de elétrons. Em busca de alcançar o arranjo estável de 8 elétrons na camada de valência, os átomos não perdem nem ganham elétrons, mas sim os compartilham. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Formação dos compostos covalentes: Os elementos não perdem nem ganham elétrons, mas sim os compartilham. Molécula de oxigênio, O2 Por isso, os compostos covalentes são substância cujos componentes não apresentam carga elétrica e interagem entre si direcionalmente. Molécula de metano, CH4 ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas A força das ligações covalentes é evidenciada no diamante, constituído inteiramente por carbono, o qual é um mineral de elevada dureza (10 na escala Mohs) e elevada temperatura (3.300°C) para sua dissociação atômica. O átomo de carbono tem 4 elétrons na camada de valência, que são compartilhados com 4 átomos adjacentes, formando um reticulado tridimensional todo ligado por pares covalentes. Exoplaneta 55 Cancri-e: fina superfície de grafite cobrindo uma grossa camada de diamante puro ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Propriedades físicas dos compostos covalentes: • A ligação covalente é fortemente direcional; • Embora as ligações covalentes sejam muito fortes, materiais ligados dessa maneira são, em geral, pouco dúcteis; • Apresentam, em geral, baixa condutividade elétrica. Isso ocorre porque não se consegue facilmente alterar a posição relativa entre os átomos, nem promover o transporte de carga elétrica via movimento de elétrons sem a ruptura das ligações covalentes. Exemplo na engenharia: Vidros: se estilhaçam; Polímeros: não são bons condutores elétricos; Aditivos: cadeias lineares que aderem à superfície das partículas de cimento. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Os metais são estruturas formadas por íons positivos e elétrons livres, que fazem o papel de íons negativos, aparecendo forças elétricas coulombianas de atração entre os átomos. A ligação metálica pode ser considerada como uma atração entre íons positivos e elétrons livres. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Os elétrons livres dão aos metais sua elevada condutibilidade elétrica e térmica. Metais: substâncias simples, formados por um único elemento. Ligas metálicas: materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais elementos químicos sendo que pelo menos um deles é metal. Exemplo na engenharia: Aço para concreto armado. O aço é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono, com percentagens deste último variando entre 0,008 e 2,11%. Armadura de aço para concreto armado ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Propriedades físicas dos compostos metálicos: • A ligação metálica é não-direcional, pois os átomos “presos” na nuvem eletrônica não são fixados em uma única posição; • Em geral, apresentam boa ductilidade: sob tensão, quando os átomos são forçados a mudar a relação que têm entre si, simplesmente a direção da ligação é alterada (induzida), ao invés de haver quebra ou ruptura da ligação; • Bons condutores elétricos e térmicos. Exemplo na engenharia: Aço para concreto armado: estricção antes da ruptura ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Forças de Van der Waals: Ligação secundária fraca, mas que também contribui para a atração interatômica (atrações eletrostáticas). Em geral se originam de dipolos elétricos, que são consequência da assimetria das moléculas. + - + - São forças de atração que não envolvem cargas individuais ou transferência de elétrons. Elas existem entre todos os íons e átomos de um sólido, mas podem estar obscurecidas pelas ligações fortes presentes. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Forças de Van der Waals: Ácido fluorídrico, HF (a) Nas moléculas assimétricas ocorre um desbalanceamento elétrico denominado polarização. (b) Este desbalanceamento produz um dipolo elétrico com uma extremidade positiva e outra negativa. (c) Os dipolos resultantes originam forças de atração secundárias entre as moléculas. A extremidade positiva de um dipolo é atraída pela negativa de outro. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Forças de Van der Waals: Pontes de hidrogênio: É um caso particular de atração por moléculas polares, em que a carga positiva do núcleo do átomo de hidrogênio de uma molécula é atraída pelos elétrons de valência de átomos de moléculas adjacentes. Exemplo: água. É a mais forte dentre as ligações secundárias. Energia de ligação: Pontes de hidrogênio ≈ 30 kJ/mol Dipolos ≈ 5 kJ/mol Influi no comportamento da água: tensão superficial, viscosidade e fenômenos de sorção, em geral. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Exemplo na engenharia: Aditivos químicos plastificantes e superplastificantes. Antes Depois Aglomeração e dispersão das partículas de cimento em argamassas e concretos Cadeias de aditivos envolvem as partículas de cimento, conferindo a estas cargas ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Exemplo na engenharia: Aditivos químicos plastificantes e superplastificantes. Slump test: concreto convencional e concreto auto-adensável, CAA- O uso de aditivo superplastificante faz com que os aglomerados de partículas de cimento sejam separados, liberando a água presente em seu interior. Esta água livre, fica então disponível para fluidificar o concreto fresco. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Exemplo na engenharia: Aditivos químicos plastificantes e superplastificantes. Aplicação de CAA: elimina a etapa de vibração/adensamento ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Facilita o lançamento em elementos densamente armados Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Exemplo na engenharia: Aditivos químicos plastificantes e superplastificantes. Liberdade em formas complexas com o CAA Sagrada Família, Barcelona-Espanha: vista interior ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Exemplo na engenharia: Aditivos químicos plastificantes e superplastificantes. Liberdade em formas complexas com o CAA Fira, Barcelona-Espanha: vista interior ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Resumindo... Ligação Energia de ligação (kJ/mol) Iônica 625 – 1550 Covalente 520 – 1250 Metálica 100 – 800 Forças de Van der Waals < 40 Fonte: ASKELAND, 1990 Energia de ligação: energia mínima requerida para criar ou quebrar a ligação. A força que une um ou mais átomos, ou moléculas, depende do tipo de ligação e dos elementos envolvidos, estando relacionada com o espaço interatômico. Ex. de propriedade dos materiais afetada: módulo de elasticidade. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ESTRUTURA ATÔMICA Ligações atômicas Características dos principais materiais: Materiais Tipo de ligação predominante Informações gerais Metais Metálica Metais apresentam elevada ductilidade e condutividade elétrica e térmica: os elétrons livres transferem com facilidade carga elétrica e energia térmica. Cerâmicos e vidros Iônica, mas às vezes aparecem em conjunto com ligações covalentes Cerâmicas em geral são duras e frágeis, com baixa ductilidade e baixas condutividades elétrica e térmica: não existem elétrons livres, e ligações iônicas e covalentes têm alta energia de ligação. Polímeros Covalente, mas às vezes existem ligações secundárias entre cadeias Polímeros podem ser pouco dúcteis e, em geral, são pobres condutores elétricos. Se existirem ligações secundárias, podem ter sua ductilidade bastante aumentada, com quedas de resistência e do ponto de fusão. Fonte: SHACKELFORD, 2010 ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Introdução Estrutura molecular: As moléculas se atraem por forças de coesão polares, devidas à distribuição desigual das cargas positivas e negativas na molécula (dipolos elétricos). As forças de coesão determinam as propriedades físicas e químicas dos materiais, sendo influenciadas pela temperatura, pressão, campos elétricos ou magnéticos, esforços mecânicos, etc. Logo, o estado físico que os materiais se apresentam é consequência das forças de atração entre os átomos e as moléculas que o constituem. Gases e líquidos têm a capacidade de fluir, são chamados de fluídos. Sólidos: moléculas muito próximas, mantém posição por atração e coesão. Nos materiais sólidos, os arranjos atômicos irão definir comportamentos importantes, podendo ser: estrutura cristalina ou amorfa. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Introdução Arranjo atômico dos sólidos: Estrutura cristalina ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Estrutura amorfa Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Sólidos com estrutura cristalina apresentam disposição geométrica regular dos átomos. Ex.: metais, materiais cerâmicos. Corpo cristalizado é anisotrópico. Anisotropia: variação de propriedades físicas de um cristal segundo a direção em que se determina. Mica: planos de clivagem ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Calcita: planos de clivagem Halita: planos de clivagem Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Ca(OH)2 ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Quartzo: areia Aço ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Estrutura cristalina do hidróxido de cálcio, ou cal hidratada Micrografia de MEV mostrando as estruturas hexagonais dos cristais de Ca(OH)2, hidróxido de cálcio ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Estrutura cristalina dos produtos de hidratação do cimento Portland Micrografia MEV do cimento Portland hidratado, mostrando os cristais de etringita (agulhas) e monossulfato hidratado (placas) ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Estrutura cristalina de metais: os metais são compostos por aglomerados de cristais, formando uma estrutura granular perfeitamente visível. Metalografias mostrando os grãos de cristais de um aço manganês (esquerda) e de uma liga zinco-níquel (direita) ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Todos os cristais apresentam reticulado cristalino, que obedece a uma das 14 formas geométricas possíveis (reticulados ou redes de Bravais). A visualização e a identificação do reticulado cristalino é possível através de microscopia eletrônica de varredura, MEV. MEV: Microscopia eletrônica de varredura ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Polimorfismo: Alguns metais ou não-metais podem ter mais do que uma estrutura cristalina. Ex.: Carbono Grafita: condições ambientes; Diamante: condições extremamente elevadas de pressão e temperatura. Grafita ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Diamante Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Polimorfismo: O processo Calera mimetiza as formações geológicas de carbonato de cálcio encontradas na natureza, sendo aplicado como cimento. Informações: http://www.calera.com/ ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Polimorfismo: O CaCO3, carbonato de cálcio, apresenta três polimorfos: • Calcita • Aragonita • Vaterita Calcita Aragonita ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura cristalina Processo Calera: Consiste em produzir a vaterita, estável na ausência de água. Quando água e aditivos são adicionados, a vaterita se dissolve e se recristaliza como aragonita, sendo este material de alta resistência. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura amorfa Sólidos com estrutura amorfa ou vítrea não apresentam periodicidade ou ordem estrutural em um estado normal. Ex.: vidro. Estrutura cristalina ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Estrutura amorfa Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura amorfa Os sólidos com estrutura amorfa são obtidos pelo resfriamento rápido, não dando tempo para que a ordenação dos cristais e a formação da estrutura cristalina ocorra. Nos materiais amorfos, reduz-se a capacidade de mobilidade das moléculas durante a solidificação rápida, de modo que estas moléculas não têm tempo de se arranjarem em estruturas cristalinas. Erupções vulcânicas produzem condições ideais para a formação de cinzas com estrutura amorfa ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Adições minerais de origem vulcânica: resultante das erupções Profa. Nayara S. Klein ARRANJOS ATÔMICOS Estrutura amorfa A estrutura cristalina é a forma de organização da matéria de mínima energia, sendo o arranjo molecular mais estável, para o qual todo processo de transformação tende. • Estrutura cristalina → material estável • Estrutura amorfa → material reativo Adições minerais para concreto Estrutura cristalina ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Estrutura amorfa Sílica ativa: elevada reatividade Profa. Nayara S. Klein SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Definições Substâncias são compostas apenas de um tipo de moléculas ou átomos. Substância simples são constituídas por um único tipo de átomo. Exemplos: Metal ferro - Fe2 Gás oxigênio - O2. Substância composta constituída por mais de um tipo de átomo. Exemplos: Água pura - H2O Sal comum - NaCl Misturas consistem em duas ou mais substâncias misturadas. Podendo ser: Homogêneas Heterogêneas. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Definições Misturas homogêneas e heterogêneas ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Definições Misturas homogêneas e heterogêneas Qual a diferença entre uma solução homogênea e uma substância pura? A água (substância pura) ferve a temperatura constante. Porém, se a água for salgada (água + sal), quanto maior a % de sal dissolvido, maior será o ponto de ebulição. Pto. de ebulição de soluções varia com a concentração dos componentes. Uma mistura de diferentes substâncias líquidas apresenta diferentes temperaturas de ebulição, uma para cada líquido. Pode-se separá-los pela destilação. Exemplo: Destilação do petróleo. ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Definições Misturas homogêneas e heterogêneas As substâncias e misturas apresentam-se em qualquer dos três estados: sólido, líquido ou gasoso. Misturas líquidas homogênea (solução) e heterogênea ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Mistura heterogênea em estado sólido: Granito, grãos de quartzo (branco), mica (preta) e feldspato (rosa) e outros minérios Profa. Nayara S. Klein SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Definições Estudo dos materiais de construção ESTRUTURA ATÔMICA E MOLECULAR DOS MATERIAIS Profa. Nayara S. Klein OBRIGADA PELA ATENÇÃO! Estrutura atômica e molecular dos materiais NAYARA S. KLEIN [email protected] CASCUDO, O. Estrutura atômica e molecular dos materiais. Materiais de construção e princípios de ciência e engenharia de materiais, capítulo 6, editado por G. Isaia. São Paulo: IBRACON, 2010. TC 030 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 1, 2, 3 TESTANDO… Estrutura atômica e molecular dos materiais NAYARA S. KLEIN [email protected] 1) Porque as partículas de cimento sofrem aglomeração? 2) Porque os metais são bons condutores de eletricidade? 3) Porque o ambiente marinho é prejudicial para a durabilidade das estruturas de concreto? 4) Os primeiros concretos produzidos e aplicados em estruturas, segundo registros históricos, utilizaram cinzas vulcânicas como material ligante. Porque estas cinzas apresentam elevada reatividade, justificando seu uso como materiais cimentantes? TC 030 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I