Gestão eficiente da logística reforça negócio das empresas

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ID: 40555177
05-03-2012 | Logística e Distribuição
Tiragem: 18729
Pág: II
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Ocasional
Área: 27,24 x 33,86 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Gestão eficiente
da logística reforça
negócio das empresas
As maiores unidades logísticas em Portugal pertencem à grande distribuição.
DÍRCIA LOPES
[email protected]
S
ão cada vez maiores as sinergias
entre a logística e a grande distribuição. Hoje é quase impensável
entrar num hipermercado e não
encontrar determinado produto.
Isto porque os operadores apostam numa gestão eficiente de
‘stocks’ ao investir em centros de distribuição
e logística que em tempo real detectam eventuais rupturas e repõem os produtos.
De acordo com a directora do departamento
industrial e terrenos da consultora Cushman
& Wakefield, Ana Gomes, “a área da grande
distribuição tem apostado forte no desenvolvimento de novos centros logísticos. As maiores unidades de logística em Portugal são,
neste momento, as dedicadas à grande distribuição”. Ana Gomes salienta que a optimização da logística permitiu a este sector o “abastecimento mais eficaz das lojas, servindo melhor o consumidor final, garantindo uma reposição rápida e quase permanente de todo o
tipo de produtos”.
Além do retalho, são múltiplos os sectores –
desde o farmacêutico passando pelo tecnológico e automóvel – para os quais uma gestão
eficiente da logística é fundamental na armazenagem e distribuição de matérias-primas,
na gestão de ‘stocks’ e na disponibilização dos
produtos finais.
No mercado nacional ainda são muitas as empresas que fazem a gestão interna da logística.
Segundo a presidente da Associação Portuguesa de Operadores Logísticos (APOL), Carla
Fernandes, “o nível de ‘outsourcing’ é relativamente baixo, entre 25% a 30%, face aos
quase 50% de alguns países”. Para a responsável da APOL, entregar este serviço a um
operador externo “é rentável para os dois lados” em termos de partilha de recursos e ganhos de eficiência. A mesma opinião é partilhada por Ana Gomes ao salientar que “a concentração de múltiplas operações num operador logístico permite ganhos substanciais em
termos de custos com o pessoal, equipamentos e espaço”.
As principais retalhistas apostaram em centros de distribuição modernos. A Modelo
Continente, do grupo Soane, conta com os
centros da Maia com cerca de 22 mil metros
quadrados, Azambuja (antigas instalações da
Opel) e Santarém para garantir que os produtos chegam às lojas. O grupo Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce,
ANA GOMES
Associate e directora
do departamento de industrial e
terrenos da Cushman & Wakefield
“
A grande
distribuição tem
apostado forte no
desenvolvimento
de novos centros
logísticos. As
maiores unidades
de logística
em Portugal
são as dedicadas
à grande
distribuição.
tem em Portugal, seis centros de distribuição
instalados em Laúndos, Vila do Conde, Guardeiras, Vila Nova da Rainha, Azambuja e Alcochete. O grupo Auchan, que detém o Jumbo e
Pão de Açúcar, opera seis centros distribuídos
por Azambuja (dois), Carregado, Peniche,
Torres Novas, Povoa Santa Iria. A cadeia de
‘hard discount’, Lidl, tem quatro centros logísticos localizados em Famalicão, Torres Novas, Sintra e Palmela, mas já tem contrato para
instalar mais um em Águeda.
O que dizem as empresas
Os operadores de logística garantem que estão
a oferecer um serviço adaptado às necessidades dos clientes. Para o director-geral de logística ibérica do grupo Luís Simões, Vitor
Enes, o papel da empresa “é acrescentar valor
na cadeia de abastecimento e aportar soluções
aos clientes, em especial na actual conjuntura”. Este responsável salienta que é muito importante ter capacidade e flexibilidade operacional para dar resposta, assim como criar soluções adaptadas às necessidades de cada segmento. A Luís Simões assume-se como líder
de mercado em Portugal nos sectores de logística e transporte, mas tem também uma forte
presença em Espanha onde “consideramos
que existem ainda muitos desafios e sectores
por conquistar”, afirma Vitor Enes. Em 2012 o
plano de negócios do grupo volta a estar direcionado para o mercado ibérico para conquistar novos clientes e segmentos.
O grupo DHL, através da divisão de ‘Supply
Chain’, presta serviços de logística a cerca de
50 clientes de sectores como consumo, retalho, tecnologia, energia, automóvel, entre outros. O director-geral da DHL ‘Suplly Chain’,
Agustín Oleaga, explica que a estratégia para
fazer a diferença assenta em ter produtos inovadores, clientes fidelizados, excelência operativa e equipas motivadas e comprometidas.
No grupo Rangel a actividade divide-se por
vários segmentos, onde se inclui a operação
logística que gere 200 mil metros quadrados
em Portugal e 15 mil metros quadrados em Espanha. O vice-presidente e administrador do
grupo, Nuno Rangel, afirmou que a empresa,
que conta de forma activa com dez mil clientes, tem como ponto estratégico a internacionalização, sobretudo nesta fase em que “as
exportações estão a crescer e é necessário ter
uma gestão eficiente das infraestruturas logísticas”. ■
SECTOR ESTRATÉGICO
O sector da logística foi escolhido como
uma das grandes apostas para a economia
portuguesa pelo Governo de José Sócrates
através do plano ‘Portugal Logístico’, que
previa um investimento de dois mil milhões de euros em 11 infraestruturas. Nesta
fase, perante as medidas de austeridade, o
plano está a ser revisto. Os operadores no
terreno consideram que o plano ajudaria a
trazer sinergias entre a logística e os clientes. Até que o ‘Portugal Logístico’ esteja no
terreno, operadores e empresas da grande
distribuição desenham estratégias para
garantir a gestão eficiente de ‘stocks’, armazenagem e transporte.
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País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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LEGENDA DA CAPA
1.Eduardo Rangel, presidente do grupo Rangel
2. Luís Simões, presidente do conselho de administração do Grupo Luís Simões
3. Américo Ribeiro, director-geral da Auchan
4. Agustín Oleaga, director-geral da DHL ‘Suplly Chain’ Portugal
5. Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins
6. Luís Marcenido, director-geral da FCC Logística
7. Luís Moutinho, CEO da Sonae MC
8. Klaus Gehrig, ‘chairman’ do grupo Lidl
Infografia: Marta Carvalho | [email protected] sobre Fotografia: stock.xchng
As estratégias dos operadores de logística e da grande distribuição
1
Luís Simões,
um ‘player’
ibérico
O grupo Luís Simões posiciona-se
no sector com um conceito
inovador de integração e
verticalização de serviços
logísticos à escala ibérica, a partir
dos centros de operações
logísticas e plataformas regionais
localizados na Península Ibérica.
No total, a empresa conta
com 22 centros de operações
logísticas e 14 plataformas
de ‘cross docking’, sete centros
de ‘co-packing’ e dez centros
de operações de transporte
localizados nas principais
regiões da Península Ibérica.
2
DHL ‘Suplly
Chain’ cria
sinergias
A empresa do universo DHL,
na gestão que faz de armazéns
e veículos de transporte, assume
que está em contacto permanente
com os parceiros para conseguir
sinergias que permitam ter uma
redução de custos e, desta forma,
ajudar a enfrentar o decréscimo
da procura no sector do consumo.
A empresa aposta na melhoria
contínua nos processos de trabalho
para conseguir sinergias na
redução de custos. Perante
o contexto económico a empresa
prevê que a facturação global em
2012 pode diminuir cerca de 10%.
3
FCC Logística
com uma
oferta global
A empresa nasceu da estratégia
de crescimento e diversificação
de negócios do grupo espanhol
FCC Fomento de Construcciones
para oferecer em Portugal e
Espanha soluções globais para a
cadeia de abastecimento e criação
de sinergias com os clientes.
Com uma facturação de cerca
de 340 milhões de euros, a FCC
logística gere 64 plataformas
logísticas e dá emprego a mais
de 4.600 colaboradores. A
empresa tem como clientes
sectores como automóvel,
retalho e bens de consumo.
4
Continente
com três
centros
O Continente, do grupo Sonae,
lidera, segundo o ranking de 2010
da Associação Portuguesa de
Empresas de Distribuição, o sector
do retalho alimentar com uma
facturação de mais de 3,5 mil
milhões de euros. Para controlar
de perto o processo de preparação
dos produtos até à chegada às
cerca de 170 lojas, a Sonae criou
centros especializados de
produção. O grupo tem na Maia a
principal infraestrutura, conta ainda
com as instalações na Azambuja.
Em Santarém tem um entreposto
para o pescado e outro de carnes.
5
JM reforça
investimento
em logística
O grupo Jerónimo Martins detém
o segundo operador no retalho
alimentar, o Pingo Doce, cuja
facturação é de mais de 3,4 mil
milhões de euros, segundo o
relatório de 2010 da APED. O grupo
tem em Portugal seis centros
logísticos instalados em Laúndos,
Vila do Conde, Guardeiras, Vila Nova
da Rainha, Azambuja e Alcochete.
Em entrevista recente ao canal Etv,
o ‘chairman’ da JM, Alexandre
Soares dos Santos avançou
que vai investir em dois centros
logísticos: no Norte e no Sul
do País.
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05-03-2012 | Logística e Distribuição
Tiragem: 18729
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País: Portugal
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Área: 27,47 x 38,40 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Conheça as estratégias dos gestores
de distribuição e logística
ID: 40555177
05-03-2012 | Logística e Distribuição
Saiba quais
as estratégias
dos gestores
do sector
da Logística
e Distribuição
em Portugal.
➥ SUPLEMENTO
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Pág: 1(Principal)
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