Informativo do GOA #5 ­ Departamento de Física ­ Centro de Ciências Exatas ­ UFES ­ Verão de 2010 ­ www.cce.ufes.br/goa E X P LO RA N D O A LUA Desde tempos imemoráveis a Lua acompanha o acredita-se que a Lua seja um pedaço de nosso planeta que foi Homem no seu dia-a-dia, principalmente nas suas escuras ejetado pelo impacto com um grande corpo durante a formação noites. O maior astro do céu noturno já iluminou muitos do Sistema Solar, tendo, portanto, a mesma idade dos seus romances, caçadas e fugas. Durante toda a sua história o objetos, cerca de 4,6 bilhões de anos. Esse tempo foi suficiente Homem olhou para cima e tentou perscrutar seus segredos, para que devido ao famoso efeito de maré, um dos hemisférios como suas fases, suas manchas (veja quadro), ou seu brilho da Lua permanecesse voltado para nosso planeta e o outro enigmático por entre as nuvens. ficasse permanentemente oculto, só sendo visto por um ser Em nossa época, porém, temos recursos para humano após ser fotografado por uma sonda soviética (Luna 3) compreender melhor alguns de seus mistérios... mistérios esses em 1959. Sendo assim, o tempo que a Lua leva para dar uma que nossos ancestrais jamais poderiam sequer imaginar. Ainda volta em torno de si mesma (rotação) é igual ao tempo que leva assim, muito temos a aprender com nossa parceira celeste. para circundar nosso planeta (translação). Recentemente a NASA (Agência Espacial dos Estados Quando dois corpos se atraem o 'efeito de maré' é Unidos) divulgou que duas sondas (Chandrayaan-1 da Índia e causado pela diferença da ação da gravidade sobre vários pontos LCROSS dos EUA) confirmaram a existência de água de um mesmo corpo, dependendo de sua composição, forma e congelada no Pólo Sul da Lua. Esse resultado já era esperado, movimento. Esse efeito pode ser percebido de várias maneiras, pois supõe-se que a água da Terra seja proveniente dos objetos como exemplo temos as 'marés oceânicas', que são resultado da celestes, como cometas, que colidiram com ela durante sua diferença da força aplicada pela Lua sobre as massas líquidas e formação. Objetos semelhantes também chocaram-se com a as partes sólidas da Terra em seus respectivos movimentos. Lua... porém, a água não permanecendo no estado líquido Existem planos para a instalação de bases lunares devido às temperaturas extremas de sua superfície, ou evaporou como ponto de apoio para missões mais distantes e também e escapou devido à sua atração gravitacional ser insuficiente projetos para a colonização (militar, científica e civil) da Lua. para manter uma atmosfera, ou congelou sob certas partes de De qualquer forma missões tendo como destino a Lua ainda são sua superfície. Os resultados das missões indicam a existência muito caras. Entretanto, com o passar dos anos, essas missões se de água em uma região maior tornam cada vez mais viáveis, Quando olhamos para a Lua vemos manchas que se esperava, porém em devido as crescentes pesquisas escuras contrastando com as partes brancas pequena concentração. Essa em tecnologias para a exploração brilhantes. Através dos séculos muitos água tem grande valor por espacial que vêm sendo imaginaram desenhos com essas manchas... facilitar a exploração da Lua, desenvolvida por várias agências e também por animar a de vários países. Portanto, procura por vida. Até agora ouviremos cada vez mais sobre a Alguns vêem nenhuma notícia a respeito de E você, o que Lua, que mesmo se afastando de facilmente vida na Lua foi divulgada nós está cada vez mais ao nosso vê na Lua? pelas agências que fizeram alcance. um coelho. sua exploração. Entretanto, por ser vizinha do único Para saber mais acesse: Outros vêem http://www.arcadovelho.com.br/Lua/ planeta com vida conhecido, A%20Conquista%20da%20Lua.htm poderá a Lua ser ainda palco São Jorge lutando dessa incrível descoberta. contra um temível Afastando-se de nós dragão! Imagem do topo: cerca de 4 cm por ano, Cena do filme "Moon", Sony Pictures A S T R O N OVA S Quem lembra do Grande Colisor de Hádrons (LHC, sua sigla em inglês), aquele megaprojeto por vezes tachado de apocalíptico? Tem o formato circular, com comprimento de circunferência de 27km e está enterrado a mais de 100 metros abaixo da França e da Suíça. É o maior acelerador de partículas do mundo e a maior e mais cara máquina já construída pelo Homem: mais de 10 bilhoẽs de dólares! Parece muito? Porém, é muito menos do que só os EUA gastaram na querra do Iraque, cerca de 1 trilhão de dólares, ou o que o governo brasileiro gastou para salvar os bancos nos últimos anos. Após quase duas décadas em construção, iniciou seu funcionamento dia 10/09/2008, mas 9 dias depois ocorreu um incidente, o que demandou reparos que tomaram 14 meses! Finalmente, no dia 20 de Novembro de 2009, o LHC retomou seus experimentos e as partículas voltaram a ser aceleradas em seus túneis. Já no dia 30 o acelerador se tornou aquele a ter utilizado as energia mais altas num experimento de partículas, batendo o recorde do Tevatron da Fermilab e ultrapassando a marca de 1 TeV, chegando a 1,18 TeV. O que é um TeV? É 1 trilhão de elétrons­Volt. 1 eV é a energia adquirida por uma partícula de carga, em módulo, igual à carga de um elétron, quando submetida a uma diferença de potencial de 1 Volt. Apesar do recorde, os feixes ainda não alcançaram as velocidades desejadas. Com cautela, verificando o comportamento do acelerador para evitar novos incidentes, a equipe empregará quantias cada vez maiores de energia até que os feixes de prótons cheguem a velocidades próximas à da luz, e então colidam, gerando várias partículas a serem observadas pelos grandes detectores. A previsão é que até o fim de 2010 as energias empregadas cheguem a 7 TeV! A maior expectativa quanto às possíveis descobertas do LHC dizem respeito a partícula denominada bóson de Higgs. De acordo com Modelo Padrão (que descreve as forças fundamentais fortes, fracas e eletromagnéticas ­ menos a Foto: CERN Grande Colisor de Hádrons de Volta! Grande Colisor de Hádrons, as partículas são aceleradas no interior do túnel azul e cinza. gravitacional), esta é a única partícula prevista que ainda não foi detectada. O acelerador representa uma maneira de detectar a partícula de Higgs dentro do laboratório, mas, no fim de 2009, surgiu um novo método: a observação de picos de raios­gama provenientes do aniquilamento de partículas de matéria escura no espaço. Modelos indicam que o aniquilamente de duas "WIMPs" (partículas massivas de interação fraca, na sigla em inglês), que ocorrem em choques, podem produzir bósons de Higgs, e com eles picos específicos de raios­gama. A captação destes sinais aos telescópios e a comparação deles com os cálculos teóricos poderia então representar a detecção das tais partículas, e poderia ocorrer até mesmo antes do Grande Colisor de Hádrons. Será provada a existência do Bóson de Higgs? Nos resta acompanhar a observação paralela entre as colisões nas alturas celestes e as colisões nos subterrâneos europeus. Descobertos os Lugares Mais Gelados da Lua A mesma sonda que foi capaz de fotografar os restos missões Apolo na Lua, o Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, em inglês) da Nasa, agora foi capaz de identificar os lugares mais gelados da Lua. Através do Diviner, instrumento acoplado na LRO com o objetivo de mapear a emissão termal da superfície lunar, foram possíveis fazer medições das grandes variações de temperatura da Lua. Enquanto o equador lunar chega a temperaturas de 127ºC, o interior de crateras nos polos podem chegar a ­247 ºC (26 Kelvins). Temperatura tão baixa no Sistema Solar era esperado apenas em lugares mais distantes do que Plutão, devido a sua distância ao Sol. Foto:NASA/Goddard Space Flight Center/Arizona State University Uma das primeiras imagens obtidas pela sonda LRO, esta paisagem tem 1400 metros de lado. O motivo é que algumas crateras, pela sua profundidade e por se situarem nos polos lunares, nunca recebem a luz direta do Sol. E, diferente da Terra, a Lua não possui atmosfera e o calor não se propaga pela sua superfície, como acontece por aqui. Não existe uma estimativa muito precisa da quantidade de água, mas existe uma boa possibilidade que nessas crateras geladas exista água na forma de gelo. Graças a Chandrayaan-1, da Índia e LCROSS, sonda dos EUA que colidiu com uma cratera na Lua, a existência de agua em sua superfície já está confirmada. Essa descoberta ainda pode dizer muito quanto ao futuro da exploração lunar. 2 Durante a 1ª atividade pública no GOA, pudemos ver e fotografar meteoros da chuva Geminídeas Veja o calendário de atividades na página 6 Foto de um meteoro feita pela Equipe GOA. Essa foto foi publicada no Nó Nacional do AIA2009 (www.astronomia2009.org.br) e no sítio de divulgação da Nasa, o Space Weather (www.spaceweather.com). Chuva de meteoros é um evento em que um grupo de meteoros (popularmente conhecidos por "estrelas cadentes"), são observados irradiando de uma região do céu. Até a Idade Média eram fenômenos frequentemente apreciados - e as vezes até amedrontavam, os mais diversos povos do mundo. Com a Revolução Industrial e o aumento da luminosidade esta conexão com nossos antepassados quase não existe mais. Para resgatar esta conexão e não perdermos nossas heranças culturais, temos que nos deslocar para lugares distantes das cidades. No GOA, em Fundão, podemos desfrutar desse e de outros prazeres que são a contemplação do Céu e do Universo. Durante o final de semana 12 a 14 de Dezembro houve o máximo da chuva de meteoros, chamada Geminídeas. Um grupo do GOA, com um ônibus cedido pela UFES, foi até o Parque do Goiapaba-açu, em Fundão-ES, onde está sendo instalado um observatório astronômico remoto, a 815m de altitude, para observá-la. Como o previsto, o tempo no sábado estava ótimo, sem nuvens e com uma visibilidade jamais vista por nossa equipe naquela região. Para aquela noite programamos uma atividade pública de observação do céu até as 22h para os poucos curiosos que passaram pelo Parque. Logo no início da noite começamos a observar as "estrelas cadentes" que pareciam surgir da constelação do Gêmeos, daí a origem do nome da chuva de meteoros. Por quase todos lados que observávamos, víamos um risco cortando o céu hora mais intenso, hora menos e até alguns bólidos, meteoros mais brilhantes como uma bola de fogo que pode ser recuperado para estudos. Apontavámos nossas câmeras para vários lados, mas os meteoros surgiam de outros, como se as Lei de Murphy estivessem sendo aplicadas para nós, naquele momento. Mesmo assim, conseguimos capturar pela lente de uma Zenite, com filme ISO 400, o meteoro da foto acima. Estimamos que cada um conseguiu observar cerca de 50 meteoros durante a noite. Para os que acreditam em lendas, essa quantidade de "Estrelas cadentes" dariam para resolver quase todos problemas da vida. Já no domingo, quando era esperado o máximo do chuveiro, depois de um dia inteiro ensolarado, logo após o pôrdo-sol, para nossa decepção, as nuvens apareceram e permaneceu nublado durante toda noite. Foto do Observatório GOA feita no pico vizinho Equipe GOA fotografando astros no Observatório 7 Foto panorâmica do pico mais alto (vizinho ao GOA) Monitoramento Via Satélite para Controle Climático Foto: SOHO, ESA e NASA Esperando Esperando o Máximo o Máximo Solar Solar Foto em ultra-violeta extremo da atividade solar de 22-12-09 Finalmente o Sol começa a demonstrar sinais de atividade magnética. As manchas do novo ciclo 24 já tardavam a aparecer (vide capa do Observativo #4), mas quando chegou o fim de 2009 foram surgindo as tão esperadas perturbações magnéticas e com elas algumas manchas. As manchas, regiões mais escuras da superfície, podem ocorrer associadas a outros fenômenos solares: espículas, protuberâncias e erupções. Em 2009 foi confirmada definitivamente a existência de um quinto fenômeno sobre o qual só havia suspeitas, o chamado Tsunami Solar. Com nome fazendo referência ao catastrófico fenômeno que ocorre nos oceanos terrestres, elas são exatamente o que muitos estudiosos do Sol relutaram em acreditar: ondas gigantes que chegam a ter 100 mil km de altura (mais de 7 planetas Terra enfileirados) e velocidade de 1 milhão de km/h! Com surpresas como essa, vamos ver quem vai deixar de acompanhar os estudos sobre este belíssimo astro! visto que esses são responsáveis por 20% da emissão de gases do efeito estufa. A observação das florestas via satélite, principalmente as tropicais, desempenhará um papel essencial para que os países façam o próprio controle e monitoramento necessário. A Agencia Espacial Européia (ESA, sua sigla em inglês) através do programa de Monitoramento Global para o Ambiente e Segurança (GMES, sua sigla em inglês) já está cooperando com o controle via satélite das florestas do Camarões, Gabão e República do Congo. Segundo Gilberto Câmara, diretor do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que esteve em Copenhague e é membro do CEOS, para um resultado mais efetivo, os dados obtidos dos satélites devem ser de livreacesso a população. AIA2009ose Encerra, Mas a Esperando Máximo Solar Astronomia Continua Finalizamos o ano de 2009 como um dos mais frutíferos para a Astronomia brasileira e mundial. 2010 continua com todo o legado deixado pelo Ano Internacional da Astronomia 2009: novos observatórios (como o GOA), planetários fixo e móveis, museus, exposições, novos clubes, etc. Mas o legado mais importante, sem dúvida, foi a colaboração dos diversos grupos que criaram uma rede brasileira e mundial de Astronomia, unindo pesquisadores, universidades, observatórios, planetários, museus e www.astronomia2009.org.br astrônomos amadores. No ES e na UFES, especificamente, temos atividades constantes que podem ser levadas até sua escola ou grupo. Queremos usar a Astronomia para criar um elo que una o conhecimento humano e encurtar o abismo que fragmenta os diversos fenômenos científicos, criando realmente um ensino transdisciplinar. Iceberg Gigante se Desprende Encontrado iceberg gigante com 500m de comprimento a apenas 8 km da ilha de Macquarie, entre a Austrália e a Antártida. Leia mais no sítio do GOA. Foto: AP Photo Entre os dias 7 a 18 de dezembro de 2009 grande parte dos lideres mundiais se reuniram em Copenhague para debater sobre o futuro do clima no Planeta. O objetivo oficial era avaliar as mudanças climáticas ocorridas no passar dos últimos anos e estabelecer um novo acordo global entre os países para 2012, quando expira o primeiro tratado do protocolo de Kyoto. Na realidade os líderes querem salvar o capitalismo, que vive da usurpassão da Terra e dos povos. Uma das poucas discussões com resultados, foi do Comite de Observações da Terra por Satélite (CEOS, sua sigla em inglês) que estuda o papel das florestas nas mudanças climáticas. A política de redução dodesmatamento e da degradaçãodasflorestasforam estabelecidos como pontos centrais em qualquer acordo, 3 Fotomontagem comparando o iceberg gigante com um cruzeiro. Enciclopédia Astronômica: Magnitude Magnitude é a escala de medida do brilho dos objetos celestes. É uma escala inversa: quanto mais brilhante o objeto, menor o valor da magnitude. O conceito de magnitude teve sua origem na Grécia antiga quando Hiparco (160 a.C. - 125 a.C.) catalogou visualmente mais de 800 estrelas e associou a cada uma delas uma “grandeza” de acordo com seu brilho: as mais brilhantes eram as de 1ª grandeza e as menos brilhantes as de 6ª. À medida que se descobriu que o brilho que observamos de um objeto celeste não depende apenas de seu tamanho, mas também de sua distância e da natureza de sua luz, o termo “grandeza” foi substituído pelo termo “magnitude”. A utilização do telescópio, 17 séculos depois de Hiparco, revelou a existência de astros com brilho ainda mais fraco, só visíveis ao telescópio. Para estes astros Galileu estendeu a escala até 7. Com o avanço da Ciência e o aperfeiçoamento dos instrumentos utilizados, tornou-se crescente a necessidade de uma escala menos subjetiva, que não dependesse da acuidade visual do observador. Assim, no século XIX, o brilhos. O planeta Vênus, por exemplo, astrônomo Pogson, preservando as raízes pode chegar a uma magnitude visual de -5, históricas do conceito de Hiparco, observou a estrela mais brilhante do céu noturno, que a pecepção da vista humana é Sírius, tem magnitude -1,4, Vega por logarítimica. Assim, definição tem magnitude criou um modelo A magnitude visual do Sol é 0,0. Em locais muito matemático que utiliza favoráveis, o limite ­27, da Lua Cheia ­13 e os esta característica do visual ainda é 6, como brilhos mais fracos que o olho humano, definindo na classificação de Telescópio Espacial Hubble Hiparco. com exatidão o conceito consegue captar são de de magnitude. Esta Com a melhoria da magnitude visual 30, mais equação logarítmica sensibilidade dos de 10 bilhões de vezes a indica que um astro com dispositivos eletrônicos, magnitude 5x menor que capacidade do olho humano. é possível o cálculo de outro tem um brilho 100x magnitudes com maior. precisão de várias casas decimais, e não Atualmente a escala de magnitude apenas números inteiros. foi estendida a números negativos, que são Como as estrelas encontram-se a os menores valores e portanto os maiores diferentes distâncias, a magnitude aparente não mede seu verdadeiro brilho. A magnitude absoluta é a magnitude aparente, m, que um objeto teria se estivesse a uma distância padrão de 10 parsecs da Terra (32,6 anos-luz). Neste caso a nossa estrela teria uma magnitude 5, daí alguns dizerem desconectadamente que o Sol é uma estrela de quinta grandeza. CALENDÁRIO DO GOA Em Sábados alternados das 16h às 21h. Durandte os meses de Fevereiro e Março, entre em contato para conferir nossa programação. Com a chegada das férias e do verão, faremos alguns eventos para aproximar as pessoas da Natureza e, principalmente, da Astronomia, que é o objetivo principal do GOA. No dia 16 de janeiro, faremos nosso segundo atendimento no Parque, chamado Noite Astronômica. Serão mostrado vídeos astronômicos no centro de visitantes do Parque e, a partir do pôr-do-sol, observaremos o céu noturno através de telescópios. Essa atividade será realizada a cada duas semanas, de acordo com as possibilidades do tempo, é claro. Dia 30 de janeiro, durante a 3ª Noite Astronômica, o grande astro da noite será Marte, também conhecido como planeta vermelho, que aparecerá no céu, logo após o pôr-do-sol, proporcionando, junto com a nebulosa de Orion, uma bela observação. Como chegar? Seguindo pela rodovia que vai de Fundão para Santa Teresa, entrar no km 6, à direita, quando avista-se a silhueta ilustrada do mapa abaixo. A partir daí seguir as placas do Parque Goiapaba-açu, por mais 7,5 km de estrada vicinal. Te l e s c ó p i o n os B a i rro s O projeto Telescópio nos Bairros continua. Naturalmente durante o período de férias escolares a procura é menor, mas nada impede de marcar sua visita. Neste projeto levamos uma palestra temática de Astronomia e telescópios na sua escola ou bairro. Para agendar ligue 4009 2484. Quem ainda não sabe os procedimentos, entre no sítio do goa e confire: www.cce.ufes.br/goa. A s t ro c i n e O Astrocine, um dos projetos promovidos pelo GOA, tem o intuito de divulgar a Astronomia com vídeos, palestras e debates. Para o ano de 2010, pretendemos mantê-lo nas quartas-feiras, às 19h. O melhor é que os participantes podem dar suas opiniões e também estão livres para indicar novos debates e filmes, aumentando a troca de conhecimento entre os bolsistas do GOA e os demais interessados em Astronomia. Seminário Em Maio de 2010 realizaremos na UFES um Seminário direcionado a professores, divulgadores e entusiastas da Astronomia. Teremos cursos, palestras e oficinas. Informações e inscrições na página do GOA. 6 Foto: Hubble, ESA & NASA C É U D A E S TA Ç Ã O Horár ios das fases da Lua de acordo com o horár io of icial de Brasília e a d a pt a d o s p a r a o f i m d o h o r á r i o d e ve r ã o . Efemérides Astronômicas Imagem composta da Grande Nebulosa de Órion. Agora o Observativo passa a ter 8 páginas e a ser por estação do ano, ou seja, trimestral e a grande nebulosa de Órion é o astro do Verão. No dia 2 de Janeiro teremos o periélio (máxima aproximação ao Sol) da Terra. Um dia depois temos o máximo da chuva Quadrantídeas, que será prejudicado pela Lua Cheia. Para quem tiver a oportunidade de encontrar um bom local para observação e com a Lua em uma posição menos desfavorável, poderá ver até 40 meteoros por hora. Teremos dia 15 de Janeiro, mesmo dia da Lua Nova, um eclipse solar anular, o maior desse milênio. Será visível na maior parte do Leste da África e Ásia. Em 29 de Janeiro o planeta vermelho, Marte, estará em oposição. Isso significa que neste dia estará mais próximo da Terra (99,3 milhões de km) em seu brilho máximo. Este é o melhor momento para ver e fotografar o planeta vermelho. No dia 20 de Março teremos o equinócio. Neste dia, cujo dia e a noite tem a mesma duração, começa o outono (Hemisfério Sul) e a primavera (no Hemisfério Norte). Saturno, o planeta dos anéis, estará em oposição no dia 22 de março. Neste dia estará visível a partir das 21h. Este é o melhor momento para ver e fotografar o planeta. Nesse ano, porém, seus anéis estarão quase de perfil, dificultando sua observação. Boas observações e céu limpo para todos. 4 s . re pe da liv ca r a a s ks ge am In e a rt o g r P Ca p r G I M o s m, m iu co llar e St a v p v t i p e r a j s to l a n e r l i n A rc etó da o me ha co or ri Te da lh ns re a a rr e a é te d u p a a c l í o la ra re ou pt çõ n n t ica e s te te a m zo o a qu bé di no e m ac p o a i el S o s. as l C A RTA C E L E S T E o sã e de s t m ei s oe ve sív u d Nu v i ã o l - S e ), i ç Su d M lu s . an N o e ao Gr e G a P ad d id as a M c c h e PN g e s an na ( lon da m e es e a 2 qu lhã nt os e n As a P g a m e m i a o u M s L Como usar a Carta Celeste Para boa parte do Brasil, esta carta representa a posição aproximada dos astros no céu nas seguintes datas: Início de Janeiro 00h00min Janeiro para Fevereiro 22h00min Fevereiro para Março 20h00min Final de Março 18h00min Para entender a carta, posicione-a sobre a cabeça e observe de baixo para cima, lendo as instruções no contorno. A linha azul (o Equador Celeste) representa o limite entre o Hemisferio Celeste Sul e o Hemisfério Celeste Norte, é a projeção da Linha do Equador terrestre no céu. Os nomes dos Astros estão com inicial maiúscula e os das CONSTELAÇÕES em caixa alta. As principais estrelas das contelações ocidentais visíveis nesta carta estão unidas por linhas. A "grande mancha azul" é a Via Láctea, a nossa galáxia, que infelizmente não conseguimos visualizar das cidades devido à poluição luminosa. 5 CRUZADAS ASTRONÔMICAS Horizontais: 7-Agência Espacial Européia (em inglês); 8-Cidade em que se localiza o GOA; 9-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; 10-Planeta Vermelho; 12-Sistema que os líderes mundiais querem salvar durante o COP15; 14-Maior chuva de meteoros do mês de Dezembro, fotografada pelo GOA; 15-Sonda que colidiu com a Lua confirmando a presença de água em sua superfície; 16-Região mais escura e fria do Sol; 17-Nome das atividades públicas no GOA; Encontre as palavras nos textos deste Observativo e confira a resposta no sítio do GOA Verticais: 1-Estrutura geológica que, quando próxima aos pólos da Lua, possibilita a ocorrência de baixíssimas temperaturas; 2-A fórmula de magnitude de Pogson matematicamente é do tipo "..." ; 3-Boletim de divulgação da NASA com o qual o GOA contribuiu com uma foto; 4-Partícula que se espera detectar no LHC; 5-Chuva de meteoros cuja visualização foi prejudicada pela Lua Cheia no início de 2010; Há 13,8 bilhões de anos, segundos antes da criação do nosso Universo... 6-Ondas no Sol que chegam a ter 100 mil km de altura; 11-Escala que mede o brilho dos objetos celestes; 13-Nome dado à máxima aproximação entre a Terra e o Sol. Tudo certo. Vamos ligar o Grande Colisor de Hádrons e ver o que acontece! E rr a t a s ! No Observativo Nº 4 apareceram os seguintes erros: ­ Na carta celeste a galaxia M31 saiu duplicada, a certa é a que está na constelação de Andrômeda. ­ O texto 1 Ano de GOA foi cortado nas versões impressas em papel reciclado. É possivel ler o texto na integra na versão em papel branco ou no site www.cce.ufes.br/goa. Re c e b a o Observativo! Cadastrese e receba em casa o Observativo: www.cce.ufes.br/goa. EXPEDIENTE Parceria Apoio Realização Equipe GOA: Bolsistas: Conrado Adverci, Karina Costa, Lívia Melina, Mário De Prá, Nikolai B. S. Neves, Rodrigo Hulle e Coordenação: Marcio Malacarne Colaboradores: Maikon B. de Araujo, Filipe Mecenas e Darlan Machado. Textos, projeto gráfico e diagramação: Equipe GOA e Colaboradores. Revisão: Sandro Ricardo de Sousa e Flávio Gimenes Alvarenga. Contato: (+55 27) 4009 2484 ­ www.cce.ufes.br/goa ­ [email protected] ­ Av. F. Ferrari, 514, Cep 29075910, Vitória­ES. 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