Dialogo Americas :: Kukulkán patrulha de novo oceano Pacífico

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Kukulkán patrulha de novo oceano Pacífico
Os militares reafirmam seus conhecimentos em uma zona de máxima importância estratégica para a
América Central.
Lorena Baires/Diálogo
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18 janeiro 2017
CAPACITAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO
Os bons relacionamentos entre as duas instituições militares permitem que cada uma melhore seus conhecimentos e
planeje operações futuras para a segurança marítima de sua área compartilhada. (Foto: Gloria Cañas)
O oceano Pacífico é o centro de gravidade de múltiplos temas estratégicos mundiais, como o da
segurança. Frente a esse cenário, as escolas navais de vários países da região realizam cruzeiros de
instrução para adestrar seus futuros oficiais sobre como superar os novos desafios de defesa no mar.
A Escola Naval da Guatemala ligou os motores do navio de guerra “Kukulkán” no final de novembro 2016
com 41 tripulantes, entre oficiais, suboficiais, cadetes e pessoal técnico da Marinha da Defesa Nacional da
Guatemala.
Um dos principais eixos acadêmicos desse exercício é promover o intercâmbio de experiências entre as
marinhas da região para enriquecer seus conhecimentos. Este navio-escola atracou em dezembro na Base
Naval de La Unión, ao leste da cidade de San Salvador, como parte do seu último exercício de 2016.
O Capitão de Fragata Maynor Joel Perdomo, comandante do Cruzador de Instrução Kukulkán, enfatizou a
importância dessa forma de treinamento. “Treinar nossos futuros militares navais sobre como manter a
segurança de nossas costas e saber de que forma o fazem outras nações como El Salvador, Nicarágua ou
Panamá é prioritário, porque temos um trabalho regional conjunto para combater ameaças e todos
devemos estar preparados e saber como podemos trabalhar em equipe”.
A segurança das costas do Pacífico é uma tarefa de primeira ordem para os militares do istmo centroamericano, pois as estruturas do crime organizado transnacional utilizam suas aguas como corredor para
movimentar carregamentos de droga da América do Sul para os Estados Unidos.
“A realização desses cruzeiros traz benefícios para ambos os países [Guatemala e El Salvador], porque
nos permite aperfeiçoar toda a logística colocada em prática nos casos onde existe trabalho em conjunto.
As forças navais da região estão em coordenação para combater problemas tão graves como o tráfico de
ilícitos”, explicou à Diálogo o Capitão de Mar e Guerra Exón Ascencio Albeño, comandante da Base Naval
de La Unión.
“Foi muito valioso para nós conhecer os processos de recepção de um cruzeiro, atender a chegada de
forma técnica e colocar em ação nossa logística”, expressou o Fuzileiro Naval Eduardo López,
representante da Escola Naval de El Salvador. “Além disso, ouvimos algumas lições que nossos colegas
tiveram em alto-mar e isso nos permite ter um parâmetro de referência para empreender nosso cruzeiro”.
Por sua vez, o CMG Albeño acrescentou que “os bons relacionamentos que ambos os países têm e a
cooperação técnica para lutar contra essas ameaças emergentes mantém os fuzileiros navais
salvadorenhos motivados, os quais estão sempre interessados em conhecer como as marinhas de países
vizinhos superam desafios de segurança em alto-mar”.
A embarcação de 105 pés de comprimento da Escola Naval da Guatemala realizou um cruzeiro de treinamento
internacional, durante o qual visitou portos do Panamá, El Salvador e Nicarágua. (Foto: Gloria Cañas)
Rumos do Pacífico
Para os alunos, a experiência de receber seus homólogos alimenta a confiança nas habilidades aprendidas
na sala de aula.
“É importante praticar todos os tipos de navegação: estimada, costeira, eletrônica e astronômica, porque
em cada um utilizamos equipamentos diferentes, e todos são fundamentais para se dirigir de um ponto a
outro”, disse o Fuzileiro Naval Carlos Castillo, representante da Escola Naval da Guatemala.
Os tripulantes a bordo do Kukulkán, um navio de 105 pés de comprimento, explicaram à Diálogo como
colocaram em prática seus conhecimentos sobre navegação de altura, bem como técnicas de eletrônica,
manuseio de equipamentos, mecânica diesel, artilharia, controle de armas, aplicações de leis a bordo de
unidades de busca e resgate e de interceptação marítima e abordagem.
“Conversamos com nossos companheiros salvadorenhos sobre a importância de praticar todos os tipos de
navegação, conforme sua especialidade, porque a qualquer momento você pode precisar utilizá-la”, disse o
Fuzileiro Naval Manuel Guerra, da Escola Naval da Guatemala. “O trabalho em equipe é fundamental,
principalmente porque convergem no navio diversas especialidades militares navais e cada um cumpre
uma função especial”, acrescentou.
Os instrutores permitiram que os cadetes ficassem encarregados das máquinas para melhor avaliá-los. “É
um grande desafio para todos estarmos aqui, frente a condições marítimas que podem mudar de um
momento para outro, onde é possível demonstrar o que se aprendeu nas aulas”, expressou a Fuzileiro
Naval Cecilia Castillo, da Escola Naval da Guatemala.
Para os alunos, cada deslocamento representa um aprendizado novo sobre as diversas tecnologias
marítimas à sua disposição.
“Essa visita tem uma grande importância porque, assim, conhecemos os currículos acadêmicos de alto-mar
de outras nações e assimilamos os novos aprendizados que podem fortalecer nossa própria experiência”,
comentou o CMG Albeño.
O excelente relacionamento entre ambas as instituições militares permite o desenvolvimento desse tipo de
atividades. O Centro de Educação e Instrução Naval da Força Naval de El Salvador já está planejando os
cruzeiros para 2017, que serão, sem dúvida, uma nova oportunidade para demonstrar sua coragem
perante o oceano e a responsabilidade de zelar pela segurança de suas águas.
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