Ocorrencia das Especies Exoticas de Peixe nor Rio Limpopo depois

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Ocorrência das Espécies Exóticas de Peixe no Rio Limpopo
Ocorrência das Espécies Comerciais Exóticas de Peixe no Rio
Limpopo depois das Cheias no Ano 2000
Michael F. Schneider
Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Eduardo Mondlane
Sumário
Entrevistas e avaliações dos mercados locais revelaram a presença de cinco espécies exóticas
comerciais de peixe nas secções Moçambicanas do Rio Limpopo e Rio dos Elefantes depois
das cheias de 2000. A Carpa prateada Hypophthalmichthys molitrix, invadiu à Albufeira de
Massingir durante as cheias de 1996/1997 e entrou o Rio dos Elefantes jusante de Massingir
durante as cheias de 2000. H. molitrix também apareceu na secção Moçambicana do Rio
Limpopo durante 2000. A Tilápia do Nilo Oreochromis niloticus e a Tilápia de Israel O.
aureus, antes de 2000 só presentes no Rio Limpopo montante de Mabalane, occorem nas
secções jusantes do rio depois das cheias de 2000. As duas espécies de Tilápia, a Carpa prateada
e adicionalmente a Carpa comum Cyprinus carpio e a Carpa do capim Ctenopharyngodon
idella foram libertadas ao Rio Limpopo de uma estacão de piscicultura jusante de Chókwè,
quando os tanques foram inundados durante as cheias. Uma outra fonte possível das espécies
encontradas jusante de Chókwè foi o Rio Incomati, que estava ligado com o sistema do Rio
Limpopo durante o inicio de Março de 2000. Três anos depois das cheias, estas espécies ainda
podem ser encontradas nas secções particulares do Rio Limpopo e dos Elefantes.
Summary
Interviews as well as evaluations of the local fish markets revealed the presence of five alien
species of commercial fish in Mozambican sections of the Limpopo and Olifants River after
the floods of the year 2000. The Silver Carp Hypophthalmichthys molitrix, invading the
Massingir dam during the floods of 1996/1997, reached sections of the Olifants River
downstream of Massingir during the floods in 2000. H. molitrix also entered the Mozambican
section of the Limpopo River during 2000. The Nile Tilapia Oreochromis niloticus and Israel
Tilapia O. aureus, found in the Limpopo River only upstream Mabalane before 2000, were
carried further downstream during the floods in 2000. The Silver Carp, both Tilapia species
and additionally the Common Carp Cyprinus carpio and Grass Carp Ctenopharyngodon idella
were flushed into the Limpopo River from a fish farm downstream Chókwè, when the ponds
were flooded in 2000. Another possible origin of the species found downstream of Chókwè
might be the Komati River, that was linked with the Limpopo system in early March 2000.
Three years after the occurrence, these species can be still found in particular sections of the
Limpopo and Olifants River.
Palavras chave/key words: Hypophthalmichthys molitrix, Ctenopharyngodon idella, Cyprinus
carpio, Oreochromis aureus, O. niloticus, Rio Limpopo, espécies exóticas.
Introdução
Espécies exóticas foram identificadas como
a terceira causa responsável pela extinção
de espécies de vertebrados (Groombridge,
1992). Introduções das espécies exóticas
geralmente ameaçam a estabilidade de
ecossistemas e podem resultar na extinção
através de predação ou competição e no
longo prazo causam a substituição das
espécies indígenas pelas exóticas. Outros
efeitos conhecidos são a hibridização com
as espécies indígenas, a destabilicação de
Boletim de Investigação Florestal, Dezembro de 2003
cadeias tróficas e a degradação do ambiente
(Williamson, 1996; Cox, 1997).
As espécies de peixe envolvidas no presente
estudo foram introduzidas às varias partes
do mundo devido o grande potencial
económico na pesca e piscicultura. A Carpa
prateada Hypophthalmichthys molitrix (Cypriniformes: Cyprinidae) origina-se de águas
temperadas interiores de Ásia de Este e foi
introduzida à África, América, Oceânia e
Europa (Skelton, 2001). Da mesma família é
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Michael F. Schneider
a Carpa comum Cyprinus carpio, que
encontra-se naturalmente na Ásia central e
Europa, foi introduzida às várias partes de
África austral. A Carpa do capim Ctenopharyngodon idella (Cyprinidae) origina-se
de China e Rússia e foi introduzida como um
agente de controlo biológico apesar do
potencial na piscicultura (Skelton, 2001). A
distribuição natural da Tilápia do Nilo
Oreochromis niloticus (Perciformes: Cichlidae) é África tropical e subtropical e o
Oriente Médio (Skelton, 2001). Segundo a
mesma fonte, a Tilápia de Israel ou Tilápia
azul O. aureus encontra-se naturalmente nas
águas do Senegal, Niger, Tchad e no curso
inferior do Rio Nilo.
Os impactos ecológicos destas espécies são
bem documentados. Segundo Pflieger
(1997) e Laird & Page (1996) a Carpa
prateada consome quantidades grandes de
plâncton e assim causa a competição por
este recurso com larvas e adultos de outros
peixes e moluscos. Como a maioria das
espécies exóticas de peixe, a carpa prateada
pode introduzir doenças como a bactéria
Salmonella typhimurium (Bocek et al.,
1992). C. carpio é considerado uma praga
por causa do seu comprimento e os hábitos
destrutivos de alimentar-se (Skelton, 2001).
A carpa do capim é capaz de exterminar
totalmente as plantas aquáticas do seu
ambiente e assim destrui habitats e fontes de
alimentação de invertebrados e peixes
imaturos (Bain, 1993). As grandes quantidades de fezes da Carpa do capim adulto,
causam a eutrofização das águas que resulta
no crescimento considerável das algas
(Rose, 1972). Adicionalmente, C. idella
pode ser portador de alguns parasitas e
doenças transmissíveis aos peixes nativos,
como a Ténia asiática Bothriocephalus
opsarichthydis (Hoffman & Schubert 1984).
A Tilápia de Israel é responsável para a
redução da biodiversidade local devido a
competição com outras espécies de peixe
por recursos tróficos disponíveis. A falta da
predação e a adaptação as condições
ambientais variáveis aumenta os efeitos de
O. aureus sobre a composição ictiológica
(McBay, 1961).
Os objectivos do presente estudo são a
avaliação da ocorrência de espécies
comerciais exóticas de peixe no Rio
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Limpopo e no Rio dos Elefantes em relação
das cheias de 2000 e a discussão das origens
prováveis destas espécies.
Locais de Estudo e Métodos
Entrevistas feitas durante os trabalhos do
campo do projecto “Avaliação do Impacto
Ecológico das Cheias de 2000 no Vale do
Rio Limpopo” revelaram a ocorrência de
algumas espécies comerciais de peixe no
curso inferior do Rio Limpopo como
consequência destas cheias. Para elucidar e
clarificar a identidade e o número das
espécies introduzidas foram identificadas as
espécies de peixe vendidas nos mercados e
entrevistados cerca de 30 pescadores,
vendedores de peixe e funcionários das
Direcções Distritais de Agricultura (DDA)
usando entrevistas semi-estruturadas para
identificar
as
espécies
comerciais
capturadas nas águas das seguintes
localidades da Província de Gaza,
Moçambique, no Junho, Outubro e
Novembro de 2002 e no Abril de 2003: XaiXai, Chibuto, Chókwè e Mabalane ao longo
do Rio Limpopo e Tchaka (S24°08’,
E32°37’) e Massingir ao longo do Rio dos
Elefantes. Adicionalmente, entrevistas
foram feitas com o pessoal da Estação de
Piscicultura de Mapapa perto de Chókwè no
Abril de 2003.
Resultados e Discussão
A Tabela 1 mostra as espécies comerciais
exóticas de peixe em relação dos anos da
sua ocorrência, a Figura 1 apresenta a
possível origem destas espécies.
Segundo a informação obtida, a Carpa
prateada Hypophthalmichthys molitrix pode
ser encontrada em todas localidades
avaliadas ao longo do Rio Limpopo e dos
Elefantes depois das cheias do ano 2000
(Fig. 1 a). Antes das cheias de 2000, esta
espécie não ocorria no Rio Limpopo e no
Rio dos Elefantes jusante de Massingir e só
estava confirmada na Albufeira de
Massingir. H. molitrix entrou na albufeira
durante as cheias de 1996/1997 vindo de
África do Sul e, desde as cheias de 2000,
pode ser encontrada na secção do rio jusante
de Massingir.
Matéria Prima
Ocorrência das Espécies Exóticas de Peixe no Rio Limpopo
Zambatis & Zambatis (1997) mencionam a
introdução da Carpa prateada ao Parque
Nacional de Kruger onde foi registada pela
primeira vez no Rio dos Elefantes em Julho
de 1996. Skelton (2001) confirma a
presença de H. molitrix no sistema dos Rios
Limpopo e dos Elefantes. Bartley (1993)
também menciona a presença da espécie nos
muitos rios Moçambicanos. Infusões
regulares occorem durante a estação
chuvosa vindo de África do Sul. A
introdução como espécies de piscicultura
ocorreu no ano 1991 juntamente com a
Carpa preta Mylopharyngodon piceus a
partir de Cuba (Skelton, 2001). Segundo
Bartley (1993), cerca de 4000 indivíduos da
Carpa prateada foram introduzidas à
Estacão de Piscicultura de Umbeluzi e mais
tarde à Albufeira de Macarratene (entre
Chókwè e a confluência dos Rios Limpopo
e Elefantes) e às Estações de Piscicultura de
Mapapa e Lionde (perto de Chókwè).
Os resultados das entrevistas mostram, que a
Carpa comum Cyprinus carpio e a Carpa do
capim Ctenopharyngodon idella não foram
encontradas nos Rios Limpopo e Rio dos
Elefantes antes de 2000. Depois das cheias
de 2000, as espécies occorem jusante de
Chókwè (Fig. 1 b).
Segundo Pienaar (1978), C. carpio foi
encontrado pela primeira vez no Rio dos
Elefantes, Parque Nacional de Kruger, no
ano 1978. Skelton (2001) menciona, que C.
idella foi introduzida em Moçambique
vindo Cuba e reproduz-se no curso inferior
do sistema do Rio Limpopo em
Moçambique. Segundo Bartley (1993), a
Carpa do capim foi introduzida às canais de
regadio de SIREMO perto de Chókwè para
o controle da vegetação aquática.
Adicionalmente C. carpio e C. idella foram
introduzidas à Albufeira de Macarratene e
às Estações de Piscicultura de Mapapa e
Lionde. Também é mencionada a presença
de uma espécie de carpa chamada
“Muzungulu” na Albufeira de Massingir,
mas não está claro, se trata-se de H.
molitrix, C. carpio ou C. idella.
Conforme com os resultados das entrevistas,
a Tilápia do Nilo Oreochromis niloticus e a
Tilápia de Israel O. aureus ocorreram ao Rio
Limpopo montante de Mabalane antes das
cheias de 2000 e chegaram no rio jusante
depois de 2000 (Fig. 1 c). No tempo do
estudo, as duas espécies foram encontradas
em Mabalane, Chibuto e Xai-Xai e não são
encontradas no Rio dos Elefantes.
Segundo van der Waal & Bills (1996), O.
niloticus foi registrado pela primeira vez na
região de Pafuri do Parque Nacional de
Kruger em Novembro de 1996, de onde,
provavelmente entrou na secção Moçambicana do Rio Limpopo. Segundo Barley
(1993), Tilápias foram introduzidas às
canais de regadio de SIREMO, à Albufeira
de Massingir e de Macarratene e à Estação
de Piscicultura de Mapapa, mas sem
indicação das espécies.
Segundo Bartley (1993), as secas periódicas
durante as quais secções particulares do Rio
Limpopo são secas, reduzem a probabilidade da propagação indesejável das
espécies introduzidas.
Carpa
comum
Tilápia
do Nilo
Tilápia
de Israel
Xai-Xai
Rio
Chibuto
Limpopo Chókwè
Mabalane
Rio dos Tchaka
Elefantes Albufeira de Massingir
Carpa do
capim
Rio / Localidade
Carpa
prateada
Tabela 1: Anos da ocorrência das espécies comerciais exóticas de peixe às
localidades avaliadas ao longo do Rio Limpopo e do Rio dos Elefantes
(segundo entrevistas - não existente, <2000 existente antes do ano 2000)
2000
2000
2000
2000
2000
1996/97
2000
2000
2000
2000
2000
2000
-
-
Boletim de Investigação Florestal, Dezembro de 2003
<2000 2000
-
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Michael F. Schneider
(a) Carpa prateada
Hypophthalmichthys molitrix
(c) Tilapia do Nilo Oreochromis niloticus
e Tilapia de Israel Oreochromis aureus
(b) Carpa comum Cyprinus carpio e Carpa do
capim Ctenopharyngodon idella
Figura 1: Origem provável das espécies
comerciais exóticas de peixe do Rio
Limpopo e Rio dos Elefantes durante as
cheias 1996/1997 e 2000
Adicionalmente, a presença das barragens
em Massingir e Macarratene (Fig. 1), limita
a migração montante dos peixes. Segundo
os resultados das entrevistas feitas, as
populações introduzidas durante a década de
90 (Fig. 1) só sobreviveram nas estações de
piscicultura e foram desaparecidas nos rios
antes das cheias de 2000. Assim, uma
origem destas espécies pode ser os tanques
da Estacão de Piscicultura de Mapapa, que
estiveram inundados durante as cheias de
2000. Uma outra fonte possível das espécies
encontradas jusante de Chókwè pode ser o
Rio Incomati, que estava ligado com o
sistema do Rio Limpopo durante as cheias do
ano 2000. As imagens satélite de Landsat 7
(Bands 5, 4, 3) do dia 1 de Março de 2000 e
de NESDIS/ OSEI do dia 2 de Março de
2000 claramente mostram uma ligação entre
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Matéria Prima
Ocorrência das Espécies Exóticas de Peixe no Rio Limpopo
os dois rios via o Rio Mazimechopes
juntando as lagoas no sudoeste de Chibuto
(MADER & CENACARTA, 2002).
Contudo não estão disponíveis informações
sobre a direcção da corrente da água, sua
profundidade e largura e a duração desta
ligação.
Segundo Cox (1997) o sucesso da
introdução de uma espécie nova está
determinado da conveniência do habitat e
do nicho ecológico, a adequação da unidade
de introdução (i. e. o número e a saúde dos
indivíduos, etc.), o grau de escape de
doenças, parasitas, predadores e competição
interespecífica. No caso das espécies
envolvidas no presente estudo parece que as
condições mencionadas para a introdução
eficaz foram realizadas. As condições
ambientais nos Rios Limpopo e dos
Elefantes correspondem com as exigências
das espécies e a massa favorável das
espécies dá um grau certo de protecção
contra predadores e também uma vantagem
em termos de concorrência com as espécies
locais. O mesmo autor determina o impacto
das introduções de espécies exóticas em
relação ao papel da espécie como um
“keystone exotic” com o potencial de causar
a reorganização biótica completa de um
ecossistema. Algumas espécies envolvidas
no presente estudo têm um potencial
destrutivo sobre a ictiofauna nativa e devem
ser consideradas uma ameaça potencial do
ambiente.
Williamson (1996) menciona vários estudos
de casos nos quais os efeitos negativos
dominam sobre as vantagens de introduções. Para minimizar os impactos
ambientais das espécies introduzidas, a
aplicação estrita do código de práticas sobre
a introdução e o maneio efectivo das
espécies exóticas são necessários (e. g.
Bartley, 1993).
Concluiu-se que três anos depois das cheias,
as cinco espécies envolvidas no presente
estudo ainda podem ser encontradas nos Rios
Limpopo e dos Elefantes. O futuro vai
mostrar como as espécies vão lidar com as
condições dadas nos rios, e. g. a salinidade
no curso inferior do Rio Limpopo e a baixa
água durante a estacão seca.
Boletim de Investigação Florestal, Dezembro de 2003
Recomendações
Para evitar impactos negativos sobre as
espécies nativas é importante monitorar
diligentemente as consequências das
introduções para fornecer dados de base
para o maneio efectivo das espécies
exóticas. Por isso, recomenda-se a
realização de estudos adicionais sobre os
efeitos das cheias sobre a ictiofauna nativa
das águas envolvidas e também sobre os
impactos das novas espécies de peixe sobre
espécies
nativas.
Adicionalmente
é
necessária a elaboração das directivas e
medidas de precaução obrigatórias para a
piscicultura para evitar a libertação das
espécies exóticas às águas no futuro.
Agradecimento
O autor agradece muito a assistência de Sr.
Jorge M. Mafuca, Instituto de Investigação
Pesqueira, Maputo, Moçambique, pela
identificação das espécimens e também o
apoio de Sra. Maria Jacinto Sega.
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Matéria Prima
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