Geologia da Bacia do Rio Limpopo

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Geologia da Bacia do Rio Limpopo
Influência da geologia na paisagem
Existe uma estreita relação entre os solos e a geologia das rochas por baixo desses
solos. A maioria dos solos sao sedimentos modificados, formados a partir de rochas
subjacentes, ou que tenham sido transportados para o local por alguma forma de
transporte de massa.
A outra relacao que é importante reconhecer, é estreita ligação entre a geologia e
hidrogeologia . A litologia e estrutura geológica de uma região têm influência no
armazenamento, qualidade, disponibilidade e potencial de recarga dos recursos
hídricos subterrâneos.
Enquanto que a maioria dos aquíferos na África Austral estão associados a aquiferos
deporosidade secundária – a bacia do rio Limpopo é dos poucos na região austral que
tem os aquíferos aluvionares, com fluxo subsuperficial para o rio Limpopo e alguns
dos tributários fornecendo água a vilas e minas a partir do leito princiapl durante
períodos de baixo caudal.
AGeologia da Bacia do Rio Limpopo
As rochas da região da África Austral representam toda a secção transversal da
história geológica (Schlüter 2006).
Ageologia dorio Limpopo é caracterizada por uma série de feições geológicas
nomeadamente:
O Cratão do Kalahari;
O Cinturão do Limpopo;
O Cratão Arcáico;
O SistemaKaroo; e
O Complexo Bushveld de rochas ígneas.
O mapa sobre a geologia dorio Limpopo é apresentado abaixo, seguido de uma
descrição individual sobre as principais unidades.
Geologia simplificada da bacia do rio Limpopo.
Fonte: SADC 2010
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O Cratão do Kalahari
O termo cratão refere- se a formação estáveis e antigas da cruta continental (Pidwirny
2008). O cratão de Kalahari compreende o de Kaapvaal, Zimbabuée o cinturão do
Limpopo.
O Cinturão do Limpopo
O cinturão do Limpopo ou o Cinturão Móvel do Limpopo é uma formação
Precâmbrica (Schlüter 2006), que liga o Cratão de Kaapvaal ao Cratão do Zimbabué
estendendo- se de este a oeste (Chinoda et al. 2009), cobrindo uma larga área da bacia
do rio Limpopo (Chinodaet al.)O cinturão Móvel do Limpopo tem experimentado um
processo de mineralização significativo e estende- se ao longo do vale do rio Limpopo
(Ashtonet al. 2001).
As partes expostas do Cinturão do Limpopo distribuem- se em toda a bacia, na África
do Sul, Botsuana e Zimbabué (Chinodaet al.)O cinturão móvel do Limpopo, como é
sabido, divide- se em 3 zonas, nomeadamente:
Norte da zona marginal;
Zona central; e
Sul da zona marginal.
O Cratão Arcáico
O Cratão Arcáico é constituído por fragmentos mais antigos da altura da origem da
terra, consistindo principalmente de rochas graniticas cristalinas e metamórficas, com
”cinturão de rochas verdes”, ou sejam associações metalo- vulcânicas sedimentares
representada por rochas ígneas, xistos e rochas holocristalinas, sub- vulcânicas e
formações intrusivas finas (Ashton et al. 2001).
O SistemaKaroo
O SistemaKaroo é a fonte da maioria dos xistos carboníferos e depósitos de carvão
(Council for Geoscience 2010) que suportam a indústria mineira de carvão na Àfrica
do Sul, fornecendo carvão para o uso doméstico e para a exportação há quase um
século e meio. Este sistema tem também associado formações de rochas recentes
sedimentares e cristalinas depositadas em largas escala na zona sul da bacia (Ashton et
al. 2001).
Os depósitos de carvão encontram- se em zonas de falhas em 4 bacias na Província de
Limpopo, conhecidos como Waterberg, localizada nos arredores de Lephale (Ellisras),
Soutpansberg (ao longo da parte norte das montanhas Soutpansberg), Limpopo (a sul
do banco do rio Limpopo, a oeste de Musina), e o campo de minas de carvão em
Springbok Flats.
Este campo de minas de carvão contém grandes reservas de carvão, onde a região de
Waterberg detêm cerca de 40% das reservas insitu na África do Sul. Estes recursos
mineiros estão a ser explorados, em grande escala, na mina de carvão localizada em
Grootegeluk. Em Tshikondeni, localiza- se uma pequena mina de carvão,
presentemente a única e a mais pequena mina de carvão em operação localizada em
Soutpansberg, e que gera carvão de coque de alta qualidade fornecidos à fábrica de
aço “Iscor's Steel Mills” (Council for Geoscience 2010).
O Complexo de Rochas Ígneas de Bushveld
O Complexo de rochas ígneas de Bushveld, contém uma grande porção dos minerais
da região (Ashton et al. 2001) e compreende essencialmente rochas máficas e
ultramáficas e rochas intermediárias intrusivas (SARDC 2002). Este complexo cobre o
sul da Àfrica do Sul, ou seja uma parte da bacia onde também ocorrem camadas
sobrepostas de grês/ arenito quatzítico em
Geologia do BaixoLimpopo
AGeologia do baixoLimpopo consiste fundamentalmente de rochas sedimentares
consolidadas e não consolidadas (Ashtonet al. 2001), incluíndo argilitos, arenitos
fluviaís e rochas sedimentareas de textura fina (Chinoda et al.)Estes sedimentos
formam uma região de planícies com baixa inclinação ocasionalmente interrompidas
pela ocorrência de intrusões graníticas (SARDC 2002).Os sedimentos desta região são
geralmente de origem aluvial, incluindo areias áridas ferruginosas (Chinoda 2009). A
zona costeira apresenta dunas do interior, incluindos dunas consolidadas e dunas
costeiras (Chinoda et al. 2009).
Esta região não estruturas geológicas significativas, com excepção de dois grandes
grupos com idades diferentes (Chinoda et al. 2009).
Esta região não estruturas geológicas significativas, com excepção de dois grandes
grupos com idades diferentes (Chinoda et al. 2009).
Caracteristicas Geológicas Importantes da Bacia do
Rio Limpopo
Existe um conjunto de feições geológicas que vale a pena abordar, muitos dos quais
são uma atracção turísticas para turistas regionas e internacionais.
Cratera de Tswaing
A Cratera de Tswaing tem aproximadamente 1 km de diâmetro e cerca de 60 metros
de altura. Tswaing, o que quer dizer um lugar de sal na zona de Tswaing, está
localizado a aproximadamente 40 km a norte da capital da África do Sul, Pretória.
Pensa- se que a cratera foi criada por um meteor de 60 metros, deslocando- se a uma
velocidade de cerca de 4000 km/ hr a cerca de 220 000 anos. A cratera é uma atracção
turística, recebendo milhares de turistas todos os anos (South African Tourism 2010).
Imagem Landsat da Cratera de Tswaing.
Fonte: Hatfield; USGS 2010
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Parede de Solomon
Localiza- se em Tuli Block a este do Botsuana, a parede de Solomon é um dique
basáltica (vulcânica) que em tempos serviu de barragem ao longo do Motloutse
criando uma cachoeira. A montante da confluência com o rio Limpopo, a parede
sofreu erosão, mas os segmentos remanescentes podem ser vistos nos dois lados do rio
, medindo cerca de 30 metros de altura (Botswana Tourism 2010).
Parede de Solomon, Botsuana.
Fonte: DiPerna 2009
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Pilanesberg
Pilanesberg está localizada entre as cidades de Pretória e Gaborone, no territó rio Sulafricano a aproximadamente 40 km a norte de Rustenburg. O Pilanesberg é um
remanescente de um vulcão extinto, constituido por três anis de colinas que se elevam
num paisagem relativamente plana. As colinas desta unidade geológica constituem- se
num local de abrigo de animais, sendo transformada numa coutada de caça e atrai
milhares de turistas todos os anos. Pilanesberg tem algumas evidências de civilização
humana indo até as idades da pedra e do ferro (Pilanesberg 2010).
Imagem Landsat de Pilanesberg, África do Sul.
Fonte: Hatfield, USGS 2010
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História da Erosão Geológica na Bacia do Rio
Limpopo
A paisagem da bacia do rio Limpopo foi formada por uma série de eventos de erosão
geológicos. De acordo com a FAO 2004, parece haver uma aceitação generalizada
sobre as fases de erosão, mas no entanto, ainda persistem algum disacordo em alguns
eventos.
Ciclos de Erosão na Bacia do Rio Limpopo
Ciclos de Erosão na Bacia do Rio Limpopo
Os ciclos de erosão durante os períodos iniciais do Terciá rio resultaram na formação
de planícies e planaltos, tais como as zonas Altas da África do Sul. O principal local
de ocorrência destes eventos foi na parte sudeste da parte sul da linha divisória da
bacia do rio Limpopo, a zona do planalto alto no Zimbabué, as áreas latas perto de
Polokwane (Pietersburg) na África do Sul e, as colinas com cume relativamente plano
no Botsuana e a Província do Limpopo na África do Sul.
Outros eventos de erosão no Terciá rio Superior formaram igualmente aplanamento da
superfície. As várias fases deste período são predominantes na bacia do rio Limpopo.
O evento mais recente de erosão verificou- se durante o Quaterná rio, principalmente à
jusante nos rios principais e seus afluentes.
A maior parte dos solos dentro do territó rio nacional foram formados por eventos de
deposição durante os períodos do Quaterná rio e Terciário, com excepção de algumas
bandas com rochas do Cretáceo a norte do rio Save na fronteira com o Zimbabué.
Ocorrem extensas zonas com formações aluvionares bem desenvolvidas nos troços
mais a jusante dorio Limpopo e, também nos rios de regime não permanente que são
afluentes ao rio Limpopo. As formações mais antigas (rochas do Paleoceno e Eoceno)
são de origem marinha e correspondem a arenitos e conglomerados calcáreos e que
são limitados a este pelas formações do Karoo, na África do Sul.
A principal unidade de cobertura do Quaterná rio é espessa, homogénea com um
manto amarelo acastanhado, salino, calcáreo, areas arenosas extendendo- se por vastas
áreas do interior da província de Gaza a oeste do rio Limpopo. Formam planaltos com
declives suaves denominados por Mananga que se desenvolvem a volta de rochas
sedimentares de grão grosseiro. Em regiões com vales íngremes, foram expostos os
calhaus depois da erosão da cobertura de Os diferentes ciclos de erosão e aplanamento
da paisagem retrabalharam os calhaus resistentes acabando por os transformar em
camada de base. Os calhaus correlacionam- se com os arenistos vermelhos e
conglomerados do Terciá rio Superior. Os calhaus na parte do topo da camada,
geralmente mais recentes, estão associados a plataforma de Mananga.
Fonte:FAO 2004
Próxima: Solos da Bacia do Rio Limpopo
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