Biossíntese de Ácidos Gordos: Em situações de abundância de acetil-CoA, o fígado e o tecido adiposo sintetizam ácidos gordos. Quando comparado com a β-Oxidação, a síntese dos ácidos gordos dá-se em diferentes processos, é catalisada por diferentes tipos de enzimas e ocorre em diferentes lugares da célula (citoplasma). Para que esta ocorra, é essencial que exista malonil-CoA como intermediário (tal não acontece na β-Oxidação). Tendo em conta que na β-Oxidação se forma acetil-CoA e na síntese este é necessário no primeiro ciclo e na formação de malonil-CoA, devido à impermeabilidade da membrana interna da mitocôndria em relação ao acetil-CoA, este irá ser transportado para o citoplasma na forma de citrato que será formado a partir de oxaloacetato e de acetil-CoA pela citrato síntetase e no citoplasma ocorre a reacção inversa pela actuação da citrato cinase, libertando assim o acetil-CoA no meio. A formação de malonil-CoA, é um processo irreversível e é catalisado pela acetil-CoA carboxilase. O malonil-CoA é formado a partir de acetil-CoA e de bicarbonato(HCO3-). A acetil-Coa carboxilase está dividida em três subunidades: • Proteína transportadora de biotina, que está ligada covalentemente à biotina por uma ligação amida; • Biotina carboxilase, responsável pela activação do CO2 (proveniente do ião bicarbonato), e sua transferência para a biotina, numa reacção dependente de ATP; • Transcarboxilase, responsável pela transferência do CO2 da biotina para a acetilCoA, produzindo o malonil-CoA. Nos mamíferos, a síntese é realizada por um complexo multienzimático, que funciona como um dímero (as 2 subunidades funcionam independentemente uma da outra). Este contém 7 centros activos diferentes, sete enzimas e uma molécula transportadora de grupos acilo (ACP): • ACP (Acyl Carrier Protein) - Transporta grupos acil através de uma ligação tioester • Acetil-CoA-ACP transacetilase(AT) - Transfere os grupos acil da CoA para o grupo -SH da KS • β-Cetoacil-ACP sintase(KS) - Condensa o grupo acil e o malonil • Malonil-CoA-ACP transferase(MT) - Transfere o grupo malonil da CoA para o ACP • β-Cetoacil-ACP redutase(KR) - Redução do grupo β-ceto no grupo β-hidroxil • β-Hidroxiacil-ACP desidratase(HD) - Remove H2O do β-hidroxiacil-ACP criando uma ligação dupla • Enoil-ACP redutase(ER) - Reduz a ligação dupla, formando acil-ACP saturado • Tiosterase - que promove a clivagem entre o ácido gordo final e o ACP. Antes do 1º ciclo do processo de formação de um ácido gordo, a AT vai promover a ligação de um acetil ao KS e a MT liga um malonil à ACP. Após estes dois passos, vão realizar-se as 4 reacções(que compõem 1 ciclo de condensação-redução), de modo a obter butiril ligado à ACP: • A 1ª reacção, é uma reacção de condensação, catalisada pela KS. O CO2 libertado nesta reacção é o mesmo introduzido na formação de malonil-CoA a partir do HCO3- ; • A 2ª reacção consiste na redução do grupo carbonilo (em C-3) pela KR, tendo como dador de electrões: NADPH + H+ • Na 3ª reacção ocorre uma desidratação, catalisada pela HD, em que os elementos constituintes de H2O, são removidos dos carbonos C-2 e C-3, ocorrendo a formação 2 de trans-Δ -butenoil-ACP ; 2 • Na 4ª Reacção vai-se reduzir a ligação dupla de trans-Δ butenoil-ACP. Esta reacção é catalisada pela ER, formando butiril-ACP. Após se darem estas 4 reacções, obtém-se o butiril ligado à ACP, de seguida a AT realiza uma translação deste acilo saturado para a KS e a MT liga novamente um malonil à ACP de forma a ter-se as condições necessárias para que se dê outro ciclo de condensação-redução com o objectivo de acrescentar dois átomos de carbono à cadeia, por cada ciclo realizado. Quando, após um ciclo de condensação-redução se obtém um produto saturado com comprimento de 16 carbonos, a AT e a MT não actuam e entra em acção a Tiosterase que promove a quebra da ligação tioester entre o palmitato(16:0) e a ACP, libertando este no meio celular. Os últimos 2 carbonos (C-16 e C-15 do palmitato), são derivados do acetil-CoA e os restantes de malonilCoA. Pequenas quantidades de ácidos gordos de cadeias maiores como o estearato(18:0), também são formados. Ácidos gordos insaturados ou de cadeia mais longa são produzidos a partir do ácido palmítico por acção de elongases e dessaturases. Podemos considerar a reacção geral da síntese do palmitato a partir de acetil-CoA dividida em duas partes: • 1ª Parte – Formação de sete moléculas de malonil-CoA 7 Acetil-CoA + 7CO2 + 7ATP 7 Malonil-CoA + 7ADP + 7Pi • 2ª Parte – Sete ciclos de condensação e redução Acetil-CoA + 7 Malonil-CoA + 14NADPH + 14H+ Palmitato + 7CO2 + 8CoA + 14NADP+ + 6H2O • Resultado geral do processo: 8 Acetil-CoA + 7ATP + 14NADPH + 14H+ Palmitato + 8CoA + 7ADP + 7Pi + 14NADP+ + 6H2O A célula adiciona CO2 na formação de malonil-CoA e este irá ser libertado este durante a formação do acetoacetato, pois o CO2 é apenas adicionado por uma questão de equilíbrio termodinâmico. Na β-oxidação dos ácidos gordos, a clivagem do acectil do grupo acil, é uma reacção altamente exergónica e a condensação de por exemplo, duas moléculas de acetil, é altamente endergónica, havendo assim equilíbrio entre estas duas pela adição de CO2. Palmitato é o precursor de ácidos gordos de cadeias mais longas, podendo estas ser saturadas(Estearato 18:0), ou monoinsaturadas(Palmitoleato, Oleato). Os sistemas de alongamento de ácidos gordos, permitem a adição de grupos acetil ao palmitato, formando assim ácidos gordos de cadeias mais longas. Estes encontram-se presentes no retículo endoplasmático liso e na mitocôndria. No processo de alongamento, é a Coenzima A em vez da ACP, que tem a função de proteína transportadora de grupos acil. Este processo é idêntico ao processo de formação do palmitol, ocorrendo as seguintes reacções, doação de dois átomos de carbono pelo malonil-CoA, redução, desidratação e redução para o produto saturado. O palmitato e o estearato são precursores de dois dos mais comuns ácidos gordos no tecido animal, o palmitoleato 16:1(Δ9) e o oleato 18:1(Δ9), ambos com uma ligação dupla do tipo cis entre C-9 e C10. Os mamíferos não conseguem converter o oleato em linoleato ou α-linolenato, pois não são capazes de criar ligações duplas entre o carbono C-10 e o grupo terminal metilo, logo estes são essenciais na dieta. No processo de dessaturação, a ligação dupla é introduzida através de uma reacção oxidativa catalisada pela acil-CoA dessaturase. Neste processo intervém um citocromo (citocromo b5) e a flavoproteína (citocromo b5 redutase), ambos presentes no retículo endoplasmático liso, vão ter a função de + transportar dois electrões do NADPH+H para o ácido gordo, de modo a que sejam libertados dois hidrogénios que irão dar origem a duas moléculas de água, formando-se assim uma ligação dupla. Biossíntese de Acilgliceróis: Quer os ácidos gordos sintetisados pelo organismo, quer os ingeridos na dieta podem seguir vias diferentes: ou são incorporados em triacilgliceróis, ou são incorporados em componentes fosfolípidicas membranares. A repartição entre estas duas alternativas irá depender das necessidades correntes do organismo. A molécula de triacilglicerol, já outrora introduzida (relembrar apresentação sobre Lípidos simples e complexos ) tem como precursores os acilos-CoA (formados a partir de ácidos gordos por acção de acil-CoA-sintetases - lembrar a activação na β-oxidação) e Lglicerol 3-fosfato. Este último pode ser obtido principalmente de duas formas: através da glicólise,onde a glicose sofre a acção da enzima glicerol-3-fosfato desidrogenase citossólica que se encontra ligada ao NAD ou então através da enzima glicerol cinase em processos que ocorrem no fígado e no rim, sendo que neste caso o glicerol proveniente do metabolismo dos quilomicrons é transformado directamente em glicerol-3-fosfato (ver esquema anexo). O primeiro passo da biossíntese do triacilglicerol consiste na síntese do diacilglicerol 3-fosfato (ácido fosfatídico) - composto central do metabolismo lipídico. A interpretação do seguinte esquema dispensa muitos comentários, dada a simplicidade dos processos. Acresente-se apenas que nas duas reacções de acilação que ocorrem, catalisadas por enzimas acil transferases, R1 e R2 dos acilos-CoA são geralmente cadeias saturadas e insaturadas, respectivamente. O ácido fosfatídico formado pode ser agora hidrolisado,pela acção da enzima ácido fosfatídico fosfatase,originando o 1,2-diacilglicerol (também pode ser convertido em glicerofosfolípidos): O diacilglicerol por sua vez, numa reacção catalisada pelo diacilglicerol-aciltransferase, e com a participação de um acilo-CoA, é acilado a triacilglicerol: À fosfatase e diacilglicerol-acil-transferase dá-se geralmente a designação de complexo triacilglicerol-sintase. Regulação não hormonal da Lipogénese: Na regulação não hormonal da lipogénese é da maior importância dar enfâse a determinados factores , nomeadamente a concentração do palmitoil-CoA, do citrato e do malonil-CoA, bem como a razão [NADPH]/[NADP+]. O principal produto da síntese de ácidos gordos é o palmitoil-CoA. Este funciona como um inibidor alostérico da enzima acetil –CoA carboxilase (já aqui introduzida), quando a concentração do mesmo é elevada. Quando a concentração de acetil-CoA e ATP, na mitocôndria, aumentam, o citrato (precursor acetil-CoA citosólico) é transportado para fora da matriz mitocondrial. No citosol, vai activar a enzima acetil-CoA carboxilase (que por sua vez e como já foi mencionado, catalisa a reacção de formação do malonil-CoA). O citrato é um activador alostérico, uma vez que quando se liga à enzima acetil-CoA carboxilase (num sítio diferente do seu centro activo), vai provocar uma alteração conformacional desta enzima, o que faz aumentar a actividade enzimática. Portanto, o Vmax da reacção aumenta. O citrato tem um papel muito importante no metabolismo celular na medida que impede que o combustível metabólico seja consumido e em vez disso é armazenado como ácidos gordos. Por estes factores, a etapa em que entra essa enzima é considerada a etapa limitante da biossíntese de ácidos gordos. O citrato também é responsável pela actividade da fosfofrutocinase-1, reduzindo o fluxo de carbono através da glicólise. Se a síntese de ácidos gordos e a β-oxidação se dessem ao mesmo tempo, os 2 processos constituiriam um ciclo fútil, com perda de energia. O malonil-CoA é um Inibidor alostérico da enzima carnitina aciltransferase I (relembrar mecanismo de transporte na β-oxidação). Assim durante a síntese de ácidos gordos, a produção do primeiro intermediário, o malonil-CoA, não permite a β-oxidação ao nível da membrana mitocondrial interna. Por último, uma razão alta [NADPH]/[NADP+] promove um forte ambiente redutor, favorecendo a síntese de ácidos gordos (e outras biomoléculas). A produção de NADPH , quer pelas desidrogenases da via das fosfopentoses (principal fonte de fornecimento), quer pela enzima málica,quer pelo isocitrato desidrogenase promovem então a síntese lípidica. De referir apenas que (e sem entrar em grandes pormenores) verifica-se que quando ingerimos excesso de ácidos gordos insaturados a expressão dos genes que codificam muitas enzimas lipogénicas no fígado é suprimida. Obviamente esse é um factor que requer uma maior profundidade em termos de conhecimentos, pelo que apenas aqui fica a ideia. Síntese e dos glicerolípidos e esfingolípidos: As duas classes principais de fosfolípidos presentes na membrana são os glicerofosfolípidos e os esfingolípidos. Podem ser formadas várias espécies diferentes de fosfolípidos pela combinação dos diferentes ácidos gordos e grupos polares com o glicerol (glicerofosfolípidos) ou com a esfingosina (esfingolípidos). Todas as vias de biossintese de fosfolípidos a partir de simples precursores, requerem, em geral, os mesmos passos básicos: (1) síntese de uma molécula esqueleto, glicerol ou esfingosina; (2) ligação do(s) acido(s) gordo(s) ao esqueleto, por ligação éster ou amida; (3) adição de uma cabeça polar hidrofílica através de uma ligação fosfodiéster; E, em alguns casos: (4) alteração ou da troca da cabeça para formar o fosfolípido final. Nas células eucariotas, a síntese dos fosfolípidos ocorre na superfície do retículo endoplasmático liso e na membrana interna das mitocôndrias. Biossíntese dos glicerofosfolípidos: Existem duas vias possíveis para a formação do ácido fosfatídico. Na primeira, o passo 1 e 2 são comuns à via dos triacilglicerois: dois ácidos gordos são esterificados com o C-1 e C2 do L-glicerol 3-fosfato. Normalmente, mas não necessariamente, existe um ácido saturado em C1 e um ácido insaturado em C2. Uma segunda via para o ácido fosfatídico é a fosforilação de um diacilglicerol por uma fosfotransferase específica, a citidina difosfato (CDP). A cabeça polar dos glicerofosfolípidos está ligada através de uma ligação fosfodiéster, na qual cada um dos dois grupos hidroxilo do álcool (um da cabeça polar e outro do C-3 do glicerol) forma uma ligação éster com ácido fosfórico. Existem duas estratégias para formar essa ligação fosfodiéster. Na primeira estratégia o grupo hidroxilo do diacilglicerol é activado pela CDP originando o ácido fosfatídico CDP-diacilglicerol. Depois uma citidina monofosfato (CMP) é retirada num ataque nucleofilo pelo grupo hidroxilo da cabeça polar. Na segunda estratégia, a CDP liga-se ao grupo hidroxilo da cabeça e uma CMP é depois retirada num ataque nucleofilo pelo grupo hidroxilo do diacilglicerol. Exemplos: • • • Fosfatidilglicerol – sintetizado pela primeira estratégia; Fosfatidilinositol - sintetizado pela primeira estratégia; Cardiolipina – sintetizada pela condensação de uma molécula de fosfatidilglicerol com o CDP-diacilglicerol; • Fosfatidiletanolamina – sintetizada pela segunda estratégia a partir da etanolamina; • Fosfatidilcolina - sintetizada pela segunda estratégia a partir da colina; • Fosfatidilserina – sintetizada partir da fosfatidiletanolamina por uma reacção de troca de cabeças (Passo 4). Apenas no fígado a fosfatidilcolina pode também ser produzida pela metilação da fosfatidiletanolamina. Biossíntese dos esfingolípidos: A biossíntese dos esfingolípidos ocorre em quatro etapas: (1) síntese de uma amina de 18 carbonos, a esfinganina, a partir do palmitoil-CoA e da serina; (2) ligação de um ácido gordo por ligação amida; (3) formação da ligação dupla na molécula de esfinganina para formar N-acilesfingosina (ceramida); (4) ligação de um grupo da cabeça para formar um esfingolípido, tal como um glicolípido ou uma esfingomielina. Esta via compartilha diversas características com as vias que conduzem aos glicerofosfolípidos: envolve NADPH e os ácidos gordos entram como os seus derivados acil-CoA. Contudo, na ligação do grupo da cabeça já existem algumas diferenças. Para a síntese da esfingomielina o doador de fosfocolina é a fosfatidilcolina em vez da CDP-colina. Nos glicolípidos (cerebrósidos e gangliosidos) o açúcar do grupo da cabeça é ligado ao grupo hidroxilo do C-1 da esfingosina por ligação glicosídica em vez de fosfodiester. O doador do açúcar é um UDP-açucar (UDP-glucose ou UDP-galactose). Biossíntese do colesterol: O colesterol desempenha um papel crucial como componente das membranas celulares e como precursor de hormonas esteróides e ácidos (sais) biliares. É uma molécula essencial, todas as células (mas principalmente as hepáticas) podem sintetizá-lo a partir de um simples precursor: o acetato. Este processo pode ser dividido em quatro etapas distintos: 1 – Partindo de 3 moléculas de acetil-CoA, forma-se o mevalonato (C6): Duas moléculas de acetil-CoA, por acção de uma tiolase, formam acetoacetil-CoA, que junto com mais um acetil-CoA, por acção da enzima HMG-CoAsintase dá origem a o intermediário HMG-CoA (HMG-CoA = Hidroximetilglutaril-CoA). Finalmente, por acção da + HMG-CoA redutase, com 2NADPH (agente redutor) + 2H , obtém-se o mevalonato. 2 – O segundo passo consiste em converter o mevalonato nos isoprenos activos: A partir do mevalonato, por acção da mevalonato 5fosfotransferase, e fosfomevalonato cinase, 3 grupos fosfato são transferidos de ATP para a molécula formando os intermediários: 5fosfomevalonato, que dá origem ao 5-pirofosfomevalonato que, por sua vez, origina 3-fosfo-5-pirofosfomevalonato. Este útimo sofre uma descarboxilação, e perdendo um fosfato, surge o isopentenil-pirofosfato, que por acção de uma isomerase, transforma-se também em dimetilalilpirofosfato (que são ambos os isoprenos activos (C5)). 3 – Condensação das seis unidades isoprenóides para formar o esqualeno: Os dois isómeros mencionados anteriormente condensam-se “cabeça” com “cauda”, e por libertação de um pirofosfato formam geranilpirofosfato (C10). Este por sua vez, condensa, também “cabeça” com “cauda” com um isopentenil-pirofosfato, libertando novo pirofosfato e formando farnesil-pirofosfato (C15)(as duas reacções anteriores são catalisadas pela enzima prenil transferase). Pela acção da enzima esqualeno sintase, duas moléculas de farnesil-pirosfato condensam, desta vez “cabeça” com “cabeça” formando assim, com libertação de ambos os grupos pirofosfato, o esqualeno (C30 e linear). O agente redutor desta reacção é o NADPH. 4 – O último passo consiste na ciclização do esqualeno para formar o colesterol: Na presença de oxigénio molecular (O2), a enzima esqualeno-monoxigenase usa um desses átomos para formar o esqualeno-2,3-epóxido, enquanto o O restante é reduzido pelo NADPH em H2O. Por acção de ciclases, forma-se o intermediário lanosterol, que após uma série de reacções (principalmente migrações e remoções de grupos metilo) se converte finalmente em colesterol. De notar que partindo do esqualeno (C30) se obtém o colesterol (C27), em que os carbonos perdidos se devem à formação dos anéis do núcleo esterólico. Síntese das hormonas esteróides: A formação das hormonas esteróides a partir do colesterol deve-se por oxidação e clivagem das suas cadeias laterais, processo que depende da presença de NADPH e O2. Forma-se primeiramente a pregnenolona, a partir da qual se formam as restantes hormonas: no córtex das glândulas supra-renais – mineralocorticóides (aldosterona) e glicocorticóides (cortisol); nas gónadas, há formação das hormonas sexuais tais como a progesterona, androgénios e estrogénios. Acetato ↓ Colesterol ↓ Pregnelona Progesterona 18-OH costicosterona ↓ Aldosterona 17-OH-pregnelona ↓ 17-OH-progesterona Androstenodiona ↓ ↓ Cortisol Testosterona