RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO O ano de 2010 foi caracterizado por êxitos e novas oportunidades para os negócios da HRT Participações em Petróleo S.A. (“HRTP”), holding que engloba a HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. (“HRTOG”), a Integrated Petroleum Expertise Company - Serviços em Petróleo Ltda. (“IPEX”), a Ranger Participações Ltda. (“RANGER”) e a HRT Netherlands B.V. (“HNBV”). Ao longo do ano a Companhia expandiu seu portfólio, obtendo, por intermédio de controladas, a concessão de cinco blocos exploratórios offshore na República da Namíbia, sudoeste da África, cobrindo uma área total de 26.815 Km2. São dois blocos localizados na sub-bacia de Walvis, onde detém 100% de interesses e três na sub-bacia de Orange com 40% de participação, esses últimos em associação com as empresas Universal Energy Corp. e Acarus Investments (Proprietary) Ltd., que possuem, respectivamente, 40% e 20% de interesses. É importante destacar que somos os operadores em todos esses blocos. A Companhia entende que há grandes perspectivas para exploração e produção de óleo e gás na Namíbia que, embora seja considerada uma das mais promissoras fronteiras - uma vez que sua formação geológica é bastante semelhante à da bacia de Santos -, ainda não teve seu potencial desenvolvido pelas grandes empresas do setor. Por outro lado, a HRTOG adquiriu 4% adicionais de interesses nos 21 blocos da bacia do Solimões (área total de 48.500 km2), onde já detinha 51%, elevando, portanto, sua participação para 55% e mantendo sua condição de operadora. A empresa possui licenças ambientais para os trabalhos de sísmica, de perfuração e de base de apoio. Assim, estará iniciando as primeiras perfurações em março de 2011. Recentes descobertas da Petrobrás na região deram suporte adicional aos estudos e estimativas da empresa, de que aquela bacia tem elevado potencial de hidrocarbonetos de alta qualidade (entre 41º e 46º API), localizados em média profundidade. Por último, a Companhia também fez novas aquisições no Brasil. Agregou aos seus ativos participação de 10% em 4 blocos exploratórios, sendo 2 localizados na bacias do Recôncavo, 1 no Espírito Santo e 1 no Rio do Peixe, em parceria com a Cowan Petróleo e Gás S.A., que detém os 90 % restantes. Em 2010, a HRTP, baseada nos estudos e na capacidade técnica de sua administração e nas certificações de seus portfólios executadas pela renomada DeGolyer & MacNaughton, realizou oferta pública inicial de ações (IPO), captando aproximadamente R$ 2,5 bilhões no mercado, que serão utilizados nas campanhas exploratórias na forma do seu plano de negócios. A estréia das ações da Companhia no Novo Mercado da BM&FBOVESPA ocorreu no dia 25 de outubro de 2010. O plano de negócios aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia detalha os investimentos necessários às campanhas exploratórias na bacia do Solimões e nas bacias da Namíbia, que incluem aquisições sísmicas 2D e 3D, perfurações das locações e interpretação dos resultados. RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO O resultado econômico-financeiro aqui apresentado baseia-se nas informações consolidadas da Companhia, que apresentou prejuízo contábil de R$ 142,4 milhões em 2010. As receitas informadas referem-se àquelas oriundas das aplicações financeiras do Grupo, que alcançaram R$ 67,5 milhões brutos e às receitas operacionais da IPEX. Por outro lado, no conjunto de despesas merece destaque o item Pessoal, que impactado pelos benefícios de natureza variável, os quais englobaram a gratificação extraordinária em função dos resultados da oferta pública inicial de ações, opções outorgadas a funcionários e concessão de ações a membros da administração, atingiram um valor total de R$ 128,2 milhões. COMPROMISSO SOCIO-AMBIENTAL A Companhia, comprometida com os princípios ambientais e de sustentabilidade, desenvolveu e implantou programa sócio-ambiental amparado por sistema de gestão de saúde, segurança e meio-ambiente, em consonância com a sensibilidade dos ecossistemas onde atua. Também, prezamos pelas relações éticas e transparentes com parceiros, fornecedores, clientes, funcionários, governo e sociedade, com o objetivo de assegurar uma melhoria da qualidade de vida no trabalho e na comunidade. GESTÃO DE PESSOAS Nossa equipe está composta por 211 empregados, com vasta experiência nos setores onde atuam e, em especial, no de óleo e gás, dispondo de mais de 40 profissionais com títulos de pós-graduação, entre mestres e doutores, mesclados com jovens de grande potencial formados nas melhores universidades do país. DECLARAÇÃO DA DIRETORIA Em observância às disposições constantes do artigo 25, § 1º, item “v” e “vi” da Instrução CVM nº 480/2009, de 7 de dezembro de 2009, a Diretoria declara que reviu, discutiu e concordou com as opiniões expressas no parecer da Ernst & Young Terco Auditores Independentes S/S, emitido em 04.03.2011 e com as demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, preparadas pelos seus contadores, a empresa Domingues e Pinho Contadores Ltda. AUDITORES INDEPENDENTES Em atendimento à determinação da Instrução CVM nº 381/2003, informamos que, durante o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010, contratamos nossos Auditores Independentes para trabalhos relacionados com a oferta pública inicial de ações, serviços de revisões fiscais bem como dos impactos dos novos pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e aprovados pela CVM, além dos serviços de auditoria externa e revisões trimestrais. Em nosso relacionamento com o Auditor Independente, buscamos avaliar o conflito de interesses com trabalhos de não-auditoria com base no seguinte: o auditor não deve (a) auditar seu próprio trabalho, (b) exercer funções gerenciais e (c) promover nossos interesses. As demonstrações financeiras da Companhia aqui apresentadas, estão de acordo com os critérios da legislação societária brasileira, a partir de informações auditadas. Rio de Janeiro, 04 de março de 2011. Demonstrações Financeiras HRT Participações em Petróleo S.A. 31 de dezembro de 2010 e 2009 com Relatório dos Auditores Independentes 0 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2010 e 2009 Índice Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras ..................... 1 Demonstrações financeiras auditadas Balanços patrimoniais ......................................................................................................... 3 Demonstrações dos resultados........................................................................................... 5 Demonstração das mutações do patrimônio líquido e resultados abrangentes ................... 6 Demonstrações dos fluxos de caixa.................................................................................... 7 Demonstrações do valor adicionado ................................................................................... 8 Notas explicativas às demonstrações financeiras ............................................................... 9 0 Centro Empresarial Botafogo Praia de Botafogo nº 300 – 13º andar 22250-040 – Rio de Janeiro – RJ Tel: +55 21 2109-1400 Fax: +55 21 2109-1600 www.ey.com RELATÓRIO DOS AUDITORES DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDEPENDENTES SOBRE AS Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores da HRT Participações em Petróleo S.A. Rio de Janeiro - RJ Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da HRT Participações em Petróleo S.A., identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Uma empresa-membro da Ernst & Young Global Limited 1 Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da HRT Participações em Petróleo S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da HRT Participações em Petróleo S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase Conforme descrito na nota explicativa 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da HRT Participações em Petróleo S.A. essas práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que para fins de IFRS seria custo ou valor justo. A Companhia e suas controladas irão prospectar reservas de petróleo e gás em suas concessões. A exploração de reservas de petróleo e gás requer investimentos em montantes significativos e podem não resultar em descoberta de reservas economicamente viáveis. Conforme comentado na nota explicativa 2.3, as demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, apresentadas para fins de comparativos, foram reapresentadas e contêm modificações , com as quais concordamos, em relação àquelas originalmente apresentadas, sobre as quais emitimos parecer sem ressalvas datado de 15 de março de 2010. 2 Uma empresa-membro da Ernst & Young Global Limited Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Rio de Janeiro, 04 de março de 2011 ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC - 2SP 015.199/O-6-F-RJ Mauro Moreira Contador - CRC - 1RJ 072.056/O-2 3 Uma empresa-membro da Ernst & Young Global Limited HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Balanços patrimoniais 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Controladora 2010 Ativo Ativo circulante Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5) Títulos e valores mobiliários (Nota 6) Contas a receber (Nota 7) Tributos a recuperar (Nota 8) Adiantamentos a fornecedores Despesas Antecipadas Outros créditos Total do ativo circulante Ativo não circulante Depósitos em garantia (Nota 9) Partes relacionadas (Nota 17) Investimentos (Nota 11) Imobilizado (Nota 12) Intangível (Nota 13) Total do ativo não circulante Total do ativo 4 Consolidado 2009 104 2.121.274 4.192 10 14 2.125.594 2.273 256.118 502 2010 2009 3.789 340.970 8.019 1.172 756 326 259.219 20.850 2.405.724 1.944 7.507 7.221 2.137 761 2.446.144 555.771 14 68 555.853 3.000 149.761 12 152.773 37.494 38.413 173.601 249.508 4.556 4.485 52.950 61.991 2.681.447 411.992 2.695.652 417.861 1.164 355.870 Controladora 2010 Passivo e patrimônio líquido Passivo circulante Fornecedores Gastos com emissão de ações a pagar Obrigações trabalhistas Tributos e contribuições sociais (Nota 14) Imposto de renda e contribuição social (Nota 15) Empréstimos Instrumentos financeiros (Nota 20) Outras obrigações Total do passivo circulante Patrimônio líquido (Nota 16) Capital social Ações em tesouraria Reserva de capital Ajuste de Avaliação Patrimonial Prejuízos acumulados Total do patrimônio líquido Total do passivo Consolidado 2009 Reapresentado 2010 121 7.077 191 314 5.106 7.876 7.077 3.202 2.605 1.338 7.452 285 12.969 33 20.990 20 5.126 1.093 350 12.969 23 35.195 1.050 860 139 10.995 2.348.623 416.914 49.925 (155.005) 2.660.457 2.695.652 4.720 (303) 415.084 (12.635) 406.866 417.861 2.348.623 416.914 49.925 (155.005) 2.660.457 2.681.447 4.720 (303) 415.084 (12.635) 406.866 411.992 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras. 5 2009 Reapresentado 156 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Demonstrações dos resultados 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Controladora 2010 Consolidado 2009 Reapresentado - 2010 Receita bruta de serviços Deduções da receita bruta Receita líquida de serviços - Custos dos serviços - - (14.418) (3.178) Lucro Bruto - - 1.175 18.814 (92.703) (3.069) (9.225) (192) (4) (306) (249) (7.086) (1.924) (1) (19.504) (128.210) (15.779) (23.276) (985) (1.894) (11.713) (4.553) (3.435) (11.742) (2.378) (372) (74.509) (13.686) 50.758 (8.346) (34) 5.311 (14.999) 67.496 (280) 5.774 260 - (3.009) (522) (142.370) (12.635) (138.985) (10.407) - - (3.385) (2.228) (142.370) (12.635) (142.370) (12.635) (0,218) (0,169) (0,104) (0,104) (0,218) (0,169) (0,104) (0,104) Receitas (despesas) operacionais Despesas de geologia e geofísica Despesas com pessoal Despesas gerais e administrativas Despesas com serviços de terceiros Impostos e taxas Despesa de depreciação Resultado de equivalência patrimonial (Nota 11) Despesas financeiras Receitas financeiras Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social (Nota 15) Prejuízo do exercício Prejuízo por ação Básico Diluído 18.089 (2.496) 15.593 2009 Reapresentado 23.723 (1.731) 21.992 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras. 6 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A Demonstração das mutações do patrimônio líquido 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Capital social Saldos em 31 de dezembro de 2009 Ações em tesouraria Ajuste de avaliação patrimonial Reserva de capital Prejuízos acumulados Demonstração dos resultados abrangentes Total - - - - - - - Primeira integralização de capital em 17 de julho de 2009 Integralização de capital com investimento Integralização de capital em dinheiro Custos de emissão de títulos e valores mobiliários Recompra de ações Prejuízo do exercício 1 1.000 3.719 - (303) - 475.521 (34.711) (25.726) - - (12.635) 1 1.000 479.240 (34.711) (26.029) (12.635) (12.635) Saldos em 31 de dezembro de 2009 - reapresentado 4.720 (303) 415.084 - (12.635) 406.866 (12.635) 2.474.747 (130.857) 13 - 303 - 1.830 - 24.052 (778) 26.651 - (142.370) 2.474.747 (130.857) 26.198 (778) 26.651 (142.370) (778) (142.370) 2.348.623 - 416.914 49.925 (155.005) 2.660.457 (143.148) Integralização de capital em dinheiro Custos de emissão de títulos e valores mobiliários Ações cedidas na aquisição da Ranger Variação cambial de investimento no exterior Remuneração com base em participação acionária Prejuízo do exercício Saldos em 31 de dezembro de 2010 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras. 7 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Demonstrações dos fluxos de caixa 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Controladora 2010 Consolidado 2009 2010 2009 Reapresentado Fluxos de caixa das atividades operacionais Prejuízo do exercício Ajustes por Depreciação e amortização Despesa financeira Receita financeira Remuneração baseada em ações Resultado de equivalência patrimonial (Aumento) redução nos ativos Aplicação do capital em TVM Contas a receber Tributos a recuperar Depósito em garantia Adiantamento a fornecedores Outros créditos Aumento (redução) nos passivos Fornecedores Gastos com emissão de ações a pagar Obrigações trabalhistas Tributos e contribuições sociais Imposto de renda e contribuição social Outras obrigações Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais Fluxos de caixa das atividades de investimento Compra de ativo imobilizado Compra de ativo intangível Recompra de ações Integralização de capital em controlada Adiantamento para future aumento de capital Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento Fluxos de caixa das atividades de financiamento Contratos de mútuo - controladas Empréstimos Integralização de capital Caixa líquido gerado nas atividades de financiamento Aumento líquido no caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício Caixa e equivalente de caixa no final do exercício Aumento líquido no caixa e equivalentes de caixa Reapresentado (142.370) (12.635) (142.370) (12.635) 4 13.686 (50.758) 26.651 74.509 (78.278) 1 8.346 (4.288) 1.894 14.999 (67.496) 26.651 (166.322) 206 (12.429) (1.815.116) (3.690) (9) 386 (256.118) (502) (326) (2.002.283) 6.075 (6.335) (34.500) (6.465) (1.734) (340.970 (8.019) (1.172) (1.920) 121 7.077 191 (4.507) 14 - 156 5.106 20 7.720 7.077 1.864 (4.804) (114) 1.338 7.452 1.050 139 (1.893.811) (256.108) (2.199.821) (354.375) (2) (68) (450.472) (13) (26.029) (158.107) (35.822) (95.245) - (4.691) (52.950) (26.029) - - - (4.719) (455.261) (184.149) (131.067) (83.670) 3.000 2.343.903 (3.000) 445.530 4.556 (510) 2.343.903 (4.556) 860 445.530 2.346.903 442.530 2.347.949 441.834 (2.169) 2.273 17.061 3.789 2.273 - 3.789 - 104 2.273 20.850 3.789 (2.169) 2.273 17.061 3.789 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras. 8 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Demonstrações do valor adicionado 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Controladora 2010 Consolidado 2009 2010 2009 Reapresentado Receitas Venda de serviços Insumos e serviços Serviços de terceiros e outros Despesas com geologia e geofísica (15.104) Retenções Depreciação e amortização Valor adicionado líquido Valor adicionado transferido Resultado financeiro líquido Resultado de equivalência patrimonial Aluguéis, royalties e outros Valor adicionado a distribuir Distribuição do valor adicionado Pessoal Tributos Acionistas Valor adicionado distribuído - 15.593 15.305 - 15.593 15.305 (7.086) (48.136) (10.384) - (19.504) (11.713) - (14.418) (1.885) (15.104) (7.086) (66.465) (8.677) (4) (1) (1.894) (206) (15.108) (7.087) (68.359) (8.883) Custos dos serviços Valor adicionado bruto Reapresentado 37.073 5.277 52.497 5.715 (74.509) (8.346) - - 3.069 (249) 6.072 (2.503) (10.405) (9.790) (5.671) 92.703 306 128.210 3.308 192 1.924 4.370 3.656 (142.370) (12.635) (142.370) (12.635) (49.475) (10.405) (9.790) (5.671) (49.475) As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras. 9 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1. Contexto operacional A Companhia foi constituída em 23 de outubro de 2008 sob a denominação de BN 16 Participações Ltda. e não manteve qualquer operação até a sua transformação em HRT Participações em Petróleo S.A. (“Companhia” ou “HRTP S.A.”) em 17 de julho de 2009. A Companhia, com sede na cidade do Rio de Janeiro, tem como objeto social a participação em outras sociedades como sócia, acionista ou quotista, independente de suas atividades, nacionais ou estrangeiras, constituídas sob qualquer tipo societário. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possui controle integral das seguintes sociedades: Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda. (IPEX Ltda.) A controlada foi constituída em 31 de julho de 2004 sob a denominação de High Resolution Technology & Petroleum Ltda., para atuar na prestação de serviços de pesquisas geofísicas e geológicas, dentro da atividade de exploração de petróleo no Brasil. Em 30 de junho de 2009, através de um acordo denominado Farm-Out Agreement (FOA), a controlada adquiriu participação de 51% em 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões, então sob titularidade da MS Brasil S.A./Petra Energia, condicionada à aprovação da ANP. O Farm-Out Agreement conforme emendado, previa a cessão dos direitos da controlada à sua relacionada HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda (HRTOG Ltda). Em 22 de Dezembro de 2009, a ANP aprovou a cessão da participação de 51% nos referidos blocos bem como a operação dos mesmos à HRTOG Ltda. No mesmo acordo, a HRTOG comprometeu-se a custear os investimentos, no âmbito do programa exploratório, em nome da MS Brasil/Petra, limitado, entretanto, ao desembolso total equivalente a US$ 125 milhões, após o que a controlada e a Petra Energia S.A. ficarão responsáveis pelos investimentos necessários de acordo com suas participações à época dos efetivos desembolsos. Em 01 de outubro de 2009, os antigos sócios cotistas da controlada integralizaram sua participação no capital da sociedade na HRT Participações em Petróleo S.A., que passou a controlá-la. Em 23 de novembro de 2009, a razão social da controlada foi alterada para Integrated Petroleum Expertise Company - Serviços em Petróleo Ltda. 10 HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. (HRTOG Ltda.) A controlada foi constituída em 20 de julho de 2009, com sede na cidade do Rio de Janeiro, tendo como objeto social: (i) a exploração, o desenvolvimento e a produção de petróleo e gás natural; (ii) a importação, exportação, refino, comercialização e distribuição de petróleo, gás natural, combustível e produtos derivados de petróleo; (iii) a geração, comercialização e distribuição de energia elétrica; e (iv) a participação em outras sociedades. Em 14 de maio de 2010, foi assinado acordo (Petroleum Agreement) entre a HRTOG e o Governo da República da Namíbia para operar 3 blocos exploratórios (2813A, 2814B e 2914A), situados na bacia sedimentar de Orange naquele país. Nestes blocos, a controlada detém participação de 40%. A UNX Energy Corp. (UNX) do Canadá e a Acarus Investment (Proprietary) Limited (ACARUS), empresa localizada na República da Namíbia, possuem, respectivamente, 40% e 20% de interesses. Em 03 de agosto de 2010, a Administração contratou a empresa Queiroz Galvão Óleo e Gas S.A. para o fornecimento, através de contrato de aluguel, de 2 sondas helitransportáveis e, em 27 outubro de 2010, contratou outras 2 sondas com a Tuscany Perfurações (Brazil) Ltda., com as mesmas características. Em 21 de agosto de 2010, a controlada celebrou com a MS Brasil/Petra Energia, aditivo ao contrato de Farm-Out, adquirindo uma parcela adicional de 4% nos 21 blocos exploratórios localizados na bacia do Solimões, passando a deter, portanto, 55% de participação. Adicionalmente, nos termos do referido aditivo, a controlada passou a deter uma opção irrevogável de compra ou de venda a terceiros, dos 45% de participação detidos pela MS Brasil/Petra Energia em tais blocos, exercíveis em até 6 meses após a oferta pública primária de ações. Em 16 de setembro de 2010, a HRTOG assinou com a Geoquasar Energy Solutions Participações Ltda., contrato de aquisição sísmica terrestre 2D para os blocos da bacia do Solimões e decidiu pela contratação da Polarcus Ltd. para realizar trabalho de sísmica 3D nos blocos localizados na República da Namíbia. Em 17 de novembro de 2010, a controlada assinou carta de intenção com a Halliburton Serviços Ltda, a Weatherford Indústria e Comércio e a MI-Swaco do Brasil Comércio, Serviços e Mineração Ltda., para realizar trabalhos de integração de poços e perfuração nos blocos da bacia do Solimões. Em 24 de novembro de 2010, a controlada HRTOG assinou opção de compra da empresa Click Taxi Aéreo e Turismo Ltda. - ME. A opção será exercida após autorização da Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC). A HRT O&G apresenta-se como operadora em todos os blocos onde detém interesses. 11 Ranger Participações Ltda. (Ranger) Em 31 de agosto de 2010, conforme discriminado na nota explicativa 10, a Companhia e sua controlada HRTOG haviam adquirido 100% da empresa Ranger Participações Ltda., sociedade anônima fechada, constituída de acordo com as leis brasileiras e detentora da integralidade do capital da Lábrea Petróleo S.A. Atualmente, a Labrea detém a totalidade dos interesses em 2 blocos marítimos (2112B E 2212A) localizados na bacia sedimentar de Walvis, na República da Namíbia. Possui, ainda, de 10% de participação em 2 blocos na bacia do Recôncavo, 1 bloco na bacia do Espírito Santo e 1 bloco na bacia do Rio do Peixe, terrestres e localizados ao longo do litoral leste do Brasil. HRT Netherlands B.V. (HNBV) A controlada foi constituída em 15 de junho de 2010, com sede em Amsterdam, na Holanda, com capital social subscrito de € 18 mil, tendo como objeto social atividades relacionadas a petróleo e gás, exportação e importação, operações de leasing e participação em sociedades, dentre outras. A HRTP celebrou com a HRT Netherlands B.V., diversos Share Premium Contribution Agreements (SPCA’s), pelos quais fez aportes conforme demonstrado a seguir: Datas dos SPCA’s 17 de maio de 2010 29 de julho de 2010 08 de outubro de 2010 01 de dezembro de 2010 09 de dezembro de 2010 TOTAL Valores em USD mil 111 1.121 1.000 2.650 12.220 17.102 Em 26 de novembro de 2010, foi assinada carta de intenção entre a controlada e a VIH Aviation Group Ltda., sediada no Canadá, para a aquisição de 8 helicópteros, pelo valor base de USD 36.800 mil. Em dezembro, foi efetuado um refundable deposit correspondente a 10% do valor, isto é, USD 3.680 mil. 12 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, que estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB. As demonstrações financeiras individuais foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, e que no caso da Companhia, diferem das normas internacionais de contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto, pelo método de equivalência patrimonial, conforme requerido pelo ICPC 09, enquanto que para fins de IFRS, custo ou valor justo. A Companhia adotou todas as normas, revisões de normas e interpretações técnicas emitidas pela CVM e CPC que estão em vigor em 31 de dezembro de 2010. As práticas contábeis descritas na nota explicativa 3 foram aplicadas de maneira consistente a todos os períodos apresentados nestas demonstrações financeiras. A Administração da Companhia autorizou a conclusão destas demonstrações financeiras em 04 de Março de 2011. 2.1. Adoção inicial dos novos pronunciamentos contábeis As Leis nºs 11.638/07 e 11.941/09, de 28 de dezembro de 2007 e 27 de maio de 2009, respectivamente, estabeleceram os procedimentos para a convergência das companhias abertas às normas internacionais de contabilidade. Em decorrência, o CPC emitiu - e os órgãos reguladores contábeis brasileiros aprovaram - diversos pronunciamentos, interpretações e orientações contábeis em duas etapas: a primeira etapa, desenvolvida e aplicada em 2008 com a adoção dos pronunciamentos técnicos CPC 00 a 14 (CPC 14 foi revogado em 2010) e a segunda, com a emissão em 2009 e 2010 dos pronunciamentos técnicos CPC 15 a 43 (à exceção do 34), com adoção obrigatória para 2010, com efeito retroativo a 2009 para fins comparativos. . 13 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras Continuação 2.1. Adoção Inicial dos novos pronunciamentos contábeis - Continuação As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são as primeiras apresentadas de acordo com esses novos pronunciamentos contábeis. A Companhia preparou o seu balanço de abertura com a transição iniciada em 1º de janeiro de 2009, conforme requerido pelo novo conjunto de normas. Conforme mencionado anteriormente, uma vez que não houve qualquer transação até 17 de julho de 2009, não foi necessário aplicar nenhuma das isenções previstas nos pronunciamentos contábeis CPC 43 (R1) – Adoção Inicial dos CPC´s 15 a 41 e CPC 37 (R1) – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade, na data de transação inicial. Em razão da adoção do novo conjunto de normas, as demonstrações financeiras da controlada IPEX foram consolidadas desde a data da criação da HRTP, 17 de julho de 2009. Embora a IPEX só passasse a estar subordinada societariamente a HRTP a partir de 01 de outubro de 2009, prevalece no âmbito do CPC 36(R1) o conceito de grupo econômico, no qual HRTP e IPEX já se enquadravam desde 17 de julho de 2009. Embora essa mudança tenha produzido efeito nas receitas e despesas consolidadas, não resultou em alteração na posição patrimonial e financeira da Companhia e no resultado de suas operações. O resultado da análise dos impactos dos CPC´s efetuada pela Administração não produziu modificações na posição patrimonial e financeira da Companhia na data de transição e no exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Desta forma, o balanço patrimonial de abertura em 1º de janeiro de 2009 não está sendo apresentado e as demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 não contemplam ajustes em relação àquelas emitidas anteriormente. As alterações na apresentação das demonstrações financeiras e extensão das divulgações, em razão da adoção dos novos pronunciamentos contábeis, já estão refletidas de forma comparativa nestas demonstrações financeiras, conforme descrito no sumário das principais práticas contábeis apresentado na nota explicativa 3. 14 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras - Continuação 2.2. Novos IFRS e Interpretações do IFRIC Alguns novos procedimentos contábeis do IASB e interpretações do IFRIC foram publicados e/ou revisados e têm a sua adoção opcional ou obrigatória para os exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2010. Esses pronunciamentos contábeis deverão ser emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e aprovados pela CVM. A Administração da Companhia avaliou os impactos destes novos procedimentos e interpretações e não prevê que sua adoção provoque um impacto material nas informações anuais da Companhia no exercício de aplicação inicial, conforme segue: • IAS 24 Exigências de Divulgação para Entidades Estatais e Definição de Parte relacionada (Revisada) - Simplifica as exigências de divulgação para entidades estatais e esclarece a definição de parte relacionada. A norma revisada aborda aspectos que, segundo as exigências de divulgação e a definição de parte relacionada anteriores, eram demasiadamente complexos e de difícil aplicação prática, principalmente em ambientes com amplo controle estatal, oferecendo isenção parcial a entidades estatais e uma definição revista do conceito de parte relacionada. Esta alteração foi emitida em novembro de 2009, passando a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. • IFRS 9 Instrumentos Financeiros – Classificação e Mensuração - A IFRS 9 encerra a primeira parte do projeto de substituição da “IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”. A IFRS 9 utiliza uma abordagem simples para determinar se um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado ou valor justo, baseada na maneira pela qual uma entidade administra seus instrumentos financeiros (seu modelo de negócios) e o fluxo de caixa contratual característico dos ativos financeiros. A norma exige ainda a adoção de apenas um método para determinação de perdas no valor recuperável de ativos. Esta norma passa a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013. A Companhia não espera que esta alteração cause impacto em suas demonstrações financeiras consolidadas. 15 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras Continuação 2.2. Novos IFRS e Interpretações do IFRIC - Continuação • IFRIC 14 Pagamentos Antecipados de um Requisito de Financiamento Mínimo - Esta alteração aplica-se apenas àquelas situações em que uma entidade está sujeita a requisitos mínimos de financiamento e antecipa contribuições a fim de cobrir esses requisitos. A alteração permite que essa entidade contabilize o benefício de tal pagamento antecipado como ativo. Esta alteração passa a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. • IFRIC 19 Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos de Capital - A IFRIC 19 foi emitida em novembro de 2009 e passa a vigorar a partir de 1º de julho de 2010, sendo permitida sua aplicação antecipada. Esta interpretação esclarece as exigências das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) quando uma entidade renegocia os termos de uma obrigação financeira com seu credor e este concorda em aceitar as ações da entidade ou outros instrumentos de capital para liquidar a obrigação financeira no todo ou em parte. A Companhia não espera que a IFRIC 19 tenha impacto em suas demonstrações financeiras consolidadas. • Melhorias para IFRS – O IASB emitiu melhorias para as normas e emendas de IFRS em maio de 2010 e as emendas serão efetivas a partir de 1º de janeiro de 2011. Abaixo elencamos as principais emendas que poderiam impactar a Companhia: - IFRS 3 – Combinação de negócios. - IFRS 7 – Divulgação de Instrumentos Financeiros. - IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras. A companhia não espera que as mudanças tenham impacto em suas demonstrações financeiras consolidadas. Não existem outras normas e interpretações emitidas e ainda não adotadas que possam, na opinião da administração, ter impacto significativo no resultado ou no patrimônio divulgado pela Companhia. 16 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras Continuação 2.3. Reapresentação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 - Continuação As demonstrações financeiras da Companhia, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, originalmente concluídas em 15 de março de 2010, foram reapresentadas em razão da identificação, após a sua conclusão, de registros contábeis não classificados corretamente, cujos ajustes foram efetuados conforme requerido pela deliberação CVM Nº 592, de 15 de setembro de 2009, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 23, que trata de políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro. O ajuste efetuado, no montante de R$ 34.711, refere-se aos custos com captação privada que foram originalmente registrados como despesa no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, quando, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 08, aprovado pela deliberação CVM 556, de 12 de novembro de 2008, que trata de custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários, deveriam ser classificados em conta redutora do patrimônio líquido. Conforme descrito na tabela a seguir, o ajuste identificado resultou em uma redução do prejuízo do exercício, do prejuízo acumulado e da reserva de capital - ágio na emissão de ações, portanto, não afetando o total do patrimônio líquido: Consolidado 2009 Originalmente apresentado Patrimônio líquido Reserva de capital - ágio na emissão de ações Prejuízos acumulados Resultado Despesas com serviços de terceiros Prejuízo do exercício 17 Reapresentado Controladora 2009 Originalmente apresentado Reapresentado 406.866 406.866 406.866 406.866 449.795 (47.346) 415.084 (12.635) 449.795 (47.346) 415.084 (12.635) (41.797) (47.346) (7.086) (12.635) (45.095) (47.346) (10.384) (12.635) HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis A seguir, apresentamos as principais práticas contábeis utilizadas pela Companhia, evidenciando-as, mesmo quando ainda não são aplicáveis por questões operacionais. 3.1. Apuração do resultado O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados para a Companhia e/ou suas controladas e quando possa ser mensurada de forma confiável. A receita é mensurada com base no valor justo da contraprestação recebida pelo valor bruto. Os descontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas são deduzidos em linha específica na demonstração do resultado. A Companhia avalia as transações de receita de acordo com os critérios específicos para determinar se está atuando como agente ou principal e, ao final, concluiu que está atuando como principal em todos os seus contratos de receita. Os critérios específicos, a seguir, devem também ser satisfeitos antes de haver reconhecimento de receita: Venda de óleo e gás A receita de venda de óleo e gás é reconhecida quando os riscos e benefícios significativos da propriedade forem transferidos ao comprador, o que geralmente deverá ocorrer na sua entrega. Prestação de serviços A receita de serviços de pesquisas geofísicas e geológicas da controlada IPEX é reconhecida à medida que os serviços correlatos são prestados e possam ser medidos de forma confiável, dentro de critérios previstos contratualmente. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa da sua realização. 18 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.1. Apuração do resultado -- Continuação Receita de juros Para todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos financeiros que rendem juros, classificados como disponíveis para venda, a receita ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa de juros efetiva, que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros previstos de caixa ao longo da vida estimada do instrumento financeiro ou em um período de tempo mais curto, quando aplicável, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. A receita de juros é incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do resultado. Os instrumentos financeiros designados como valor justo através do resultado, que incluem ativos financeiros mantidos para negociação e instrumentos derivativos, são marcados a mercado a cada data de reporte, em contra-partida à receita financeira. 3.2. Combinação de negócios Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo de uma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, avaliada com base no valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladores na adquirida. Para cada combinação de negócio, a adquirente deve mensurar a participação de não controladores na adquirida pelo valor justo ou com base na sua participação nos ativos líquidos identificados na adquirida. Custos diretamente atribuíveis à aquisição devem ser contabilizados como despesa quando incorridos. Ao adquirir um negócio, a Companhia avalia os ativos e passivos financeiros assumidos com o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, as circunstâncias econômicas e as condições pertinentes na data de aquisição, o que inclui a segregação, por parte da adquirida, de derivativos embutidos existentes em contratos hospedeiros na adquirida. Se a combinação de negócios for realizada em estágios, o valor justo na data de aquisição da participação societária previamente detida no capital da adquirida é reavaliado a valor justo nas datas de aquisição das parcelas adicionais, sendo os impactos reconhecidos na demonstração do resultado. 19 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis—Continuação 3.2. Combinação de negócios -- continuação Qualquer contraprestação contingente a ser transferida pela adquirente será reconhecida a valor justo na data de aquisição. Alterações subsequentes no valor justo da contraprestação contingente considerada como um ativo ou como um passivo deverão ser reconhecidas de acordo com o CPC 38 na demonstração do resultado ou em outros resultados abrangentes. Se a contraprestação contingente for classificada como patrimônio, não deverá ser reavaliada até que seja finalmente liquidada no patrimônio. Inicialmente, o ágio é mensurado como sendo o excedente da contraprestação transferida em relação aos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis adquiridos, líquidos e os passivos assumidos). Se a contraprestação for menor do que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, a diferença deverá ser reconhecida como ganho na demonstração do resultado. Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas acumuladas do valor recuperável. Para fins de teste do valor recuperável, o ágio adquirido em uma combinação de negócios é, a partir da data de aquisição, alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa da Companhia que se espera sejam beneficiadas pelas sinergias da combinação, independentemente de outros ativos ou passivos da adquirida serem atribuídos a essas unidades. Quando um ágio fizer parte de uma unidade geradora de caixa e uma parcela dessa unidade for alienada, o ágio associado à parcela alienada deve ser incluído no custo da operação ao apurar-se o ganho ou a perda na alienação. O ágio alienado nessas circunstâncias é apurado com base nos valores proporcionais da parcela alienada em relação à unidade geradora de caixa mantida. 3.3. Transações envolvendo pagamentos em ações Determinados colaboradores da Companhia e de suas controladas receberam remuneração em forma de pagamento baseado em ações, em que os colaboradores prestam serviços em troca de títulos patrimoniais (“transações liquidadas com títulos patrimoniais”). 20 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis — Continuação 3.3. Transações envolvendo pagamentos em ações -- continuação O custo de transações com funcionários liquidadas com instrumentos patrimoniais e com prêmios outorgados, é mensurado com base no valor justo na data em que foram outorgados. Para determinar o valor justo, a Companhia utiliza-se de um especialista de precificação externo que emprega um método de valorização apropriado. O custo de transações liquidadas com títulos patrimoniais é reconhecido, em conjunto com um correspondente aumento no patrimônio líquido, ao longo do período em que a performance e/ou condição de serviço são cumpridos, com término na data em que o funcionário adquire o direito completo ao prêmio (data de aquisição). A despesa acumulada reconhecida para as transações liquidadas com instrumentos patrimoniais em cada data-base até a data de aquisição reflete a extensão em que o período de aquisição tenha expirado e a melhor estimativa da Companhia do número de títulos patrimoniais que serão adquiridos. A despesa ou crédito na demonstração do resultado do período é registrado em “despesas de pessoal”, em contrapartida à conta “ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido” e representa a movimentação em despesa acumulada reconhecida no início e fim daquele período. Nenhuma despesa é reconhecida por prêmios que não completam o seu período de aquisição, exceto prêmios em que a aquisição é condicionada a um evento de mercado (condição conectada ao preço das ações do Grupo), a qual é tratada como adquirida, independentemente se as condições do mercado são satisfeitas ou não, desde que todas as outras condições de aquisição forem satisfeitas. Em uma transação liquidada com títulos patrimoniais em que o plano é modificado, a despesa mínima reconhecida em “despesas de pessoal” corresponde às despesas como se os termos não tivessem sido alterados. Uma despesa adicional é reconhecida para qualquer modificação que aumenta o valor justo total do contrato de pagamentos liquidados com títulos patrimoniais, ou que de outra forma beneficia o funcionário, mensurada na data da modificação. 21 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis — Continuação 3.3. Transações envolvendo pagamentos em ações -- continuação Quando um prêmio de liquidação com instrumentos patrimoniais é cancelado, o mesmo é tratado como se tivesse sido adquirido na data do cancelamento, e qualquer despesa não reconhecida do prêmio é reconhecida imediatamente. Isto inclui qualquer prêmio em que as condições de não aquisição dentro do controle da Companhia ou da contraparte não são cumpridas. Porém, se um novo plano substitui o plano cancelado, e designado como plano substituto na data de outorga, o plano cancelado e o novo plano são tratados como se fossem uma modificação ao plano original, conforme descrito no parágrafo anterior. Todos os cancelamentos de transações liquidadas com títulos patrimoniais são tratados da mesma forma. O efeito de diluição das opções em aberto é refletido como diluição de ação adicional no cálculo do resultado por ação diluído (Nota 16). A Companhia não mantém transações envolvendo pagamentos em ações com previsão para liquidação com caixa. 3.4. Conversão de saldos denominados em moeda estrangeira 3.4.1) Moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras A moeda funcional da Companhia é o Real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras de cada controlada incluída na consolidação da Companhia e aquelas utilizadas como base para avaliação dos investimentos pelo método de equivalência patrimonial, são preparadas com base na moeda funcional de cada entidade e expressas em reais. 3.4.2) Transações denominadas em moeda estrangeira Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional (o Real) usando-se a taxa de câmbio vigente na data dos respectivos balanços patrimoniais. Os ganhos e perdas resultantes da atualização desses ativos e passivos verificados entre a taxa de câmbio vigente (PTAX de venda publicada pelo BACEN) na data da transação e dos respectivos encerramentos dos exercícios, são reconhecidos como ajustes de avaliação patrimonial no patrimônio líquido. 22 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente (i) Ativos Financeiros Reconhecimento inicial e mensuração Ativos financeiros são classificados como ativos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, investimentos mantidos até o vencimento, ativos financeiros disponíveis para venda, ou derivativos classificados como instrumentos de hedge eficazes, conforme a situação. A Companhia determina a classificação dos seus ativos financeiros no momento do seu reconhecimento inicial, quando ele se torna parte das disposições contratuais do instrumento. Ativos financeiros são reconhecidos inicialmente ao valor justo, acrescidos, no caso de investimentos não designados a valor justo, por meio do resultado dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição do ativo financeiro. Vendas e compras de ativos financeiros que requerem a entrega de bens dentro de um cronograma estabelecido por regulamento ou convenção no mercado (compras regulares) são reconhecidas na data da operação, ou seja, a data em que a Companhia se compromete a comprar ou vender o bem. Os ativos financeiros da Companhia incluem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e outras contas a receber, empréstimos e outros recebíveis, instrumentos financeiros cotados e não cotados e instrumentos financeiros derivativos. Mensuração subsequente A mensuração subsequente de ativos financeiros depende da sua classificação, que pode ser da seguinte forma: 23 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (i) Ativos Financeiros -- continuação Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem ativos financeiros mantidos para negociação e ativos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado. Ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo. Esta categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pela Companhia que não satisfazem os critérios para a contabilidade de hedge, definidos pelo CPC 38. Derivativos, incluindo os derivativos embutidos que não são intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, são também classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam classificados como instrumentos de hedge eficazes. Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidos na demonstração do resultado. A Companhia avaliou seus ativos financeiros a valor justo por meio do resultado, pois pretende negociá-los em um curto espaço de tempo. Quando a Companhia não estiver em condições de negociar esses ativos financeiros em decorrência de mercados inativos e a intenção da administração em vendê-los no futuro próximo sofrer mudanças significativas, a Companhia pode optar em reclassificar esses ativos financeiros em determinadas circunstâncias. A reclassificação para empréstimos e contas a receber, disponíveis para venda ou mantidos até o vencimento, depende da natureza do ativo. Essa avaliação não afeta quaisquer ativos financeiros designados a valor justo por meio do resultado utilizando a opção de valor justo no momento da apresentação. 24 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação (i) Ativos Financeiros -- continuação Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado -- continuação Derivativos embutidos em contratos principais são contabilizados como derivativos separados quando os seus riscos e características econômicas não são intimamente relacionados com aqueles dos contratos principais e os contratos principais não forem contabilizados a valor justo por meio do resultado. Esses derivativos embutidos são mensurados a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas resultantes de variações no valor justo reconhecidos na demonstração do resultado. Uma nova revisão somente ocorre quando houver uma mudança nos termos do contrato que significativamente altere os fluxos de caixa que, de outra forma, seriam requeridos. A Companhia não designou nenhum ativo financeiro a valor justo por meio do resultado no reconhecimento inicial. Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Após a mensuração inicial, esses ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos (taxa de juros efetiva), menos perda por redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou “prêmio” na aquisição e taxas ou custos incorridos. A amortização do método de juros efetivos é incluída na linha de receita financeira na demonstração de resultado. As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas como despesa financeira no resultado. 25 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (i) Ativos Financeiros -- continuação Investimentos mantidos até o vencimento Ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e vencimentos fixos são classificados como mantidos até o vencimento quando a Companhia tiver manifestado intenção e capacidade financeira para mantê-los até o vencimento. Após a avaliação inicial, os investimentos mantidos até o vencimento são avaliados ao custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetiva, menos perdas por redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou prêmio sobre a aquisição e taxas ou custos incorridos. A amortização dos juros efetivos é incluída na rubrica receitas financeiras, na demonstração do resultado. As perdas originadas da redução ao valor recuperável são reconhecidas como despesa financeira no resultado. A Companhia não registrou investimentos mantidos até o vencimento durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009. Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que não são classificados como (a) empréstimos e recebíveis, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado. Estes ativos financeiros incluem instrumentos patrimoniais e de títulos de dívida. Títulos de dívida nessa categoria são aqueles que se pretende manter por um período indefinido e que podem ser vendidos para atender às necessidades de liquidez ou em resposta às mudanças nas condições de mercado. Após mensuração inicial, ativos financeiros disponíveis para venda são apurados pelo valor justo, com ganhos e perdas não realizados reconhecidos diretamente na reserva de disponíveis para venda dentro dos outros resultados abrangentes até a baixa do investimento, com exceção das perdas por redução ao valor recuperável, dos juros calculados utilizando o método de juros efetivos e dos ganhos ou perdas com variação cambial sobre ativos monetários que são reconhecidos diretamente no resultado do período. 26 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (i) Ativos Financeiros -- continuação Ativos financeiros disponíveis para venda -- continuação Quando o investimento é desreconhecido ou quando for determinada perda por redução ao valor recuperável, os ganhos ou as perdas cumulativos anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes devem ser reconhecidos no resultado. Dividendos sobre instrumentos patrimoniais disponíveis para a venda são reconhecidos no resultado, quando o direito de recebimento da Companhia for estabelecido. O valor justo de ativos monetários disponíveis para a venda denominados em moeda estrangeira é mensurado nessa moeda estrangeira e convertido utilizando-se a taxa de câmbio à vista vigente na data de reporte das demonstrações financeiras. As variações do valor justo atribuíveis a diferenças de conversão que resultam de uma mudança do custo amortizado do ativo são reconhecidas no resultado, e as demais variações são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido. A Companhia não registrou nenhum ativo financeiro disponível para venda durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009. 27 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (i) Ativos Financeiros -- continuação Desreconhecimento (baixa) Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, uma parte de um ativo financeiro ou parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é baixado quando: - Os direitos de receber fluxos de caixa do ativo expirarem; - A Companhia transferiu os seus direitos de receber fluxos de caixa do ativo ou assumiu uma obrigação de pagar integralmente os fluxos de caixa recebidos, sem demora significativa, a um terceiro por força de um acordo de “repasse”; e (a) a Companhia transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou (b) a Companhia não transferiu nem reteve substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, mas transferiu o controle sobre o ativo. Quando a Companhia tiver transferido seus direitos de receber fluxos de caixa de um ativo ou tiver executado um acordo de repasse, e não tiver transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, um ativo é reconhecido na extensão do envolvimento contínuo da Companhia com o ativo. Nesse caso, a Companhia também reconhece um passivo associado. O ativo transferido e o passivo associado são mensurados com base nos direitos e obrigações que a Companhia manteve. O envolvimento contínuo na forma de uma garantia sobre o ativo transferido é mensurado pelo valor contábil original do ativo ou pela máxima contraprestação que puder ser exigida da Companhia, dos dois o menor. 28 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação (ii) Redução do valor recuperável de ativos financeiros A Companhia avalia nas datas do balanço se há alguma evidência objetiva que determine se o ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros não é recuperável. Um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros é considerado como não recuperável se, e somente se, houver evidência objetiva de ausência de recuperabilidade como resultado de um ou mais eventos que tenham acontecido depois do reconhecimento inicial do ativo (“um evento de perda” incorrido) e este evento de perda tenha impacto no fluxo de caixa futuro estimado do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que possa ser razoavelmente estimado. Evidência de perda por redução ao valor recuperável pode incluir indicadores de que as partes tomadoras do empréstimo estão passando por um momento de dificuldade financeira relevante. A probabilidade de que as mesmas irão entrar em falência ou outro tipo de reorganização financeira, default ou atraso de pagamento de juros ou principal e quando há indicadores de uma queda mensurável do fluxo de caixa futuro estimado, como mudanças em vencimento ou condição econômica relacionados com defaults. Ativos financeiros ao custo amortizado Em relação aos ativos financeiros apresentados ao custo amortizado, a Companhia inicialmente avalia individualmente se existe evidência clara de perda por redução ao valor recuperável de cada ativo financeiro que seja individualmente significativa, ou em conjunto para ativos financeiros que não sejam individualmente significativos. Se a Companhia concluir que não existe evidência de perda por redução ao valor recuperável para um ativo financeiro individualmente avaliado, quer significativo ou não, o ativo é incluído em um grupo de ativos financeiros com características de risco de crédito semelhantes e os avalia em conjunto em relação à perda por redução ao valor recuperável. Ativos que são avaliados individualmente para fins de perda por redução ao valor recuperável e para os quais uma perda por redução ao valor recuperável seja ou continue a ser reconhecida não são incluídos em uma avaliação conjunta de perda por redução ao valor recuperável. 29 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (ii) Redução do valor recuperável de ativos financeiros -- continuação Ativos financeiros ao custo amortizado -- continuação Quando houver evidência clara da ocorrência de redução do valor recuperável, o valor da perda é mensurado como a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de crédito futuras esperadas ainda não incorridas). O valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados é descontado pela taxa de juros efetiva original para o ativo financeiro. Quando o empréstimo apresentar taxa de juros variável, a taxa de desconto para a mensuração de qualquer perda por redução ao valor recuperável será a taxa de juros efetiva corrente. O valor contábil do ativo é reduzido por meio de uma provisão e o valor da perda é reconhecido na demonstração do resultado. Receita de juros continua a ser computada sobre o valor contábil reduzido com base na taxa de juros efetiva original para o ativo. Os empréstimos, juntamente com a correspondente provisão, são baixados quando não há perspectiva realista de sua recuperação futura e todas as garantias tenham sido realizadas ou transferidas para a Companhia. Se, em um exercício subsequente, o valor da perda estimada de valor recuperável aumentar ou diminuir devido a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável, a perda anteriormente reconhecida é aumentada ou reduzida ajustando-se a provisão. Em caso de eventual recuperação futura de um valor baixado, essa recuperação é reconhecida na demonstração do resultado. 30 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (ii) Redução do valor recuperável de ativos financeiros -- continuação Ativos financeiros ao custo amortizado -- continuação Para instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, a Companhia avalia se há alguma evidência objetiva de que o investimento é recuperável a cada data do balanço. Para investimentos em instrumentos patrimoniais classificados como disponíveis para venda, evidência objetiva inclui uma perda significante e prolongada no valor justo dos investimentos, abaixo de seu custo contábil. Quando há evidência de perda por redução ao valor recuperável, a perda acumulada – mensurada pela diferença entre o custo de aquisição e o valor justo corrente, menos a perda por redução ao valor recuperável que tenha sido previamente reconhecida no resultado – é reclassificada do patrimônio líquido para o resultado. Aumentos no valor justo após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável são reconhecidos diretamente no resultado abrangente. No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a perda por redução ao valor recuperável é avaliada com base nos mesmos critérios utilizados para ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado. Contudo, o valor registrado como perda por redução ao valor recuperável é a perda cumulativa mensurada pela diferença entre o custo amortizado e o valor justo corrente, menos qualquer perda por redução ao valor recuperável no investimento previamente reconhecida na demonstração de resultado. Juros continuam a ser computados pela taxa de juros efetiva utilizada para descontar o fluxo de caixa futuro para a perda por redução ao valor recuperável sobre o valor contábil reduzido do ativo. A receita de juros é registrada como receita financeira. Quando, em um exercício subsequente, o valor justo de um instrumento de dívida aumentar e este aumento puder objetivamente ser relacionado a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável na demonstração do resultado, a perda por redução ao valor recuperável é revertida na demonstração do resultado. 31 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (iii) Passivos financeiros Reconhecimento inicial e mensuração Passivos financeiros são classificados como passivos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e financiamentos ou como derivativos classificados como instrumentos de hedge, conforme o caso. A Companhia determina a classificação dos seus passivos financeiros no momento do seu reconhecimento inicial. Passivos financeiros são inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso de empréstimos e financiamentos, são acrescidos do custo da transação diretamente relacionado. Os passivos financeiros da Companhia incluem contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar, conta garantida (conta-corrente com saldo negativo), empréstimos e financiamentos, contratos de garantia financeira e instrumentos financeiros derivativos. Mensuração subsequente A mensuração dos passivos financeiros depende da sua classificação, que pode ser da seguinte forma: 32 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação (iii) Passivos financeiros Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem passivos financeiros para negociação e passivos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado. Passivos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo. Esta categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pelo Grupo que não satisfazem os critérios de contabilização de hedge definidos pelo CPC 38. Derivativos, incluindo os derivativos embutidos que não são intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, também são classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam designados como instrumentos de hedge efetivos. Ganhos e perdas de passivos para negociação são reconhecidos na demonstração do resultado. A Companhia não apresentou nenhum passivo financeiro a valor justo por meio do resultado durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009. Empréstimos e financiamentos Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetiva. 33 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (iii) Passivos financeiros -- continuação Contratos de garantia financeira Os contratos de garantia financeira emitidos pela Companhia são contratos que requerem pagamento para fins de reembolso do detentor por perdas por ele incorridas, quando o devedor especificado deixar de fazer o pagamento devido segundo os termos do correspondente instrumento de dívida. Contratos de garantia financeira são inicialmente reconhecidos como um passivo a valor justo, ajustado por custos da transação diretamente relacionados com a emissão da garantia. Subsequentemente, o passivo é mensurado com base na melhor estimativa da despesa requerida para liquidar a obrigação presente na data do balanço ou no valor reconhecido menos amortização, dos dois o maior. Desreconhecimento (Baixa) Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou expirar. Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo mutuante com termos substancialmente diferentes ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado. (iv) Instrumentos financeiros – apresentação líquida Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 34 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação (v) Valor justo de instrumentos financeiros O valor justo de instrumentos financeiros ativamente negociados em mercados financeiros organizados é determinado com base nos preços de compra cotados no mercado no fechamento dos negócios na data do balanço, sem dedução dos custos de transação. O valor justo de instrumentos financeiros para os quais não haja mercado ativo é determinado utilizando técnicas de avaliação. Essas técnicas podem incluir o uso de transações recentes de mercado (com isenção de interesses); referência ao valor justo corrente de outro instrumento similar, análise de fluxo de caixa descontado ou outros modelos de avaliação. Uma análise do valor justo de instrumentos financeiros e mais detalhes sobre como eles são calculados estão na nota explicativa 20. (vi) Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge Reconhecimento inicial e mensuração subsequente A Companhia pode utilizar instrumentos financeiros derivativos, como contratos a termo de moeda, contratos a termo de commodities e swaps de taxa de juros para fornecer proteção contra o risco de variação das taxas de câmbio, o risco de variação dos preços de commodities e o risco de variação das taxas de juros, respectivamente. Os instrumentos financeiros derivativos designados em operações de hedge são inicialmente reconhecidos ao valor justo na data em que o contrato de derivativo é contratado, sendo reavaliados subsequentemente também ao valor justo. Derivativos são apresentados como ativos financeiros quando o valor justo do instrumento for positivo e, como passivos financeiros, quando o valor justo for negativo. 35 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação (vi) Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge -- continuação Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação Quaisquer ganhos ou perdas resultantes de mudanças no valor justo de derivativos durante o exercício são lançados diretamente na demonstração de resultado, com exceção da parcela eficaz dos hedges de fluxo de caixa, que é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes. Para os fins de contabilidade de hedge (hedge accounting), existem as seguintes classificações: - hedge de valor justo ao fornecer proteção contra a exposição às alterações no valor justo de ativo ou passivo reconhecido ou de compromisso firme não reconhecido, ou de parte identificada de tal ativo, passivo ou compromisso firme, que seja atribuível a um risco particular e possa afetar o resultado; ou - hedge de fluxo de caixa ao fornecer proteção contra a variação nos fluxos de caixa que seja atribuível a um risco particular associado a um ativo ou passivo reconhecido ou a uma transação prevista altamente provável e que possa afetar o resultado; ou - hedge de investimento líquido numa unidade operacional estrangeira. 36 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (vi) Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge -- continuação Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação No reconhecimento inicial de uma relação de hedge, a Companhia classifica formalmente e documenta a relação de hedge à qual a Companhia deseja aplicar contabilidade de hedge, bem como o objetivo e a estratégia de gestão de risco da administração para levar a efeito o hedge. A documentação inclui a identificação do instrumento de hedge, o item ou transação objeto de hedge, a natureza do risco objeto de hedge, a natureza dos riscos excluídos da relação de hedge, a demonstração prospectiva da eficácia da relação de hedge e a forma em que a Companhia irá avaliar a eficácia do instrumento de hedge para fins de compensar a exposição a mudanças no valor justo do item objeto de hedge ou fluxos de caixa relacionados ao risco objeto de hedge. Quanto a hedge de fluxos de caixa, a demonstração do caráter altamente provável da transação prevista objeto do hedge, assim como os períodos previstos de transferência dos ganhos ou perdas decorrentes dos instrumentos de hedge do patrimônio líquido para o resultado, são também incluídos na documentação da relação de hedge. Espera-se que esses hedges sejam altamente eficazes para compensar mudanças no valor justo ou fluxos de caixa, sendo permanentemente avaliados para verificar se foram efetivamente eficazes ao longo de todos os períodos-base para os quais foram destinados. Hedges que satisfazem os critérios para sua contabilidade são registrados da seguinte forma: 37 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (vi) Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge -- continuação Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação Hedge de valor justo O ganho ou a perda resultante das mudanças do valor justo de um instrumento de hedge (para instrumento de hedge derivativo) ou do componente cambial da sua quantia escriturada medido de acordo com o CPC 02 (para instrumento de hedge não derivativo) deve ser reconhecido no resultado. O ganho ou a perda resultante do item coberto atribuível ao risco coberto deve ajustar a quantia escriturada do item coberto a ser reconhecido no resultado. As mudanças do valor justo do instrumento de hedge e as mudanças do valor justo do item objeto de hedge atribuíveis ao risco coberto são reconhecidas na linha da demonstração de resultado relacionada ao item objeto de hedge. A mudança no valor justo de um derivativo de taxa de juros designado numa relação de hedge é reconhecida no resultado financeiro. A mudança no valor justo do item objeto de hedge relacionada ao risco objeto de hedge é registrada como ajuste do valor contábil do item objeto de hedge, sendo também reconhecida no resultado financeiro. Se o item objeto de hedge for baixado, o valor justo não amortizado é reconhecido imediatamente na demonstração do resultado. Quando um compromisso firme não reconhecido é designado como um item objeto de hedge numa relação de hedge, a variação do valor justo do compromisso firme atribuível ao risco coberto é reconhecida como um ativo financeiro quando ela for positiva ou como um passivo financeiro quando ela for negativa, com o reconhecimento de um correspondente ganho ou perda na demonstração do resultado. O saldo acumulado no balanço patrimonial, decorrente das variações sucessivas do valor justo do compromisso firme atribuível ao risco coberto, será transferido para o saldo do item objeto de hedge no momento do reconhecimento inicial (reconhecimento do saldo das contas a pagar ou das contas a receber). 38 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (vi) Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge -- continuação Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação Hedge de fluxo de caixa A parte eficaz do ganho ou perda do instrumento de hedge é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, enquanto a parte ineficaz do hedge é reconhecida imediatamente no resultado financeiro. Quando a estratégia documentada da gestão de risco da Companhia para uma relação de hedge em particular excluir da avaliação da eficácia de hedge um componente específico do ganho ou perda ou os respectivos fluxos de caixa do instrumento de hedge, esse componente do ganho ou perda excluído é reconhecido imediatamente no resultado financeiro. Os valores contabilizados em outros resultados abrangentes são transferidos imediatamente para a demonstração do resultado quando a transação objeto de hedge afetar o resultado, por exemplo, quando a receita ou despesa financeira objeto de hedge for reconhecida ou quando uma venda prevista ocorrer. Quando o item objeto de hedge for o custo de um ativo ou passivo não financeiro, os valores contabilizados no patrimônio líquido são transferidos ao valor contábil inicial do ativo ou passivo não financeiro. Se a ocorrência da transação prevista ou compromisso firme não for mais esperada, os valores anteriormente reconhecidos no patrimônio líquido são transferidos para a demonstração do resultado. Se o instrumento de hedge expirar ou for vendido, encerrado ou exercido sem substituição ou rolagem, ou se a sua classificação como hedge for revogada, os ganhos ou perdas anteriormente reconhecidos no resultado abrangente permanecem diferidos no patrimônio líquido na reserva de outros resultados abrangentes até que a transação prevista ou compromisso firme afetem o resultado. 39 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (vi) Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge -- continuação Reconhecimento inicial e mensuração subseqüente -- continuação Hedges de investimento líquido Hedges de investimentos líquidos em operações no exterior, inclusive hedge de item monetário que são contabilizados como parte do investimento líquido, são contabilizados de forma similar ao hedge de fluxo de caixa. Ganhos ou perdas no instrumento de hedge relacionado à parte eficaz do hedge são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, enquanto quaisquer ganhos ou perdas relacionados à parte ineficaz são reconhecidos no resultado. Na alienação da operação no exterior, o valor cumulativo dos ganhos ou perdas reconhecido diretamente no patrimônio líquido é transferido para o resultado. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia mantinha operações de swap para proteção da variação cambial, conforme detalhado na nota explicativa 20. Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 a Companhia não utilizou a contabilidade de hedge para nenhum instrumento derivativo. Classificação entre curto e longo prazo Instrumentos derivativos não classificados como instrumento de hedge eficaz são classificados como de curto e longo prazo ou segregados em parcela de curto prazo ou de longo prazo com base em uma avaliação dos fluxos de caixa contratados. - Quando a Companhia mantiver um derivativo como hedge econômico (e não aplicar contabilidade de hedge), por um período superior a 12 meses após a data do balanço, o derivativo é classificado como de longo prazo (ou segregado em parcela de curto e longo prazo), consistentemente com a classificação do item correspondente. - Os derivativos embutidos que não estão intimamente relacionados ao contrato principal são classificados de forma consistente com os fluxos de caixa do contrato principal. 40 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.5 Instrumentos financeiros subseqüente -- continuação – Reconhecimento inicial e mensuração (vi) Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge -- continuação Classificação entre curto e longo prazo -- continuação - Os instrumentos derivativos designados como tal e que são efetivamente instrumentos de hedge eficazes são classificados de forma consistente com a classificação do correspondente item objeto de hedge. O instrumento derivativo é segregado em parcela de curto prazo e de longo prazo apenas quando uma alocação confiável puder ser feita. 3.6 Caixa e equivalentes de caixa Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de curto prazo e não para investimento ou outros fins. A Companhia considera equivalentes de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido e estando sujeita a um insignificante risco de mudança de valor. Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalentes de caixa quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação. 3.7 Contas a receber Estão apresentadas a valores de realização. Os serviços prestados, ainda não faturados na data dos balanços, são contabilizados pelo regime de competência. A provisão para devedores duvidosos é constituída em montante suficiente para a cobertura de eventuais perdas na realização das contas a receber, considerando os riscos envolvidos. 41 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.8 Investimento em coligadas e controladas Conforme requerido pelo ICPC 09 - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Contábeis Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, os investimentos em coligadas e controladas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras da controladora, sendo os investimentos em controladas eliminados para fins de elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. Uma controlada é uma entidade na qual, a Companhia, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Uma coligada é uma entidade sobre a qual a Companhia exerça influência significativa. Em 31 de dezembro de 2010 e 2009, a Companhia não manteve participações em coligadas. Com base no método de equivalência patrimonial, o investimento em coligadas e controladas é contabilizado no balanço patrimonial da controladora ao custo, adicionando-se as mudanças após a aquisição da participação societária em controladas. O ágio relacionado com a controlada é incluído no valor contábil do investimento, não sendo amortizado. A demonstração do resultado da controladora reflete a parcela dos resultados das operações das controladas na rubrica de ‘resultado de equivalência patrimonial’. Quando uma mudança for diretamente reconhecida no patrimônio da coligada e controlada, a Companhia reconhecerá sua parcela nas variações ocorridas e divulgará este fato, quando aplicável, na demonstração das mutações do patrimônio líquido. Os ganhos e perdas não realizados, resultantes de transações entre a Companhia e suas coligadas e controladas, são eliminados de acordo com a participação mantida. A participação societária em controladas é demonstrada na demonstração do resultado como equivalência patrimonial, representando o lucro líquido atribuível proporcional ao percentual de participação. 42 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.8 Investimento em coligadas e controladas -- continuação Após a aplicação do método de equivalência patrimonial, a Controladora determina se é necessário reconhecer perda adicional do valor recuperável sobre o investimento em suas coligadas e controladas. A Companhia determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetiva de que os investimentos nas coligadas e controladas sofreram perda por redução do valor recuperável. Se assim for, calcula-se o montante da perda por redução do valor recuperável como a diferença entre aquele e o valor contábil, reconhecendo o montante na demonstração do resultado. 3.9 Imobilizado O imobilizado é registrado pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada pelo método linear ou pelo método das unidades produzidas para os ativos de óleo e gás (quando em operação) e da provisão para redução do seu valor recuperável, quando aplicável. As benfeitorias em imóveis de terceiros são amortizadas com base no prazo do contrato de aluguel ou expectativa de vida útil do imóvel, dos dois o menor. 3.10 Intangível Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados no reconhecimento inicial ao custo de aquisição e, posteriormente, deduzidos da amortização acumulada e perdas do valor recuperável, quando aplicável e incluem os gastos com direitos e concessões, principalmente, os bônus de assinatura correspondentes às ofertas para a obtenção de concessões para exploração de petróleo e gás natural. Os gastos com exploração, avaliação e desenvolvimento da produção são contabilizados utilizando o método dos esforços bem-sucedidos (successful efforts method of accounting). Custos incorridos antes da obtenção das concessões e gastos com estudos e pesquisas geológicas e geofísicas são lançados ao resultado. 43 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.10 Intangível Os gastos com a exploração e avaliação diretamente associados ao poço exploratório são capitalizados como ativos de exploração e avaliação, até que a perfuração do poço seja completada e seus resultados avaliados. Estes custos incluem salários de funcionários, materiais e combustíveis utilizados, aluguéis de sondas e outros incorridos com terceiros. Caso não sejam encontradas jazidas comerciais, os gastos efetuados em cada poço exploratório serão baixados ao resultado. Se reservas forem encontradas, o custo será mantido no ativo até que avaliações adicionais quanto à comercialidade da reserva de hidrocarbonetos sejam concluídas. Os ativos exploratórios estão sujeitos a revisões técnicas, comerciais e financeiras, pelo menos anualmente, para confirmar a intenção da Administração de desenvolver e produzir hidrocarbonetos na área. Quando são identificadas reservas provadas e o desenvolvimento é autorizado, os gastos exploratórios da área são transferidos para “ativos de óleo e gás”. Na fase de desenvolvimento, as inversões para construção, instalação e infraestrutura (como plataformas, dutos e perfuração de poços de desenvolvimento, de delimitação e mal-sucedidos) são capitalizadas como “ativos de óleo e gás”. Os custos para futuro abandono e desmantelamento das áreas de produção serão estimados e registrados como parte dos custos destes ativos em contrapartida à provisão que suportará tais gastos, tão logo exista uma obrigação legal ou construtiva de desmantelamento da área. Esta provisão será apresentada como ativo imobilizado em contrapartida ao passivo exigível a longo prazo. As estimativas dos custos com abandono serão contabilizadas levando-se em conta o valor presente destas obrigações, descontadas a uma taxa de juros livre de risco. Tais estimativas serão revistas pelo menos uma vez por ano ou quando houver indicação de mudanças relevantes, com a conseqüente revisão de cálculo do valor presente, ajustando-se os valores de ativos e passivos. A provisão será atualizada, mensalmente, em base pró-rata considerando-se a taxa de desconto livre de risco com a qual terá sido descontada em contrapartida a uma despesa financeira. 44 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.10 Intangível Os ativos de óleo e gás, incluindo os custos para futuro abandono e desmantelamento das áreas, serão depreciados pelo método das unidades produzidas, com base na razão entre a produção de óleo e gás de cada campo no período e suas respectivas reservas provadas desenvolvidas. Para os ativos que beneficiarão toda a vida útil econômica do campo, como bônus de assinatura, gasodutos e oleodutos, a depreciação será calculada considerando-se a produção do período e as reservas provadas totais. Instalações e infra-estrutura, cuja vida útil econômica é inferior a vida econômica das reservas do campo, serão depreciados pelo método linear. 3.11 Provisão para recuperação de ativos A Administração revisa, anualmente, o valor contábil líquido dos ativos, com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, será constituída provisão para desvalorização, ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Estas perdas serão classificadas em rubrica específica (“perdas no valor recuperável de ativos”) na demonstração do resultado. O valor recuperável de uma determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. Em ambos os casos, serão utilizadas estimativas e premissas consideradas razoáveis pela Administração. É possível que a cotação do preço do óleo no mercado internacional varie negativamente, o que pode impactar a economicidade de uma determinada área. A Administração monitora periodicamente os indicadores internos e externos que possam resultar em redução do valor recuperável dos seus ativos. Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre 45 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.11 Provisão para recuperação de ativos --Continuação que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes. O seguinte critério é também aplicado para avaliar perda por redução ao valor recuperável de ativos específicos: Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura Teste de perda por redução ao valor recuperável de ágio é feito anualmente (em 31 de dezembro) ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil. Ativos intangíveis Ativos intangíveis com vida útil indefinida são testados em relação à perda por redução ao valor recuperável anualmente em 31 de dezembro, individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa, conforme o caso ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil. 46 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.12 Provisões Provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável que benefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando a Companhia espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, no todo ou em parte, por exemplo, por força de um contrato de seguro, o reembolso é reconhecido como um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for praticamente certo. A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado, líquida de qualquer reembolso. Os riscos tributários, cíveis e trabalhistas são avaliados com base na opinião dos consultores jurídicos. Em 31 de dezembro de 2010 e 2009, a Companhia não constituiu nenhuma provisão, em função da inexistência de ação, que tenha chegado ao nosso conhecimento. Igualmente, não há divulgação de nenhum passivo contingente decorrente de perdas possíveis que possam fluir para a Companhia. 3.13 Estimativas contábeis São utilizadas para a mensuração e reconhecimento de certos ativos e passivos das demonstrações financeiras da Companhia. A determinação destas estimativas levou em consideração experiências de eventos passados e correntes, pressupostos relativos a eventos futuros e outros fatores objetivos e subjetivos. Itens significativos sujeitos a estimativas incluem: a seleção de vida útil do ativo imobilizado; a estimativa de reservas utilizada no cálculo da depreciação pelo método das unidades produzidas; a avaliação do valor recuperável das unidades geradoras de caixa; a análise de recuperação dos valores dos ativos imobilizados; o imposto de renda e contribuição social diferidos; a provisão para contingências, entre outros. A liquidação das transações envolvendo estas estimativas poderá resultar em valores divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos anualmente. 47 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação 3.14 Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social na controladora e nas controladas HRTOG Ltda. e Ranger Ltda. são apurados pelo regime de tributação com base no lucro real. A base de cálculo para apuração dos impostos considera as adições e exclusões previstas na legislação vigente. Na controlada IPEX Ltda., o imposto de renda e a contribuição social são apurados pelo regime de tributação baseado no lucro presumido ao percentual de 32% sobre a receita bruta. A apuração dos impostos neste regime é determinada mediante a aplicação dos percentuais estabelecidos na legislação especifica. As alíquotas do imposto de renda e da contribuição social aplicadas sobre a base são de 15% e 9%, respectivamente. Na controlada HRT Netherlands B.V., o imposto de renda é calculado sobre os lucros, deduzido das perdas previstas na legislação vigente. A alíquota é de 20% sobre os lucros tributáveis até o valor de € 200 mil e de 25,5% sobre a parcela que exceder este valor. 3.15 Demonstrações dos fluxos de caixa As demonstrações dos fluxos de caixa foram preparadas e apresentadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 03. 3.16 Demonstrações do valor adicionado As demonstrações do valor adicionado foram preparadas e estão apresentadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 09. 3.17 Informações por segmento Segmentos operacionais são definidos como atividades de negócio das quais pode-se obter receitas e incorrer em despesas. Os resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal gestor das operações da entidade para a tomada de decisões sobre recursos a serem alocados ao segmento, para a avaliação do seu desempenho e para que haja informação financeira individualizada disponível. 48 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 4. Procedimentos de consolidação As demonstrações consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 incluem as informações financeiras da Controladora e das controladas HRTOG Ltda., IPEX Ltda., Ranger Participações Ltda., Lábrea Petróleo S.A. e HRT Netherlands B.V. O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultado das empresas controladas corresponde à soma horizontal dos saldos das contas de ativo, passivo, receitas e despesas, segundo a sua natureza, complementada com as seguintes eliminações: (a) eliminação dos saldos de ativos e/ou passivos entre as sociedades consolidadas; (b) eliminação dos investimentos contra o respectivo patrimônio líquido da sociedade controlada; e (c) eliminação das receitas e despesas decorrentes de transações entre as sociedades consolidadas. 5. Caixa e equivalentes de caixa Controladora Caixa Bancos Consolidado 2010 2010 2009 2009 104 2.273 19 20.831 121 3.668 104 2.273 20.850 3.789 6. Títulos e valores mobiliários Controladora 2010 Fundos de investimento exclusivo Certificados de depósitos bancários Operações compromissadas Outros 49 Consolidado 2009 2010 2009 1.013 1.202.969 917.242 50 118.307 137.396 415 1.013 1.411.518 992.666 527 118.721 222.241 8 2.121.274 256.118 2.405.724 340.970 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6. Títulos e valores mobiliários -- continuação As aplicações financeiras constituem-se, principalmente, de Certificados de Depósito Bancário - CDB e operações compromissadas lastreadas em debêntures, emitidos por bancos de primeira linha e estão disponíveis para negociação, podendo, portanto, serem resgatadas a qualquer tempo. As aplicações financeiras são remuneradas com base na variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI e, portanto, já estão reconhecidas pelo seu valor justo, em contrapartida do resultado do exercício. A seguir, apresentamos quadro resumo das aplicações por tipo de instrumento financeiro: Controladora Banco Vencimento Remuneração Consolidado 2010 2009 2010 216.383 203.725 254.601 437.302 85.906 5.052 - 87.495 311 30.501 118.307 216.383 203.725 254.601 437.302 85.906 5.053 13.976 194.572 - 2009 Certificado de Depósito Bancário (CDB) Banco do Brasil Votorantim BTG Pactual Santander HSBC Standard Bank Banco do Brasil HSBC ABN AMRO ABN AMRO Banco do Brasil 01/10/2015 24/10/2011 24/10/2011 17/10/2012 11/11/2013 22/11/2011 07/08/2015 19/11/2013 29/09/2011 20/10/2011 10/10/2014 CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI 1.202.969 1.411.518 87.495 725 30.501 118.721 Operações compromissadas lastreadas em debêntures Bradesco Bradesco Bradesco Itaú BBA Votorantim Itaú BBA Santander Bradesco Bradesco ABN AMRO ABN AMRO Itaú Itaú Itaú 19/03/2012 24/10/2011 24/10/2011 17/10/2012 21/11/2011 24/08/2012 04/09/2012 24/08/2012 27/08/2012 29/12/2011 28/10/2011 08/03/2010 15/03/2010 04/10/2010 CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI CDI 4.801 276.971 535.614 49.318 50.538 917.242 50 - 35.940 80.421 18.065 2.970 137.396 4.801 276.971 535.614 49.318 50.538 5.599 27.364 20.664 21.797 992.666 84.845 35.940 80.421 18.065 2.970 222.241 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 7. Contas a receber Consolidado 2010 2009 1.009 462 206 267 1.944 Agência Nacional de Petróleo - ANP Devon Energy do Brasil Ltda. OGX Petróleo & Gas Ltda Gens S.A. Petróleo Brasileiro S.A. Devan Energy M&S Brasil Ltda. Esso Exploração Santos Outros 3.508 557 939 938 535 504 300 738 8.019 8. Tributos a recuperar Imposto de renda e contribuição social Imposto sobre Serviço Outros 51 Controladora 2010 2009 Consolidado 2010 4.192 - 502 - 7.255 146 106 640 144 388 4.192 502 7.507 1.172 2009 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 9. Depósitos em garantia (consolidado) Em 31 de dezembro de 2010, a controladora HRTOG tem R$ 85.000 de seguros contratados com a J.Mallucelli Seguradora S.A. para atender às exigências da Agencia Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Para tanto, além da fiança da Controladora, foi oferecido depósito colateral no valor equivalente a R$ 34.500 junto ao Banco do Brasil S.A., pelo mesmo prazo da garantia, isto é, de 30 meses. Blocos SOL-T-148 SOL-T-149 SOL-T-168 SOL-T-170 SOL-T-172 SOL-T-191 SOL-T-194 SOL-T-195 Vigência Início Fim 04/05/2010 04/05/2010 18/03/2010 18/03/2010 04/05/2010 18/03/2010 04/05/2010 04/05/2010 30/10/2012 30/10/2012 13/09/2012 13/09/2012 30/10/2012 13/09/2012 30/10/2012 30/10/2012 Valor segurado Depósito em garantia 10.000 10.000 15.000 15.000 10.000 15.000 5.000 5.000 85.000 3.000 3.000 7.500 7.500 3.000 7.500 1.500 1.500 34.500 O depósito é remunerado com base em percentuais da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. Em 31 de dezembro de 2010, o saldo atualizado é de R$ 37.104. Adicionalmente, em atendimento às exigências legais na Namíbia, em 31 de dezembro de 2010, a controlada HRTOG mantém depositado em garantia no Standard Bank PLC, em Londres, o montante de USD 234.3 mil equivalentes a R$ 390. O saldo é remunerado com base em percentuais de variação da London Interbank Offered Rate (LIBOR). 52 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 10. Aquisição da Ranger Participações Ltda. Em agosto de 2010, a Companhia passou a deter, direta e indiretamente, 100% das quotas representativas do capital social da Ranger Participações Ltda. (Ranger) da seguinte forma: (i) em 10 de maio de 2010, a HRTP permutou 9.546 ações de sua emissão por 691 quotas da Ranger, representativas de 69,10% do capital social da Ranger; (ii) em 19 de maio de 2010, a HRTOG adquiriu 256 quotas representativas de 25,60% do capital social da Ranger, mediante o pagamento de USD 5.000 mil; (iii) em 31 de agosto de 2010, a HRTP permutou 730 ações de sua emissão por 53 quotas da Ranger, representativas de 5,3% do seu capital social. A aquisição deu-se através da incorporação da empresa BN 31 Ltda., pelo valor do seu acervo contábil líquido, consubstanciado em laudo de perito independente. As ações recebidas pelos controladores indiretos da Ranger, em virtude da permuta, estavam anteriormente em tesouraria e foram valorizadas para fins de mensuração do preço de compra considerando o seu valor intrínseco, totalizando R$ 26.106. O preço de aquisição é assim demonstrado: Pagamento em dinheiro em 30 de maio de 2010 Pagamento em participação acionária em 30 de maio de 2010 Pagamento em participação acionária em 31 de agosto de 2010 Total 31/12/10 30/06/10 9.020 24.262 1.844 35.126 9.020 24.262 33.282 Em maio de 2010, a HRTP assumiu dívidas detidas pela Ranger, no valor de USD 2.000 mil e a HRTOG, compromissos da Labrea Petróleo S.A, no valor de até USD 8.000 mil. Ambas as obrigações já foram devidamente quitadas no exercício. A Ranger controla integralmente a empresa Labrea que, por sua vez, detém 10% de participação em 2 blocos na bacia do Recôncavo, 1 bloco na bacia do Espírito Santo e 1 bloco na bacia do Rio do Peixe, adquiridos na 9ª rodada da ANP. 53 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 10. Aquisição da Ranger Participações Ltda.--Continuação A Labrea possui, ainda, a concessão de duas áreas exploratórias na República da Namíbia, localizadas na parte oceânica do país (offshore). Segue abaixo o valor justo dos ativos e passivos identificáveis da adquirida, na data da realização da transação: Valor justo Caixa e equivalentes de caixa Ativo Intangível Outros ativos Contas a pagar Outros passivos 52 56.177 24 (21.076) (51) 35.126 A Companhia realizou estudo econômico-financeiro e concluiu que existe uma grande probabilidade de encontrar reservas de hidrocarbonetos economicamente viáveis em cada um dos blocos da adquirida. Por isso, foi atribuído às suas concessões para exploração e produção de petróleo e gás no Brasil e na República da Namíbia, ágio equivalente ao excesso entre o valor justo e o acervo contábil líquido da adquirida, no montante de R$ 53.690, deduzido o passivo a descoberto existente à época, no valor de R$ 18.564. A aquisição da Ranger está alinhada com a estratégia do Grupo de realizar investimentos na prospecção de petróleo e gás no Brasil e no exterior. 11. Investimentos Controladora 2010 2009 HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda. HRT Netherlands B.V. Ranger Participações Ltda. 54 493.051 4.942 27.659 30.119 555.771 137.040 12.721 149.761 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 11. Investimentos - Continuação a) Movimentação do investimento HRTOG Saldos em 31 de dezembro de 2009 Adiantamento para futuro aumento de capital Aumento de capital Ágio na aquisição da Ranger (*) Participação inicial em passivo a descoberto Resultado de equivalência patrimonial Ajuste acumulado de conversão Saldos em 31 de dezembro de 2010 IPEX 137.040 HRTBV RANGER* - - 12.721 Total 149.761 - - - 4.719 4.719 421.130 - 29.342 - 450.472 - - - 38.933 38.933 - - - (12.827) (12.827) (65.119) (7.779) (905) (706) (74.509) - - (778) - (778) 493.051 4.942 27.659 30.119 555.771 Reflete o investimento da controladora no capital da Ranger na proporção da participação direta ao percentual de 74,38%. O investimento indireto através da controlada integral HRTOG, proporcional à participação de 25,62%, inclui ágio de R$ 13.776 e participação em passivo a descoberto de R$ 4.999. Conforme mencionado na nota explicativa 10, o ágio na aquisição do investimento foi alocado ao intangível (bônus de assinatura), nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia no montante total de R$ 53.690. (*) b) Informações relevantes sobre as investidas Em 31 de dezembro de 2010 HRTOG Participação direta Participação indireta IPEX HRTBV RANGER 99,99% 99,99% 100% 74,38% Patrimônio líquido 493.051 4.942 27.659 25,62% (19.512) Prejuízo do exercício Total dos ativos (65.119) (7.779) (905) (949) 507.508 9.008 27.667 528 55 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 12. Imobilizado a. Composição do saldo Consolidado Taxa de depreciação (%) Custo Depreciação 13.066 3 Material para uso e consumo (poços) Obras em andamento Adiantamento para aquisição de aeronaves Esculturas Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Equipamentos de comunicação Veículos Equipamentos de informática Benfeitorias em imóveis de terceiros Instalações Saldo em 31/12/2010 Saldo em 31/12/2009 13.066 3 - 6.163 26 4.750 3.278 131 297 4.345 9.247 9 (722) (274) (15) (133) (1.365) (392) (1) 6.163 26 4.028 3.004 116 164 2.980 8.855 8 2.123 530 25 225 1.147 435 - 41.315 (2.902) 38.413 4.485 10 10 20 20 20 4 b. Movimentação do saldo Saldo em 01 de janeiro de 2009 Material para uso e consumo (poços) Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Equipamentos de comunicação Veículos Equipamentos de informática Esculturas Benfeitorias em imóveis de terceiros Instalações Obras em andamento Adiantamento para aquisição Total 56 Adição por aquisição de controladas Adições - 2.185 520 52 93 1.193 - 25 2 140 13 - - 314 - 4.357 Baixas Depreciação - Saldo em 31 de dezembro de 2009 (62) (15) (29) (8) (59) - 2.123 530 25 225 1.147 - 126 (5) 435 306 (178) 4.485 - HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Saldo em 01 de janeiro de 2010 Adição por aquisição de controladas Adições 2.123 530 25 225 1.147 - 15 2 - 13.066 2.242 2.612 104 2.495 26 (337) (153) (13) (61) (664) - 13.066 4.028 3.004 116 164 2.980 26 435 4.485 17 8.777 9 3 6.163 35.497 (357) (1) (1.586) 8.855 8 3 6.163 38.413 Material para uso e consumo (poços) Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Equipamentos de comunicação Veículos Equipamentos de informática Esculturas Benfeitorias em imóveis de terceiros Instalações Obras em andamento Adiantamento para aquisição Total Baixas - Depreciação Saldo em 31 de dezembro de 2010 13. Intangível (consolidado) a. Composição do saldo Taxa de depreciação (%) Ativos de petróleo e gás Bônus de assinatura – Bacia do Solimões Bônus de assinatura - aquisição da Ranger Gastos exploratórios Softwares e outros Amortização acumulada (*) (*) (*) 20 Consolidado 2010 2009 108.492 53.854 7.659 4.074 52.546 575 174.079 (478) 173.601 53.121 (171) 52.950 (*) Conforme mencionado na nota explicativa 3.10, os ativos de óleo e gás, incluindo os custos para futuro abandono e desmantelamento das áreas, serão depreciados pelo método das unidades produzidas, com base na razão entre a produção de óleo e gás de cada campo no período e suas respectivas reservas provadas desenvolvidas. Para os ativos que beneficiarão toda a vida útil econômica do campo, como o bônus de assinatura, gasodutos e oleodutos, a depreciação será calculada considerando-se a produção do período e as reservas provadas totais. 57 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13. Intangível (consolidado)--Continuação b. Movimentação do saldo Bônus de assinatura – Bacia do Solimões Bônus de assinatura - aquisição de controlada - Nota 10 Gastos exploratórios Softwares Outros Bônus de assinatura – Bacia do Solimões Bônus de assinatura - aquisição de controlada - Nota 10 Gastos exploratórios Softwares Outros Saldo em 01 de janeiro de 2009 Adição por aquisição de controladas Adições Baixas Depreciação Saldo em 31 de dezembro de 2009 - - 52.546 - - 52.546 - 406 406 26 52.572 - (28) (28) 404 52.950 Saldo em 01 de janeiro de 2010 Adição por aquisição de controladas Adições Baixas Depreciação Saldo em 31 de dezembro de 2010 52.546 - 55.946 - - 108.492 404 52.950 165 165 53.689 7.659 3.497 3 120.794 - (308) (308) 53.854 7.659 3.593 3 173.601 O saldo do Bônus de assinatura - Bacia do Solimões, no valor de R$ 108.492, refere-se aos valores pagos à MS Brasil para aquisição da participação de 51% nos 21 blocos exploratórios localizados na bacia do Solimões. Em 21 de agosto de 2010, foi assinado aditivo ao Farm Out Agreement prevendo a aquisição à Petra, sucessora da MS Brasil, de participação adicional de 4% dos mesmos blocos, mediante o pagamento de R$ 55.946, equivalentes a USD 31.818 mil, a título de antecipação. O Bônus de assinatura - aquisição de controlada, no valor de R$ 53.854, refere-se à aquisição da Ranger, conforme já mencionado na Nota 10. Os bônus de assinatura e gastos exploratórios serão amortizados pelo método das unidades produzidas, considerando a produção de cada concessão e o volume de reservas. Caso não sejam identificadas reservas de hidrocarbonetos economicamente viáveis, estes gastos serão baixados imediatamente do resultado. 58 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13. Intangível (consolidado)--Continuação Segue abaixo o bônus de assinatura referente a cada bloco: Blocos Onshore 31.12.09 Total Solimões 431 2.575 6.812 3.767 4.557 6.430 6.857 6.423 6.852 6.852 6.852 5.579 2.145 6.861 5.226 2.857 3.857 6.857 3.427 6.423 6.852 108.492 207 1.247 3.299 1.825 2.207 3.114 3.321 3.111 3.319 3.319 3.319 2.702 1.039 3.323 2.531 1.384 1.868 3.321 1.660 3.111 3.319 52.546 ES-BT-400 RIOP-T-75 REC-T-158 REC-T-240 Total outros onshore no Brasil Total de bonus onshore 100 3 51 11 165 108.657 52.546 26.511 27.178 53.689 - SOL-T-148 SOL-T-149 SOL-T-168 SOL-T-169 SOL-T-170 SOL-T-191 SOL-T-192 SOL-T-214 SOL-T-215 SOL-T-216 SOL-T-217 SOL-T-151 SOL-T-172 SOL-T-174 SOL-T-194 SOL-T-195 SOL-T-196 SOL-T-197 SOL-T-218 SOL-T-219 SOL-T-220 Offshore 2112 B 2212 A 2813 A 2914 A 2814 B Total de bonus offshore 59 31.12.10 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 14. Tributos e contribuições sociais Controladora 2010 2009 PIS e Cofins sobre Importação de serviços Imposto sobre serviços Imposto sobre operações financeiras Outros 71 31 212 314 3.153 1.503 450 5.106 Consolidado 2010 2009 338 164 339 1.764 2.605 3.153 2.151 323 1.825 7.452 15. Imposto de renda e contribuição social Em 31 de dezembro de 2010, os montantes de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social acumulados são de R$ 35.429 na Controladora e de R$ 44.097 na controlada HRTOG Exploração e Produção de Petróleo Ltda. (R$ 27.198 e R$ 14.386, respectivamente, em 31 de dezembro de 2009). Consequentemente, a Companhia e sua controlada HRTOG possuem créditos fiscais nos montantes de R$ 12.045 e R$ 14.993 (R$ 9.247 e R$ 4.891, em 31 de dezembro de 2009), respectivamente, que, de acordo com a legislação local, podem ser utilizados no futuro para compensar lucros tributáveis. Prejuízos fiscais a compensar gerados no Brasil não expiram e são compensados com lucro tributável futuro, limitado, entretanto, a 30% a cada exercício. Em razão da ausência de histórico de rentabilidade e das incertezas envolvendo nosso ramo de atividade, a Administração optou por não constituir provisão para os mesmos, os quais serão reconhecidos à medida em que forem compensados. Na controlada Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda., o imposto de renda e a contribuição social foram apurados com base na legislação pertinente, conforme descrito na nota 3.14, totalizando R$ 3.385 em 31 de dezembro de 2010 (R$ 2.228 em 31 de dezembro de 2009). 60 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido 16.1. Capital social A Companhia foi constituída em 23 de outubro de 2008 sob a denominação de BN 16 Participações Ltda. e não manteve qualquer operação até a sua transformação, em 17 de julho de 2009, em HRT Participações em Petróleo S.A. (“Companhia” ou “HRTP S.A.”), com capital de R$ 1.000,00 (mil reais), representativo de 10.000 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Posteriormente, foram realizados aumentos de capital mediante a emissão de ações da mesma espécie, conforme demonstrado a seguir: Datas das delibrações 01de outubro de 2009 05 de outubro de 2009 08 de outubro de 2009 17 de novembro de 2009 31 de agosto de 2010 21 de outubro de 2010 24 de novembro de 2010 (a) (b) (c) Valor 1.000 307 1.520 1.892 13 2.326.546 148.200 Nº de ações (a) 445.000 (b) 139.500 871.150 1.084.110 7.300 (c) 1.938.789 123.500 O número de ações já considera o desdobramento à razão de 1/10. Aumento de capital mediante a integralização das quotas da controlada Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda. Aumento de capital mediante incorporação da BN 31 Ltda. Aos acionistas que participaram, conforme previsto, no Private Placement Memorandum (PPM), da oferta privada de ações em outubro e novembro de 2009, foram outorgados bônus do tipo equity, que concede a seus titulares, durante um período de até quatro anos após a conclusão da oferta pública inicial de ações, o direto de subscrever ações ordinárias adicionais de emissão da Companhia. Este direito de subscrição, que equivale à metade do número de ações que cada investidor subscreveu nas respectivas colocações ocorridas em 2009, está assim distribuído: (i) 43.549 ações de emissão da Companhia a um preço de exercício de R$3.696,00 (três mil e seiscentos e noventa e seis reais) para a colocação ocorrida em 08 de outubro de 2009 e (ii) 54.196 ações ao preço de subscrição de R$3.656,00 (três mil e seiscentos e cinqüenta e seis reais) para a colocação ocorrida em 06 de novembro de 2009, totalizando, portanto, 97.745 ações. 61 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido - Continuação 16.1. Capital social - Continuação Oferta Pública Inicial de Ações O Conselho de Administração da Companhia, em 31 de agosto de 2010, autorizou uma oferta pública inicial de ações ordinárias de emissão da Companhia no Brasil, com esforços de colocação no exterior. Em 04 de outubro de 2010, o Conselho de Administração da HRT Participações, nos termos aprovados na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de agosto de 2010, deliberou que as ações de emissão da Companhia deveriam ser desdobradas à razão de 1/10, de forma que cada ação desse lugar a 10 (dez) ações. Conseqüentemente, o capital social passou de 255.706 ações para 2.557.060 ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, sendo certo que a proporção da participação dos acionistas no capital social da Companhia não sofreu qualquer alteração em virtude do desdobramento aprovado. Em 21 de outubro de 2010, foi aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia o aumento do seu capital social, dentro do limite autorizado, no montante de R$ 2.326.546.800,00 (dois bilhões trezentos e vinte e seis milhões quinhentos e quarenta e seis mil e oitocentos reais), passando o capital social de R$ 4.733.336,21 (quatro milhões setecentos e trinta e três mil trezentos e trinta e seis reais e vinte e um centavos) para R$ 2.331.280.136,21 (dois bilhões, trezentos e trinta e um milhões, duzentos e oitenta mil, cento e trinta e seis reais e vinte e um centavos), mediante a emissão de 1.938.789 ações. Em 24 de novembro de 2010, foi aprovado novo aumento do capital social da Companhia dentro do limite autorizado, no montante de R$ 148.200.000,00 (cento e quarenta e oito milhões e duzentos mil reais), o qual passou de R$ 2.331.280.136,21 (dois bilhões, trezentos e trinta e um milhões, duzentos e oitenta mil, cento e trinta e seis reais e vinte e um centavos) para R$ 2.479.480.136,21 (dois bilhões, quatrocentos e setenta e nove milhões, quatrocentos e oitenta mil, cento e trinta e seis reais e vinte e um centavos), mediante emissão de 123.500 ações suplementares. 62 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido - Continuação 16.1. Capital social - Continuação O custo da oferta pública inicial de ações no exercício foi de R$ 130.857, compreendendo as comissões pagas aos agentes financeiros (bancos coordenadores, co-líderes e corretoras) responsáveis pela captação junto aos investidores, advogados, auditores externos, consultores, custos de registro, além dos gastos na elaboração e publicação dos prospectos e relatórios. Este montante foi contabilizado em conta redutora do capital social no exercício, como gastos com emissão de ações, líquido dos seus efeitos fiscais, conforme abaixo demonstrado Valor - R$ Comissões e corretagem Honorários advocatícios Consultoria Outros 119.689 2.344 7.015 1.809 130.857 Em 31 de dezembro de 2010, o capital social subscrito e integralizado é de R$ 2.479.480, composto por 4.619.349 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. O capital autorizado é de R$ 5.000.000. 16.2. Reserva de capital - ágio na subscrição de ações Em conformidade com o artigo 182 da Lei 6.404/76, a parcela do preço de emissão nas colocações privadas ocorridas em 08 de outubro e 06 de novembro de 2009 (Private Placement Memorandum), das ações sem valor nominal, que ultrapassou a importância destinada à formação do capital social no montante de R$ 475.521, foi registrado como reserva de ágio na subscrição de ações. Esta reserva está fundamentada na expectativa de rentabilidade futura da Companhia, em decorrência de seu plano de negócios, conforme o artigo 170, §1º, inciso I da Lei das Sociedades por Ações. Tais expectativas foram discutidas e arbitradas entre os acionistas e investidores, conforme o caso, por ocasião de cada aumento de capital, refletindo diversos fatores, entre eles a aquisição de ativos (blocos), estudos sobre os potenciais dos blocos, perspectivas da indústria de óleo e gás e o cenário econômico brasileiro e mundial. 63 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido – Continuação 16.2. Reserva de capital - ágio na subscrição de ações - Continuação Os custos das captações privadas, realizadas em 2009, no montante total de R$ 34.711, foram registrados como redução do ágio acima mencionado conforme abaixo detalhado: Valor - R$ Honorários advocatícios no Brasil Honorários advocatícios no exterior Comissões e corretagem Outros 2.811 2.476 28.597 827 34.711 16.3. Ações em tesouraria Em consonância com o disposto no Acordo de Acionistas da Companhia, de 08 de outubro de 2009 e nos termos da reunião do seu Conselho de Administração, realizada em 19 de outubro de 2009, a diretoria efetuou a recompra de 13.794 ações de sua emissão, detidas pela empresa Triple M, pelo montante global de R$ 26.029, em 23 de novembro de 2009, sendo R$ 25.726 deduzidos da Reserva de Capital - Ágio na subscrição de ações e o valor remanescente, de R$ 303, foi reconhecido como ações em tesouraria. Em 31 de dezembro de 2010, a posição de ações em tesouraria era nula, isto porque 4.248 ações foram utilizadas na remuneração com base em participação acionária a membros da Administração (vide nota explicativa 16.4) e as 9.546 ações restantes foram utilizadas na negociação entre a Companhia e a Ranger, conforme mencionado na nota explicativa 10. 64 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido – Continuação 16.4. Remuneração com base em participação acionária Nos termos do Acordo de Acionistas da HRT Participações Petróleo S.A. e em consonância com os termos aprovados na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 08 de outubro de 2009, a Companhia, dentro de sua política de remuneração de executivos, foi autorizada a transferir, através de contrato de compensação em ações (Share Compensation Agreement), a opção para a compra de 4.248 ações ordinárias de sua emissão, sem condição de aquisição (vesting conditions) e com direito de exercício imediato, pelo preço unitário de R$ 5,00 (cinco reais). Tal acordo foi executado em sua totalidade no dia 05 de março de 2010. Conforme previsto no Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamentos baseados em ações -, o valor justo do instrumento patrimonial foi mensurado pelo seu valor intrínseco, determinado a partir da diferença entre o valor unitário por ação pago pelos acionistas nas integralizações das chamadas de capital de 2009 e o preço de exercício de R$ 5,00 (cinco reais). A Companhia entende que o valor intrínseco é a base de mensuração mais confiável do valor de mercado dessas ações. Total de ações concedidas (a) Preço de exercício (em reais) Valor justo da opção na data da outorga (em reais) Duração da opção 4.248 R$ 5,00 R$ 2.513,36 imediato (a) Quantidade de ações antes do desdobramento à razão de 1/10 A correspondente despesa relativa ao contrato de compensação em ações, no montante de R$ 10.605, foi imediatamente reconhecida no resultado, uma vez que não havia qualquer condição de aquisição a ser cumprida. A Companhia aprovou ainda, em 14 de maio de 2010, o Primeiro Programa de Outorga de Opções de Compra ou Subscrição de Ações (Stock Options), no total de 10.342 ações, a serem distribuídas aos empregados. A partir de 17 de julho de 2010, começaram a ser efetivadas as outorgas de opções, ao preço de R$ 1.00 (um real) cada. 65 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido – Continuação 16.4. Remuneração com base em participação acionária - Continuação As opções poderão ser exercidas pelos beneficiários da seguinte maneira: . 1/3 (um terço) poderá ser exercido a partir de um ano da data de início da colaboração do participante ou 17 de julho de 2009, devendo ser considerada para exercício a data mais recente entre as duas; e . 2/3 (dois terços) poderá ser exercido, proporcionalmente, em bases trimestrais, pelo período de 2 anos a contar das respectivas datas . Conforme previsto no Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamentos baseados em ações, o valor justo do instrumento patrimonial foi mensurado na data da outorga das opções, utilizando o modelo de precificação Black-Scholes Merlon baseado nas seguintes premissas: Total de opções concedidas (a) Preço por ação (em reais) Valor justo da opção na data da outorga (em reais) Volatilidade média estimada do preço por ação Taxa média de retorno livre de risco Duração da opção 10.342 R$ 10,00 R$ 2.890,23 37,47% 9,12% 3 anos (a) Quantidade de ações antes do desdobramento à razão de 1/10 Em 31 de dezembro de 2010, a Administração registrou a despesa relativa ao plano de opções na rubrica ‘despesas de pessoal’ no resultado do exercício, em contrapartida a uma conta específica do patrimônio líquido (‘Ajuste de avaliação patrimonial – Remuneração com base em participação acionária’) no montante de R$ 16.046. Este valor foi apurado levando-se em consideração a diferença entre o valor justo das ações e o seu preço, calculada pelo método pró-rata temporis entre o período transcorrido desde a data da outorga até a data da apresentação das demonstrações financeiras exercidas. Em 31 de dezembro de 2010, levando-se em consideração as premissas do Programa, aproximadamente 2.500 opções podem ser exercidas. 66 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido – Continuação 16.5. Resultado por ação Em atendimento ao CPC 41 (aprovado pela Deliberação CVM nº 636 – Resultado por Ação), a Companhia apresenta a seguir as informações sobre o resultado por ação para os exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2009 e 2010. O cálculo básico do prejuízo por ação é feito através da divisão do lucro líquido do exercício, atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício. O prejuízo diluído por ação é calculado através da divisão do prejuízo atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício mais a quantidade média ponderada de ações ordinárias que seriam emitidas na conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas em ações ordinárias. Os quadros abaixo apresentam os dados de resultado e ações utilizados no cálculo dos lucros básico e diluído por ação: 2010 2009 Resultado básico por ação Numerador Prejuízo do exercício atribuído aos acionistas da Companhia Denominador (em milhares de ações) Média ponderada de número de ações ordinárias Resultado básico por ação (142.370) (12.635) 653.873 (0,218) 121.038 (0,104) 2010 2009 (142.370) (12.635) 844.008 (0,169) 121.038 (0,104) Resultado diluído por ação Numerador Prejuízo do exercício atribuído aos acionistas da Companhia Denominador (em milhares de ações) Média ponderada de número de ações ordinárias Resultado diluído por ação 67 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 17. Transações com partes relacionadas - Remuneração dos administradores A remuneração total dos administradores da Companhia e suas controladas para o exercício findo, em 31 de dezembro de 2010, foi de R$ 37.901 segregados em: (a) benefícios de curto prazo a administradores: R$ 16.919 (b) remuneração baseada em ações: R$ 20.982, conforme mencionado na nota 16.4. 18. Compromissos e garantias Conforme legislação em vigor, a controlada HRTOG assumiu compromissos de oferecer garantias à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no âmbito do Programa Exploratório Mínimo (PEM), ao solicitar a passagem de seus blocos para o 2º período exploratório. Para tanto, em reunião realizada em 12 de março de 2010, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a concessão de contragarantias no valor global de até R$ 120.000 em favor de sua controlada HRTOG, nos termos dos Contratos de Concessão BT SOL-4 e BT SOL-4A. Em 31 de dezembro de 2010, as garantias efetivamente concedidas referem-se a 8 blocos (148, 149, 168, 170, 172, 191, 194 e 195) e montam a R$ 85.000. Em 29 de junho de 2010, o Standard Bank Plc Ldn. emitiu, por conta e ordem da controlada HRTOG, a favor do Ministério de Minas e Energia da República da Namíbia, garantia bancária no valor de USD 212.500 (duzentos e doze mil e quinhentos dólares americanos) para garantir 50% dos compromissos assumidos com aquela Autoridade – investimentos da ordem de USD 1.000 mil no primeiro ano e de USD 7.500 mil nos três anos subseqüentes - para com os blocos offshore 2813A, 2814B e 2914A, localizados na bacia sedimentar do Orange. Os 50% restantes, são assumidos pela UNX Energy Corp. 68 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 18. Compromissos e garantias - Continuação A HRTOG, operadora dos 21 blocos da bacia do Solimões, comprometeu-se a custear os investimentos, no âmbito do programa exploratório, sem a participação proporcional da MS Brasil/Petra, no montante total de desembolsos equivalente a US$ 125 milhões. Após este saldo ser atingido, a controlada e a Petra Energia S.A. ficarão responsáveis pelos investimentos necessários de acordo com suas participações à época dos efetivos desembolsos. Em 31 de dezembro de 2010, o saldo remanescente para ser gasto pela Companhia de acordo com o cronograma de desembolso é de R$ 159.644, equivalentes a cerca de USD 92 milhões. Quando da aquisição da participação adicional de 4% dos blocos localizados na bacia do Solimões referida na nota 1, ficou previsto um pagamento complementar a ser efetuado em até 60 dias a partir da data do encerramento da oferta pública inicial de ações, de eventual diferença entre o valor já adiantado e o valor proporcional destes ativos na valoração da Companhia, realizada pelos Bancos Credit Suisse, Citibank e Goldman Sachs, antes da emissão das ações referentes à mencionada oferta (premoney equity value). Os contratos assinados com a Halliburton, Weatherford e MI-Swaco, mencionados no contexto operacional (nota 1), representam compromissos da ordem de USD 113.000 mil distribuídos em até 24 meses. Os compromissos assumidos com a VIH Aviation para a aquisição dos helicópteros, também já mencionado na nota de contexto operacional, montam a aproximadamente USD 33.000 mil. Finalmente, nos termos do Participation Agreement assinado com a UNX e a Acarus, em 1 de dezembro de 2010, temos o compromisso de arcar com 50% dos custos das operações de exploração e avaliação nos blocos 2813A, 2814B e 2914A, localizados no offshore da Namíbia. 69 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 19. Informações por segmento As informações por área de negócios (segmento operacional) estão sendo apresentadas de acordo com o CPC 22 – Informações por Segmento. As operações da Companhia estão segmentadas da seguinte forma: a) Exploração e Produção: compreende as atividades de exploração e produção de petróleo e derivados com objetivo de comercialização no Brasil e no exterior; b) Geologia e Geofísica: compreende os serviços de geologia e geofísica; e c) Administração e outros: Compreende o escritório central da Companhia. A Administração monitora, separadamente, os resultados operacionais das unidades de negócio para poder tomar decisões sobre alocação de recursos e avaliar o desempenho. Os segmentos são avaliados com base nos lucros ou prejuízos operacionais que, em alguns casos, conforme demonstrado na tabela abaixo, são medidos de forma diferente do lucro ou prejuízo operacional nas demonstrações financeiras consolidadas. 70 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Exploração Geologia e e Produção Geofísica 31/12/2010 Administração Ajustes e Exploração Geologia e e Outros Eliminações Consolidado e Produção Geofísica Receita externas líquidas Receitas intersegmento líquidas Receita líquida Custos das vendas Lucro Bruto Despesas de geologia e geofísica Despesas com pessoal Despesas gerais e administrativas Despesas com serviços de terceiros Impostos e taxas Despesa de depreciação Resultado financeiro líquido Outras receitas operacionais, líquidas Resultado antes dos tributos (24.428) (32.095) (10.146) (14.741) (569) (853) 16.064 1.091 (65.677) 15.593 11.684 27.277 (14.418) 12.859 (3.413) (1.410) (6.071) (3.610) (1.036) (713) (4.359) (7.753) (92.703) (4.048) (9.225) (192) (4) 37.147 259 (68.766) (11.684) (11.684) Ativos Operacionais Passivos Operacionais Investimento em coligadas 493.401 (10.149) 8.777 8.995 (4.057) 2.459.744 (282.229) 555.771 - (11.684) 4.924 1 (175) 6.761 (1) (174) 15.593 15.593 (14.418) 1.175 (19.504) (128.210) (15.779) (23.276) (4.371) (1.894) 52.498 (3.009) (142.370) (11.713) (884) (1.038) (1.739) (4) (2) 452 (2) (14.930) 21.992 21.992 (3.178) 18.814 (3.363) (2.148) (2.917) (2.679) (370) (235) (518) 6.584 2.962.140 (296.435) 138.186 (1.146) 20.445 (5.128) 31/12/2009 Administração e Outros Ajustes e Eliminações Consolidado - - (306) (249) (7.086) (1.924) (8.346) 5.276 (12.635) 1 8.346 1 (2) 8.346 259.231 (4.724) 149.761 1. Receitas intersegmentos são eliminadas por ocasião da consolidação. 2. Os lucros operacionais dos segmentos consideram os lucros sobre vendas intersegmentos (R$ 11.684). 3. Os ativos dos segmentos incluem derivativos (R$ 266.488). 4. Os passivos dos segmentos não incluem impostos correntes a pagar (R$ 3.698), empréstimos (R$ 350), os quais são administrados no âmbito do Grupo, totalizando R$ 4.048. 5. Despesas de capital referem-se a adições ao imobilizado e ativos intangíveis, incluindo ativos resultantes de aquisição de controladas. 71 21.992 21.992 (3.178) 18.814 (11.713) (4.553) (3.435) (11.742) (4.606) (372) 5.494 (522) (12.635) 417.862 (10.998) HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Informações Geográficas 31/12/2010 Exploração e Produção Geologia e Geofísica 31/12/2009 Outros Consolidado Exploração e Produção 2.692.126 Geologia e Geofísica Outros Consolidado Ativo circulante Brasil Internacional 296.187 - 3.858 2.392.081 - 85.348 15.860 259.218 360.426 20.506 20.506 - - - - 83 188.658 52.838 47.074 60.850 - Ativo não circulante Brasil Internacional 183.437 13.776 5.138 - 4.584 - 13 - 57.435 - 1. Ativos não circulantes, neste quadro, correspondem exclusivamente, ao imobilizado, depósitos em garantia e ativos intangíveis. 2. A divulgação interna de informações do Grupo é feita com base nos CPC´s. As divulgações do segmento poderiam aumentar significativamente se as informações internas não tivessem sido elaboradas com base nas políticas contábeis adotadas no Brasil 72 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro Os principais passivos financeiros da HRTP referem-se a contas a pagar a fornecedores de bens e serviços a serem utilizados na campanha exploratória da Companhia, bem como a contratos de garantia financeira. Por outro lado, mantém no ativo, aplicações financeiras, conforme descrito nas notas 5 e 6. A Companhia está exposta a riscos de mercado (taxas de juros e cambio), crédito, liquidez e ambiental. A alta administração da Companhia efetua a gestão desses riscos através da prática de políticas e procedimentos apropriados. Todas as atividades com derivativos são efetuadas com a finalidade de gestão de risco e realizadas por equipes especializadas com habilidades, experiência e supervisão apropriadas. É política da Companhia não participar de quaisquer negociações de derivativos para fins especulativos. Compete ao Conselho de Administração revisar e estabelecer políticas para gestão de cada um desses riscos, os quais estão resumidos abaixo. Risco de mercado O risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes do efeito da oscilação dos valores de mercado de instrumentos financeiros. Por ser formado por empresas não financeiras, o Grupo adota uma política conservadora baseada na administração de suas posições ativas e passivas, focando a liquidez e a mitigação de risco. Risco de taxa de juros A aplicação de recursos disponíveis é efetuada em títulos emitidos por instituições financeiras de primeira linha, em moeda nacional, a taxas pós-fixadas, com liquidez diária, respeitando limites de concentração prudenciais. Sensibilidade a taxas de juros A tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma possível mudança nas taxas de juros, no lucro e no patrimônio do Grupo, antes da tributação, mantendo-se todas as outras variáveis constantes. 73 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro – Continuação Sensibilidade a taxas de juros - Continuação Consolidado Aumento/redução em pontos base Efeito no lucro antes da tributação 2010 Reais Dólares Americanos Reais Dólares Americanos 12% 12% (12%) (12%) 25.961 15.581 (25.961) (15.581) 2009 Reais Dólares Americanos Reais Dólares Americanos 12% 12% (12%) (12%) 4.081 2.344 (4.081) (2.344) Controladora 2010 Reais Dólares Americanos Reais Dólares Americanos 2009 Reais Dólares Americanos Reais Dólares Americanos Aumento/redução em pontos base Efeito no lucro antes da tributação 12% 12% (12%) (12%) 22.102 13.265 (22.102) (13.265) 12% 12% (12%) (12%) 3.073 3.677 (3.073) (3.677) A movimentação presumida, em pontos base para a análise de sensibilidade a alterações nas taxas de juros, é baseada nas taxas atualmente praticadas no mercado e disponibilizadas pela BM&FBOVESPA. 74 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro – Continuação Risco de câmbio É o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de câmbio. A exposição do Grupo ao risco de variações nas taxas de câmbio refere-se, principalmente, às atividades operacionais da Companhia e aos investimentos líquidos em controladas no exterior. Para proteção de obrigações em moeda estrangeira dos investimentos previstos em nosso plano de investimentos, a Companhia detém, em 31 de dezembro de 2010, operação de swap reverso no valor de USD 160 milhões, com vencimento em 12 de janeiro 2011. Sensibilidade a taxa de câmbio A tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma variação que possa ocorrer na taxa de cambio e seu impacto no lucro e no patrimônio da Companhia, antes da tributação. Consolidado 2010 Controladora 2010 75 Variação na taxa do US$ 15% (15%) 25% (25%) Variação na taxa do US$ 15% (15%) 25% (25%) Efeito no lucro antes da tributação 23.915 (23.915) 39.859 (39.859) Efeito no lucro antes da tributação 20.861 (20.861) 31.988 (31.988) Efeito no patrimônio 26.481 (26.481) 44.134 (44.134) Efeito no patrimônio 20.861 (20.861) 31.988 (31.988) HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro – Continuação Operações com derivativos - hedge Derivativos Vencimento Swap Janeiro de 2011 A receber US$ (VC) + 1% cupom A pagar Valor de referência 100,3% do CDI US$ 160.000 / R$ 276.768 Valor de mercado 266.488 (279.457) Impacto no resultado (12.969) A operação de swap contratada pela Companhia em dezembro de 2010 tem como objetivo proteger do risco de variação cambial os direitos e obrigações denominados em moeda estrangeira. Risco de crédito É o risco da contraparte de um negócio não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que pode levar a um prejuízo financeiro. A Companhia está exposta ao risco de crédito em suas atividades operacionais e depósitos em bancos e/ou instituições financeiras, transações cambiais e outros instrumentos financeiros. Para mitigar tais riscos, o Grupo adota uma administração conservadora ao realizar aplicações com liquidez diária e taxas pós-fixadas, em bancos de primeira linha, levando-se em consideração as notações das principais agências de risco e respeitando limites prudenciais de concentração. Risco de liquidez A gestão prudente do risco implica manter caixa compatível com as necessidades de desembolso para cobrir as obrigações, em consonância com o plano de negócios da Companhia. 76 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro – Continuação Risco de liquidez - Continuação Consolidado Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 Ativo Caixa e equivalente caixa Títulos e valores mobiliários Clientes Tributos a recuperar Adiantamento de fornecedores Despesas antecipadas Outros créditos Passivo Empréstimos e financiamentos Operações com derivativos Fornecedores e outros Obrigações trabalhistas Tributos e contribuições sociais Contas a pagar IPO Outras obrigações Exercício findo em 31 de dezembro de 2009 Ativo Caixa e equivalente caixa Títulos e valores mobiliários Clientes Tributos a recuperar Adiantamento a fornecedores Outros Passivo Empréstimos e financiamentos Operações com derivativos Fornecedores e outros Obrigações trabalhistas Tributos e contribuições sociais Contas a pagar IPO Outras obrigações 77 Imediato Menos de 3 meses 3 a 12 meses 20.850 2.405.724 - 1.944 - 7.507 7.221 2.137 761 - (3.202) 2.423.372 (350) (12.969) (7.876) (19.251) 3.789 340.970 (1.338) 343.421 8.019 (860) (156) 7.003 1a5 anos Mais de 5 anos - Total - - 20.850 2.405.724 1.944 7.507 7.221 2.137 761 - (3.698) (7.077) (24) 6.827- - - (350) (12.969) (7.876) (3.202) (3.698) (7.077) (24) 2.410.948 1.172 756 1.164 (8.502) (139) (5.549) - - 3.789 340.970 8.019 1.172 756 1.164 (860) (156) (1.338) (8.502) (139) 344.875 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro – Continuação Risco de liquidez - Continuação Controladora Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 Ativo Caixa e equivalente caixa Títulos e valores mobiliários Clientes Tributos a recuperar Adiantamento a fornecedores Despesas antecipadas Outros Passivo Empréstimos e financiamentos rações com derivativos Fornecedores e outros Obrigações trabalhistas Tributos e contribuições sociais Gastos com emissão de ações Outras obrigações Exercício findo em 31 de dezembro de 2009 Ativo Caixa e equivalente caixa Títulos e valores mobiliários Clientes Tributos a recuperar Adiantamento a fornecedores Despesas antecipadas Outros Passivo Empréstimos e financiamentos Operações com derivativos Fornecedores e outros Tributos e contribuições sociais Gastos com emissão de ações Outras obrigações 78 Imediato Menos de 3 meses 104 2.121.274 - - (191) 2.121.187 (12.969) (121) (13.090) 2.273 256.118 - - 258.391 - 3 a 12 meses 1 a 5 anos Mais de 5 anos 4.192 10 14 (599) (7.077) (34) (3.494) - - 104 2.121.274 4.192 10 14 - 502 326 (5.106) (20) (4.298) - - - - 2.273 256.118 502 326 (5.106) (20) 254.093 Total (12.969) (121) (191) (599) (7.077) (34) 2.104.603 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro – Continuação Risco de liquidez - Continuação Contas a receber Como a Companhia encontra-se, ainda, em fase pré-operacional, contas a receber referem-se apenas à prestação de serviços da controlada IPEX, cujo saldo em 31.12.2010 é de R$ 1.944. 21. Risco Ambiental A Companhia possui um programa sócio-ambiental abrangente, amparado por sistema de gestão de saúde, segurança e meio ambiente (SMS), compatível com a sensibilidade dos ecossistemas da bacia do Solimões, que inclui áreas de biodiversidade e de culturas tradicionais. Para administrar o programa, foi criada uma gerência de assuntos ambientais, para orientar e acompanhar os trabalhos, em consonância com as normas regional e federal de meio ambiente. 22. Seguros A Companhia, com o apoio da consultoria AON Risk Services, adota a política de contratar coberturas de seguros para os bens sujeitos a riscos, em montantes avaliados pela Administração como suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de suas atividades. Com efeito, possui, em conjunto com as demais empresas do Grupo, coberturas contra os principais riscos, tais como danos materiais, bens do ativo fixo e D&O - com cobertura “A” (indenização em nome dos Administradores), “B” (reembolso à sociedade) e “C” (extensão de cobertura da Companhia para reclamações diretamente relacionadas com o mercado aberto de capitais). Os seguros vigentes em 2010 cobrem a importância de R$ 73.800 e o valor total do prêmio é de R$ 392. 79 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Seguros - Continuação Em 31 de dezembro de 2010, os principais ativos ou interesses cobertos por seguros e os respectivos montantes estão apresentados a seguir: Seguros/modalidade Responsabilidade civil dos administradores - D&O Incêndio, raio, explosão e implosão Despesas Fixas Equipamentos eletrônicos Danos elétricos Responsabilidade civil geral Pagamento de Aluguel Vazamento de sprinkers Importâncias seguradas 50.000 11.000 6.800 200 2.000 2.000 1.300 500 Dentre as principais coberturas previstas no seguro de responsabilidade civil dos administradores - D&O, estão a indisponibilidade de bens e penhora online, multas e penalidades civis, responsabilidades estatutárias, despesas de publicidade, responsabilidade por erros e omissões na prestação de serviços profissionais, danos corporais, reclamações do tomador contra o segurado e de segurado contra segurado. Também, reclamações por danos ambientais, responsabilidade do cônjuge ou companheiro em união estável, custos de extradição, espólio, herdeiros, sucessores e representantes legais, administradores de entidades externas, despesas emergenciais, custos de defesa para administradores atuando como fiéis depositários e avalistas e inabilitação do exercício da função de administrador. Não está incluído no escopo dos trabalhos de nossos auditores, emitir opinião sobre a suficiência da cobertura de seguros, a qual foi determinada e avaliada quanto a sua adequação pela Administração da Companhia. 80 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 23. Eventos subseqüentes Em 12 de janeiro de 2011, a HRTOG celebrou contrato com a Petrobras Distribuidora S.A. (“BR Distribuidora”) para o fornecimento de QAV (querosene de avião) e diesel, para suportar as atividades de exploração na bacia do Solimões. A duração do contrato será de um ano e o seu valor estimado é de R$ 43.200, podendo variar em função da necessidade operacional. Em 14 de janeiro de 2011, a Tuscany entregou a primeira sonda de perfuração contratada. A entrega da segunda sonda está prevista para março de 2011. As outras duas, negociadas com a Queiroz Galvão Perfurações, tem data de chegada prevista para o mês de abril de 2011. Em 15 de janeiro de 2011, foi entregue o primeiro helicóptero modelo Sikorsky S61, de um total de 8, adquiridos à VIH Aviation Group, conforme mencionado no contexto operacional (Nota 1). Quatro desses equipamentos, sendo 2 modelos S61 e 2 Bells modelo 212, já se encontram à disposição no Brasil, aguardando trâmites burocráticos para entrarem em operação. Os outros 4 equipamentos serão entregues ao longo do primeiro semestre de 2011. A compra das aeronaves foi realizada através da subsidiária integral, HRT Netherlands B.V., que, por sua vez, assinou um contrato de arrendamento mercantil com a controlada HRTOG. Para tanto e de forma a complementar os recursos, foram realizadas, por meio de novos SPCA´s, duas operações de capitalização, no valor de USD 10.000 mil cada, uma em 11 de fevereiro de 2011 e outra em 01 de março de 2011. Em 19 de janeiro de 2011, a HRTOG realizou à Petra Energia o pagamento complementar no valor de R$ 58,6 milhões, referentes à aquisição de parcela adicional de 4% dos 21 blocos exploratórios localizados na bacia do Solimões, nos termos do Third Amendment to Farm Out Agreement, firmado em 21 agosto de 2010 e mencionado na nota 1. Em 20 de janeiro de 2011, foi assinado contrato entre HRTOG e a empresa Passaredo Transportes Aéreos Ltda. para a aquisição de duas aeronaves, modelo EMB-120 ER, com entregas previstas para março e abril deste ano. Em 21 de janeiro de 2011, de acordo com a estratégia do Grupo e para fornecer apoio às operações a serem desenvolvidas na África, foi deliberada, em reunião do Conselho de Administração, a constituição de duas novas subsidiárias da Companhia no exterior, uma localizada na Holanda e outra na Namíbia. 81 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 23. Eventos subseqüentes- Continuação Em 26 de janeiro de 2011, a subsidiária HRTOG assinou com a Polarcus Limited, dois contratos de aquisição sísmica. O primeiro contrato tem por objeto a aquisição sísmica 3D de 5.278 km2 nos blocos offshore 2112A e 2212B, na bacia de Walvis, Namíbia, com início dos trabalhos previsto para o mês de março de 2011. O segundo contrato, que tem por objeto a aquisição sísmica 3D de 1.232 km2, tem seu início previsto para fins de março de 2011, nos blocos offshore 2813A e 2814B, na bacia de Orange. Ainda em 26 de janeiro de 2011, HRTOG outorgou garantias adicionais à ANP, na forma de seguro garantia da seguradora J.Mallucelli, para permitir a passagem para a segunda fase do período exploratório referente ao bloco BT-SOL 169 no valor de R$ 15.000. Em 03 de março de 2011, foi decidida a passagem para a segunda fase dos blocos BT-SOL 151, BT-SOL 174, BT-SOL 192, BT-SOL 197, BT-SOL 214, BT-SOL 215, BT-SOL 216 e BT-SOL 217, o que demandou a outorga de garantias à ANP, no montante de R$ 85.000. Em 27 de janeiro de 2011, foi assinado contrato entre HRTOG e a Era Leasing LLC para a aquisição de helicóptero modelo Sikorsky 61, que já se encontra operando na região da bacia do Solimões, através de contrato de prestação de serviços firmado junto à Aeróleo Taxi Aéreo S.A.. Em 09 de fevereiro de 2011, a Companhia contratou a Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários para prestar serviços na qualidade de formadora de mercado, para a realização de operações destinadas a fomentar a liquidez das ações ordinárias de sua emissão. Em 22 de fevereiro de 2011, a ANP aprovou a transferência, dos 4% adicionais de participação nos blocos da bacia do Solimões, conforme negociação descrita no contexto operacional (Nota 1). Em 24 de fevereiro de 2011, a Companhia celebrou acordo para adquirir até 100% das ações da UNX Energy Corp. uma sociedade canadense com ações listadas na Bolsa de Valores de Toronto. O valor estimado da transação é de R$ 1,3 bilhão, envolvendo a troca de ações via contrato de emissão de Global Depository Receipts (GDR´s). A operação já foi autorizada pelos Conselhos de Administração da HRTP e UNX, mas está sujeita à aprovação dos acionistas de ambas, bem como das autoridades reguladoras brasileiras e canadenses. 82 HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 83 Relatório de Resultados 4T10 Relatório de Resultados 4T10 Cotação de Fechamento Valor de Mercado HRTP3 R$ 2.122,00 R$ 9.863 Milhões 17 de março de 2011 Teleconferências 4T10 Dia 18 de março de 2011 Português 10h00 (BRA) 09h00 (NYC) Tel: +55 (11) 3217 4999 Senha: HRT Webcast: www.hrt.com.br/ri RELAÇÕES COM INVESTIDORES Marcio Rocha Mello Diretor Presidente e de RI [email protected] +55 (21) 2105 9700 Eliana S. Rodrigues Inglês 12h00 (BRA) 11h00 (NYC) Tel: +1 412 317 0088 Senha: HRT Webcast: www.hrt.com.br/ir Gerente de RI [email protected] +55 (21) 2105 9745 Luis Otávio Pinto Analista de RI [email protected] +55 (21) 2105 9799 www.hrt.com.br/ri 1 Relatório de Resultados 4T10 HRT celebra contrato para adquirir até 100% da UNX, uma oportunidade para incrementar sua posição em bacias com alto potencial exploratório, localizadas no offshore da Namíbia. Rio de Janeiro, 17 de março de 2011 – A HRT ParƟcipações em Petróleo S.A. – “HRT” ou “Companhia” (BM&FBovespa: HRTP3), holding que engloba uma empresa independente de exploração e produção de óleo e gás natural com concessões no Brasil (onshore) e na Namibia (offshore), anuncia os resultados referentes ao 4º trimestre de 2010 (4T10). As informações financeiras e operacionais descritas a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada incluindo nossas subsidiárias diretas e indiretas HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. (“HRT O&G”), Integrated Petroleum ExperƟse Company – Serviços em Petróleo Ltda. (“IPEX”), Ranger ParƟcipações Ltda. (“Ranger”)*, Labrea Petróleo Ltda. (“Labrea”), e a HRT Netherlands B.V. (“Netherlands”), de acordo com a Legislação Societária. DESTAQUES DE QUES A Companhia realizou oferta pública inicial de ação (IPO) no 4T10. Acordo para adquirir até 100% das ações da UNX Energy Corp., uma sociedade canadense com ações listadas na Bolsa de Valores de Toronto. Início de levantamentos de sísmica 3D nos blocos offshore 2112B e 2212A na Bacia de Walvis, na Namíbia. Chegada das duas primeiras sondas de perfuração da Tuscany ao Brasil para operar na bacia do Solimões. Celebração do contrato com a Petrobras Distribuidora S.A. (“BR Distribuidora”) para o fornecimento de QAV (querosene de aviação) e diesel, para suporte a todas as a vidades de exploração e produção na Bacia do Solimões. Pagamento complementar referente à aquisição de parcela adicional de 4% dos 21 blocos exploratórios localizados na bacia do Solimões. * 74% de par cipação 2 Relatório de Resultados 4T10 COMENTÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO O ano de 2010 foi caracterizado por êxitos e novas oportunidades para os negócios da HRT. Ao longo do ano a Companhia expandiu seu por ólio, obtendo, por intermédio de controladas, a concessão de cinco blocos exploratórios offshore na República da Namíbia, sudoeste da África, cobrindo uma área total de 26.815 Km2. São dois blocos localizados na sub-bacia de Walvis, onde detém 100% de interesses e três na sub-bacia de Orange com 40% de par cipação, esses úl mos em associação com as empresas Universal Energy Corp. (“UNX“) e Acarus Investments (Proprietary) Ltd., que possuem, respec vamente, 40% e 20% de interesses. É importante destacar que somos os operadores em todos esses blocos. A Companhia entende que há grandes perspec vas para exploração e produção de óleo e gás na Namíbia que, embora seja considerada uma das mais promissoras fronteiras exploratórias do Atlân co Sul (uma vez que sua formação geológica é bastante semelhante à da bacia de Santos), ainda não teve seu potencial exploratório devidamente desenvolvido pelas grandes empresas do setor. Por outro lado, a HRT O&G adquiriu 4% adicionais de interesses nos 21 blocos da Bacia do Solimões (área total de 48.500 km2), onde já de nha 51%, elevando, portanto, sua par cipação para 55% e mantendo sua condição de operadora. A empresa possui licenças ambientais para os trabalhos de sísmica, de perfuração e de base de apoio. Assim, estará iniciando as primeiras perfurações em março de 2011. Recentes descobertas da Petrobras na região deram suporte adicional aos estudos e es ma vas da empresa, de que aquela bacia tem elevado potencial de hidrocarbonetos de alta qualidade (entre 41o e 46o API), localizados em profundidade entre 2.500 e 3.500 metros. Por úl mo, a Companhia também fez novas aquisições no Brasil. Agregou aos seus a vos par cipação de 10% em quatro blocos exploratórios em bacias sedimentares terrestre do Brasil, sendo dois localizados na bacias do Recôncavo, um no Espírito Santo e um no Rio do Peixe, em parceria com a Cowan Petróleo e Gás S.A., que detém os 90% restantes. Em 2010, a HRT, baseada nos estudos e na capacidade técnica de sua administração e nas cer ficações de seus por ólios executadas pela renomada DeGolyer & MacNaughton, realizou oferta pública inicial de ações (IPO), captando aproximadamente R$ 2,5 bilhões no mercado, que serão u lizados nas campanhas exploratórias na forma do seu plano de negócios. A estréia das ações da Companhia no Novo Mercado da BM&FBOVESPA ocorreu no dia 25 de outubro de 2010. O plano de negócios aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia detalha os inves mentos necessários às campanhas exploratórias na bacia do Solimões e nas bacias da Namíbia, que incluem aquisições sísmicas 2D e 3D, perfurações das locações e interpretação dos resultados. 3 Relatório de Resultados 4T10 MERCADO DE CAPITAIS CAPI AIS A HRT realizou sua Oferta Inicial Pública de ações (IPO) em outubro de 2010, listando suas ações no segmento Novo Mercado da BMF&BOVESPA, sob o código de negociação HRTP3. As ações registraram uma valorização de 32,5% no ano de 2010, valor este superior à perda de 0,32% do Índice Ibovespa apurado no mesmo período. Registramos um volume financeiro médio diário de R$ 53 milhões e uma média de 40 mil ações negociadas diariamente. O gráfico abaixo demonstra a valorização das ações da HRT, com base 100, compara vamente aos seus principais pares. HRTP3 IBOV OGXP3 11/03/11 06/03/11 01/03/11 24/02/11 19/02/11 14/02/11 09/02/11 04/02/11 30/01/11 25/01/11 20/01/11 15/01/11 10/01/11 05/01/11 31/12/10 26/12/10 16/12/10 11/12/10 06/12/10 01/12/10 26/11/10 21/11/10 16/11/10 11/11/10 06/11/10 01/11/10 27/10/10 22/10/10 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 21/12/10 HRTP3 vs. Peers (Base 100 = 22/10/2010) PETR3 Decorridos quatro meses após o IPO, as ações da HRT registraram valorização de 76,83% (até o dia 16/03). A Compania busca intensificar sua comunicação com inves dores, mantendo o mercado permanentemente informado sobre a operação. Além disso, atualmente somos recomendados por 11 casas de research. AQUISI QUISIÇÃO N o dia 24 de fevereiro, a HRT anunciou a celebração de acordo para adquirir até 100% das ações da UNX Energy Corp., uma sociedade canadense com ações listadas na Bolsa de Valores de Toronto. O valor es mado na compra das ações da UNX será de R$1,3 bilhão e a operação representa uma atraente oportunidade para a HRT incrementar a sua já significa va posição, em termos de área e recursos prospec vos riscados, de bacias com alto potencial exploratório, localizadas no mar da Namíbia, África, além de agregar os seguintes bene cios: Garante à HRT mais de 112.000 km2 de área total, em duas das mais promissoras fronteiras de exploração do hemisfério sul para a descoberta de campos gigantes e super-gigantes de petróleo e gás. Proporciona uma oportunidade para um aumento significa vo de recursos cer ficados e, mais adiante, reservas. Significa vo por ólio em áreas marí mas da África Ocidental cuja formação de petróleo é análoga àquelas encontradas nas Bacias de Campos e Santos. Posiciona a HRT como a maior empresa privada do setor em termos de área de exploração no mar da Namíbia. 4 Relatório de Resultados 4T10 ATIVOS EXPLORATÓRIOS Bacia do Solimões A Bacia do Solimões está localizada na região amazônica do Brasil e tem uma área de aproximadamente 480.000 km² (118,6 milhões de acres). Nela, atualmente encontra-se a terceira maior produção brasileira de óleo e gás, com cerca de 118,6 mil BOE por dia (dados da Petrobras – Julho de 2010). Além disso, o óleo produzido na Bacia do Solimões é de excelente qualidade, com densidade específica entre 41o e 46o API. Este óleo leve é comercializado a preços elevados e é de importância estratégica para o mercado brasileiro. Ao longo do 4T10 e até esta data, a Companhia conduziu as seguintes a vidades exploratórias na Bacia do Solimões: A primeira sonda de perfuração contratada junto à Tuscany chegou ao Brasil no dia 14 de janeiro e já está na Base do Porto Moura, no Rio Tefé, sendo mobilizada para a locação. Já a segunda sonda da Tuscany chegou a Belém em 21 de fevereiro, enquanto as duas seguintes, contratadas junto à Queiroz Galvão Perfurações, estão navegando da China para o Brasil, com previsão de chegada em Manaus para a úl ma semana de março. A criação da empresa de aviação da HRT encontra-se em processo de organização. Esta empresa viabilizará a operação da frota de 11 helicópteros (5 de grande porte, 4 de médio porte e 2 de pequeno porte) e 2 aviões ( EMB 120 – Brasília) que já foram comprados. A chegada escalonada destes helicópteros no Brasil tem como marco inicial o pouso de seu primeiro Sikorsky S61 no Aeroporto de Boa Vista - RR, ocorrido no dia 15 de janeiro deste ano. Enquanto a ANAC não conclui a homologação da empresa de aviação da HRT e visando atender as necessidades imediatas de operacionalização destas aeronaves, foram efetuados em janeiro deste ano contratos de curta duração com as empresas Aeróleo Táxi Aéreo e Líder Táxi Aéreo (operação dos helicópteros) e Passaredo Linhas Aéreas (operação dos aviões). Foram assinadas as Cartas de Intenção com a Halliburton, Weatherford e MI SWACO para prestação de serviços de poços na Bacia do Solimões. No dia 12 de janeiro foi assinado o contrato com a Petrobras Distribuidora S.A. (“BR Distribuidora”) para o fornecimento de QAV (querosene de aviação) e diesel, para suporte a todas as a vidades de exploração na Bacia do Solimões. A duração do contrato será de um ano, com início em janeiro de 2011. O porto de Manaus já está em operação e a Base Tefé 1 já está em fase de instalação, aguardando somente a obtenção da licença de operação, já requerida. A Base de Juruá está em processo de licenciamento. A primeira equipe de sísmica 2D – a ES-318 – iniciou sua operação na Bacia do Solimões no mês de dezembro e já conta com mais de 500 pessoas trabalhando em campo. A segunda equipe tem previsão de início de trabalhos em julho de 2011, logo após a conclusão da licitação. No segundo semestre de 2011 prevemos realizar licitação para uma equipe de sísmica 3D nos blocos 169 e 170. Junto à equipe sísmica, está sendo realizada a coleta de amostras geoquímicas de solo para análise de HeadSpace. Este trabalho começou no dia 14 de janeiro e estão sendo recolhidas amostras a cada 500 metros. Foram finalizadas as obras no escritório de Manaus, com revitalização de toda a estrutura sica do imóvel, implementação de telefonia fixa, internet, novas instalações elétricas e de iluminação. A HRT iniciou processo de compra no mercado internacional de duas sondas de perfuração heli-transportáveis adicionais com capacidade de 4.500 m e em estudo de compra ou aluguel de uma sonda Work Over (sonda esta também especificada para perfuração de poços mais rasos, em profundidades de até 2.200 m). O projeto do Teste de Longa Duração do primeiro poço a ser perfurado no bloco 170 encontra-se na fase de planejamento. A aquisição de uma linha de 20 km, que escoará o óleo até um terminal às margens do Rio Tefé, está em negociação com fornecedores. 5 Relatório de Resultados 4T10 M oneƟzação do Gás Os 21 blocos da Bacia do Solimões operados pela HRT têm recursos con ngentes e prospec vos cer ficados da ordem de 6,3 tcf de gás natural. Em decorrência desse expressivo potencial, a HRT vem desenvolvendo estudos para antecipar a mone zação do gás natural, originalmente prevista no Plano de Negócios para o ano de 2015. Dentre as alterna vas destacam-se: (1) geração termoelétrica junto à área de produção e transmissão de eletricidade para Porto Velho (‘gas by wire’); (2) transporte dutoviário de gás até o Rio Solimões, carregamento em navio de Gás Natural Comprimido (GNC) e suprimento de gás para usina térmica em Manaus; (3) mesma modalidade anterior de transporte, porém obje vando o suprimento de maior capacidade de gás para o complexo industrial de mineração do Pará; (4) conversão de gás natural em óleo sinté co (processo Gas to Liquid - GTL) com unidades instaladas no pólo de produção. Cabe ressaltar que as duas primeiras alterna vas poderiam garan r um suprimento de 3 milhões de m³/d, em vinte anos, já a par r de 2014, contando somente com cinco áreas de recursos con ngentes, já cer ficados. N amíbia A Namíbia está localizada no sudoeste da África e possui quatro sub-bacias sedimentares offshore: a Sub-Bacia de Namibe, a SubBacia de Walvis, a Sub-Bacia de Lüderitz e a Sub-Bacia de Orange, cobrindo uma área de 350.000 km² (86,4 milhões de acres). A HRT é a operadora de cinco blocos de exploração na costa da Namíbia, cobrindo uma área de 26.815 km² (6,6 milhões de acres). A Companhia detém 100% de par cipação em dois blocos na Sub-Bacia de Walvis e 40% de par cipação em três blocos na Sub-Bacia de Orange. Ao longo do 4T10 e até esta data, a Companhia conduziu as seguintes a vidades na Namíbia: Nelson Narciso Filho foi nomeado para liderar a HRT África. Engenheiro com pós-graduação em Administração Industrial e Engenharia Econômica pela UFRJ, possui larga experiência no con nente africano. Narciso foi diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocumbus veis (ANP), tem passagem pelas empresas Halliburton e pela ABB Óleo, Gás e Petroquímica, ambas em Angola. Seu principal desafio é conduzir as a vidades de exploração e produção nos cinco blocos em que a HRT possui par cipação. Foram assinados com a Polarcus Limited dois contratos de aquisição sísmica 3D. O primeiro deles levantará 5.278 km2 nos blocos offshores 2112A e 2213B, localizados na Baciai de Walvis, e foi iniciado no dia 28 de fevereiro. Esta aquisição sísmica está sendo conduzida pelo navio Naila, da Polarcus Limited, e é importante para o amadurecimento dos prospectos e leads ao estágio de perfuração, além de antecipar de maneira significa va o compromisso exploratório de 200 km2 de sísmica 3D nos blocos da Bacia de Walvis, estabelecidos originalmente para meados de 2013. O segundo contrato cobrirá uma área de 1.232 km2 nos blocos 2813A e 2814B, também offshore, pertencentes à Bacia de Orange. Através do Centro de Pesquisas – Ipex, a HRT tem u lizado tecnologia para obter imagens da Namíbia quinzenalmente, visando iden ficar a ocorrência de emanações de óleo no mar. A HRT viabilizará dados para uma nova cer ficação da D&M no 2º semestre de 2011. Farão parte da cer ficação prospectos levantados nos blocos offshore 2112B e 2212A (Bacia de Walvis) e 2813A e 2814B (Bacia de Orange). B acias Maduras: Recôncavo, Espírito Santo e Rio do Peixe Cobrindo cerca de 110 km (27.180 acres), a HRT detém par cipação em dois blocos localizados na Bacia do Recôncavo, no Estado 2 da Bahia, um na Bacia do Espírito Santo, no Estado do Espírito Santo e um na Bacia do Rio do Peixe, no Estado da Paraíba. A Companhia tem 10% de par cipação nesses blocos em parceria com a Cowan Petróleo e Gás S/A (“Cowan”), que detém os outros 90% de par cipação e é responsável pela operação. Ocorrências de óleo foram detectadas em três poços perfurados no bloco de exploração do Espírito Santo, em maio de 2010, que estão sendo atualmente avaliadas. O inves mento da HRT O&G previsto nestas bacias é de US$12 milhões em um período de 5 anos. 6 Relatório de Resultados 4T10 SEGURAN A, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE DE Bacia do Solimões Estamos em fase pré-operacional, implementando os compromissos assumidos no licenciamento ambiental, bem como contratando mão-de-obra local e capacitando-a de acordo com os padrões de saúde, meio ambiente e segurança da HRT. Buscamos par cipar no desenvolvimento do estado do Amazonas respeitando os princípios de sustentabilidade em nossas operações. No 4T10 ob vemos do Ins tuto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (“IPAAM”) licenças ambientais para realização de pesquisa sísmica em seis blocos e licenças prévias para perfuração em cinco blocos nas áreas alvos definidas pela exploração. As licenças reforçam a nossa capacidade de operar em áreas sensíveis de maneira consciente. Além destas licenças, ob vemos ainda a licença de operação da Base de Manaus e a licença de instalação da Base de Apoio do Rio Tefé 1. Outras duas bases de apoio encontram-se em processo de licenciamento. Nos âmbitos ambiental e social, as equipes de pesquisadores con nuam em campo realizando inventário florís co para conhecimento das áreas de trabalho e diagnós co sócio-econômico das comunidades ribeirinhas próximas às nossas áreas de operações. MAPA DE EVENTOS 2011 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Chegada de Sonda 1 Tuscany Perfuração do Poço 1-HRT-170/1-AM Perfuração do Poço 1-HRT-170/6-AM Perfuração do Poço 1-HRT-170/7-AM Chegada de Sonda 2 Tuscany Perfuração do Poço 1-HRT-169/1-AM Perfuração do Poço 1-HRT-169/2-AM Perfuração do Poço 1-HRT-168/2-AM Chegada de Sonda 1 Queiroz Galvão Perfuração do Poço 1-HRT-168/1-AM Perfuração do Poço 1-HRT-191/1-AM Perfuração do Poço 1-HRT-195/1-AM Chegada de Sonda 2 Queiroz Galvão Perfuração do Poço 1-HRT-194/1-AM Perfuração do Poço 1-HRT-149/1-AM Chegada das Aeronaves Chegada das Aeronaves Chegada das Aeronaves 7 Relatório de Resultados 4T10 DESEMPENHO FINANCEIRO O resultado econômico-financeiro aqui apresentado baseia-se nas informações consolidadas da Companhia de acordo com o padrão IFRS, que apresentou prejuízo contábil de R$ 142,4 milhões em 2010. As receitas informadas referem-se àquelas oriundas das aplicações financeiras do Grupo, que alcançaram R$ 67,5 milhões brutos e às receitas operacionais da IPEX. Por outro lado, no conjunto de despesas merece destaque o item Pessoal, que impactado pelos bene cios de natureza variável, os quais englobaram a gra ficação extraordinária em função dos resultados da oferta pública inicial de ações, opções outorgadas a funcionários e concessão de ações a membros da administração, a ngiram um valor total de R$ 128,2 milhões. Com a captação de recursos decorrente da oferta pública de ações, ao final do 4T10 a HRT registrava uma sólida posição de caixa no montante de R$ 2,4 bilhões. Essas disponibilidades estão aplicadas em bancos de primeira linha, e são suficientes para cumprir com as campanhas exploratórias no Solimões e Namíbia e campanhas de desenvolvimento. EVEN S PARA EVENTOS ARA DISCUSSÃO DISCU O DE RESU RESULTAD ADOS 18 de março 10h00 (BRA) | 09h00 (NYC) tel.: +55 (11) 3217-4999 código: HRT Webcast: www.hrt.com.br/ri 18 de março 12h00 (BRA) | 11h00 (NYC) tel.: +1 412 317-0088 código: HRT Webcast: www.hrt.com.br/ir 8 Relatório de Resultados 4T10 CON ONTA TATOS Marcio Rocha Mello Eliana S. Rodrigues Luis Otávio Pinto Diretor Presidente e de RI [email protected] +55 (21) 2105 9700 Gerente de RI [email protected] +55 (21) 2105 9745 Analista de RI [email protected] +55 (21) 2105 9799 HRT ParƟcipações S.A. Av. Atlân ca 1130 - 10º andar - Copacabana CEP 22021-000 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil website www.hrt.com.br/ri Assessoria de Imprensa Insight Engenharia de Comunicação Danielle Bastos [email protected] +55 (21) 2509-5399 9 Relatório de Resultados 4T10 SOBRE A HRT O Grupo HRT é composto por uma das maiores empresas independentes de exploração e produção de óleo e gás natural do Brasil. A HRT Par cipações possui três principais subsidiárias: a IPEX (Integrated Petroleum Exper se Company Serviços em Petróleo Ltda.), a HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. e a HRT Netherlands B.V. A Companhia detém 55% de par cipação em 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões. A HRT também é operadora de cinco blocos exploratórios na costa da Namíbia, em dois deles, na Sub-Bacia de Walvis, com 100% de par cipação e nos três restantes, na Sub-Bacia de Orange, 40%. A HRT possui uma equipe composta por doutores e mestres em geologia, geoquímica, geo sica, biologia e engenharia, sendo a maioria deles ex-funcionários da Petrobras e da ANP. A HRT está comprome da em minimizar os possíveis impactos ambientais nos locais onde atua. O compromisso com as comunidades locais passa pela redução dos impactos das operações nas condições de saúde, segurança e qualidade de vida. Para mais informações acesso o site: www.hrt.com.br/ri Aviso Legal Este documento contém algumas afirmações e informações relacionadas à Companhia que refletem a atual visão e/ou expecta va da Companhia e de sua administração a respeito do seu plano de negócios. Estas afirmações incluem, entre outras, todas as afirmações que denotam previsão, projeção, indicam ou implicam resultados, performance ou realizações futuras, podendo conter palavras como “acreditar”, “prever”, “esperar”, “contemplar”, “provavelmente resultará” ou outras palavras ou expressões de acepção semelhante. Tais afirmações estão sujeitas a uma série de expressivos riscos, incertezas e premissas. Adver mos que diversos fatores importantes podem fazer com que os resultados reais divirjam de maneira relevante dos planos, obje vos, expecta vas, es ma vas e intenções expressas neste documento. Em nenhuma hipótese a Companhia ou seus conselheiros, diretores, representantes ou empregados serão responsáveis perante quaisquer terceiros (inclusive inves dores) por decisões ou atos de inves mento ou negócios tomados com base nas informações e afirmações constantes deste documento, e tampouco por danos indiretos, lucros cessantes ou afins. 10 Relatório de Resultados 4T10 BALANÇO BALAN O PATRIMONIAL TRIMONIAL (EM R$ MILHARES) ATIVO Controladora Dez 2009 Dez 2010 Consolidado Dez 2009 Dez 2010 Circulante Caixa e equivalente de caixa 2.273 104 3.789 20.850 Títulos e Valores Mobiliários 256.118 2.121.274 340.970 2.405.724 - - 8.019 1.944 502 4.192 1.172 7.507 Adiantamentos a Fornecedores - 10 756 7.221 Despesas Antecipadas - 14 - 2.137 326 - 1.164 761 259.219 2.125.594 355.870 2.446.144 3.000 - 4.556 - - - - 37.494 3.000 - 4.556 37.494 149.761 555.771 - - 12 14 4.485 38.413 - 68 52.950 173.601 149.773 555.853 57.435 212.014 152.773 555.853 61.991 249.508 411.992 2.681.447 417.861 2.695.652 Contas a receber Tributos a recuperar Outros créditos Não circulante Realizável a longo prazo Partes relacionadas Depositos em garantias Permanente Investimentos Imobilizado Intangível Total do ativo 11 Relatório de Resultados 4T10 BALANÇO BALAN O PATRIMONIAL TRIMONIAL (EM R$ MILHARES) PASSIVO Controladora Dez 2009 Dez 2010 Consolidado Dez 2009 Dez 2010 Circulante Fornecedores - 121 156 7.876 Gastos com emissão de ações a pagar - 7.077 - 7.077 Empréstimos e financiamentos - - 860 350 Obrigações trabalhistas - 191 1.338 3.202 5.106 314 7.452 2.605 Imposto de renda e contribuição social - 285 1.050 1.093 Instrumentos financeiros - 12.969 - 12.969 20 33 139 23 Tributos e contribuições sociais Outras obrigações 5.126 20.990 10.995 35.195 Participações dos Minoritários Patrimônio líquido Capital social Ações em tesouraria Reserva de capital Ajuste de Avaliação Patrimonial Prejuízos acumulados Total do passivo e patrimônio líquido 4.720 (303) 2.348.623 - 4.720 (303) 2.348.623 - 415.084 416.914 415.084 416.914 - 49.925 - 49.925 (12.635) (155.005) (12.635) (155.005) 406.866 2.660.457 406.866 2.660.457 411.992 2.681.447 417.861 2.695.652 12 Relatório de Resultados 4T10 DEMON TRAÇÃO DEMONSTR O DE RESULTAD RESU ADOS TRIMESTRAIS TRIME TRAIS (EM R$ MILHARES) Controladora 4T09 4T10 Consolidado 4T09 4T10 Receita operacional líquida - - 21.992 6.185 Custo das mercadorias e serviços - - (3.178) (2.630) Lucro bruto - - 18.814 3.555 - - (11.713) (12.031) Despesas administrativas (9.566) (80.153) (22.480) (98.174) Receitas (despesas) financeiras 5.277 29.112 5.494 33.849 Equivalência patrimonial (8.346) (22.971) - - - 17 (522) (509) Receitas (despesas) operacionais Geologia e geofísica Outras receitas (despesas) operacionais Lucro Operacional Resultado não operacional Resultado antes do I.R. e da C.S. (12.635) (73.995) (29.221) (76.865) (12.635) (73.995) (10.407) (73.310) - (12.635) - (73.995) - (10.407) 16 (73.294) Imposto de renda e contribuição social Diferido Resultado líquido do exercício - - (2.228) (701) - - (2.228) (701) (12.635) (73.995) (12.635) (73.995) 13 Relatório de Resultados 4T10 DEMONSTR DEMON TRAÇÃO O DO RESULTADO RESU ADO (EM R$ MILHARES) Controladora 2009 2010 Consolidado 2009 2010 Receita operacional líquida - - 21.992 15.593 Custo das mercadorias e serviços - - (3.178) (14.418) Lucro bruto - - 18.814 1.175 - - (11.713) (19.504) Despesas administrativas (9.566) (105.193) (22.480) (170.144) Receitas (despesas) financeiras 5.277 37.072 5.494 52.497 Equivalência patrimonial (8.346) (74.509) - - 260 (522) (3.009) Receitas (despesas) operacionais Geologia e geofísica Outras receitas (despesas) operacionais Lucro Operacional Resultado não operacional Resultado antes do I.R. e da C.S. Imposto de renda e contribuição social Resultado líquido do exercício (12.635) (142.370) (29.221) (140.160) (12.635) (142.370) (10.407) (138.985) - (12.635) - (142.370) - (10.407) - (138.985) - - (2.228) (3.385) - - (2.228) (3.385) (12.635) (142.370) (12.635) (142.370) 14 Relatório de Resultados 4T10 DEMONSTR DEMON TRAÇÕES ES DO F FLUXO O DE CAIXA CAI TRIMESTRAL TRIME TRAL (EM R$ MILHARES) Controladora 4T09 4T10 Resultado líquido do período Consolidado 4T09 4T10 (12.635) (73.995) (12.635) (73.995) Depreciações e amortizações 1 1 206 597 Resultado financeiro - (37.046) - (51.891) Participação minoritários - - - (978) Equivalencia patrimonial 8.346 22.971 - - Remuneração baseada em ações - 6.659 - 6.659 Outras - (72) - (22) Ajustes para reconciliar o Lucro Líquido ao caixa gerado pelas atividades operacionais: (4.288) (81.482) (12.429) (119.630) (Aumento) redução dos ativos Aplicação do capital em TVM (256.118) (2.053.020) (340.970) (2.192.271) Contas a receber - 57 (8.019) 3.382 Estoques - - - 6.984 Transações com partes relacionadas Tributos a recuperar (502) (740) (1.172) (892) Despesas antecipadas - 763 - 2.656 Depósitos em garantias - - - 1.110 Adiantamento a fornecedores - - - (6.465) (326) 134 (1.920) (1.826) Outros ativos Subtotal (256.946) (2.052.807) (352.081) (2.187.322) Aumento (redução) dos passivos Fornecedores - 9 156 27.489 Gastos com emissão de ações a pagar - 7.077 - 7.077 Obrigações trabalhistas - 23 1.338 (753) 5.106 377 7.452 (1.894) - (330) 1.050 1.050 20 282 999 (1.452) 5.126 7.438 10.995 31.517 (256.108) (2.126.851) (353.515) (2.275.436) Tributos e contribuições sociais Imposto de Renda e contribuição social Outras obrigações Subtotal Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 15 Relatório de Resultados 4T10 DEMONSTR DEMON TRAÇÕES ES DO F FLUXO O DE CAIXA CAI TRIMESTRAL TRIME TRAL (EM R$ MILHARES) Controladora 4T09 4T10 Consolidado 4T09 4T10 Atividades de investimento Investimento no imobilizado (13) 3 (4.691) (29.464) Aquisição de investimento e intangível - 1.776 (52.950) (21.659) Adiant.Futuro Aumento de Capital - (18) - - (158.107) (220.046) - - (26.029) (21) (26.029) (21) Inegralização de capital em controladas Aquisição de ações em tesouraria Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (184.149) (218.306) (83.670) (51.144) Atividades de financiamento Contratos de mútuo - controladas (3.000) 3.000 (4.556) 4.556 Agio na emissão de ações - (1.830) - - Empréstimos e financiamento - - - 1.625 445.530 2.343.889 445.530 2.343.903 - - - (4.619) Integralização de capital Perdão de mútuo ativo com parte relacionada Caixa líquido utilizado nas atividades de financiamento Aumento nas disponibilidades Saldo inicial de caixa 442.530 2.345.059 440.974 2.345.465 2.273 (97) 3.789 18.885 - 201 - 1.965 Saldo final de caixa 2.273 104 3.789 20.850 Variação no caixa 2.273 (97) 3.789 18.885 16 Relatório de Resultados 4T10 DEMONSTR DEMON TRAÇÕES ES DO F FLUXO O DE CAIXA CAI (EM R$ MILHARES) Controladora 2009 2010 Consolidado 2009 2010 (12.635) (142.370) (12.635) Depreciações e amortizações 1 4 206 1.894 Resultado financeiro - (37.072) - (52.497) Participação minoritários - - - - Equivalencia patrimonial 8.346 74.509 - - Remuneração baseada em ações - 26.651 - 26.651 Outras - - - - Resultado líquido do período (142.370) Ajustes para reconciliar o Lucro Líquido ao caixa gerado pelas atividades operacionais: (4.288) (78.278) (12.429) (166.322) (Aumento) redução dos ativos Circulante Aplicação do capital em TVM (256.118) (1.815.116) (340.970) (2.002.283) - - (8.019) 6.075 (502) (3.690) (1.172) (6.335) Despesas antecipadas - - - - Depósitos em garantias - - - (34.500) Adiantamento a fornecedores - - - (6.465) (326) 377 (1.920) (1.734) Contas a receber Tributos a recuperar Outros ativos Subtotal (256.946) (1.818.429) (352.081) (2.045.242) Aumento (redução) dos passivos Fornecedores - 121 156 7.720 Gastos com emissão de ações a pagar - 7.077 - 7.077 Obrigações trabalhistas - 191 1.338 1.864 5.106 (4.507) 7.452 (4.804) - - 1.050 - 20 14 139 (114) 5.126 2.896 10.135 11.743 (256.108) (1.893.811) (354.375) (2.199.821) Tributos e contribuições sociais Imposto de Renda e contribuição social Outras obrigações Subtotal Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 17 Relatório de Resultados 4T10 DEMONSTR DEMON TRAÇÕES ES DO F FLUXO O DE CAIXA CAI (EM R$ MILHARES) Controladora 2009 2010 Consolidado 2009 2010 Atividades de investimento Investimento no imobilizado (13) (2) (4.691) (35.822) Aquisição de investimento e intangível - (68) (52.950) (95.245) Adiant.Futuro Aumento de Capital - (4.719) - - (158.107) (450.472) - - (26.029) - (26.029) - Inegralização de capital em controladas Aquisição de ações em tesouraria Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (184.149) (455.261) (83.670) (131.067) Atividades de financiamento Contrato de mutuo - controladas Empréstimos e financiamento Integralização de capital Caixa líquido utilizado nas atividades de financiamento Aumento nas disponibilidades Saldo inicial de caixa (3.000) 3.000 (4.556) 4.556 - - 860 (510) 445.530 2.343.903 445.530 2.343.903 442.530 2.346.903 441.834 2.347.949 2.273 (2.169) 3.789 17.061 - 2.273 - 3.789 Saldo final de caixa 2.273 104 3.789 20.850 Variação no caixa 2.273 (2.169) 3.789 17.061 18 Relatório de Resultados 4T10 GLOSSÁRIO RIO 1C, 2C e 3C - Conforme o Relatório D&M, referem-se às es ma vas de recursos de petróleo em termos de grau de incerteza, sendo a es ma va 1C a de grau de incerteza mais baixo a es ma va 2C de grau de incerteza médio, e a es ma va 3C de grau de incerteza alto. Mboe - Milhões de barris de óleo equivalente. Offshore - Operado ou que se localiza no mar. Onshore - Terrestre. Barril de Óleo ou BBL - Um barril “stock tank”, medida-padrão de volume de petróleo correspondente a cerca de 159 litros. Bcf - Bilhões de pés cúbicos. Bcfpd - Bilhões de pés cúbicos por dia. Bloco - Parte de uma bacia sedimentar formada por um prisma ver cal de profundidade indeterminada, com super cie poligonal definida pelas coordenadas geográficas de seus vér ces, onde são desenvolvidas a vidades de exploração e produção de óleo e gás natural. BOE ou Barril de Óleo Equivalente - Medida de volume de gás natural/condensados, conver do para barris de petróleo, u lizando-se um fator de conversão de 5.615 pés cúbicos de gás natural para um Barril de Óleo (5.615/1), segundo a tabela de conversões da BP Statis cial Review of World Energy de 2009. Boepd - Barris de Óleo Equivalente por dia. Bpd - Barris por dia. Prospecto(s) Exploratório(s) - Um prospecto é uma acumulação potencial mapeada por geólogos e geo sicos onde se es ma probabilis camente que exista uma acumulação comercial de óleo e/ou gás natural e que esteja pronta para ser perfurada. Os cinco elementos necessários (geração, migração, reservatório, selo e trapeamento) para que exista a acumulação devem estar presentes, caso contrário não exis rá acumulação ou a acumulação será subcomercial. Recursos Con ngentes – Representam as quan dades de óleo, condensado e gás natural que são potencialmente recuperáveis a par r de acumulações conhecidas pelo desenvolvimento de projetos, mas que no presente não são consideradas comercialmente recuperáveis por força de uma ou mais con ngências. Recursos Não Convencionais - Recursos que existem em acumulações de petróleo que permeiam uma grande área e que não são afetados de forma relevante por influências hidrodinâmicas. Um exemplo de recurso não convencional é o folhelho gasífero (shale gas). Recursos Prospec vos – Quan dade de petróleo es mada, como potencialmente recuperável, a par r de acumulações ainda não descobertas. Campo - Área produtora de óleo e gás natural a par r de um reservatório con nuo ou de mais de um reservatório, a profundidades variadas, abrangendo instalações e equipamentos des nados a produção. Reservas – Recursos descobertos de petróleo e gás natural comercialmente recuperáveis a par r de uma determinada data. E&P - Exploração e produção. Tcf - Trilhões de pés cúbicos. Farm-in/Farm-out - Processo de aquisição parcial ou total dos direitos de concessão de dos por outra empresa. Em uma mesma negociação, a empresa que está adquirindo os direitos de concessão está em processo de Farm-in e a empresa que está vendendo os direitos de concessão está em Farm-out. TEFS - O limite econômico de tamanho de campo (“TEFS”) é o montante mínimo de petróleo produzível necessário para recuperar o total do dispêndio de capital empregado para determinar que um prospecto exploratório tem um valor presente potencial acima de zero. Tais dispêndios incluem inves mentos necessários para determinar e comprovar a viabilidade comercial da produção e para executar perfurações de delineamento ou de confirmação. Todos os custos geológicos, geo sicos, aluguéis e/ou contratos de aquisição de áreas e outros custos prévios de delineamento de área estão igualmente incluídos nas es ma vas do TEFS. Assim sendo, sempre que tal metodologia for empregada para es mar o TEFS, não haverá necessidade de qualquer provisão adicional para os custos de desenvolvimento do campo. FPSOs - Unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga. Lead – Prospecto pouco definido e requer dados e/ou avaliações adicionais para ser classificado como um Prospecto Exploratório. Um exemplo de lead seria uma estrutura geológica com fechamento mal definido mapeada através da u lização de dados sísmicos regionais esparsos em bacia que contenha rochas geradoras e reservatórios razoáveis. Um lead pode ou não ser elevado à categoria de Prospecto Exploratório, dependendo dos resultados de definições técnicas adicionais. Truncado - A es ma va média truncada corresponde ao valor resultante esperado calculado a par r do truncamento da distribuição de recursos pelo Limite Econômico do Tamanho de Campo. Essa distribuição truncada origina uma nova série de medidas esta s cas. Mbbl - Milhões de barris. Mbpd - Milhões de barris por dia. 19