Estrutura, genoma e estratégia geral da replicação I Profa Dra Mônica Santos de Freitas 19.10.2011 1 Saturday, October 22, 11 Estrutura Viral Variação do tamanho e forma dos vírus Acidianus bottle virus Mimivírus Saturday, October 22, 11 2 Estruturas virais Capsídeo- envoltório protéico que envolve o ácido nucléico. Formado por unidade estruturais. Unidades estruturais- são as menores unidades funcionais que formam o capsídeo nucleocapsídeo- capsídeo com ácido nucléico Virion- Partícula viral infecciosa Envelope- Cobertura lipídica que envolve o capsídeo 3 Saturday, October 22, 11 Proteínas Virais 4 Saturday, October 22, 11 Nomenclatura relacionada a estrutura 5 Saturday, October 22, 11 6 Saturday, October 22, 11 Determinação de Estrutura por Cristalografia de raio-X 7 Saturday, October 22, 11 Informações obtidas por Ressonância Magnética Nuclear 8 Saturday, October 22, 11 Reconstrução do Adenovírus à 6 Angstrons de resolução Microscopia crioeletrônica CrioEM e Cristalografia de raio X peripentonal hexons Pentons peripentonal hexons hexons CrioEM da superfície da face de um icosaedro Saturday, October 22, 11 Região de um vertice do capsídeo 9 Vírus da Imunodeficiência Adquirida Exemplo do casamento entre estrutura e função Vírus HIV foi identificado por volta de 25 anos atras. Os detalhes estruturais são impressionantes, o que contribui para o desenho racional de drogas. 10 Saturday, October 22, 11 Vírus com simetria helicoidal Difração de raio-x das fibras e de partículas orientadas em gel Baseado em Microscopia eletrônica Baseado em Microscopia eletrônica 11 Saturday, October 22, 11 Capsídeo ou nucleocapíseo com simetria icosaédrica Simetria icosaédrica O icosaédro é um sólido com 20 faces triangulares e 12 vertices relacionados a simetria rotacional de 2, 3 ou 5 ordem. 12 Saturday, October 22, 11 Número de triangulações (T) Caspar e Klug, 1962 Triangulação- descrição da face de uma estrutura icosaédrica em termos de subdivisões em triângulos menores. T=4 da face de um icosaedro combinação de 4 faces idênticas 13 Saturday, October 22, 11 Quasi-equivalência Caspar e Klug, 1962 Quando o capsídeo tem mais de 60 subunidades, cada subunidade ocupa uma posição quasi-equivalente. Neste caso, a ligação não covalente entre as subunidades em diferentes ambientes são similares, mas não idênticas, como ocorre no caso de estruturas com 60 subunidades. Diferentes ambientes estruturais Uma estrutura com 60 subunidades. 5 subunidades fazem o eixo 14de 5 ordem Saturday, October 22, 11 Uma estrutura com 180 subunidades Unidades assimétricas Homotrímero 15 Saturday, October 22, 11 Unidades assimétricas Homotrímero 15 Saturday, October 22, 11 Estrutura do parvovirus 2 adeno-associado T=1 Cristalografia de raio-X 16 Saturday, October 22, 11 Número de triangulações (T) 12 hexâmeros adjacentes convertidos em pentâmeros 12 hexâmeros não adjacentes convertidos em pentâmeros Cada hexágono representa um hexâmeros, com idênticas subunidades mostradas como triângulo equilátero. Somente será possivel inserir curvatura a estrutura por meio de formações de pentâmeros. 17 Saturday, October 22, 11 Número de triangulações (T) 18 Saturday, October 22, 11 Estrutura dos membros da Reoviridae reovírus rotavírus T=13 Vírus Bluetongue 19 Saturday, October 22, 11 Empacotamento viral 20 Saturday, October 22, 11 Empacotamento viral 21 Saturday, October 22, 11 Envelope viral Morfologia de retrovírus CrioE Tomografia MMLV vírus CrioEM 22 Saturday, October 22, 11 HIV tipo I 23 Saturday, October 22, 11 Iteração do capsídeo com o envelope 24 Saturday, October 22, 11 Características das proteínas do envelope 25 Saturday, October 22, 11 Estrutura do domínio extracelular das proteínas do envelope 26 Saturday, October 22, 11 Estrutura do vírus Sindbis 27 Saturday, October 22, 11 Introdução O genoma viral é um depósito de ácido nucleico que contém as informações necessárias para construir, replicar e transmitir vírus. 28 Saturday, October 22, 11 Quais informações são codificadas pelo genoma viral? Produtos gênicos e sinais regulatórios requeridos para: replicação do genoma; montagem e empacotamento do genoma; regulação e cinética do ciclo replicativo; modulação da defesa do hospedeiro; espalhamento do vírus para outras células e hospedeiros; 29 Saturday, October 22, 11 Informações não contidas no genoma viral nenhum gene que codifique proteínas da maquinária de síntese (nenhum RNA ribossomal e nenhuma proteína ribossomal ou de tradução); nenhum gene que codifica proteínas do metabolismo energético ou biosíntese de membranas; nenhum telomero (para manutenção do genoma) ou centrômeros (para garantir a segregação do genoma); OBS: Alguns genomas de vírus DNA contêm tRNAs, aminoacil-tRNA sintetases, e 30 genes envolvidos no metabolismo de açucar e lipídeos Saturday, October 22, 11 Princípios Os vírus não codificam a maquinária necessária para promover a síntese de proteínas Todo genoma viral deverá ser copiado para produzir um RNAm que pode ser lido pelo ribossomo hospedeiro Existem apenas sete tipos de genoma viral Sistema Baltimore 31 Saturday, October 22, 11 Vírus DNA e RNA de acordo com a ICTV 2005 cIsométrico- partículas virais com simetria do tipo icosaédrica d Outros- são partículas não isométricas. Vírus pleomórficos, esféricos, baciloforme, etc. 32 Saturday, October 22, 11 Sistema Baltimore O sistema Baltimore omite a segunda função universal do genoma. Servir como molde para a síntese de novos genomas. Existe um número finito de estratégias para cópia do ácido nucléico. Cada uma com um molde e terminação específicos. 33 Saturday, October 22, 11 Desafios Para muitos vírus com genoma DNA nada tão desafiante, pois todas as células apresentam mecanismos baseados em DNA replicação RNAm Para muitos vírus com genoma RNA células animais não possuem mecanismos conhecidos para copiar moldes de RNA viral para produzir RNAm 34 Saturday, October 22, 11 o genoma viral deverá codificar uma polimerase para replicação do genoma e síntese de RNAm Estrutura e complexidade do genoma viral Apesar da simplicidade da estratégia de expressão, a composição e estrutura do genoma viral são mais complexos do que os de bactéria ou células eucarióticas O genoma viral pode ser: 1. DNA ou RNA; 2. DNA com curtos segmentos de RNA; 3. DNA ou RNA com proteínas ligadas covalentemente; 4. fita simples (+) ou (-) ou com ambos as polaridades; 5. fita dupla; 6. linear; 7. circular; 8. Segmentado; 35 9. Espaçado; Saturday, October 22, 11 Convenções importantes o RNAm é definido como polaridade (+), pois pode ser imediatamente traduzido. O RNA ou DNA complementar a um (+) é o (-). O polaridade (-) não pode ser traduzido diretamente. Ele deverá ser primeiramente copiado para um (+). 36 Saturday, October 22, 11 Para pensar! Qual a razão da existência dos genomas vírus? Pressão seletiva Vocês conseguiriam pensar na razão pela qual os vírus são tão diversificados? Pensem na composição do genoma, na estrutura e na replicação. Existe alguma configuração mais vantajosa? 37 Saturday, October 22, 11 Genoma DNA Será que pelo fato de alguns vírus apresentarem genoma sendo DNA, a replicação e expressão do genoma seria apenas uma emulação do sistema normalmente realizado pelo hospedeiro? DNA fita dupla O genoma viral pode ser fita dupla ou parcialmente fita dupla. Existem 24 família virais com genoma DNA fita dupla. Dentre eles, o Adenoviridae, Hespesviridae, Papilomaviridae, Poliomaviridae e Poxviridae. O genoma pode ser linear ou circular. 38 Saturday, October 22, 11 Seminários do dia Grupo 1: Luiza Taissa Vanessa Vivian Jéssica G. Grupo 2: Karen Lohanna Dominique Thalyta Jéssica D. Grupo 3: Rayssa Roberta Kamila Tayane Gabiele 39 Saturday, October 22, 11 Grupo 4: Alana Fernando Grazielly Taísa Seminários do dia Grupo 5: Guilherme M. Guilherme J. Larissa Daniel N. Emílio Raul Grupo 6: Yasmim Luis Ketiucia Bartira Estér Grupo 7: Daniel T. Leandro Caroline Juliana Tiago 40 Saturday, October 22, 11 Grupo 8: Danielle Jonathas Gabriela Sergio Henrique DNA fita dupla Genoma circular, com Configuração do genoma: menos de 10 ORFs 1. para replicação e expressão gênica; 2. não tem DNA Grau de dependência da polimerase; célula hospedeira: 3. Moldes de RNA e forquilha de replicação 1. Controle temporal da para replicar DNA, Estratégia de Expressão expressão inicial e tardia de análogo ao mecanismo gênica: genes; celular; 2. Splicing como maior processo regulatório; codifica o antígeno tumor (T) que modula Interação com o hospedeiro: o41controle do ciclo celular Saturday, October 22, 11 DNA fita dupla Grau de dependência da célula hospedeira: Configuração do genoma: genoma linear com terminação curta, repetida e invertida 1. Controle temporal da Estratégia de Expressão expressão inicial e tardia de gênica: genes; 2. Pequeno RNA viral produzido pela RNA polimerase III; 1. codifica sistema de replicação do DNA incluindo DNA polimerase; 2. Proteína molde com não usual mecanismo de deslocamento de fita; Proteína E1A são potentes ativadores nteração com o hospedeiro: transcricional e regulador do ciclo celular 42 Saturday, October 22, 11 DNA fita dupla Grau de dependência da célula hospedeira: Configuração do genoma: genoma linear 1. Controle temporal da Estratégia de Expressão expressão inicial e tardia de gênica: genes; 2. Produção de muitos RNAm de promotores multiplos; nteração com o hospedeiro: Saturday, October 22, 11 infecção 43 latente 1. codifica completo sistema de replicação incluindo uma DNA polimerase e enzimas que sintetizam precursores de DNA; 2. Replicação do genoma com moldes de RNA e forquila de replicação; DNA fita dupla Grau de dependência da célula hospedeira: Configuração do genoma: Estratégia de Expressão gênica: 1. Genoma codifica completo sistema de síntese de RNAm; 2. Muitas proteínas virais empacotadas no vírus; nteração com o hospedeiro: Saturday, October 22, 11 - genoma grande e com extemidades ligadas; - longa repetição terminal; 1. codifica completo sistema de replicação; 2. Replica no citoplasma; codifica muitos moduladores 44 imunológicos DNA fita dupla O genoma é parcialmente fita dupla. Os intervalos devem ser preenchidos para produzir um duplex perfeito. O reparo antecede a sintese de RNAm, pois a RNA polimerase do hospedeiro só pode transcrever DNA completamente dupla fita. O genoma espaçado é produzido de um RNA molde por uma enzima codificada pelo vírus que sintetiza DNA de um molde de RNA (trascriptase 45 reversa) Saturday, October 22, 11 DNA fita simples Cinco famílias de vírus contêm genoma DNA fita simples. Circoviridae e Parvoviridae. O RNAm só pode ser feito a partir de um DNA fita dupla. O DNA fita simples é produzido por uma DNA polimerase celular. 46 Saturday, October 22, 11 Genoma RNA As células não tem RNA polimerase dependente de RNA, que podem replicar o genoma de vírus de RNA ou mesmo fazer RNAm de RNA. A RNA polimerase II é capaz de copiar um RNA molde. Como a RNA polimerase II, uma enzima que produz RNAm a partir de DNA molde é reprogramada para copiar RNA circular molde? Ainda não é sabido. 47 Saturday, October 22, 11 RNA fita dupla Existem oito famílias de vírus com RNA fita dupla. O número de segmentos variam de 1 a 12. O RNA (+) contém uma fita (+), que não pode ser traduzida como parte do duplex. A fita (-) é primeiro copiada em RNAm por uma RNA polimerase dependente de RNA para produzir as proteínas virais. 48 Saturday, October 22, 11 RNA fita simples (+) Os vírus RNA (+) são os mais presentes no planeta. Existem 27 famílias identificadas. Togaviridae, Picornaviridae, Flaviviridae, etc. Eles podem ser diretamente traduzidos em proteínas. O genoma é replicado em dois passos. O primeiro é a copia do genoma para uma fita (-). A fita (-) é49então copiada para uma (+). Saturday, October 22, 11 RNA fita simples (+) com DNA intermediário O genoma RNA(+) dos retrovírus é convertido à um DNA fita dupla pela DNA polimerase dependente de RNA (Trasncriptase reversa). 50 Saturday, October 22, 11 RNA fita simples (-) Existem 7 famílias virais contendo este tipo de genoma. 51 Saturday, October 22, 11 O genoma na realidade adota estrutura secundaria ou mesmo terciária 52 Saturday, October 22, 11 Algumas proteínas virais codificadas por quase todos os vírus DNA 53 Saturday, October 22, 11 Recombinação gênica 54 Saturday, October 22, 11 Aplicação na biologia celular 55 Saturday, October 22, 11 Aplicação na biologia celular 56 Saturday, October 22, 11 Aplicação na biologia celular 57 Saturday, October 22, 11 Aplicação na biologia celular 58 Saturday, October 22, 11 Estrutura secundária e atividade biológica 59 Saturday, October 22, 11 RNA de interferência 60 Saturday, October 22, 11 Doenças genéticas que podem ser tratadas com vetores virais 61 Saturday, October 22, 11 Alguns vetores virais 62 Saturday, October 22, 11 63 Saturday, October 22, 11 Vetores retrovirais 64 Saturday, October 22, 11