glutol rev 06

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GLUTOL
1. FINALIDADE
Glicose pura, aromatizada, para Teste de Tolerância à Glicose (TTG) via oral.
2. INTRODUÇÃO
O Glutol apresenta uma série de vantagens comparado às formas tradicionais de
se administrar a sobrecarga de glicose no paciente para execução do TTG, entre
elas a de possuir o teor de ácido ascórbico controlado de forma a não interferir
no doseamento, ser aromatizado e sua forma em pó ser solúvel em água gelada.
3. IMPORTÂNCIA CLÍNICA
O diabetes mellitus é uma doença na qual se verifica um aumento crônico da
taxa de glicose no sangue circulante (hiperglicemia), acompanhado por uma
série de sintomas tais como emagrecimento inexplicado, sede intensa, poliúria
e sonolência, quadro este que, se não tratado, pode levar o paciente a outras
complicações como nefropatia, neuropatia, retinopatia, e até a óbito (a longo
prazo).
O estado patológico é causado pela deficiência (parcial ou completa) do
pâncreas em secretar a insulina, que é o hormônio regulador da glicemia. A
insulina age modificando a permeabilidade da membrana celular à glicose.
São reconhecidos basicamente o diabetes mellitus tipo II (senil ou não insulino
dependente) e o tipo I (juvenil ou insulino dependente). O diagnóstico do
diabetes mellitus parte do exame clínico e é confirmado por provas laboratoriais,
ou seja, glicemia em jejum acima de 1 26 mg/dL, ou pelo Teste de Tolerância à
Glicose (TTG) aplicado a pacientes com glicemia em jejum inferior a 126 mg/dL,
que consiste em submeter o paciente a uma sobrecarga de glicose e determinar
o padrão de elevação da taxa sangüínea da glicose.
Pacientes assintomáticos, com idade superior a 45 anos que apresentem
quadro de obesidade, triglicérides acima de 250 mg/dL, colesterol-HDL inferior
a 35 mg/dL e histórico familiar devem ser submetidos ao TTG.
O TTG avalia igualmente o diabetes mellitus gestacional (DMG). Realizar a
triagem para DMG para todas as pacientes com 24-28 semanas de gestação,
principalmente se enquadradas em grupo de risco (idade superior a 25 anos,
peso acima do normal, histórico familiar .
4. AMOSTRA
a- Preparo do paciente
O paciente deve ser instruído a não fumar no dia da prova, seguir uma dieta com
ingestão adequada de carboidratos (cerca de 150 g/dia) nos 3 dias que
antecedem a prova, e um jejum de 8-12 horas anterior à coleta. Para triagem do
DMG o jejum prévio é dispensável e para o diagnóstico do DMG o jejum
recomendado é 10-16h.
b- Tipo de amostra
Os tipos de amostra, conservação , estabilidade, cuidados especiais e
precauções adotados são os mesmos descritos para o doseamento da glicose
sangüínea.
c- Critérios de rejeição
As amostras que não tenham a indicação do horário de coleta ou que tenham
alguma restrição quanto aos critérios do doseamento da glicose em si, devem
ser rejeitadas.
5. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO
a- Registro no Ministério da Saúde: 100.970.10001.
b- Princípio de técnica
A técnica para o diagnóstico do diabetes mellitus resumidamente consiste em
se determinar a glicemia em jejum do paciente (jejum prévio de no mínimo 812h), ministrar a quantidade indicada de glicose ( 75g ou 1,75g/kg de peso em
crianças), e determinar a glicemia em intervalos de 30 minutos até 2h
(recomendação da NDDG - National Diabetes Data Group) ou após 2h da
administração da glicose (recomendação da OMS - Organização Mundial de
Saúde).
No caso do diabetes mellitus gestacional (DMG) sua triagem consiste em dosear
a glicemia da paciente 1h após a ingestão de 50g de glicose via oral, e o
diagnóstico do DMG consiste em se determinar a glicemia em jejum, administrar
uma sobrecarga de 100 g de glicose à paciente e dosear a glicemia de hora em
hora durante um total de 3 horas.
c- Reagentes
- Glutol sabor limão: D-Glicose pura (USP), ácido cítrico, citrato de sódio, ácido
ascórbico, aroma natural de limão, fosfato tricálcico, dióxido de titânio e
amarelo de tartrazina.
Código 610120: Caixa com 5 envelopes com 75g de glicose cada;
Código 610800: Caixa com 5 envelopes com 50g de glicose cada;
Código 610803: Caixa com 5 envelopes com 100g de glicose cada;
Código 610125: Pote com 600g de glicose .
- Glutol sabor guaraná: D-Glicose pura (USP), ácido cítrico, benzoato de sódio,
aroma natural de guaraná e caramelo.
Código 610666: Pacote com 3 garrafas contendo 75g de glicose
dissolvidos em 260 mL cada.
- Glutol sabor cola: D-Glicose pura (USP), ácido cítrico, benzoato de sódio,
aroma artificial de cola, caramelo e água gaseificada.
Código 610665: Pacote com 3 garrafas contendo 75g de glicose
dissolvidos em 260 mL cada.
- Preparo do produto em pó: dissolver o conteúdo de um envelope ou do
material pesado (proveniente do pote 600g) conforme a indicação, lentamente
e sob agitação (evita-se assim a sedimentação do material ou formação de
núcleos de cristalização) em 250 a 350 mL de água fria ou gelada.
d- Armazenamento e estabilidade
O produto deve ser armazenado na temperatura ambiente, ao abrigo da
umidade , sendo nestas condições estável até a data de validade expressa em
rótulo, desde que sua embalagem mantenh a-se íntegra.
e- Precauções e cuidados especiais
- A embalagem econômica de 600g deve ser mantida bem fechada para se
evitar a umidade;
- Não utilizar produtos com prazo de validade vencido;
- Usar água potável de boa qualidade para dissolver o Glutol em pó.
6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS (porém não fornecidos)
- Material necessário para determinação da glicose sangüínea (metodologia
enzimática é preferível);
- Água potável para dissolução do Glutol pó (quando for o caso).
7. PROCEDIMENTO TÉCNICO
7.1 Para adultos e crianças
a- Cuidados preliminares: quando possível e sob orientação médica,
descontinuar o uso de medicação possivelmente interferente no teste, bem
como, adotar uma dieta livre de qualquer restrição ao consumo de açúcares
(cerca de 150g de carboidratos por dia) pelo menos nos 3 dias que antecedem a
prova e manter atividade física normal; não é permitido fumar durante a
execução do teste;
b- Coletar uma amostra de sangue em jejum prévio de ao menos 8-12h ;
c- O paciente deve ingerir a quantidade de glicose prescrita para a prova (75g )
em um período não superior a 5 minutos, com volume de líquido entre 250-350
mL; para crianças ministrar 1,75g (ou 7 mL do glutol líquido) de glicose por kg de
peso corporal até um total de 75g;
d- Coletar amostras de glicose a cada 30 minutos até se atingir 2h após a
administração da sobrecarga de glicose (critério do NDDG) ou coletar uma
amostra de sangue ao se atingir as 2h (critério da OMS).
Observação: recomenda-se coletar as amostras usando-se anticoagulante a
base de fluoretos.
7.2 Procedimento técnico para triagem do DMG
a- Administrar 50g de glicose à paciente independentemente de estar ou não
em jejum ;
b- Determinar a glicemia 1h após a sobrecarga de 50g de glicose (sem jejum
prévio e a qualquer hora do dia), e se o resultado situar-se acima de 140 mg/dL
de glicose no sangue, deve-se indicar a execu ção da técnica de diagnóstico do
DMG.
7.3 Procedimento técnico para diagnóstico do DMG
a- Nos 3 dias anteriores a coleta, prescrever dieta livre em carboidratos, e jejum
prévio de 10-16h anteriores à coleta;
b- Coletar a amostra em jejum e dosear a glicemia;
c- Ministrar uma sobrecarga de 100g de glicose;
d- Coletar amostras de sangue de hora em hora até se atingir 3h após a
sobrecarga.
8. RESULTADOS
a- Avaliação da glicemia em jejum
- Valores inferiores a 110 mg/dL dispensam a execução da prova;
- Valores superiores a 110 mg/dL porém inferiores a 126 mg/dL são
considerados elevados porém não caracterizando a ocorrência de diabetes,
recomenda-se neste caso a execução do Teste de Tolerância à Glicose;
- Valores iguais superiores a 126 mg/dL em duas determinações pelo menos ;
caracterizam o Diabetes Mellitus ;
b- Avaliação da glicemia coletada aleatoriamente
- Qualquer glicemia coletada aleatoriamente em pacientes sintomáticos cujo
valor seja igual ou superior a 200 mg/dL , caracteriza o Diabetes Mellitus;
c- Avaliação do Teste de Tolerância à Glicose (TTG) após sobrecarga com
75 g de glicose
- Valores de glicemia após 2h da sobrecarga inferiores a 140 mg/dL são
considerados normais;
- Valores de glicemia após 2h da sobrecarga iguais ou superiores a 140 mg/dL e
iguais ou inferiores a 200 mg/dL caracterizam diminuição da tolerância à
glicose;
- Valores de glicemia após 2h da sobrecarga iguais ou superiores a 200 mg/dL
caracterizam o Diabetes mellitus.
9. Burtis, Carl A.; Ashwood, E.R. Tietz foundamentals of clinical chemistry,
4nd edition, 1996.
10. Report of the expert Committee on the Diagnosis and Classification of
Diabetes Mellitus. Diabetes Care, Vol. 21:1, 1998.
11. Jacobs, D.S. et al. Laboratory test handbook, 4th ed., Cleveland, Lexi
Comp Inc., P. 139, 1996.
12. Young, D.S., Effects of Preanalitical Variables on Clinical Laboratory Tests,
2 nd. edition, AACC Press, 1997.
13. Young, D.S., Effects of Drugs on Clinical Laboratory Tests, 4th. edition,
AACC Press, 1995.
d- Diabetes mellitus gestacional
- Glicemia em jejum: no mínimo 2 ou mais dos valores da glicemia devem
exceder 105 mg/dL;
- Triagem: 1h após a administração de 50 g de glicose a glicemia deve estar
abaixo de 140 mg/dL, do contrário, encaminhar para a prova com
administração de 100 g de glicose;
- após a administração de 100g de glicose esperam-se os seguintes valores
para a glicemia:
1h: glicemia > 190 mg/dL;
2h: glicemia > 165 mg/dL;
3h: glicemia > 145 mg/dL.
9. LIMITAÇÕES DO MÉTODO
No dia da prova recomenda-se o doseamento imediato da amostra em
jejum, e caso o resultado desta seja superior a 126 mg/dL convém não
administrar o Glutol antes de se consultar o médico responsável pelo
paciente.
- As principais limitações da prova dizem respeito principalmente a fatores
ligados ao próprio paciente, tais como dieta, fumo, uso de medicação etc. Um
resultado negativo não garante que o paciente não venha a desenvolver a
sintomatologia futuramente. O TTG é indicado exclusivamente como auxiliar no
diagnóstico do diabetes mellitus, para o controle da doença e tratamento,
recomenda-se outras provas (hemoglobina glicosilada, frutosamina etc.).
- Interferentes
- Muitas drogas contribuem para elevar a glicemia, em particular os
contraceptivos orais, corticóides, alguns diuréticos, etc.;
- Estados fisiológicos relacionados ao stress e dieta também podem interferir na
execução da prova;
- Para obtenção de maiores detalhes sugere-se a leitura dos textos de Tietz e
Young.
10. CONTROLE DA QUALIDADE
Como medidas de controle da qualidade, devem ser seguidas as dispostas para
o doseamento da glicose sérica.
11. GARANTIA DA QUALIDADE
A Laborclin obedece o disposto na Lei 8.078/90 - Código de Defesa do
Consumidor. Para que o produto apresente seu melhor desempenho, é
necessário :
- que o usuário conheça e siga rigorosamente o presente procedimento técnico;
- que os materiais estejam sendo armazenados nas condições indicadas;
- que os equipamentos e demais acessórios necessários estejam em boas
condições de uso , manutenção e limpeza.
Antes de ser liberado para venda, cada lote do produto é submetido a testes
específicos, que são repetidos periodicamente até a data de vencimento
expressa em rótulo. Os certificados de análise de cada lote podem ser
solicitados junto ao SAC - Serviço de Assessoria ao Cliente, bem como em caso
de dúvidas ou quaisquer problemas de origem técnica, através do telefone
0800-410027. Quaisquer problemas que inviabilizem uma boa resposta do
produto, que tenham ocorrido comprovadamente por falha da Laborclin serão
resolvidos sem ônus ao cliente, conforme o disposto em lei.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Diabetes Mellitus. Informe de un grupo de la OMS. Organización Mundial
de la Salud. Ginebra, 1985.
2. Standartization of the Oral Glicose Tolerance Test. Report of the Committee
on Statistics of the American Diabetes Association. June, 14. 1968.
3. Diabetes gestacional. Rev. Bras. Anál. Clín., 26(2); 1994.
4. Classification and Diagnosis of Diabetes Mellitus and Categories of
Glucose Intolerance. National Diabetes Data Group. Vol. 28, 1979.
5. Considerações sobre o diagnóstico e acompanhamento de pacientes
portadores de diabetes mellitus. Fleury.
6. Cousins, Larry et al. Screening recomendations for gestacional diabetes
mellitus. American Journal of Obstetrics and Gynecology. Vol. 165, 1991.
7. WHO Expert Committee on Diabetes Mellitus, 1980.
8. Burtis, Carl A.; Ashwood, E.R. Tietz textbook of clinical chemistry, 2nd
edition, 1994.
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