Centro médico avança nas pesquisas sobre dengue

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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Clipping
VEÍCULO: FOLHA DE LONDRINA
DATA: 14/02/2017
ASSUNTO: PESQUISAS SOBRE DENGUE
PÁG. A14
TIPO: NOTÍCIA
ENDEREÇO WEB:
http://www.folhadelondrina.com.br/cidades/centro-medico-avanca-nas-pesquisas-sobre-dengue970105.html
ACESSADO EM: 14/02/2017
Centro médico avança nas pesquisas sobre dengue
Com a inauguração do CMT em Foz do Iguaçu será possível agilizar a análise do mosquito e,
consequentemente, a intervenção
A partir de acordos de cooperação, a estrutura do CMT poderá atender uma região que abrange
28 municípios no Brasil, 31 no Paraguai, além de Porto Iguaçu, na Argentina
Em 2003, a Prefeitura de Foz do Iguaçu (Oeste) começou a instalar armadilhas pela cidade para
capturar o mosquito Aedes aegypti. Hoje, a cidade tem, em média, uma armadilha para cada
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quarteirão, totalizando quatro mil equipamentos que são verificados na rotina de trabalho dos
agentes de saúde. Com a captura, é possível medir o índice de infestação do mosquito transmissor
da dengue, arboviroses e febre amarela urbana no município. Mas os mosquitos também são
enviados para análise em laboratório e a partir disso é possível traçar um perfil do inseto,
detectando se ele está ou não contaminado com o vírus transmissor da dengue e qual o sorotipo
da doença.
Até o final de 2016, essas análises eram feitas no laboratório da Universidade Federal do Paraná
(UFPR) ou no Instituto Evandro Chagas, que fica em Levilândia (PA). Os mosquitos eram
armazenados e encaminhados aos laboratórios, mas os resultados demoravam de um até seis
meses para sair. Desde janeiro o trabalho passou a ser feito no Centro de Medicina Tropical (CMT)
inaugurado pela Itaipu Binacional. "A parceria com o CMT vai agilizar a nossa estratégia. Podemos
escolher a área de maior risco e, em um tempo mais curto, agir para aumentar a efetividade no
controle da dengue. Detectamos a presença do vírus no mosquito e fazemos a intervenção", disse
o responsável pela Diretoria de Vigilância em Saúde de Foz do Iguaçu, André de Souza Leandro.
Com o início das atividades no CMT, as amostras são preparadas no Centro de Controle de
Zoonoses e 24 horas após a chegada do material coletado o resultado já está disponível, uma
diferença significativa quando se trata de uma doença transmitida por um inseto com um ciclo de
evolução muito rápido. "Esse é um dos maiores diferenciais. É você fazer essa busca nos
mosquitos antes que haja um número alto de casos humanos. O que é de praxe fazer é organizar
as ações de controle e combate a partir de casos humanos. É assim que é feito no Brasil inteiro. E a
gente quer quebrar isso aqui. O laboratório vem para dar essa possibilidade", explicou a gestora
do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde, Luciana Sartori. Além da dengue, ela acredita que em um
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prazo "muito curto" poderão outras doenças transmitidas por vetores, como leishmaniose,
também poderão ser analisadas pelo CMT.
Além da dengue, o novo centro pode pesquisar também o zika vírus e a febre chikungunya. "O zika
não é exclusivo de humanos e poder ser transmitido também para animais. Vamos coletar
material dos animais e, com isso, a gente consegue entender o ciclo de transmissão da doença",
destacou Leandro.
Foz do Iguaçu teve epidemia de dengue em 2015 e em 2016. No ano passado, 14 moradores da
cidade morreram em decorrência da doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde,
entre 1º e 31 de janeiro de 2017 o município contabilizou seis casos autóctones confirmados e um
importado.
Segundo Luciana Sartori, o Centro de Medicina Tropical não irá beneficiar apenas os moradores de
Foz do Iguaçu. Os serviços disponíveis no CMT poderão ser estendidos a toda a área de influência
da usina hidrelétrica de Itaipu, em um raio de cerca de 150 quilômetros. "A partir de acordo de
cooperação ou de convênio entre o laboratório e os municípios, a estrutura do CMT poderá
atender toda essa região. São 28 municípios no Brasil, 31 no Paraguai, além de Porto Iguaçu, na
Argentina."
O prédio onde foi instalado o CMT já existia. O imóvel abrigava a Associação dos Servidores da
Fundação Itaiguapi, que estava desativado e passou por uma reforma. O investimento foi de R$ 2
milhões em estrutura física, equipamento, pessoal e reagentes. Além de funcionar como um
centro de análise, o local deve servir ao desenvolvimento de pesquisas em razão de um acordo
firmado com universidades.
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