Um dia na Lourinhã

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Um dia na Lourinhã
Iara Ribeiro, 10,º A
No passado dia 6 de Janeiro de 2011, realizou-se uma visita de estudo ao Museu do
Jurássico da Lourinhã e às praias da região
no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia. Esta destinou-se às turmas A, B e C do
10º Ano e tinha como objectivos a sensibilização dos alunos para a preservação e valorização do património paleontológico, a
difusão da Paleontologia, a sensibilização
para esta área científica, o contributo para
o desenvolvimento científico e o desenvolvimento do espírito
crítico.
de rochas, rochas essas, chamadas Arenitos. Concluímos
também que nas rochas magmáticas não existem fósseis
pois no interior da Terra não
existe vida, logo não há seres
vivos para fossilizar.
O Sr. Simão ainda nos falou
dos vários tipos de falhas
que existem como, por exemplo, as falhas transformantes. Dentro das falhas, ainda
temos as horizontais e as
verticais. Após um pequeno
intervalo para nos dedicarmos somente a fotografias
e dúvidas, o guia levou-nos
até uma rocha com fósseis
da actividade de Anelídeos,
pequenos seres rastejantes
idênticos a lagartas.
A partida deu-se por volta
das 8h45min, e chegámos
à Lourinhã por volta das
10h30min onde nos encontrámos com o guia, o senhor
Simão Mateus, perito em
Paleontologia e na história
da região. Depois de uma
pequena paragem, dirigimonos à praia do Caniçal, uma
praia repleta de rochas das
mais diversas variedades.
InforCEF 62 – abril de 2011
O guia explicou-nos que as
rochas presentes nesta praia
evidenciam os princípios
da sobreposição de estratos,
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da identidade geológica, da
identidade paleontológica e
da intersecção de camadas.
Concluindo também, que
podemos datar as rochas de
duas formas. Com uma datação relativa ou com uma
datação absoluta.
Apercebemo-nos da inclinação das rochas devido à sua
viscosidade, uma das propriedades delas. Assim, ao
longo do tempo, a inclinação
das camadas vai aumentando. Observámos também
que existem diferentes cores
Para terminarmos a visita à
praia do Caniçal, foi-nos explicado o que é uma arriba e
quais os dois tipos de arribas:
arriba fóssil e arriba viva.
Apesar das diferenças e dos
nomes, ambas apresentam
fósseis.
De seguida, fomos directos a
uma segunda praia, a praia
da Consolação. Aí, foi-nos
dado um objectivo: encontrar
nas rochas fósseis de Lamelibrânquios, de Turritelas e
de Corais. Já um pouco cansados e com fome, dirigimonos ao local dos autocarros
onde pudemos almoçar tranquilos.
Da parte da tarde, fomos
conduzidos ao Museu do Jurássico da Lourinhã. Ficámos
a saber que a Lourinhã é a
capital dos dinossauros devido à grande quantidade de
fósseis que existem na zona
e aos particulares casos que
apenas foram encontrados
na Lourinhã. A fossilização
pode ocorrer por mineralização, por moldagem ou por
conservação do material orgânico que temos, podendo
ser feita por congelamento,
âmbar ou mumificação. As
pegadas podem sofrer três
tipos de preservação: a própria pegada, o contra-molde
e o supra-molde, transmitindo-nos o tipo de animal, o tamanho aproximado e alguns
comportamentos. O guia
explicou-nos que os fósseis
podem ser réplicas ou originais e, neste museu, parte
dos fósseis são réplicas.
De seguida, apresentou-nos
os dinossauros, abordando
o Lourinhosaurus, o Dinheirosaurus, o Draconyx loureiroi, o Miragaia longicollum,
o Torvosauros tanneri e o
Lourinhanosauros antunesi.
Quanto aos fósseis de idade,
falámos dos mais conhecidos
que são as trilobites e as amo-
nites. Para quem acha que os
dinossauros deixaram de
existir, as aves são exemplo
de que ainda existem dinossauros. O grupo de dinossauros terópodes carnívoros
não se extinguiu, evoluindo
e tornando-se nas aves actuais. Esta mudança deve-se ao
fóssil de transição Archaeopteryx.
Para terminar a visita, visitámos o laboratório do Museu
onde nos explicaram como
se descobriam, escavavam e
limpavam os fósseis. Pareceu
ser um trabalho giro, interessante e ao qual nos possibilitaram de sermos voluntários
para ajudar pois, todos os
anos se juntam a eles novos
voluntários de todas as partes do mundo que ajudam na
descoberta de novos fósseis.
De seguida, dirigimo-nos
para o autocarro com um
especial agradecimento ao
nosso guia Simão que nos
mostrou algo para além do
que sabíamos. Foi uma visita bastante interessante e divertida, da qual todos saíram
mais enriquecidos.
As fotos desta página foram
tiradas e gentilmente cedidas
pelos alunos Patrícia Reis,
Elisa Ferreira (10.º A)e Igor
Trindade (10.ºB)
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