0084.DFP.CCS.MT.10.R.P.6 DEMONSTRATIVO DA UTILIZAÇÃO FARMACOLÓGICA ATUAL DO IPÊ-ROXO Luiz Henrique César Vasconcelos1; Amanda Pedrosa de Freitas Farias1; Alzira Elisa Dantas Maia4; Ataíde Matias de Oliveira4, Nadja de Azevedo Correia2; Katy Lisias Gondim 2, Diego Nunes Guedes2, Rachel Linka Beniz Gouveia3 Centro de Ciências da Saúde e Centro de Ciências Médicas - Departamento de Fisiologia e Patologia – MONITORIA Farmacologia (1) Monitor, (2) Orientador (professor da disciplina), (3) Coordenador do Projeto; (4) Técnicos colaboradores. Introdução: A busca por terapias alternativas, como o uso de plantas medicinais, vem crescendo cada vez mais. Isto se deve principalmente à ineficácia, ao alto custo e a agressividade de alguns produtos sintéticos. Entre as milhares de plantas medicinais brasileiras, os ipês, também chamados de pau d´arco, ocupam lugar de destaque. A espécie proveniente da América do Sul conhecida por ipê-roxo (Tabebuia avellanedae) é a mais utilizada na medicina popular. Objetivos: Compreender as ações farmacológicas do ipê roxo (Tabebuia avellanedae), como fitoterápico, enumerando os principais efeitos terapêuticos e desmascarar mitos a respeito do seu uso. Descrição metodológica: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica através de artigos científicos nos quais foi possível encontrar dados farmacológicos e farmacoquímicos a respeito do ipê roxo e seus constituintes. Estes dados foram analisados e organizados de forma clara e sucinta.Resultados: Quanto à farmacoquímica, os principais compostos isolados do ipê-roxo foram o lapachol, as naftoquinonas e as antraquinonas. Esta espécie contém ainda lapachenol, quercetina, ácido orto - e para-hidroxibenzóico. Farmacologicamente, descreve-se a ação do ipê-roxo (casca, lenho duro e as flores) para o tratamento de varizes, hemorróidas, úlceras, eczemas, reumatismo, afecções da boca, e ainda, como depurativo, imunoestimulante e antitumoral. Indica-se o uso da sua casca como adstringente, podendo ser usada em processos infecciosos e inflamatórios. Várias substâncias isoladas, em especial o lapachol, apresentaram em ensaios farmacológicos, atividade antineoplásica, atividade antimicrobiana contra bactérias do gênero Brucella, sendo notável sua atividade antiinflamatória, que pode ser comparada à da fenilbutasona. Mostrou-se que na úlcera induzida pelo stress, a administração oral de lapachol promove uma redução considerável da doença. Na avaliação da atividade antiviral do lapachol in vitro verificou-se que esta substância é ativa contra vírus RNA atuando tanto sobre vírus envelopados quanto sobre vírus sem esta estrutura. Conclusão: Alguns usos terapêuticos do ipê-roxo são realizados sem os devidos estudos científicos, porém estudos nessa área surgem cada vez mais, e com resultados animadores. Os resultados já obtidos comprovam significativas ações farmacológicas do ipê-roxo como planta medicinal, o que torna maior a possibilidade de surgir um novo medicamento fitoterápico tendo como base esta planta, além de assegurar eficácia do seu uso na medicina popular. Palavras- chaves: fitoterapia; ipê-roxo; efeitos terapêuticos.